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ERGONOMIA E PERCEPÇÃO VISUAL UNIDADE 2

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Ergonomia e 
Percepção Visual
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Dr. Denis Garcia Mandarino
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Equilíbrio
• Introdução;
• Equilíbrio Simétrico por Eixo(s);
• Equilíbrio Simétrico Estrutural;
• Simetria Estrutural Reversa;
• Relativo;
• Central;
• Radial;
• Oculto;
• Anexo I.
 · Tornar o aluno capaz de identificar e criar elementos ergonômicos com a 
aplicação, no design, dos diferentes tipos de equilíbrio presentes na arte.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Equilíbrio
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Equilíbrio
Introdução
O ser humano busca o equilíbrio na maior parte das atividades que exerce, de 
maneira consciente ou inconsciente. Não seria possível caminhar, praticar espor-
tes ou, até mesmo, dançar sem a busca constante do equilíbrio. Uma atividade 
repetida continuadamente torna-se inconsciente. Uma criança não tem equilíbrio 
quando começa a andar, mas a repetição do ato poderá transformá-la numa pes-
soa de equilíbrio físico excepcional. O equilíbrio se estende às finanças, à dieta, 
à distribuição das tarefas etc. 
Neste estudo, nos ateremos ao equilíbrio presente na percepção visual. Uma fo-
lha de papel em branco, por exemplo, contém forças preexistentes que foram sen-
do construídas culturalmente, ao longo de milênios, podendo, os pontos principais, 
variar de importância em virtude da tradição, da religião, da política entre outros 
elementos sociais (figura 1).
Figura 1 – Algumas das forças preexistentes no campo visual
Fonte: Mandarino, 2018
No livro Arte e Percepção Visual: uma psicologia da visão criadora, pu-
blicado em 1954, Rudolf Arnheim baseou-se em fundamentos científicos e em 
pesquisas ancestrais da Gestalt para aprofundar o estudo da percepção humana 
e compreender, até onde fosse possível, como é que a individualidade e a intui-
ção interferem na expressão artística. A percepção e as predileções são coisas 
que podem variar de uma pessoa para outra, daí a importância de um profissio-
nal se inteirar das preferências dos seus clientes ou público alvo. Em alguns paí-
ses, ainda é possível encontrar o estereótipo de que a cor rosa é mais adequada 
para as meninas e de que o azul é a cor que melhor representa a personalidade 
masculina. No oriente, há quem adote o azul como a cor mais adequada para as 
meninas e o preto para os meninos. Como se vê, clientes diferentes podem ter 
preferências distintas, no tocante aos tipos de equilíbrios que serão empregados 
na identidade visual de uma marca, por isso, durante as reuniões iniciais, torna-
-se importante perguntar o necessário e ouvir, com atenção, tudo o que está 
sendo dito pelo proponente ou contratante. Outro importante autor, do mesmo 
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período, é Robert Gillan Scott, que escreveu, em 1951, o livro Fundamentos 
do Desenho, na Universidade de Yale. Gillan via o desenho com a ideia de pro-
jeto, que embora seja aplicável na arte, é uma definição que muito se aproxima 
do real significado de design. Ele dizia: “Desenhar é um ato humano fundamen-
tal: desenhamos sempre que fazemos algo por uma razão definida.”
Agora que sabemos que o equilíbrio é uma das preocupações fundamentais da 
composição, vamos classificá-lo da seguinte forma:
1. Simétrico por eixos;
2. Simétrico estrutural (positivo-negativo);
3. Simétrico reverso;
4. Relativo;
5. Central;
6. Radial;
7. Oculto.
Equilíbrio Simétrico por Eixo(s)
É o meio mais elementar de equilibrar uma imagem. Quando for simétrica em 
um eixo, ela nada mais será do que o espelhamento de uma estrutura. A imagem 
do movimento humanitário Vermelho Crescente é simétrica no eixo horizontal, 
o que equivale dizer que a metade superior é um espelhamento da metade infe-
rior do emblema (figura 2). Muitos logotipos, bandeiras, ícones, símbolos, entre 
outros, seguem essa estrutura rígida com grande êxito. 
Figura 2 – O Vermelho Crescente
 Fonte: Wikimedia Commons
Se o equilíbrio estiver baseado em dois eixos ortogonais, então teremos a 
composição da quarta parte de uma imagem (figura 3). Nada impede que uma 
boa composição seja simétrica. Historicamente, a simetria total sempre foi 
mais buscada pelos designers do que pelos artistas, embora isso não seja uma 
tendência contemporânea.
