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TEORIA GERAL DO PROCESSO REVISAO

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» CONCEITOS BÁSICOS
i. Dano Material:
Direito material ou substancial conceitua-se como sendo um corpo de princípios e regras referentes a fenômenos da vida cotidiana de todo dia, como a união de duas pessoas para a vida em comum com a constituição de família, créditos, atos ilícitos causadores de danos, prestações econômicas de consumo. As normas substanciais competem definir modelos de fatos capazes de criarem direitos, obrigações ou situações jurídicas próprias.
ii. Direito processual ou Formal: 
Forma como o direito existe e deve ser aplicado na realidade. É o ramo do Direito que define quais são os procedimentos necessários para cobra determinado direito, ou para se defender de alguma acusação. O Direito processual entra em cena quando algum sujeito lamentando ao juiz um estado de coisas que lhe desagrada, pede-lhe uma solução mediante invocação do Direito Material, provocando a instauração do processo.
iii. Processo: 
É a técnica para a solução imperativa de conflitos, seus institutos são modelados segundo conveniências do exercício de funções e atividades muito especificas e reservada a profissionais, que é a jurisdição, exercida pelos juízes e ações e a defesa praticada pelas pessoas em conflitos através de advogados. A teoria geral do processo permite identificar a essência do direito processual em seus quatros institutos fundamentais: jurisdição, ação, defesa e processo. Nesse contexto costuma ser dito também que o Direito Processo Civil é o ramo do direito processual destinado a dirimir conflitos em matéria não penal, chegou-se a esta delimitação por exclusão.
T.G.P Conceito: 
Estudo dos conceitos e princípios básicos do direito processual e/ou conjunto de conceitos sistematizados que serve aos juristas como instrumento para conhecer os diversos ramos do direito processual.
Entendimento predominante na Teoria Geral do Processo:
Não há sociedade sem direito e não há direito sem sociedade. Conclui-se que temos uma janela de ordem jurídica que é a harmonização das relações sociais, buscando o bem comum.
Sociedade e Tutela Jurídica:
Correlação entre a sociedade e o direito – função ordenadora. O Direito organiza a vida em sociedade e soluciona conflitos entre seus membros e a fim de estabelecer a paz social.
O ser humano, a sociedade os conflitos:
O ser humano singulariza-se por possuir uma dignidade própria. Mesmo tendo sua individualidade como traço essencial, o homem é também e fundamentalmente um ser que vive em sociedade, por esse motivo, viver em sociedade significa viver em conflito. Os bens disponíveis são limitados, ou assim parecem, e as necessidades, aspirações, interesses e pretensões são ilimitadas, daí as constantes disputas.
Evolução dos meios de soluções de conflitos:
No início da evolução dos povos inexistia um Estado suficientemente forte para superar os ímpetos individualistas. Não somente inexistia um órgão Estatal como ainda não existiam sequer as leis (normas gerais e abstratas impostas pelo Estado aos particulares).
No processo evolutivo, o mais primitivo modo de solução de conflitos era o uso da força pelas partes litigantes, conhecida como autotutela. A autotutela tinha como característica a imposição da decisão por uma das partes a outra; ausência de um juiz distinto das partes; os mais fracos se submetiam as decisões dos mais fortes; a vontade era satisfeita pela força.
Progressivamente as partes foram substituindo a força pelo diálogo. Identificando modalidade auto compositivas de soluções de litigio. Passaram também a recorre ao juízo de um terceiro por eles eleito, alguém em que confiavam e tinham autoridade moral sobre eles, normalmente uma autoridade religiosa, mística, ou da comunidade.
Função Estatal pacificadora – jurisdição
Com a maior organização societária foi surgindo um polo de poder político, o embrião do Estado, passando a deter o controle, tomando para si o poder de solucionar os conflitos e criando formas coativas para fazer valer suas decisões, firmando-se também a ideia de que a composição jurisdicional do conflito deve normalmente ser feita mediante a aplicação das normas jurídicas previamente estabelecidas (o ordenamento jurídico).
A pacificação é o escopo (finalidade) magno de jurisdição. Para a consecução dos objetivos da jurisdição o Estado instituiu norma processual, ditando normas a respeito de direito processual e criando órgãos jurisdicionais, fazendo inclusive despesas.
Jurisdição consiste no poder que os juízes e tribunais possuem de declarar o direito sobre questões que lhe são submetidas.
