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Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 1 Queridos alunos, Para quem ainda não me conhece sou Déborah Paiva, advogada especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho e professora aqui do Ponto dos Concursos. Sou autora de quatro livros na área trabalhista com foco em concursos públicos. Ministrei um curso sobre relação de emprego e contratos especiais de trabalho, no Programa Saber Direito, na TV Justiça, o qual vocês poderão assistir no You Tube. Apresentação do curso: O curso será dividido em 10 aulas + uma aula demonstrativa, de forma a abranger todo o conteúdo programático do Edital do último concurso de Auditor Fiscal do Trabalho, realizado em 2010. Este curso está atualizado segundo as alterações jurisprudenciais do TST ocorridas em 25 de maio passado. O concurso de Auditor Fiscal do Trabalho sempre é muito concorrido, por isso é importante muito treino na resolução de questões de banca, porque, apenas, com treinamento ocorrerá a fixação e a melhor compreensão da parte teórica da matéria, e também através dele poderemos avaliar o perfil da banca. Por esta razão que apresento para vocês um curso objetivo com teoria e resolução de questões ESAF focadas no cronograma do Edital do concurso de Auditor Fiscal do Trabalho (AFT) de 2009/2010. 1º. ”Noções de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho com Teoria e Questões”; 2º. “Direito do Trabalho e Processo do Trabalho – Questões comentadas FCC”; 3º. “Exame de Ordem – 2ª Fase – Direito do Trabalho”, em co-autoria com o Juiz do Trabalho José Carlos Lima da Motta; 4º. “Provas comentadas ESAF – Direito do Trabalho e Processo do Trabalho”. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 2 DIREITO DO TRABALHO (Edital ESAF - 2009/2010): 1. Relação de Trabalho e Relação de Emprego. A Figura Jurídica do Empregado e do Empregador. 2. Jornada de Trabalho: Jornada Legal e Convencional, Limitação da Jornada; Formas de Prorrogação, Horário de Trabalho; Trabalho Noturno; Repouso Semanal Remunerado. Trabalho em domingos e feriados (Lei n.º 605, de 05/01/49 e Decreto n.º 27.048, de 12/08/49) Jornadas Especiais de Trabalho: Turnos Ininterruptos de Revezamento. 3. Férias: Férias Individuais e Coletivas, Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual. 4. Contrato de Trabalho: Natureza Jurídica; Elementos Essenciais, Duração; Alteração; Suspensão e Interrupção; Término do Contrato. 5. Contratos Especiais de Trabalho: Trabalho Rural (Lei n.º 5.889, de 08/06/73 e Decreto n.º 73.626 de 12/02/74); Trabalho Temporário (Lei n.º 6.019, de 03/01/74 e Decreto n.º 73.841, de 13/03/74); Trabalho Portuário (Lei 9.719, de 27/11/98); 6. Remuneração e Salário: Salário Normativo; Princípios de Proteção do Salário; Gratificação de Natal; Descontos Legais. Rescisão Contratual: Prazos de Pagamentos Rescisórios; Multas; Homologações das Rescisões Contratuais; Órgãos Competentes para Homologar as Rescisões; Formas de Pagamento. Prescrição e Decadência. Distinção entre Prescrição Total e Prescrição Parcial. Seguro-Desemprego. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS (Lei n.º 8.036, de 11/05/90, com as modificações posteriores e Decreto n.º 99.684, de 08/11/90). 7. Direito Coletivo do Trabalho: Convenções e Acordos Coletivos do Trabalho. 8. Terceirização no Direito do Trabalho: trabalho temporário, cooperativas e prestação de serviços. 9. Direito Administrativo do Trabalho: Regulamento da Inspeção do Trabalho (Decreto n.º 4.552, de 27/12/02); Processo de Multas Administrativas. 10. Estatuto da criança e do adolescente (Lei n.º 8.069, de 13/07/1990) 11. Do Direito Internacional do Trabalho: Declaração Universal dos Direitos Humanos (Resolução Assembléia ONU de 10/12/1948); Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica, aprovada pelo Decreto Legislativo nº 27, em 25/9/1992 e promulgada pelo Decreto nº 678, de 6/11/1992); Convenções da Organização Internacional do Trabalho – OIT, ratificadas pelo Brasil: 29, 81, 138, 182, 105, 111, 132, 148, 154, 155, 158, 159 e 161.12. Programa Nacional de Direitos Humanos (Decreto n.º 7.037, de 21/12/2009 – Eixo Orientador III). Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 3 Não abrangerei no curso o Estatuto da Criança e do Adolescente, cujo Edital abordou na íntegra a Lei 8.069/90, por entender que o mesmo apesar de constar no cronograma de Direito do Trabalho não faz parte desta matéria. Cronograma: Aula 01: 17/06 Aula 06: 22/07 Aula 02: 24/06 Aula 07: 29/07 Aula 03: 01/07 Aula 08: 05/08 Aula 04: 08/07 Aula 09: 12/08 Aula 05: 15/07 Aula 10: 19/08 Vamos dar início a nossa aula demonstrativa! 