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Resumo Cleber Masson

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Direito Penal: Noções Introdutórias
Direito penal é o conjunto de princípios e leis destinados a combater o crime e a contravenção penal, mediante a imposição de sanção penal.
Cuida-se do ramo do direito público por ser composto de regras indisponíveis e obrigatoriamente imposta a todas as pessoas. Além disso, o Estado é o titular exclusivo do direito de punir e figura como sujeito passivo nas relações jurídicas.
Características do Direito Penal:
Ciência cultural normativa, valorativa e finalista.
É considerado Ciência, pois suas normas e regras estão sistematizadas por um emaranhado de princípios, que compõe a dogmática penal.
É cultural, pois pertence à classe da ciência do dever ser ao contrário das ciências naturais que culminam o ser
Normativa: porque tem como estudo a lei penal
Valorativa: porque estabelece a sua própria escala de valores, a qual variam de acordo com o fato.
Finalista: uma vez que se preocupa com a proteção dos bens jurídicos fundamentais.
Obs.O direito penal ainda tem natureza constitutiva (autônoma, autonomista ou originária), mas também sancionitária
Sancionador: porque não cria bens jurídicos mas acrescenta uma proteção penal aos bens jurídicos disciplinados por outras regras do direito.
Constitutivo: usado em casos excepcionais, quando as outras áreas do direito não conseguem dar suporte ao bem jurídico tutelado.
Fragmentário: não tutela todos os valores ou interesses, mas somente os mais importantes.
Criminalização primária e secundária, seletividade e vulnerabilidade no Direito Penal
Criminalização primária: é o ato ou efeito de sancionar de uma lei primária material, que incrimina e determina a punição de determinadas pessoas.
Criminalização Secundária: é a ação punitiva exercida sobre pessoas concretas que podem subdividir-se em duas características:
Seletividade e vulnerabilidade: que está sobre o patamar de que o direito deve agir sobre pessoas desfavorecidas socialmente. (Teoria da rotulação ou do etiquetamento)
Funções do Direito Penal:
O direito penal cuida-se de importante instrumento para a convivência dos homens em sociedade, mas não só possui atualmente diversas funções sendo elas:
Direito Penal como proteção aos bens jurídicos: Onde e o direito penal que salvaguardará os bens jurídicos ou seja, os valores ou interesses reconhecidos pelo direito
Direito Penal como instrumento de controle social: É reservado ao direito penal também que ele zele pela preservação da paz pública.
Direito Penal como Garantia: Sendo ele um escudo para os cidadãos uma vez que ele gera sanções penais.
Função Ético-Social do Direito: Também conhecido como função criminadora ou configuradora dos costumes, buscando assim um efeito moralizador almejando assegurar um mínimo ético
Função Simbólica do Direito Penal: Não produz efeitos externos, mas somente na mente dos governantes e dos cidadãos
Função Motivadora do Direito Penal: O direito penal não motiva os cidadãos a violarem tal norma jurídica
Função de Redução da Violência Estatal: Visa reduzir ao mínimo a violência estatal
Divisões do Direito Penal
Direito Penal Primário: é a parte geral do código juntamente com algumas leis da parte especial de ampla abordagem que são delimitadas de leis especiais.
Direito Penal Secundário: Acervo de legislação referente as leis extravagantes
Direito penal Comum: Aplica-se a todas as pessoas.
Direito penal Especial: Aplica-se a pessoas determinadas a certas condições
Direito penal Geral: tem incidência em todo território nacional
Direito Penal local: aplica-se somente em parte determinada do território nacional
Direito Penal objetivo: é as leis penais em vigor.
Direito Penal Subjetivo: é o direito de punir ius puniendi exclusivo do Estado
Direito Material: é o direito penal propriamente dito, ou seja é as leis que estão em vigor
Direito penal Formal: é o direito processual penal
Fontes do Direito Penal
Fontes materiais, substanciais ou de produção: Compete a união legislar sobre assuntos penais, sendo somente ela capaz de produzir lei penal.
Fontes formais cognitivas ou de conhecimento
São os modos pelo qual o direito penal se revela, subdivide-se em :
Formal imediata: é a lei, regras escritas concretizadas pelo poder legislativo
Fontes formais mediatas ou secundárias: são os costumes, os princípios gerais do Direito e dos Atos administrativos.
Lei Penal
A lei penal, é uma fonte do direito imediata
A estrutura da lei penal se subdivide em: 
1) Preceitos primários que tipifica a conduta 
2-) Preceitos secundários que tipifica a pena
Ex: artigo 121 do CP: dispõe sobre o crime de homicídio: onde o preceito primário é matar alguém e o secundário é a pena de 6 a 20 anos
Observação: 
A lei penal não é proibitiva, mas sim descritiva, pois ela não proíbe a ação dada no exemplo anterior mas sim descreve tal comportamento como criminoso impondo a pena a ser aplicada no caso.