A função jurisdicional é essencialmente desenvolvida pelo poder judiciário, seus agentes são denominados juízes ou magistrados; seus órgãos colegiados são chamados tribunais.
Meios adequados/alternativos de pacificação social:
Em razão de não efetividade de função pacificadora, que é função do Estado no exercício da jurisdição (morosidade, custos e injustiça), vai ganhando consciência do que importa é pacificar. O processo possui o que constituem o modo pelos quais as partes têm a garantia do devido processo legal, as partes participam livremente, onde o juiz decidirá sobre os pedidos, podendo tomar iniciativa, no entanto, fundamentando devidamente suas decisões.
i. Conciliação (art. 165 do CPC 2015):
O atual CPC prima-se pelo incentivo à conciliação. A tonalidade conciliadora no CPC é ressaltada em suas formas principiológicas ao consagrar a arbitragem e o incentivo estatal à conciliação, a mediação e outros meios de solução consensual de conflitos.
Na forma do art. 334 do CPC, recebido a inicial e não sendo caso de improcedência liminar de pedido, e tratando de direitos disponíveis, o juiz deverá designar audiência de conciliação ou mediação com antecedência mínima de 30 dias, não haverá audiência de conciliação quando ambas as partes manifestarem expressamente o desinteresse de composição consensual, devendo o autor trazer tal manifestação com a inicial e, o réu, faze-lo com dez dias de antecedência. O comparecimento das partes à audiência de conciliação acompanhado de advogado ou defensor público é obrigatória, considerando-se ato atentatório a dignidade da justiça o não comparecimento sem justificativa do autor e réu à audiência, sendo sancionada com multa de até 2% de vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertido em favor da União ou Estado.
Aplicabilidade – destaques:
A conciliação externa – processual iniciou-se por meio de juiz de paz, promotores de justiça do interior, conselho de conciliação, juizados especiais de pequenas causas.
O CPC 2015 atribuiu ao juiz o dever de conciliar as partes. Haverá ainda tentativas de conciliação no início da audiência de instrução e julgamento, independentemente do emprego anterior de outros métodos de soluções de conflitos, como a mediação e arbitragem.
A lei 9.099/95 – juizados especiais civis e criminais é particularmente voltada para a conciliação, somente passando à instrução da causa após todas as tentativas de conciliação. Em matéria criminal a conciliação era considerada inadmissível, entretanto, com a Constituição de 88, que previa a instituição dos juizados especiais, já se admite a conciliação e a transação penal. 
O procedimento das reclamações trabalhistas inclui duas tentativas de conciliação, artigos 846, §§ 1º e 2º, 847, § único, 850 e 855 B/E (jurisdição voluntária para homologação de acordo) lei 13.467/2017 – reforma trabalhista.
ii. Mediação:
Visa à facilitação do diálogo entre as partes para melhor administrar e solucionar o problema. Por meio da figura do mediador, as partes envolvidas em uma disputa ocupam uma posição de equilíbrio. O mediador não busca de forma alguma apresentar uma solução, mas sim proporcionar condições para que os envolvidos encontrem uma solução juntas.
iii. Arbitragem:
A opção pela arbitragem é fruto de livre escolha das partes interessadas no exercício da sua autonomia de vontade, elas pactuam que o conflito ou um conjunto de conflitos no presente ou no futuro será resolvido por um terceiro imparcial, alheioa esfera Estatal, que atuará segundo as normas do devido processo legal, por esse motivo não haverá violação da inafastabilidade do controle jurisdicional. Pode-se adotar o processo arbitral sempre que a pretensão da tutela jurisdicional for disponível.
iv. Autotutela e auto composição no Direito Moderno:
Autotutela: Proibida como forma de soluções do conflito. Excepcionalmente a própria Lei abre exceções à proibição, dentre elas: desforço imediato; direito de contar raízes e ramos de arvores limítrofes; efetuar prisão em flagrante; legítima defesa.
Auto composição: Consiste na resolução de controvérsia pelo sacrifício voluntário por um dos litigantes de seus interesses próprio, no todo ou em parte em favor do interesse de outro. A auto composição é gênero do qual são suas espécies: transação que em sentido estrito significa concessões ou reconhecimentos mútuos; a total submissão alheia e a total renúncia ou reconhecimento da própria pretensão.
A auto composição pode ocorrer dentro do processo e paralelamente a ele, e sendo homologado pelo juiz torna-se título judicial, passível de cumprimento de sentença. 