1. Da relação de Trabalho e da relação de emprego: � Toda relação de emprego é uma relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho é uma relação de emprego. � A relação de trabalho é gênero do qual a relação de emprego é uma espécie. Para conceituar a relação de emprego é necessário caracterizá- la através da existência de cinco elementos: a) Trabalho prestado por pessoa natural ou física; b) Pessoalidade; c) Subordinação jurídica; d) Onerosidade; e) Não-eventualidade. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 4 Súmula 386 do TST - POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA. Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. A) Empregado celetista: É a definição do trabalho realizado com todos os elementos definidores da relação de emprego. B) Empregado Doméstico: (art. 1º da Lei 5.859/72) É aquele que presta serviços de natureza contínua à pessoa ou a família no âmbito residencial desta. C) Empregado rural: (art.3º da Lei 5.889/73) É a pessoa física que em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços com continuidade a empregador rural, mediante dependência e salário. Há finalidade lucrativa. D) Trabalho temporário: É o trabalho realizado por uma pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário, que prestará serviços no estabelecimento do tomador ou cliente, destinada a atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços (Lei 6.019/74). E) Empregado a domicílio: Trabalhador em domicílio é aquele que executa seus serviços em sua residência ou em oficina de família, desde que subordinado ao empregador, de quem recebe ordens e instruções, obrigando-se a uma produção determinada. Ex. Teletrabalho Art. 6º da CLT - Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que esteja caracterizada a relação de emprego. Relação de Emprego Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 5 A) Trabalho Autônomo: É a pessoa física que presta serviços habitualmente por conta própria a uma ou mais de uma pessoa, assumindo os riscos de sua atividade econômica. Não há subordinação, há autonomia na prestação de serviços. B) TrabalhoEventual: É a pessoa física que presta serviços ocasionalmente a uma ou mais empresas sem relação de emprego. Portanto as normas da CLT não se aplicam a ele. Há subordinação, porém o trabalho é prestado com eventualidade. C) Trabalho Avulso: (Lei nº 8.630/93) É aquele que é prestado por uma pessoa física sem vínculo empregatício, de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sendo sindicalizado ou não, com interferência obrigatória do Sindicato profissional ou do órgão gestor de mão-de-obra. D) Estágio: Lei 11.788/2008 é a nova lei do estágio. 2. Do Grupo Econômico: “Sempre que uma ou mais empresas, tendo embora cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo comercial, industrial, ou de qualquer outra atividade econômica, serão para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis à empresa principal e cada uma das subordinadas.” Súmula 129 TST A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. 3. Da Sucessão de Empregadores: Sucessão de empresas ou sucessão trabalhista ou alteração subjetiva do contrato de trabalho é a figura regulada nos artigos 10 e 448 da CLT. Incorporação, cisão, transformação e alienação da empresa acarretam a sucessão trabalhista. Relação de Trabalho Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 6 Art. 10 da CLT - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados. Art. 448 da CLT - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados. Requisitos da sucessão trabalhista: a) que uma unidade econômica- jurídica seja transferida de um para outro titular; b) que não haja solução de continuidade na prestação de serviços pelo obreiro. Na sucessão a título público, podemos citar como exemplo, a privatização ou o leilão público, o desmembramento de município, o cartório extrajudicial, quando a lei determinar, dentre outros. Em relação a este tema a SDI-1 do TST editou três Orientações Jurisprudenciais, que transcrevo abaixo. OJ 261 da SDI-1 do TST As obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para o banco sucedido, são de responsabilidade do sucessor, uma vez que a este foram transferidos os