Classificação da lei penal:
Incriminadoras: são as que criam crimes e culminam em penas. Estão presentes na parte especial do direito penal e na legislação especial do direito penal
Não Incriminadoras: São as que não criam crimes nem cominam em penas. Subdividindo-se em:
*Permissivas: Autorizam a pratica de condutas típicas, sendo as cláusulas de exclusão da ilicitude. Em regra estão presentes na parte geral do Direito Penal (Artigo 23, 128 e 142 do CP).
*Exculpantes: Estabelecem a não culpabilidade do agente ou ainda a impunidade de determinados delitos. Ex: Doença mental, menoridade, prescrição e perdão jurídico. (Artigos 312 § 3º, 1º parte “Crime de Peculato” e artigo 342 §2º.
*interpretativas: Estabelecem o conteúdo e o significado de outras leis penais. Ex: artigos 150, §4º e 327 do CP.
*De aplicação final ou complementar: delimitam o campo de validade das leis incriminadoras. Ex: art. 2º e 5º do CP
*Diretivas: São as que estabelecem o princípio de determinada matéria. Ex: princípio da reserva legal (CP, art.1º);
*integrativas ou de extensão: São as normas que completam a tipicidade no tocante ao nexo causal nos crimes omissos impróprios à tentativa e à participação. Ex: CP, arts 13, §2º, 14,II e 29 caput, respectivamente)
*Completas ou perfeitas: Apresentam todos os elementos da conduta criminosa. Ex. artg 157, caput do CP
*incompletas ou imperfeitas: Reservam a complementação da definição da conduta criminosa em uma outra lei.
Características da Lei Penal:
Exclusividade: Só a lei pode criar delitos e penas
Imperatividade: o seu descumprimento acarreta a imposição de pena ou medida de segurança, tornando obrigatório o seu respeito
Generalidade: dirige-se a todas as pessoas, inclusive os inimputáveis.
Impessoalidade: Se aplica a todos indistintamente.
Anterioridade: só tem efeito a partir de sua vigência.
Lei Penal em Branco
A lei em branco pode ser delimitada de lei cega ou aberta, pois ela necessita de complementação. O seu preceito secundário é completo. A lei em branco pode ser dividida em:
Homogênea: o complemento tem a mesma natureza jurídica e provém do mesmo órgão que a elaborou. Ex.169, parágrafo único, I do CP
Heterogênea ou sentido estrito: o complemente tem natureza jurídica diversa e emana de órgão distinto daquele que elaborou a lei incriminadora. Ex. lei de Drogas
Inversa ou ao avesso: Preceito primário é completo (Conduta) ,mas o secundário reclama complementação, onde o complemento deve ser obrigatoriamente uma lei, sob pena de violação do princípio da reserva legal. Ex. arts. 1º e 3º da Lei: 2889/56, relativo a genocídio
Fundo Constitucional: O complemento do preceito primário esta em uma norma constitucional. Ex. Crime de abandono intelectual, definido no art. 246 do CP, pois conceitua “instrução primária” encontra-se no art 208, inc I, da CF.
Interpretação da Lei Penal
Mens legis: vontade da lei
Mens legislatoris: quem faz a lei
Quanto ao Sujeito
Legislativa ou Autêntica: é aquela que se incumbe o próprio legislador, quando edita uma lei com o propósito de esclarecer o alcance e o significado de outra. É chamada de interpretativae tem natureza cogente, não podendo se afastar dela o cogente. Ex. art 13 caput, do CP e também do conceito de funcionário público para fins penais, previsto no art, 327 do CP.
Ex tunc = retroação
Doutrinária ou científica: é a interpretação exercida pelos doutrinadores.
Judicial ou Jurisprudencial: É a interpretação executada pelos membros do poder judiciário, na decisão dos litígios que lhes são submetidos, que se constitui meio à jurisprudência.
Meios e Métodos
Gramatical ou literal ou sintática: é que interpreta de modo literal as palavras da lei, desprezando quaisquer outros elementos que não os visíveis na singela leitura do texto legal.
Lógica ou Teológica: é aquela realizada com a finalidade de desvendar genuína vontade manifestada na lei, nos moldes do art 5º das LNDB.
Histórica: Busca a origem da lei, entender a origem da lei.
Resultado
Declaratória, declarativa ou estrita: é aquela que resulta da perfeita sintonia entre o texto da lei e a sua vontade.
