Portfólio Pronto - Política Social No Brasil Construção Dos Direitos E Políticas Sociais No Brasil A Partir Do Século XX

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SUMÁRIO
31 INTRODUÇÃO	�
42 DESENVOLVIMENTO	�
42.1 Direitos Sociais No Âmbito Internacional	�
52.2 Direitos Sociais No Brasil	�
72.3 Políticas Sociais	�
93 CONCLUSÃO	�
10REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda os aspectos relacionados aos fatores políticos, econômicos e sociais na construção das Políticas Sociais e dos Direitos Sociais no Brasil a partir da primeira metade do Século XX até a promulgação da Constituição Federal de 1988, com preocupação de relacionar as políticas sociais ao surgimento e desenvolvimento do Serviço Social. Buscando fazer um resgate histórico sobre o cenário político, econômico e social, tratando ainda dos pressupostos básicos para a criação das políticas sociais.
 Os trabalhadores passaram a adquirir um papel político revolucionário na conquista de seus direitos e valores, fazendo com que o sistema capitalista revessem seus julgamentos, devido ao aparecimento da questão social pautada ao descontentamento dos trabalhadores.
O nascimento dos direitos sociais, no aspecto internacional, se dá a partir do Pacto Internacional das Nações Unidas e a vinda desse pacto ao Brasil, influenciou na constituição cidadã, uma constituição criada pós-regime militar que buscava uma sociedade mais justa, possibilitando assim a criação dos artigos referentes aos direitos sociais.
Nesse período a Assistência Social era acoplada a igreja e realizavam ações para auxiliar e proteger os necessitados, em forma de auxílio econômico, amparo e apoio à família, orientação maternal, campanhas de higiene, orfanatos, dentre outros. Com características eminentemente beneficentes, acompanhadas de um discurso religioso, o serviço social em seus primórdios era caracterizado por distribuir a caridade e garantir o bem estar e assistência ao próximo.
DESENVOLVIMENTO
O inicio das políticas sociais e dos direitos sociais no Brasil se dá a partir da necessidade de igualdade, democracia e cidadania. A procura por direitos no Brasil teve influencia da Revolução Industrial do século XVIII, onde ouve a substituição de trabalhadores por máquinas, gerando desemprego e deixando grande parte da mão de obra desempregada. Essa onda de desemprego que se formou durante a revolução, derivou em um grande número de indivíduos vivendo na linha da miséria. 
A falta de políticas que garantisse os direitos dos trabalhadores acabou gerando um descontentamento, forçando a classe trabalhadora a protestar contra esse problema econômico, social e político, em busca de seus direitos. Diante desta situação foi estabelecida uma série de medidas de caráter preventivo, acomodando um mínimo de proteção aos trabalhadores e garantindo que eles tivessem condições de pelo menos, integrar ao sistema e a criação de sindicatos, isso para tentar amenizar a insatisfação da classe trabalhadora e manter a ordem do sistema capitalista.
Essas políticas sociais, em sua maioria, também beneficiavam a classe média e a burguesia, classe essa que incrementava e alavancava os cargos trabalhistas nas fábricas, indústrias e empresas, dando condição para o aumento da produção, gerando com isso um aumento ainda maior do capitalismo no Brasil.
Direitos sociais no âmbito internacional
Para falar sobre os direitos sociais no Brasil é preciso fazer um resgate histórico internacional sobre o cenário político, econômico e social, até a chegada dos direitos no Brasil.
Em 1917 os Direitos Sociais foram primeiramente constituídos pelas Constituições Mexicana e logo a pós pelas Constituições de Weimar em 1919. Em 1948 espalhou-se pelo mundo, por meio da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, realizados a partir de dois pactos internacionais de 1966: O Pacto de Direitos Civis e Políticos e o Pacto de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
Assim em 1992 o Pacto Internacional das Nações Unidas foi adotado pelo Brasil, que acabou por influenciar na Constituição da República Federativa de 1988 e também na emenda constitucional de 2010, resultando no Artigo 6º.
Art. 6º: a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados.