Controle Jurisdicional Indispensável:
As pretensões sujeitas a exame judicial para que possam ser satisfeitos referem-se a direitos e interesses regidos por normas de extrema indisponibilidade, dentre elas destaca-se direito de personalidade (aqueles considerados à pessoa e sua dignidade) são eles: vida, incolumidade física, liberdade, honra, propriedade intelectual (prerrogativa legal de fruir com exclusividade dos benefícios patrimoniais de trabalho intelectual de natureza literária e artística), intimidade de ações de Estado.
Constata-se que existe a proibição de auto composição, do contrário estaríamos confrontando texto constitucional da mais ampla defesa, art. 5º, inciso LV da CF, excetuando-se o contido na lei 9.099/95 que prevê algumas modalidades de despenalização.
Do acesso à Justiça: 
Com o passar dos tempos, e após a teoria da repartição dos poderes (executivo, legislativo e judiciário), consagrado na obra “Espirito das Leis” de Montesquieu, o Estado passou a ser o detentor de poder de aplicar e dizer o direito. A partir de então, o Estado começou a regular as relações sociais e obteve a monopolização de jurisdição. Com esta monopolização o Estado tornou-se o responsável exclusivo em propiciar o acesso à justiça, sendo compelido a viabilizar e efetivamente dizer o direito a seus subordinados, distribuindo justiça àqueles que invocarem.
Diante dessa obrigação de colocar à disposição a tutela jurisdicional, iniciou-se a implantação de diversos instrumentos que assegurassem o acesso à justiça, dentre eles a garantia constitucional que é fruto de uma evolução histórica de uma necessidade social, sendo este o motivo e a importância elencada entre os direito e garantias fundamentais da CRFB.
Garantia Constitucional de Acesso à Justiça:
Também denominada princípio da inafastabilidade da jurisdição, tem o objetivo da garantia constitucional de acesso à justiça é difundir a mensagem de que todo homem, independente de raça, credo, condições econômicas, posição social tem o direito de ser ouvido por um tribunal independente e imparcial na defesa do seu patrimônio e liberdade. Por consequência, pode ser dito que a garantia constitucional do acesso à justiça está intimamente ligado e se relaciona diretamente com os demais princípios constitucionais, principalmente de igualdade, haja vista que o acesso à justiça não é condicionado a nenhuma característica pessoal ou social, sendo, portanto, uma garantia ampla, geral e irrestrita. 
Resta indubitável a existência da garantia constitucional do acesso à justiça, por intermédio da qual toda pessoa interessada poderá invoca seu direito ou ser cessado a ameaça empregada contra seu direito.
A garantia constitucional do acesso à justiça vai além da obrigação do Estado em prestar a tutela jurisdicional. O Estado deve adotar meios que viabilizam e facilita o acesso à justiça. 
Exemplo de facilitação de acesso à justiça da qual todo aquele que não tiver condições financeiras de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, ou seja, aquele que não tiver condições de exercer a garantia constitucional de acesso à justiça poderá requerer que lhe seja deferido os benefícios da justiça gratuita, ficando isento das pendências financeira. Atualmente, admite-se como forma de acesso à justiça o divórcio e inventário/arrolamento cartorário, usucapião.
Efetividade da tutela jurisdicional:
A parte ao buscar a prestação da tutela jurisdicional, quer ver satisfeita ou cessada a ameaça empregada contra seu direito. Assim, espera-se que a tutela jurisdicional prestada pelo Estado seja efetiva e eficaz, produzindo efeitos no plano fático (que se refere ao fato jurídico) e que se traduz na efetividade da tutela jurisdicional.
Conclui-se, que a efetividade e a eficácia da tutela jurisdicional são as grandes responsáveis pela satisfação e produção de efeitos no plano fático, logo, de quase nada adianta ter acesso a justiça se essa é ineficaz, pois, “garantir as pessoas a tutela jurisdicional e prestar-lhe a tutela inefetiva e ineficaz é quase o mesmo que não prestar a tutela”.
O Processo e o Direito processual – Função do Estado Moderno:
1 – Disciplinar a cooperação entre os indivíduos e dirimir conflitos entre as pessoas em geral, destacando-se a função pacificadora como fator de eliminação de conflitos.