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UNIDADE Equilíbrio
É comum que um armário tenha uma estrutura simétrica, bem como uma cadeira 
e, principalmente, um par de sapatos. Alguns grandes compositores de imagens, 
criadores de produtos ou designers de ambientes, preferem “quebrar” a simetria de 
algum modo, embora continuem a utilizá-la no esqueleto do modelo. A simetria tam-
bém é um dos fatores que contribuem para a beleza humana, mas certamente não é 
o único. É comum encontrarmos pessoas que quebram a simetria da própria imagem 
através de penteados assimétricos, bem como a utilização de adornos que desviam a 
atenção do eixo central (além do mais, ninguém é perfeitamente simétrico).
Figura 3 – Bandeira da Cruz Vermelha
 Fonte: Wikimedia Commons
E finalmente, é óbvio que uma estrutura poderá ser simétrica em muitos eixos. 
A Estrela de Davi tem a estrutura de um hexágono regular e é simétrica em seis 
eixos (figura 4).
Figura 4 – Estrela de Davi
 Fonte: Wikimedia Commons
Equilíbrio Simétrico Estrutural
Este é um caso bastante comum, no qual o desenho é completamente espe-
lhado e o artista quebra a simetria exata através da utilização de cores ou valores 
(tonalidades). Ele é popularmente conhecido como positivo-negativo (figura 5).
Figura 5 – Equilíbrio simétrico estrutural: positivo-negativo
 Fonte: Mandarino, 2018
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Simetria Estrutural Reversa
Outra forma de equilíbrio é obtida através da simetria estrutural reversa, cujas 
cores e valores assumem posições antagônicas em relação aos eixos principais 
da composição (figura 6). Pode se ter a impressão de que a estrutura do modelo 
tenha sido “retorcida”.
Figura 6 – Simetria estrutural reversa
 Fonte: Mandarino, 2018
O símbolo Yin-Yang é um excelente exemplo das possibilidades do estilo rever-
so desenvolvido em um formato circular (figura 7).
Figura 7 – Simetria estrutural reversa
Fonte: iStock/Getty Images
Relativo
O equilíbrio também pode ser relativo. Essa é uma modalidade queestá direta-
mente relacionada com o significado das imagens. Para a nossa percepção, duas 
cadeiras diferentes podem ficar equilibradas numa foto se a disposição no cam-
po visual for satisfatória, pois as interpretamos como dois elementos da mesma 
espécie. No frame do clipe infantil O Foguete, a figura feminina tem o mesmo 
peso visual da imagem do menino e, portanto, eles têm o mesmo peso visual, 
equilibrando-se (link abaixo).
O foguete. Disponível: https://youtu.be/fDvEizWrQUk.
Ex
pl
or
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UNIDADE Equilíbrio
Central
No equilíbrio central, todos os elementos estão subordinados a uma região que 
pertence ao centro expandido da composição. Nas quadrículas, que compõem a 
figura 8, vemos como as curvas e as diagonais dirigem a atenção do espectador de 
forma centralizadora. 
Figura 8 – Equilíbrio central
Fonte: Mandarino, 2018
Na figura 9, temos A Última Ceia, afresco de Leonardo da Vinci, onde Cristo 
é a figura central. É possível notar que o ponto de fuga o coloca como o prin-
cipal personagem da cena e tem grande influência sobre o ponto de interesse 
(tema que será explicado na continuação do curso). 
Figura 9 – A Última Ceia
Fonte: Wikimedia Commons
Até a produção deste afresco, de Leonardo, ninguém havia retratado de tal for-
ma o espírito humano. As figuras do mestre florentino são expressivas. Na cena, de-
pois do anúncio de Jesus de que um dos presentes o trairia, as emoções emergentes 
são representadas em cada um dos personagens, numa teatralidade tão dramática, 
quanto inovadora.
12
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Figura 10 – Pintura de Claude Lorrain
Fonte: Wikimedia Commons
Radial
Ao contrário da ocupação central, no equilíbrio radial as laterais têm papel de 
destaque. Essa estratégia para a obtenção do equilíbrio parte da aplicação do prin-
cípio: “O que é bom para o centro, não pode ser mau para as laterais”. O centro 
desocupado, total ou parcialmente, fica sob forte tensão, influenciado, à distância, 
pelas configurações marginais. Na pintura Desembarque de Cleópatra em Tarso 
(figura 10), de 1643, do artista Claude Lorrain, o ponto de fuga não dirige a atenção 
de quem olha para a cena (figura 11), muito ao contrário das estratégias vistas no 
equilíbrio central. Aqui, a região central é ocupada pelo sol e as estruturas lineares 
restringem-se às laterais do desenho.