Os Direitos Sociais previstos na Constituição, vão do Art.6° até o Art.11°, em resumo eles representam:
Art. 6º: Genéricos; 
Art. 7º: Trabalhadores Urbanos e Rurais;
Art. 8º: Liberdade Sindical;
Art. 9º: Greve;
Art. 10º: Participação;
Art. 11º: Representação.
Direitos Sociais no Brasil
No Brasil durante a primeira metade do século XX, a classe trabalhadora estava em busca de seus direitos, que eram controlados pelo estado. Os trabalhadores se organizavam através de sindicatos, e por meios das mobilizações e greves exigiam menos carga horária, segurança e melhores salários, gerando conflitos e preocupando os capitalistas.
Foi mediante a esse caos que surgiu o salvador dos menos favorecidos e, considerado “pai dos pobres”, esse generoso pai era Getúlio Dornelles Vargas, popular Getúlio Vargas. Não tem como falar de direitos sem falar na era Vargas, conhecida como a era dos direitos trabalhistas.
Nesse período, o governo de Getúlio Vargas, foi obrigado a fazer um “jogo de cintura” e tomar medidas cautelosas e preventivas para diminuir a insatisfação da classe trabalhadora e ao mesmo tempo manter a ordem do sistema capitalista. Logo que assumiu o governo Provisório, em 1930, Getúlio, criou o Ministério da Educação e Saúde e o Ministério do Trabalho.
Ao decorrer de seu longo mandato Getúlio foi fazendo historia com a criação de políticas que garantisse os direitos dos trabalhadores, e na década de 30, o presidente Getúlio Vargas suspendeu as aposentadorias das CAPs durante seis meses e agenciou uma reestruturação que acabou por substituí-las por Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs), Dessa forma, a filiação passou a ser por categorias profissionais, diferente do modelo das CAPs, que se organizavam por empresas. Dessa forma ao longo dos anos surgiriam os seguintes institutos:
1933 - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM);
1934 - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC);
1934 - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (IAPB);
1936 - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI);
1938 - Instituto de Pensões e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE);
1938 - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas (IAPETEC);
1939 - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Operários Estivadores;
1945 -  Instituto de Serviços Sociais do Brasil (ISS);
1953 - Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e de Empresa do Serviço Público (CAPFESP);
1960 - Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e Empregados em Serviços Públicos (IAPFESP).
Em 1935, para certificar que operem com segurança e estabilidade no emprego, foi constituído o pagamento de consideráveis indenizações para despedida sem justa causa, além de garantia de responsabilidade ao empregador por acidentes de trabalho. 
Em 1937 Getúlio Vargas cria o Estado Novo, que continuava com suas Políticas Sociais em relação aos trabalhadores e, em 1939, reformulou os institutos de previdência e criou a Justiça do Trabalho. 
Em 1940 Getúlio decretou a Lei do Salário Mínimo e, também criou o Imposto Sindical, para auxilio dos sindicatos, em 1942, foi à vez da criação do SENAI. No ano de 1943, criou o maior responsável por garantir os direitos dos trabalhadores, a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e em 1945, aprovou a criação da Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).
Logo após foram criados o décimo terceiro salário e o salário família, benefício pago aos trabalhadores que ganham um salário mensal de até R$ 586,19 paraauxiliar no sustento dos filhos de até 14 anos, além da obrigatoriedade do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Programa de Integração Social (Pis).
Além de assegurar o direito de greve dos trabalhadores, Getúlio Vargas estabeleceu o voto feminino e deu inicio a um intenso processo de industrialização do País, construiu a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Fábrica Nacional de Motores, o Projeto Vale do Rio Doce e a Cia Nacional de Álcalis.
Em relação ao Serviço Social, até os anos 80, a assistência social se caracterizava pontuais, emergenciais, ações paliativas, precárias e secundária, apontada por só executar ações pobres para uma parcela da população carente, à quem a sociedade capitalista negavam os direitos fundamenteis, como sobrevivência e à cidadania.
Políticas Sociais
As políticas sociais tem sua origem no modo capitalista, partindo das lutas dos trabalhadores por seus direitos sociais, assim as Políticas Sociais e a cidadania é um direito do cidadão, por ser resultado das relações e dos conflitos sociais da população.
