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Tecnologia de Concreto e Aço Aula Teórica 8 – Dosagem do Concreto Introdução e Método IPT TECNOLOGIA DO CONCRETO Cláudio Oliveira Silva USJT Tecnologia de Concreto e Aço Dosagem de Concretos Processo para determinar a mistura mais econômica, através do proporcionamento adequado dos materiais disponíveis para a elaboração de um concreto: Cimento Agregados Água Aditivos Adições Fibras Tecnologia de Concreto e Aço Dosagem de Concretos O proporcionamento adequado dos materiais deve ter como objetivo o atendimento de: Exigências de projeto Condições de exposição e operação Técnicas de execução Ecoeficiência Custo Tecnologia de Concreto e Aço A influência dos materiais no concreto: Cimento: Maior consumo acarreta: Maior plasticidade Maior coesão Maior calor de hidratação Maior retração Menor segregação Menor exsudação Dosagem de Concretos Tecnologia de Concreto e Aço A influência dos materiais no concreto: Agregado Miúdo: Maior consumo acarreta: Aumento no consumo de água Aumento no consumo de cimento Maior plasticidade Grãos mais arredondados e lisos acarretam: Maior plasticidade Grãos lamelares acarretam Menor exsudação Dosagem de Concretos Tecnologia de Concreto e Aço A influência dos materiais no concreto: Agregado Graúdo: Maior consumo acarreta: Menor retração Menor custo Grãos mais arredondados e lisos acarretam: Maior plasticidade Menor aderência com a pasta Grãos lamelares acarretam Maiores consumos de pasta e água Menor resistência do concreto Dosagem de Concretos Agregado ideal cúbicos e rugosos Tecnologia de Concreto e Aço Dosagem de Concretos Métodos de Dosagem Experimentais: Partem de alguns parâmetros laboratoriais dos componentes, mas para chegar ao traço final, dependem da avaliação da resistência dos corpos-de-prova e da trabalhabilidade feita em laboratório. - Menor desvio padrão – Menor custo Não experimentais: Determinam o traço diretamente a partir do levantamento laboratorial das características dos componentes do concreto: granulometria dos agregados, resistência do cimento, etc. - Maior desvio padrão – Maior custo - Adequado apenas para obras de pequeno porte Tecnologia de Concreto e Aço Dosagem de Concretos Métodos de Dosagem Experimentais EPUSP e IPT - Menor teor de argamassa necessário para alcançar a coesão - Relação água/materiais secos para atingir a consistência necessária ABCP e ACI - Volume de agregado graúdo compactado seco por m3 de concreto (ACI, ABCP) Lobo Carneiro ITERS Tecnologia de Concreto e Aço Dosagem de Concretos Métodos de Dosagem Não experimentais Baseiam-se na experiência profissional ou em tabelas confeccionadas com base em outras obras realizadas. Só são aplicáveis em obras de pequeno porte, onde os custos para aplicar um método experimental fica muito alto. Marcelo Medeiros Tecnologia de Concreto e Aço Possan et. al – disponível em http://www.possan.eng.br/ednapossan/arquivos/websites/6/2004_46%20Ibracon%20- %20metodos%20de%20dosagem.pdf Dosagem de Concretos Métodos de Dosagem Métodos diferentes – Consumos e custos diferentes Tecnologia de Concreto e Aço Possan et. al – disponível em http://www.possan.eng.br/ednapossan/arquivos/websites/6/2004_46%20Ibracon%20- %20metodos%20de%20dosagem.pdf Dosagem de Concretos Métodos de Dosagem Métodos diferentes – Consumos e custos diferentes Tecnologia de Concreto e Aço Dosagem de Concretos MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT O método denominado EPUSP/IPT constitui-se numa atualização e generalização feita na Escola Politécnica da USP a partir do método desenvolvido inicialmente no IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo. Este método considera: o dimensão máximo dos agregados a consistência do concreto a resistência característica (fck) do concreto, aos 28 dias o desvio padrão de acordo com método de preparo teor ótimo de argamassa definido experimentalmente Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Características do método: Não exige conhecimento prévio sobre os agregados. A melhor proporção entre os agregados disponíveis é aquela que consome a menor quantidade de água para obter um certo abatimento requerido. Fixada a trabalhabilidade (abatimento) requerida, exploram-se diferentes teores de argamassa e relações água-cimento. Como resultado final é obtido um diagrama de dosagem com gráficos referentes a três quadrantes onde são representadas “leis de comportamento” do concreto Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Limites de aplicação do método: resistência à compressão: 5MPa ≤ f c ≤ 150MPa abatimento: 0mm ≤ abatimento ≤ autoadensável dimensão máxima do agregado: 4,8mm ≤ Dmáx ≤ 100mm teor de argamassa seca: 30% < α < 90% fator água/ materiais secos: 5% < H < 12% módulo de finura do agregado: qualquer distribuição granulométrica dos agregados: qualquer massa específica do concreto: > 1500kg/m3 O método também adota como modelo de comportamento: Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Resultado final: Abrams (1918) Lyse (1932) Molinari (1974) Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Lei de Abrams: Duff Abrams, em 1918, após o estudo de inúmeros traços e análise de mais de 50.000 corpos-de-prova anunciou a seguinte lei: “Dentro do campo dos concretos plásticos, a resistência aos esforços mecânicos, bem como as demais propriedades do concreto endurecido, variam na relação inversa da relação a/c.” Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Lei de Abrams: Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Lei de Abrams: A Lei válida desde que: A quantidade de pasta de cimento seja suficiente para preencher os vazios dos agregados Os agregados sejam de resistência elevada O concreto fresco esteja perfeitamente adensado (< 2% de ar incorporado) A relação a/c é o principal parâmetro que provoca variação na resistência do concreto K1 e K2 são coeficientes que dependem das características dos materiais em uma determinada mistura da ordem de 100 da ordem de 20Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Lei de Abrams: (através de logaritmos) Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Lei de Lyse: Em 1932, Inge Lyse publicou sua contribuição ao estudo da dosagem dos concretos, demonstrando que: “Para um certo conjunto particular de materiais e uma mesma consistência dos concretos, a quantidade de água necessária para qualquer traço será a mesma.” Como consequência podemos enunciar que, mantida a consistência do concreto, medida pelo ensaio do abatimento do tronco de cone, o traço "m" é diretamente proporcional à relação a/c. Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Lei de Lyse: m = k3.a/c+k4 m é diretamente proporcional à relação a/c K3 e K4 são coeficientes que dependem das características dos materiais em uma determinada mistura Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Lei de Lyse: água cimento cimento cimento Areia (a) Areia (a) Areia (a) Brita (b) água água Brita (b) Brita (b) p a s ta a rg a m a s s a m =a+b 1:3,5 1:5 1:6,5 a/c fc a/c fc + pasta - atrito + coesão + plasticidade - pasta + atrito - coesão - plasticidade Concretos com mesmo valor de abatimento em função da variação do traço bruto 1:m Mayara Custódio Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Lei de Lyse: H = teor de água do concreto A partir de um conjunto de pontos de coordenadas (a/c; m), podemos, através do método dos mínimos quadrados, obter a equação que estabelece o valor do traço bruto em função da relação a/c e do valor de H Y = aX+ b Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Lei de Molinari: Molinari propôs uma equação que correlaciona o consumo de cimento por m3 de concreto “C” com o traço bruto “m”, desde que as várias misturas de traços distintos possuam o mesmo abatimento e tenham sido dosados com os mesmos materiais. : k5 e k6 são coeficientes que dependem das características dos materiais em uma determinada mistura Rearranjando para o formato linear Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT APLICAÇÃO DO MÉTODO PASSO A PASSO Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 1º Passo: Determinar a Dmáx característica do agregado graúdo. Dimensão Máxima do Agregado Elemento Estrutural Dmax≤ 1/3 da espessura Laje Dmax ≤ 1/4 Distância entre formas Dmax ≤ 0.8 Distância entre armaduras horizontais Dmax ≤ 1,2 Distância entre armaduras verticais Dmax ≤ 1,2 do cobrimento Cobrimento nominal Dmax ≤ 1/4 Diâmetro da tubulação de bombeamento Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 1º Passo: Determinar a Dmáx característica do agregado graúdo. ABNT NBR 6118 Cobrimento - Dmáx ≤ 1,2 espessura nominal do cobrimento (item 7.4.7.6) – Tab. 7.2 Espaçamento mínimo livre entre as faces das barras longitudinais (a) - ah - direção horizontal P 1,2 Dmáx - av - direção vertical P 0,5 Dmáx Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 1º Passo: Determinar a Dmáx característica do agregado graúdo. Brita de tamanho maior tem, em geral, custo inferior. § Britas comuns são: brita 2 (Dmáx = 25 mm) brita 1 (Dmáx = 19 mm) brita 0 (Dmáx = 12,5 mm) Verifica-se se qual o maior tamanho possível de brita podemos usar, atendendo as limitações da Dmáx . Para minimizar os vazios entre os grãos usa-se uma mistura de britas quando é admissível pela Dmáx . Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 1º Passo: Determinar a Dmáx característica do agregado graúdo. Mistura de Britas Determinar a mistura de duas britas com maior massa unitária no estado compactado. (Helene/Terzian, 1993) Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 1º Passo: Determinar a Dmáx característica do agregado graúdo. Mistura de Britas Determinar a mistura de duas britas com maior massa unitária no estado compactado. (Helene/Terzian, 1993) Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 2º Passo: Determinar o abatimento compatível com a tecnologia disponível (depende da obra). Quanto mais armada for uma peça de concreto, maior a necessidade de uma concreto trabalhável Helene, P., Terzian, P., “Manual de Dosagem e Controle do Concreto”, Ed. Pini, 1993. Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 3º Passo: Calcular a resistência média aos 28 dias para atender ao fck especificado. fcd = Resistência à compressão de cálculo do projeto fckj = Resistência característica do concreto à compressão, aos j dias fcmj = Resistência média do concreto à compressão, aos j dias. Sd = Desvio padrão da dosagem NBR 6118 NBR 12655 Combinações Concreto c Normais 1,4 Especiais ou de construção 1,2 Excepcionais 1,2 Coef. de ponderação das resistências em E.L.U Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT (Helene/Terzian, 1993) 3º Passo: Calcular a resistência média aos 28 dias para atender ao fck especificado. Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/152/artigo156894-2.asp 3º Passo: Calcular a resistência média aos 28 dias para atender ao fck especificado. Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 4º Passo: Determinar o desvio padrão em função das condições de preparo do concreto definido conforme a NBR 12655. Condição de preparo do concreto Classe de Aplicação Desvio- padrão (MPa) A o cimento e os agregados são medidos em massa, a água de amassamento é medida em massa ou volume com dispositivo dosador e corrigida em função da umidade dos agregados Todas as classes de concreto 4,0 B o cimento é medido em massa, a água de amassamento é medida em volume mediante dispositivo dosador e os agregados medidos em massa combinada com volume. C10 a C20 5,5 C o cimento é medido em massa, os agregados são medidos em volume, a água de amassamento é medida em volume e a sua quantidade é corrigida em função da estimativa da umidade dos agregados e da determinação da consistência do concreto C10 e C15 7,0 Desvio-padrão a ser adotado em função da condição de preparo do concreto - NBR 12655 Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 5º Passo: Estabelecer no mínimo 3 traços diferentes em massa seca de cimento:agregados (1:m) que estejam próximos do traço resposta pretendido.Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 6º Passo: Calcular traço inicial - traço intermediário: 1 : a : b 1 : m cimento : agregados cimento : areia: brita Iniciar com traço intermediário 1:5 e teor de argamassa 35% Traço 1:5 = 35% Teor de argamassa: m = a+b Traço 1 : 1,10 : 3,90 Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 7º Passo: Estimar a relação a/c para calcular H% A estimativa da relação a/c para o traço intermediário é apenas uma aproximação. A quantidade de água será ajustada em função do abatimento especificado. O teor ótimo de argamassa irá influenciar o abatimento e portanto a quantidade de água final. Deste modo, após obter o abatimento, deve-se calcular novamente a relação a/c resultante, e em função desta o H%. Lembrando que: Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 7º Passo: Estimar a relação a/c para calcular H% Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 8º Passo: Pesar os materiais do traço inicial e efetuar a mistura na betoneira: - Calcular a quantidade de materiais do traço considerando 20 kg de brita 1 : 1,10 : 3,90 (Helene/Terzian, 1993) Umedecer a betoneira e ferramentas Adicionar 100% da brita – 20,000 kg Adicionar 80% da água – 2,820 kg (adotando a/c 0,55) Adicionar 100% do cimento – 5,128 kg Adicionar 100% da areia – 5,641 kg Adicionar o restante da água Adicionar o aditivo (se houver) Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 8º Passo: Pesar os materiais do traço inicial e efetuar a mistura na betoneira: Umedecer a betoneira e ferramentas Adicionar 100% da brita – 20,000 kg Adicionar 80% da água – 2,820 kg (adotando a/c 0,55) Adicionar 100% do cimento – 5,128 kg Adicionar 100% da areia – 5,641 kg Adicionar o restante da água Adicionar o aditivo (se houver) - Calcular a quantidade de materiais do traço considerando 20 kg de brita 1 : 1,10 : 3,90 (Helene/Terzian, 1993) Adicionar os complementos de água na betoneira aos poucos e verificar o abatimento. Recalcular H% e A/C após encontrar o teor de argamassa e o abatimento desejado A brita será o único material fixo, pois a quantidade de cimento e areia irão variar a cada ajuste do teor de argamassa. Massa estipulada de acordo com a capacidade da betoneira = 35% m = 5 Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 9º Passo: Determinar o teor de argamassa (α) ótimo no traço intermediário: Argamassa = agregado miúdo + cimento O teor ideal de argamassa é % necessário para preencher os vazios entre os grãos dos agregados graúdos. Cada agregado graúdo tem o seu “teor ideal”. Usando teor abaixo do ideal, teremos vazios no concreto prejudicando sua resistência mecânica. Usando teor superior ao ideal, a argamassa estará “sobrando”, e estaremos desperdiçando cimento. Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Manter o traço 1:5 constante e aumentar o teor de argamassa a cada 2% até obter um concreto sem vazios e com coesão. Para cada acréscimo de teor de argamassa, adiciona-se o quantidade de areia e cimento correspondente A quantidade de água necessária pode ser estimada através da lei de Lyse, estimando-se uma relação a/c para o traço intermediário. A quantidade de água deve ser corrigida a cada correção do teor de argamassa, até obter o teor de argamassa ideal e o abatimento estipulado. 9º Passo: Determinar o teor de argamassa (α) ótimo no traço intermediário: Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Mesma família de concreto: Consistência constante = H constante Teor de argamassa constante = constante Teor de brita constante = concreto seco constante 9º Passo: Determinar o teor de argamassa (α) ótimo no traço intermediário: Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 9º Passo: Determinar o teor de argamassa (α) ótimo no traço intermediário: Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Verificar se a superfície está com vazios = Teor de argamassa baixo Verifique se há desprendimento do agregado graúdo = Teor de argamassa baixo A u m e n ta r te o r d e a rg a m a s s a a d ic io n a n d o m a is a re ia , m a is c im e n to e m a is á g u a 9º Passo: Determinar o teor de argamassa (α) ótimo no traço intermediário: - Verificar o aspecto da superfície do concreto para determinar o teor de argamassa ideal Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 9º Passo: Determinar o teor de argamassa (α) ótimo no traço intermediário: - Adicionar as porções de cimento e areia pré-definidas na tabela para o incremento do teor de argamassa. (Helene/Terzian, 1993) Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Concreto com aspecto áspero = Teor de argamassa baixo Concreto com aspecto compacto e sem vazios = Teor de argamassa ideal (Helene/Terzian, 1993) (Helene/Terzian, 1993) A u m e n ta r te o r d e a rg a m a s s a a d ic io n a n d o m a is a re ia , m a is c im e n to e m a is á g u a 9º Passo: Determinar o teor de argamassa (α) ótimo no traço intermediário: - Verificar o aspecto da superfície do concreto para determinar o teor de argamassa ideal Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Superfície porosa, Abatimento muito baixo = Teor de argamassa baixo Superfície compacta e sem vazios = Teor de argamassa ideal A u m e n ta r te o r d e a rg a m a s s a a d ic io n a n d o m a is a re ia , m a is c im e n to e m a is á g u a 9º Passo: Determinar o teor de argamassa (α) ótimo no traço intermediário: - Após a verificação do aspecto da superfície do concreto, executar o ensaio de abatimento e verificar novamente o aspecto do concreto Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Agregado graúdo se desprende e ocorrer desmoronamento do cone = teor de argamassa baixo Bater com a haste na lateral do cone de concreto Concreto coeso, sem desprendimento do agregado graúdo = teor de argamassa ideal A u m e n ta r te o r d e a rg a m a s s a a d ic io n a n d o m a is a re ia , m a is c im e n to e m a is á g u a 9º Passo: Determinar o teor de argamassa (α) ótimo no traço intermediário: - Utilizar o ensaio deabatimento para verificar a coesão do concreto Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT Ao redor da base do tronco de cone aparece uma camada de água oriunda da mistura, existe a tendência de exsudação de água nesta mistura por falta de finos. utilizar agregado com granulometria mais fina aumentar o teor de argamassa. O teor de argamassa final depende ainda de um fator externo que é a possibilidade de perda de argamassa no processo de transporte e lançamento (principalmente a quantidade retida na forma e armadura, e quando se utiliza bica de madeira). aumentar o teor de argamassa encontrado em 2% 9º Passo: Determinar o teor de argamassa (α) ótimo no traço intermediário: Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 10º Passo: Determinar a relação a/c para atingir o abatimento por tronco de cone Definido o teor de argamassa, realiza-se um novo traço 1:a: p para ajustar a relação a/c necessária para atingir o abatimento solicitado O ajuste do teor de umidade deve ser feito conforme a expressão: H2 = teor de umidade a determinar (%) H1 = teor de umidade a atual (%) S2 = abatimento que se pretende (mm) S1 = abatimento atual (mm) RELEMBRE! – Passo 8 Adicionar os complementos de água na betoneira aos poucos e verificar o abatimento. Recalcular H% e A/C após encontrar o teor de argamassa e o abatimento desejado Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 11º Passo: Preparar novo traço com teor de argamassa definido e ajuste do abatimento. Caso necessário é realizado novo ajuste no teor de água. Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 12º Passo: Determinar a massa específica e o teor de ar incorporado do concreto. Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 13º Passo: Moldar e identificar os corpos-de-prova para os ensaios de resistência à compressão. 2 cp 7 dias- RCA 2 cp’s 28 dias – RCA 2 cp,s 28 dias – RCD 2 cps 28 dias - Tração 8 corpos-de-prova devidamente identificados para cada traço V = 1,57 L V = 4,0 L ABNT NBR 5738 Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 14º Passo: Calcular o consumo de cimento do traço. Utilizando a massa específica do concreto Utilizando a massa específica dos materiais Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 1 : a : b cimento : areia: brita 15º Passo: Calcular e preparar o concreto do traço rico 1:3,5. Repetir os passos do traço intermediário, utilizando o teor de argamassa ótimo e o H% encontrado no traço 1:5. Atenção! Não é necessário ajustar novamente o teor de argamassa e o teor de umidade do concreto no traço 1:3,5. Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 1 : a : b cimento : areia: brita 16º Passo: Calcular e preparar o concreto do traço rico 1:6,5. Repetir os passos do traço intermediário, utilizando o teor de argamassa ótimo e o H% encontrado no traço 1:5. Atenção! Não é necessário ajustar novamente o teor de argamassa e o teor de umidade do concreto no traço 1:6,5. Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 17º Passo: Coletar os resultados dos ensaios de resistência (diversas idades), consumo de cimento e demais informações do traço e elaborar uma tabela. Exemplo: Mesmo teor de argamassa e mesma quantidade de água nos três traços. O ajuste de e a quantidade de água é feito no traço intermediário e repetido para os outros dois traços Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 18º Passo: Montar o diagrama de dosagem com os dados de resistência, relação (a/c), consumo de agregados (m) e consumo de cimento (C), obtidos em cada um dos traços elaborados (1:3,5); (1:5); (1:6,5). Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 19º Passo: Após montar o diagrama de dosagem, verifique as características da estrutura e classe de agressividade especificada e determine a relação a/c máxima, em função de parâmetros de durabilidade da norma ABNT NBR 12655. Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 19º Passo: Após montar o diagrama de dosagem, verifique as características da estrutura e classe de agressividade especificada e determine a relação a/c máxima, em função de parâmetros de durabilidade da norma ABNT NBR 12655. Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 19º Passo: Após montar o diagrama de dosagem, verifique as características da estrutura e classe de agressividade especificada e determine a relação a/c máxima, em função de parâmetros de durabilidade da norma ABNT NBR 12655. Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 19º Passo: Após montar o diagrama de dosagem, verifique as características da estrutura e classe de agressividade especificada e determine a relação a/c máxima, em função de parâmetros de durabilidade da norma ABNT NBR 12655. Tecnologia de Concreto e Aço MÉTODO DE DOSAGEM EPUSP/IPT 20º Passo: Através do diagrama de dosagem e com as informações da ABNT NBR 12655, determine o traço desejado, atendendo todos os parâmetros do estudo de caso. Exemplo: Tecnologia de Concreto e Aço Bibliografia ABCP. Parâmetros de dosagem do concreto: ET 67. São Paulo, 1998. ABNT. Projetos de estrutura de concreto armado – Procedimento: NBR 6118. Rio de Janeiro, 2014. ABNT. Concreto, Preparo, Controle e Recebimento: NBR 12655. Rio de Janeiro, 2015. Bauer, L. A. F. Materiais de construção I. 5ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1995. p. 186-239. Neville, A. M. Propriedades do concreto. 2ª ed. São Paulo: Pini, 1997. p.707-749. Helene, P.; Terzian, P. Manual de Dosagem e Controle do Concreto. São Paulo: Pini, 1992. p. 55-98; p.225-299. Freitas Jr., José de A. - Notas de Aulas - Materiais de Construção II
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