Extensiva: Amplia o conceito da palavra que esta dentro de uma lei.
Restritiva: quando o legislador expõe na lei mais do que precisava dizer.
Progressiva: a que busca amoldar a lei a realidade atual,, se destinando a acompanhar as mudanças da sociedade.
Analógica:
Intra legem = interpretação analógica
Quando a lei contem em seu bojo uma fórmula casuística, seguida de uma fórmula genérica. Ex. CP, 121,§2º, I.
Analogia
É um método usado quando a normal penal é incompleta e a complementação não existe, não criando crime e nem definindo pena. Podendo ser usadas somente em leis não incriminadoras em respeito ao princípio da reserva legal.
Espécies
Analogia in malam partem: é aquela em qual se aplica ao caso omisso uma lei maléfica ao réu.
Analogia in bonam partem: é aquela em qual se aplica ao caso omisso uma lei favorável ao réu
Analogia Legal ou legis: é aquela em qual se aplica ao caso omisso uma lei que trata de caso semelhante.
Analogia Jurídica ou juris: é aquela em qual se aplica ao caso omisso um princípio geral do direito.
Lei Penal no Tempo
Princípio da Continuidade das Leis: a Lei Penal vigorará até que a lei seja revogada.
Revogação: retirada da vigência de uma lei.
Ab-rogação é a retirada total da lei do cenário jurídico
Modo de Revogação:
Expressa: Ocorre quando uma lei expressa no seu corpo os motivos de revogação
Tácita: Ocorre no caso em que a lei nova se revela incompatível com a anterior, apesar de não haver menção expressa a revogação.
Global: ocorre quando a nova lei regula inteiramente a matéria disciplinada pela lei anterior, que passa a ser ultrapassada e desnecessária.
Direito Penal Intertemporal e o conflito das leis no tempo
As regras e princípios que buscam solucionar o conflito de leis penais no tempo constituem o direito penal intertemporal.
tempus regit actum: Prevalência da lei que se encontra em vigor quando da pratica do fato.
novatio legis incriminadora: a lei cria uma nova figura penal
lex gravior: lei posterior se mostra mais rígida em comparação a lei anterior.
abolitio criminis: a lei posterior extingue o crime
lex mitior: a lei posterior é benigna em relação a sanção penal ou a forma de seu cumprimento
a lei posterior contém alguns princípios mais severos e outros mais brandos.
Novatio legis incriminadora: É a lei que tipifica infrações penais comportamentos até então considerados irrelevantes, sendo assim a novatio legis incriminadora só terá efeito para o futuro. Jamais para o passado.
Abolitio Criminis: é a nova lei que exclui do âmbito do Direito Penal um fato até então considerado criminoso, podendo melhorar ou abolir esse crime.
Lei Benéfica ou Lex Mitior ou Novatio legis in mellius: quando ocorre a sucessão de leis penais no tempo, ou seja, taç concepção visa o favorecimento do réu onde se a nova lei criada for mais benéfica ao réu ela pode ser usada em seu detrimento.
Lei Penal Posterior e Vacatio Legis
Durante o período de vacatio legis a lei penal não pode ser aplicada ainda que ela seja benéfica ao réu 
Combinação de leis penais (Lex tertia)
Impossibilidade de usar duas leis de esferas hierárquicas diferentes Ex. Uma lei ordinário do Código Penal e um Ato Normativo.
Lei Penal Intermediária
Consiste na aplicação de uma lei favorável ao réu indiferente do tempo de tramitação do processo, já que o direito penal só permite que a lei seja usada em casos de Bonam Partem. Ex. Se quando um individuo é preso vigora a lei 1 e no meio do seu processo essa lei é revogada pela lei 2 e essa lei é mais benéfica esta deverá ser usada ao seu favor, porém antes mesmo de o processo chegar ao seu final essa lei 2 também é revogada e entra em vigor uma 3 que não oferece os mesmos benefícios que a lei 2 oferece, assim deve-se ainda usar apenas a lei 2 mesmo que esta não esteja mais em vigor.
Lei Penal Temporário ou Excepcional
é aquela que tem a sua vigência pré determinada no tempo, isto é o seu tempo final é explicitamente declarado no calendário.
A lei penal excepcional por outro lado é a que verifica quando a sua duração esta relacionada a situações de anormalidade. 
Essas leis são autorrevogáveis, ou seja, elas se revogam sozinhas.
Leis penais em Branco e o conflito das leis no tempo
Normalidade: a situação que se buscava incriminar passa a ser irrelevante, sendo assim a retroatividade obrigatória, pois a conduta que antes era considerada crime não é mais.