Até a década de 1930 não existiam políticas sociais no Brasil, eram os trabalhadores de seções específicas que se organizavam para, coletivamente, criar mecanismos de proteção social. A assistência social da época era desenvolvida por instituições religiosas e por pessoas da sociedade, além disso, a assistência social, não era uma política social, por não ter financiamento do Estado nem legislação específica. Por esse motivo as ações sociais eram de cunho católico, direcionada a pobreza, que era considerada algo natural. 
Aos olhos do capitalismo a pobreza era vista como caso de polícia, não era considerado uma expressão da questão social, pois, as pessoas pobres eram analisadas como desajustados, cabia ao Estado apoiar as ações de caridade e solidariedade praticada por pessoas de maior poder aquisitivo.
A partir da década de 1930 foram criadas as primeiras leis de proteção ao trabalhador e as primeiras instituições de previdência social, até a Constituição de 1988. O serviço social deixa de ser criticado por somente executar ações e passa a agregar valores junto às novas leis.
Com tudo o século XX foi de grandes conquistas para a sociedade e para a assistência social. As principais características que constam a trajetória das políticas sociais, direito sociais e a assistência social na primeira metade do século XX até a Constituição de 1988, são:
1923 - Lei Eloy Chaves - institui a caixa de aposentadorias e pensões (CAP);
1933 – Criados o Instituto de Aposentadorias e Pensões (IAPs);
1942 – Concepção da Legião Brasileira de Assistência (LBA);
1943 – Promulgação da Consolidação das Leis do Trabalho (CTL);
1960 – Adesão da Lei Orgânica da Previdência Social (Lops);
1963 – Criado o Fundo de Assistência do Trabalhador Rural (Funrural); 
1966 – Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). 
1988 – Constituição Federal do Brasil (Constituição Cidadã).
De todo modo a política social é o procedimento usado para garantir igualdade e oportunidades a todos. 
CONCLUSÃO
Conclui-se que durante os anos da ditadura militar até a Constituição de 1988, a política social brasileira se caracterizou por oferecer pouca cobertura aos trabalhadores, com o objetivo de, apenas, criar condições para garantir a força de trabalho, que atendesse as exigências do mercado emergente. 
Fora do mercado de trabalho só havia a caridade privada ou alguma esmola pública precária na forma de auxílios, isso mudou logo depois das políticas sociais. Getúlio Vargas, caracterizado como “Pai dos Pobres” por criar leis trabalhistas que garantisse os direitos e a segurança dos trabalhadores, foi um marco na cidadania brasileira.
O estado é o responsável por garantir os direitos sociais, como educação, saúde, emprego e moradia, Já o assistente social é responsável por garantir que essas leis sejam aplicadas. A constituição de 1988 trouxe melhorias na questão social, que é conectada com a desigualdade social, essas medidas sancionadas pela constituição acabaram propiciando a criação do bem estar social, além de trazer programas e projetos para auxiliar os necessitados.
O Assistente Social é um profissional que trabalha diretamente com as questões sociais, e se estabelece como uma profissão que age inteiramente, na formulação, planejamento, e execução de políticas pública. 
REFERÊNCIAS 
AMARAL, Francisco. Getulio e as conquistas trabalhistas. Disponível em: <http://folhartigos.blogspot.com.br/2009/05/getulio-e-as-conquistas-trabalhistas.html
> Acesso em 10/09/2013.
BATISTUTE, Jossan, COSTA, José Ricardo Caetano, MARQUESI, Roberto Wagner, MARTINEZ, Vinicio C. Direito e Legislação Social. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009.
COUTINHO, Celina. Getulio Vargas e as Leis Trabalhistas. Disponível em: <http://tvg.globo.com/programas/mais-voce/v2011/MaisVoce/0,,MUL478712-10345,00.html> Acesso em 11/09/2013.
FERREIRA, Claudia Maria. Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço Social IV. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
KERNKAMP, Clarice da Luz e PEREIRA, Maria Lucimar. Políticas Sociais I. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2013. 
PINHEIRO, Maria Cláudia Bucchianeri. A Constituição de Weimar e os Direitos Fundamentais Sociais. Disponível em: <http://jus.com.br/artigos/9014/a-constituicao-de-weimar-e-os-direitos-fundamentais-sociais/5
> Acesso em 11/09/2013.
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Trabalho de Serviço Social apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de...
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