2 – Necessidade de fazer do processo um meio efetivo para a realização da justiça, donde conclui ser o processo uma função jurídica do Estado
Legislação e Jurisdição:
No desempenho de sua função jurídica o Estado regula as relações intersubjetivas por meio de duas ordens de atividades distintas, sendo elas a legislação e a jurisdição.
Legislação: estabelece normas que segundo a consciência dominante seguem as mais variadas relações, dizendo o que é lícito e o que é ilícito; atribuindo direitos, poderes, faculdades e obrigações. São normas de caráter genérico e abstratas e ditadas aprioristicamente (por hipótese, sem considerar os fatos reais), sem distinção particular a nenhuma situação concreta. 
Jurisdição: Função do Estado destinado à solução imperativa de conflito e exercida mediante a atuação da vontade do direito em casos concretos. As decisões proferidas pelo juiz após o devido processo legal são embutidas de autoridade, motivo pelo qual são impostas às partes independentemente de sua concordância, sendo nisso que se consubstancia a imperatividade da jurisdição. Com a jurisdição cuida o Estado de buscar a realização prática das normas em caso de conflito entre pessoas, declarando segundo o modelo qual o preceito pertinente no caso concreto e desenvolvendo medidas para que este preceito seja realmente efetivado. Conclui-se, portanto, que a jurisdição pode ser considerada a “longa manus” da legislação, fazendo-o através do processo.
Processo: Instrumento colocado pelo Estado à disposição dos cidadãos para a solução de seus conflitos. O processo consiste em um procedimento desenvolvido com a possibilidade de participação no exercício do contraditório daqueles que serão diretas e juridicamente afetados pelo ato final. Ao proporcionar o contraditório, não se conferem apenas direitos aos participantes, assumem eles específicos deveres, principalmente o de agirem de boa-fé. Também o agente que comanda o procedimento passa a ter não só poderes, mas também deveres, formando-se assim uma relação jurídica entre os participantes do contraditório e aquele que o comanda.
Relação Jurídica Processual 
A relação jurídica processual é aquela que se estabelece entre o autor, juiz e réu. Há outros participantes do processo, e assistentes, que não o integram como dito; a relação processual é formada apenas entre juiz e partes, incluindo os litisconsortes, e terceiros interessados. 
Processo jurisdicional: há processo Estatais (jurisdicionais) e não estatais (VG clubes, sociedade e processo arbitral). Ainda que se reconheça o caráter processual destesoutros procedimentos, alguns não desenvolvidos no exercício da atividade jurisdicional, é inegável que o processo jurisdicional tem um elemento que distingue dos demais: o juiz que substitui as partes no resultado final do procedimento
Linha evolutivas do Direito Processual: 
O processo civil é o resultado de uma evolução desenvolvida a partir de um longo período no qual o sistema processual era encarado como mero capítulo de direito privado, sem autonomia. A partir dos meados do sec. XX começou a prevalecer à perspectiva teológica do processo e por esse motivo destacaram-se três fases metodológicas na história da ciência processual, sendo elas: sincretismo, autonomista ou conceitual e teológica ou instrumentalista.
Sincretismos: no sincretismo inicial os conhecimentos eram puramente empíricos (aquilo que exige o concurso ou o emprego da experiência), sendo qualquer consciência de princípios e conceitos próprios. O processo era concebido como um modo de exercício de direitos, sendo visto apenas em sua realidade física exterior perceptível aos sentidos, ou seja, era confundido com o mero procedimento quando o definiam como uma sucessão de atos e nada se diziam sobre a relação jurídica entres seus sujeitos. 
Autonomista ou conceitual: A sistematização de ideias em torno de relação jurídica processual conduziu as primeiras colocações do direito processual como ciência, afirmando seus métodos próprios e seu próprio objeto. Construíram-se ricas e variadas teorias, todas convergindo a afirmação de sua autonomia em face do direito material. Elaboram-se as teorias das condições da ação e os pressupostos processuais e acima de tudo isso formularam-se os princípios. Nesta fase, os processualistas se aperceberam que o processo não é um modo de exercício dos direitos colocados no mesmo plano que os demais indicados pelo direito privado, mas caminho para obter uma especial proteção por obra do juiz - tutela jurisdicional.