Anormalidade: a situação que busca incriminar uma conduta que acontece devido uma anormalidade seja ela física ou qualquer que seja, e gerou-se uma lei excepcional e essa foi transgredida pelo agente sendo ele julgado por esta e depois de certo tempo essa lei não se encontra mais em vigor, não poderá retroagir a favor do réu.
Leis penais em branco ao avesso
Preceito primário é completo e o secundário necessita de complementação.
Tempo do Crime
É necessária a identificação do momento em que se considera praticado o crime, para que se opere a aplicação da lei penal ao seu responsável. Três teorias buscam explicar o momento em que o crime é cometido:
Teoria da Atividade: Considera-se praticado o crime no momento da conduta (ação ou omissão), pouco importando o momento do resultado.
Teoria do Resultado ou do Evento: Considera-se verdadeiro o crime praticado no momento em que ocorre a consumação. É irrelevante a ocasião da conduta.
Teoria Mista ou da Ubiquidade: Busca conciliar as anteriores. Para ela o momento do crime tanto é o dia da conduta como também o resultado.
Obs. A Teoria aceita pelo CP brasileiro é a teoria da Atividade que é respaldada pelo art 4º do CP.
Assim, temos que a teoria da atividade apresenta relevantes consequências, tais como:
Aplica-se a lei em vigor do tempo da conduta, exceto se a do tempo do resultado for mais benéfica.
A imputabilidade é apurada ao tempo da conduta;
No crime permanente em que a conduta tenha se iniciado durante a vigência de uma lei, e prossiga durante o império de outra, aplica-se a lei mais nova, ainda que mais severa. Fundamenta-se o raciocínio na reiteração de ofensa ao bem jurídico, já que a conduta criminosa continua a ser praticada depois da entrada em vigor da lei nova, mais gravosa.
Lei Penal no Espaço
O CPB limita o campo de atuação da lei penal com a observância de dois vetores fundamentais: a TERRITORIALIDADE e a EXTRATERRITORIALIDADE, com base nesses se estabelecem princípios que buscam solucionar os conflitos de leis penais no espaço.
A Territorialidade é a regra
Princípio da Territorialidade
Cuida-se da principal forma de delimitação do espaço geopolítico de validade da lei penal nas relações entre Estados soberanos. (Art.5 do CP)
O território compreende:
Espaço delimitado pelas fronteiras
Mar territorial
Plataforma continental (200 milhas náuticas)
Espaço aéreo: navios, aeronaves de natureza pública ou privada 
Extensão do território brasileiro.
Teoria da territorialidade temperada ou mitigada:
Toda vez que um brasileiro cometer um crime fora de seu país ele será julgado também no seu próprio país, neste caso o Brasil,assim como todo estrangeiro que estiver vivendo ou sob o caráter de turista no país e cometer um crime em território brasileiro também será julgado pela lei brasileira.
Território brasileiro por extensão
Definido no art 5º do CP diz- se que são considerados parte do território os navios públicos ou particulares assim como, os aviões que se encontram no mesmo patamar desde que tenham saído diretamente do território brasileiro.
Outros Princípios
Principio da personalidade ou da nacionalidade: Que visa autorizar a submissão à lei brasileira dos crimes praticados no estrangeiro por autor brasileiro (ativo) ou contra vitima brasileira (passivo)
Principio do Domicilio: o autor ou ativo deve ser julgado de acordo com a lei do seu pais em que tem domicilio, pouco importando a sua nacionalidade (art. 7,I alínea “a”, “b” e “c”.
Principio da Defesa real ou da proteção: Permite submeter a lei brasileira pelos crimes praticados no estrangeiro que ofendam bens jurídicos pertencentes ao brasil, qualquer que seja a nacionalidade do agente. Ex. art 7º I alínea d.
Principio da justiça universal: é característico da cooperação penal internacional, porque todos os Estado internacionais podem punir pela ação. Ex. art 7º II “a”
Principio da representação: Deve-se aplicar a lei penal brasileira aos crimes cometidos em aeronaves ou embarcações brasileiras mercantes ou de propriedade privada, quando estiverem em território estrangeiro. Ex. art 7º, II, "c".
Extraterritorialidade
Extraterritorialidade é a aplicação da legislação penal brasileira aos crimes cometidos no exterior.
Incondicionada: não está sujeita a nenhuma condição, onde a mera pratica do crime em território estrangeiro autoriza a incidência da lei penal brasileira.
Condicionada: aplica-se a lei penal brasileira aos crimes cometidos no exterior se sujeita as condições descritas pelo art. 7º, §2º, alíneas “a”, “b”, “c” e “d” do CP.

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