Figura 11 – Neste caso, o ponto de fuga não centraliza a atenção
Fonte: Mandarino, 2018
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UNIDADE Equilíbrio
Oculto
Quando a composição mostra-se equilibrada, mas a técnica utilizada não se en-
quadra em nenhum dos métodos anteriores, dizemos se tratar de um caso de equilí-
brio oculto. Este tipo de composição é muito comum em fotografias, pois a comple-
xidade das cenas permite “ocultar” os fatores que levaram o fotógrafo a esse tipo de 
enquadramento. Neste caso, as forças se compensam embora tenham suas naturais 
diferenças. A composição a seguir é baseada, entre outros fatores, na divisão áurea 
(que será objeto de análise na videoaula desta unidade), o que dificulta a identificação 
meramente visual. O enquadramento estilístico foi feito por eliminação (figura 12). 
Figura 12 – Equilíbrio oculto
Fonte: Mandarino, 2018
Por fim, um meio prático de identificarmos se uma composição está equilibrada, é 
observá-la nas quatro posições principais, sendo elas: de pé, cabeça para baixo, vira-
da para a esquerda ou para a direita. Uma boa imagem continuará com as mesmas 
qualidades. O autorretrato de Gustave Courbet, do Realismo, é um exemplo de como 
a geometria da imagem pode ser mais bem percebida de ponta cabeça. Um dos 
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comentários frequentes, em sala aula, refere-se às assinaturas, pois elas fazem parte 
da composição visual e interferem no equilíbrio. Repare como Courbet assinou no 
canto inferior esquerdo, com o intuito de equilibrar as forças ali presentes (figura 13).
Figura 13 – Autorretrato de Gustave Courbet com rotações
Fonte: Wikimedia Commons
Para o designer de produto, o equilíbrio é ainda um pouco mais complexo, pois 
além de se preocupar com o equilíbrio estético, ao observar o modelo por todos os 
ângulos possíveis, ele deverá se ater ao equilíbrio físico do próprio objeto. 
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UNIDADE Equilíbrio
Anexo I
Glossário
• Gestalt: Segundo essa teoria (psicologia da forma), o que acontece no cérebro 
é diferente do que é captado pela retina. A percepção da forma é considerada 
um processo primordial, pois o ser humano não percebe as partes isolada-
mente, mas, sim, por meio da relação total entre elas. Surgida na Alemanha 
no início do século XX, teve entre seus expoentes: Max Wertheimer, Wolfgang 
Köhler, Kurt Koffka e Kurt Lewin.
• Rudolf Arnheim (1904-2007): foi um escritor e psicólogo da percepção. 
Discípulo de Max Wertheimer e de Wolfgang Köhler, na Universidade de 
Berlim, que escreveu um dos mais proeminentes trabalhos sobre a psicolo-
gia da percepção e da criação.
• Robert Gillan Scott: foi professor de desenho da Universidade de Yale, autor do 
livro Fundamentos do desenho (Design Fundamentals), de 1951, que se tornou 
referência para os cursos de arte, design e arquitetura.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Design 24 horas
MANDARINO, Denis. Percepção quadridimensional. Design 24 horas, 2013.
https://goo.gl/ZjQyei
Design 24 horas
MANDARINO, Denis. Perspectiva quadridimensional. Design 24 horas, 2014.
https://goo.gl/WAuEHM
Design 24 horas
MANDARINO, Denis. Perspectiva quadridimensional: 20 anos. Universidade Cru-
zeiro do Sul, 2017.
https://goo.gl/kz87QU
 Livros
O Olho e a Visão
PARKER, Steve. O Olho e a Visão. São Paulo: Editora Scipione, 1992.
Fundamentos del diseño
SCOTT, Robert Gillan. Fundamentos del diseño. Buenos Aires: Editorial Victor 
Leru S. A., 1979.
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UNIDADE Equilíbrio
Referências
ARNHEIM, R. Arte e Percepção Visual. São Paulo: Pioneira, 1996. 
GOMES FILHO, João. Design do objeto: bases conceituais. São Paulo: Escrituras 
Editora. 2004.
GOMES FILHO, João. Ergonomia do objeto: sistema técnico de leitura ergonô-
mica. São Paulo: Escrituras Editora. 2004.
GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto: sistema de leitura visual da forma. São 
Paulo: Escrituras Editora. 2004.
SCOTT, Robert Gillan. Fundamentos del diseño. Buenos Aires: Editorial Victor 
Leru S. A., 1979.
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