Teológica ou instrumentalista (em curso): Depois de suplantada a fase sincrética e pela autonomista, os estudiosos se aperceberam de que o sistema processual não é algo destituído de conotações éticas com os objetivos a serem cumpridos no plano social, no econômico e no político. Nesta fase sobressaem-se os grandes realces constitucionais e do sistema processual. O Direito Constitucional abriu este caminho. Houve progresso no plano prático com o advento da legislação sobre pequenas causas; Ação Civil Pública; garantias constitucionais do mantado de segurança coletivo; da assistência jurídica aos necessitados; da Ação Direta de Inconstitucionalidade; da exclusão das provas obtidas por meios ilícitos.
Fontes do Direito Processual 
Fontes do Direito Processual são canais pelos quais as normas vêm ao mundo jurídico, oriunda da vontade do ente capaz de ditá-las, impô-las ou exigir sua observância. São formas de expressão do direito positivo. O Direito Processual tem por fonte a Constituição Federal, os tratados e convenções ou acordos internacionais do qual a República Federativa do Brasil faça parte, as Constituições e Leis Estaduais, os regimentos internos dos Tribunais e a jurisprudência em algumas situações e dentro de certos limites.
Princípios gerais do Direito Processual 
Definição: Verdade básica de uma ciência, funcionando como pilar fundamental da construção de todo estudo doutrinário. Norteiam e estabelecem bases para o processo. Cumpre ressaltar que nem todos os princípios do processo se encontram previstos expressamente como garantia constitucional. Já os demais princípios internos do processo comportam regulamentação em legislação específica, servindo como uma forma de distinção de processo civil dos demais ramos da ciência processual. Definido, passemos aos princípios:
1 – Principio da imparcialidade do Juiz: O caráter de imparcialidade é inseparável do órgão de jurisdição. A imparcialidade do juiz é uma garantia de justiça para as partes, por isso, tem as partes o direito de exigirem um juiz imparcial. O Estado reservando para si o exercício da função jurisdicional tem o correspondente dever de agir com imparcialidade na solução das causas que lhe são submetidas. São suas características principais: 
i. O juiz coloca-se entre as partes; 
ii. Visa garantir a justiça entre as partes; 
iii. Deve agir com imparcialidade, não tendência nem para um lado, nem para o outro Obs.: Exemplifica - impedimento e suspeição.
2 – Princípio da legalidade: Todos são iguais perante a lei – A igualdade perante a lei é premissa para a afirmação da igualdade perante o juiz. Além disso, as partes e os procuradores devem merecer tratamento igualitário para que tenham as mesmas oportunidades de fazer valer em juízo suas razões. A partir da atuação constante do juiz haverá a oportunidade de promoção da igualdade entre as partes visando facilitar o acesso à justiça à parte menos favorecida. 
3 – Princípio da inafastabilidade da jurisdição: Também conhecido como Princípio do acesso à justiça dispõe: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. o princípio da inafastabilidade, assim como o devido processo legal, objetiva fazer com que o Estado crie novas formas de solução de litígios, céleres, desburocratizadas e desvinculadas de ordenamentos ultrapassados que interditam o livre acesso à justiça; isso quer dizer que todos têm acesso à justiça para postular tutela preventiva ou reparatória; na verdade é o direito de ação, que todos possuem, quando sentirem-se lesados
 4 – Princípio do contraditório e da ampla defesa: assegura aos litigantes o contraditório e ampla defesa com os meios e recursos a ele inerentes. O juiz, por força de seu dever de imparcialidade, coloca-se entre as partes, substituindo-as, mas equidistantes delas. Ouvindo uma não pode deixar de ouvir a outra, somente assim se dará às partes a possibilidade de expor razões, apresentar provas e influir sobre o convencimento do juiz.
O contraditório é considerado a garantia mais relevante do ordenamento processual e consiste na outorga efetiva de participação das partes na formação e no convencimento do juiz, possibilita às partes a oportunidade de manifestação de cada fato surgido no processo, de modo que a tese defendida pelo autor/requerente e da antítese trazida pelo réu/requerido, possa o juiz deduzir a síntese. 
Ampla defesa consiste na utilização pelas partes de todos meios e recursos legais previstos para a defesa de seus interesses e direitos postos em juízo. O juiz atua mediante atos processuais formais, todos eles previstos justamente para garantir a igualdade das partes durante a tramitação, possibilitando meios de efetiva defesa de interesses em litígio. A violação desse princípio caracteriza o cerceamento de defesa.
5 – Princípio da ação: Todos têm direito a ação, independentemente de seu direito material (corpo de normas que disciplinam as relações jurídicas referentes a bens e utilidades – Direito Civil, Penal e Trabalhista) ser verdadeiro ou não. O princípio da ação ou da demanda indica a atribuição a parte da iniciativa de provocar o exercício da jurisdição.
