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recurso ordinario npj 3 constitucional


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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A) PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARA. 
Mandado de Segurança n° ____________________ 
Magnólia, já qualificada nos autos do mandado de segurança em referencia, não se conformando com a respeitável decisão da Câmara Cível deste egrégio tribunal, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado abaixo assinado, com base nos artigos 1.027 e seguintes do novo Código de Processo Civil, e alínea “b” do inciso II do artigo 105 da Constituição Federal, opor o presente
RECURSO ORDINÁRIO
Contra a decisão que deferiu a ordem de mandado de segurança impetrado contra MUNICÍPIO de FORTALEZA e Secretário de Saúde do Estado do Ceará, também já qualificado, pelos motivos de fato e de direito que expõe a seguir.
Pugna-se pelo recebimento deste recurso ordinário e, após a tramitação de praxe (intimação do Recorrido para apresentar as contra-razões, conforme o § 2º do artigo 1.027), o seu encaminhamento para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), a fim de que seja reformada a decisão que negou a segurança do presente mandamus.
Termos em que pede deferimento.
Cidade (UF), data.
______________________
Advogado
OAB _____
AO COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RAZÕES RECURSO ORDINARIO CONTITUCIONAL
RERORRENTE: MAGNOLIA
RECORRIDA: SECRETARIA DE SAUDE DO ESTADO DO CEARÁ.
COLENDA TURMA.
INCLITOS MINISTROS.
DOUTA PROCURADORIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO.
O acórdão recorrido julgou como improcedentes os pedidos formulados pelo Recorrente. Todavia, a decisão merece ser reformada, pelas razões expostas neste recurso. 
FATOS
A impetrante é portadora de LUPUS, conforme seu prontuário médico em anexo:
“Magnólia que há alguns meses ela sofre com graves e recorrentes infecções em seu organismo. Em certo momento seu estado clinico sofreu agravo sendo necessário internamento com urgência no hospital estadual da rede pública em Fortaleza. Após melhora clinica e com quadro estabilizado ela recebeu alta da ala medica. Mediantes exames Magnólia foi diagnosticada com Lúpus (é um distúrbio crônico que faz o sistema imunológico produzir anticorpos em excesso sem um motivo aparente. A questão é que os anticorpos, quando em alta concentração, passam a atacar o próprio organismo, provocando inflamações e lesões em vários órgãos, rins, pulmões, pele e articulações são as áreas mais acometidas, porém a doença eventualmente atinge até cérebro e coração). Sendo essa uma doença que pode retornar sem precedentes, faz necessário o acompanhamento para ter ciência do grau de evolução que a doença esta atingindo“
Ao procurar os postos de medicamentos municipais, foram negados á requerente os medicamentos necessários para seu tratamento contínuo, pois se trata, conforme laudo anexo, de doença crônica. Os medicamentos objeto da presente ação são medicamento de alto custo, que conforme resposta da secretaria de saúde, está suspensa a distribuição do mesmo por tempo indeterminado.
Desta forma, tendo em vista a manifesta ilegalidade da autoridade coatora, pugna-se pela reforma da decisão que indeferiu a segurança do mandamus impetrado pelo Recorrente.
FUNDAMENTOS JURÍDICOS
Conforme descrito, a Recorrente tem direito líquido e certo aos medicamentos solicitados na presente ação.
O presente recurso ordinário tem fundamento no artigo 1.027 do novo Código de Processo Civil, in verbis:
Art. 1.027.  Serão julgados em recurso ordinário:
I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão;
II - pelo Superior Tribunal de Justiça:
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
A Constituição Federal também prevê, no seu artigo 105, o recurso ordinário em caso de decisão denegatória de segurança:
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
II - julgar, em recurso ordinário: [...]
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
Como demonstrado, a autoridade coatora rejeitou o direito do Recorrente, em manifesto ato eivado de ilegalidade e que padece de vícios graves que ensejam a sua nulidade.
Em síntese, o juízo a quo entendeu pela ausência de direito líquido e certo do Recorrente pelo seguinte:
Indisponibilidade de recurso e conveniência da administração publica.
No entanto, tal decisão merece reforma. 
Isso porque conveniência e disponibilidade financeira, não deve se sobrepor ao direito a vida da recorrente, uma vez que estes medicamentos precisam ser fornecidos pelo Sistema único de saúde, já que os mesmo estão no catálogo de medicamentos que são distribuídos.
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA DE URGÊNCIA
Da narrativa dos fatos verifica-se que o ato coator da Autoridade Municipal, causou risco à vida da Recorrente, nota-se que medicamentos negados são imprescindíveis para o tratamento que precisa ser iniciado URGENTEMENTE.
Logo, douto Julgador, estão presentes todos os requisitos para a concessão da medida liminar que ora se pleiteia, visto o iminente risco de dano irreparável à vida da Recorrente, ou seja, o risco na demora no uso dos medicamentos poderá custar a vida da impetrante (periculum in mora) e há também a verossimilhança das alegações ou aparência do bom direito, pois estão colacionados aos autos o Laudo médico que confirma a enfermidade, o pedido do medicamento e a afirmativa de negativa do impetrado (fumus boni iuris).
Uma vez presentes os requisitos do artigo 300 e seguintes, bem como o artigo 932, todos do novo Código de Processo Civil, o relator do presente recurso ordinário pode e deve antecipar a tutela de urgência requerida, veja-se:
Art. 300.  A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Art. 932.  Incumbe ao relator: [...]
II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de competência originária do tribunal;
Sendo assim, presentes, pois, os requisitos autorizadores da concessão da medida, pelo que se requere, a concessão dos efeitos da tutela de urgência, liminarmente e inaudita altera parts.
PEDIDOS
Em razão do exposto, requer-se, seja homologado e provido o presente recurso ordinário, reformando a decisão que denegou a segurança do mandamus Recorrente e determinando à autoridade coatora que _______________. 
 
Nesses termos, pede deferimento.
Brasilia, data __/__/____.
_____________
Advogado
OAB _______