6 – Princípio da disponibilidade: Disponibilidade é a liberdade que a pessoa tem de exercer u não seus direitos. Em Direito Processual tal poder é configurado pela possibilidade de apresentar ou não sua pretensão em juízo, bem como, de apresentá-lo da maneira que aprouver e renunciar a ela (desistir da ação). Trata-se do princípio da disponibilidade processual. O princípio da disponibilidade encontra-se previsto em sua maioria no direito processual civil, onde o autor em à liberdade de propor ou não a ação, sendo eles geralmente ligados a direitos disponíveis. Entretanto, sofre limitação quando o próprio direito material é de natureza indisponível, por prevalecer o interesse público sobre o privado.
7 – Princípio da indisponibilidade: por seu turno, prevalece no processo criminal o princípio da indisponibilidade (ou obrigatoriedade). O crime é uma lesão irreparável ao interesse coletivo e a pena é realmente reclamada paraa restauração da ordem jurídica. O Estado não tem apenas o direito, mas, sobretudo, o dever de punir, daí concluir que os órgãos incumbidos da persecução penal oficial não são dotados de poderes discriminatórios para apreciarem a oportunidade ou conveniência da instauração, quer seja do inquérito policial, quer seja do processo penal. 
8 – Princípio da efetividade do processo: O princípio da efetividade significa que os mecanismos processuais devem ser aptos a propiciarem decisões justas, tempestivas e úteis as jurisdicionados, assegurando-se concretamente os bens jurídicos devidos aquele que tem razão.
9 – Princípio do devido processo legal: Tal garantia é também conhecida pela expressão “due processo of low”. Tal princípio nos orienta dizendo que “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”. Isso quer dizer que toda pessoa e qualquer interferência negativa que as partes possam sofrer, tanto na esfera da liberdade e integridade pessoal quanto no âmbito de seu patrimônio deve necessariamente decorre de decisão proferida num processo que tenha tramitado de conformidade com antecedente previsão legal e em consonância com o conjunto de garantias constitucionais fundamentais.
10 – Princípio da cooperação: Esse princípio impõe ao juiz, partes e demais sujeitos da relação processual que atuem de modo coordenado em vista do objetivo final do processo. Espera-se um relacionamento lhano (aberto, franco, leal, sincero) e probo (concreto, digno) entre as partes, o juiz e seus auxiliares, impondo-se, também, diálogo permanente.
11 – Princípio da liberdade negocial: consagra ampla possibilidade das partes alterarem não apenas o procedimento como também seus poderes, deveres e ônus processuais. Portanto, podem celebrar além do negócio jurídico típicos outros atos atípicos. Essa liberdade negocial fica condicionada apenas a aptidão da causa que se prevê a outo composição, encontrando limites na impossibilidade de situações em que uma das partes esteja em manifesta vulnerabilidade.
12 – Princípio do impulso oficial: É o princípio pelo qual compete ao juiz uma vez instaurada a relação processual mover o procedimento de fase em fase até exaurir-se a função jurisdicional. O princípio do impulso oficial visa assegurar a continuidade dos atos e seu avanço em direção a resultados esperados do processo. Embora a jurisdição seja inerte, o processo uma vez instaurado não pode ficar à mercê das partes em virtude do interesse público sobre o privado.
13 – Princípio da proporcionalidade: esse princípio constituiu em um método que permite ao operador do direto trabalhar com os princípios jurídicos de modo a dar-lhe efetivo rendimento, mesmo que estejam em conflito. Trata-se de reconhecer que não é possível uma hierarquização previa em termos absolutos de todos os princípios de um mesmo grau normativo, constitucional ou infraconstitucional. No caso, quando há conflito entre dois ou mais princípios do mesmo grau compete considerar, no caso concreto, qual deles está protegendo bens jurídicos mais sensíveis e que mereçam maior proteção.
14 – Princípio do juiz natural – não poderá haver juiz ou tribunal de exceção e que nenhuma pessoa poderá ser processada ou sentenciada sem que seja pela autoridade competente. É imprescindível que a autoridade jurídica preexista ao fato, bem com seja competente para tanto, a fim de que a boa qualidade da proteção jurisdicional e a imparcialidade do órgão sejam asseguradas.

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