ativos, as agências, os direitos e deveres contratuais, caracterizando típica sucessão trabalhista. OJ 225 da SDI-1 do TST Celebrado contrato de concessão de serviço público em que uma empresa (primeira concessionária) outorga a outra (segunda concessionária), no todo ou em parte, mediante arrendamento, ou qualquer outra forma contratual, a título transitório, bens de sua propriedade: I - em caso de rescisão do contrato de trabalho após a entrada em vigor da concessão, a segunda concessionária, na condição de sucessora, responde pelos direitos decorrentes do contrato de trabalho, sem prejuízo da responsabilidade subsidiária da primeira concessionária pelos débitos trabalhistas contraídos até a concessão; II - no tocante ao contrato de trabalho extinto antes da vigência da concessão, a responsabilidade pelos direitos dos trabalhadores será exclusivamente da antecessora. OJ Nº 92 da SDI-1 do TST Em caso de criação de novo município, por desmembramento, cada uma das novas entidades responsabiliza-se pelos direitos trabalhistas do empregado no período em que figurarem como real empregador. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 7 4. Da Responsabilidade Solidária ou Subsidiária: Dono da Obra: É importante definir se o dono de um imóvel em construção ou reforma é empregador do empregado que lhe presta serviços de construção. Na doutrina prevalece o entendimento de que o dono da obra por não exercer uma atividade econômica, apenas estando construindo ou reformando o seu imóvel sem qualquer intenção de lucro não é empregador do obreiro. Porém, se o dono da obra for uma empresa construtora ou incorporadora, e construir ou reformar com intenção de obter lucro, será empregador do obreiro, pois haverá exploração da atividade econômica. Atenção: NOVA REDAÇÃO OJ 191 da SDI-1 do TST Redação antiga: OJ 191 – SDI-1. DONO DA OBRA. RESPONSABILIDADE. Diante da inexistência de previsão legal, o contrato de empreitada entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora. Nova Redação: CONTRATO DE EMPREITADA. DONO DA OBRA DE CONSTRUÇÃO CIVIL. RESPONSABILIDADE. Diante da inexistência de previsão legal específica, o contrato de empreitada de construção civil entre o dono da obra e o empreiteiro não enseja responsabilidade solidária ou subsidiária nas obrigações trabalhistas contraídas pelo empreiteiro, salvo sendo o dono da obra uma empresa construtora ou incorporadora. Contratos de Subempreitada: (art. 455 da CLT) “Nos contratos de subempreitada responderá o subempreiteiro pelas obrigações derivadas do contrato de trabalho que celebrar, cabendo, todavia aos empregados, o direito de reclamação contra o empreiteiro principal pelo inadimplemento daquelas obrigações por parte do primeiro.” Trata-se de responsabilidade subsidiária do empreiteiro principal, cabendo a obrigação principal ao verdadeiro empregador, o subempreiteiro. A responsabilidade do empreiteiro sendo subsidiária, caso o empregado não receba as verbas trabalhistas do subempreiteiro poderá ajuizar ação trabalhista em face do empreiteiro principal. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 8 � Consórcio de empregadores: Consiste na união de empregadores, com a finalidade de contratar trabalhadores. É importante falar que no consórcio de empregadores há a solidariedade ativa, uma vez que todos os empregadores utilizam a força de trabalho do mesmo empregado, sem que isto caracterize a existência de mais de um contrato de trabalho. 5. Terceirização: É o fenômeno pelo qual o trabalhador insere-se no processo produtivo do tomador de serviços sem que este tenha obrigações trabalhistas que são obrigações da empresa de terceirização. A Súmula 331 do TST dispõe sobre a terceirização, que será permitida nos casos dos serviços de vigilância, conservação e limpeza e nos serviços ligados à atividade meio do tomador dos serviços. Através dessas definições torna-se claro que na terceirização visualizamos uma relação econômica (tomador de serviços e uma relação de direito do trabalho ( empresa terceirizada) , onde uma empresa ( tomador de serviços) contrata outra empresa (interveniente) para uma determinada prestação de serviços e, a empresa contratada insere o trabalhador no processo produtivo do tomador do serviço, sem que se estenda ao tomador do serviço os laços da relação trabalhista. O vínculo empregatício do empregado se dá com a empresa interveniente, a empresa contratada. Torna-se fundamental destacar que a terceirização para ser considerada lícita não pode a contratação de mão de obra na atividade fim da empresa tomadora do serviços, a contratação de mão de obra só poderá se dar na atividade meio. A atividade meio é a atividade desempenhada pela empresa que nãocoincide com os seus fins principais. Essa é a razão pela qual a Súmula 331 do TST permite a terceirização nos casos de serviços de vigilância e conservação e limpeza nos casos ligados às atividades do tomador de serviços. Vejamos a Súmula 331 do TST! Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 9 Súmula 331 do TST – Nova redação I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade- meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador de serviços quanto àquelas obrigações, desde que haja participado da relação processual e conste também do título executivo judicial. Novos incisos V e VI V - Os entes integrantes da administração pública direta e indireta respondem subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta culposa no cumprimento das obrigações da Lei n. 8.666/93, especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa regularmente contratada. VI – A responsabilidade subsidiária do tomador de serviços abrange todas as verbas decorrentes da condenação. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 10 Como exemplo de terceirização, podemos destacar os casos da Lei 5.645 de 1970: transporte, conservação, custódia, operação de elevadores, limpeza, (atividades clássicas de estrito apoio logístico, instrumentais e que não coincidem com os fins principais das empresas de uma forma geral), além dessas também podemos destacar os serviços de alimentação aos empregados de determinada empresa. É importante não perder de vista que na terceirização há ausência de Pessoalidade e subordinação direta. A jurisprudência admite a terceirização apenas enquanto modalidade de contratação de prestação de serviços entre duas entidades empresariais, mediante a qual a empresa terceirizante responde pela direção dos serviços efetuados por seu trabalhador no estabelecimento da empresa tomadora. EMENTA: TELEFONISTA. TERCEIRIZAÇÃO LÍCITA. ISONOMIA SALARIAL. 1. Quando inexistente a pessoalidade e a subordinação direta, é lícita a terceirização de serviços de telefonista, por estarem ligados à atividade-meio da empresa (Súmula 331, III, do TST). 2. Não tendo a reclamante, como telefonista, desempenhado atividades iguais a de outro bancário que com ela laborasse na agência, inaplicável o princípio da isonomia e o disposto no art. 12 da Lei 6019/74, não fazendo jus às diferenças salariais postuladas. No decorrer do curso estudaremos este tema de forma mais aprofundada. 6. Trabalho temporário: A Lei 6019/74 autoriza a intermediação de mão-de-obra para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente do tomador de serviços, bem como no caso de acréscimo extraordinário de serviços. Somente nessas duas hipóteses são permitidas a pactuação do contrato temporário. O trabalhador temporário é considerado empregado da empresa prestadora de serviços (empresa de trabalho temporário) e será permitida a terceirização de atividade fim sem descaracterizar a intermediação de mão-de-obra realizada através da empresa interposta (Súmula 331, I do TST.) Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 11 Ressalta-se a mão de obra deverá ser contratada com remuneração equivalente à percebida pelos empregados da mesma categoria em sua totalidade. Ex: uma firma de engenharia poderá contratar engenheiros para trabalhar temporariamente somente nas hipóteses acima descritas e a contratação desse engenheiro só poderá ser efetivada através de uma empresa e seu salário será o mesmo do engenheiro que trabalha para a firma de engenharia. O art. 2º da Lei 6019/74 conceitua o trabalho temporário como aquele prestado por uma pessoa física a uma empresa, para atender a necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviço. Art. 2º da Lei 6019/74 - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços. O trabalhador temporário é empregado da empresa de trabalho temporário que pode ser física ou jurídica urbana. Compreende-se como empresa de trabalho temporário a pessoa física ou jurídica urbana, cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, temporariamente, trabalhadores, devidamente qualificados, por elas remunerados e assistidos Quando houver falência da empresa prestadora ou intermediadora do trabalho temporário a tomadora responderá solidariamente. Art. 16 da Lei 6019/74 - No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei. Art. 18 da Lei 6019/74 É vedado à empresa do trabalho temporário cobrar do trabalhador qualquer importância, mesmo a título de mediação, podendo apenas efetuar os descontos previstos em Lei. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 12 Parágrafo único. A infração deste artigo importa no cancelamento do registro para funcionamento da empresa de trabalho temporário, sem prejuízo das sanções administrativas e penais cabíveis. Os principais requisitos para a validade do contrato de trabalho temporário são: contrato escrito entre empregado e a empresa intermediadora que é a empregadora; contrato escrito entre a empresa prestadora e a tomadora contendo o motivo da contratação;Duração máxima de 3 meses salvo autorização do MTE, desde que não exceda a 6 meses. Art. 9º da Lei 6019/74 O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço ou cliente deverá ser obrigatoriamente escrito e dele deverá constar expressamente o motivo justificador da demanda de trabalho temporário, assim como as modalidades de remuneração da prestação de serviço. Art. 11 da Lei 6019/74 - O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma empresa tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele deverão constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei. Parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindoa contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário. As empresas de trabalho temporário deverão preencher os requisitos do art. 6º sob pena do contrato se firmar diretamente com a tomadora de serviços. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 13 Art. 6º da Lei 6019/74 O pedido de registro para funcionar deverá ser instruído com os seguintes documentos: a) prova de constituição da firma e de nacionalidade brasileira de seus sócios, com o competente registro na Junta Comercial da localidade em que tenha sede; b) prova de possuir capital social de no mínimo quinhentas vezes o valor do maior salário mínimo vigente no País; c) prova de entrega da relação de trabalhadores a que se refere o art. 360, da Consolidação as Leis do Trabalho, bem como apresentação do Certificado de Regularidade de Situação, fornecido pelo Instituto Nacional de Previdência Social; d) prova de recolhimento da Contribuição Sindical; e) prova da propriedade do imóvel-sede ou recibo referente ao último mês, relativo ao contrato de locação; f) prova de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes do Ministério da Fazenda. Parágrafo único. No caso de mudança de sede ou de abertura de filiais, agências ou escritórios é dispensada a apresentação dos documentos de que trata este artigo, exigindo-se, no entanto, o encaminhamento prévio ao Departamento Nacional de Mão-de- Obra de comunicação por escrito, com justificativa e endereço da nova sede ou das unidades operacionais da empresa. O prazo máximo do contrato celebrado entre a tomadora e a fornecedora de mão-de-obra em relação a um mesmo empregado é de 90 dias, salvo autorização do ministério do Trabalho. O trabalhador que se submete a este tipo de contrato é empregado da empresa de trabalho temporário devendo este contrato também ser escrito. O contrato será nulo e acarretará a formação do vínculo de emprego com o tomador quando desrespeitadas as hipóteses do art. 2º da referida lei. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 14 A lei proíbe a contratação de estrangeiro como trabalhador temporário quando portador de visto provisório. Os direitos do trabalhador temporário estão previstos no art. 12 da citada lei, além do direito ao FGTS previsto na Lei 8036/90. Não há aviso prévio quando ocorrer a terminação do contrato de trabalho temporário. Art. 12 da Lei 6019/74 Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente, calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 20% (vinte por cento); (50% após a CF/88) c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei nº 5107, de 13 de setembro de 1966; d) repouso semanal remunerado; e) adicional por trabalho noturno; f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido; g) seguro contra acidente do trabalho; h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da Previdência Social, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973 (art. 5º, item III, letra "c" do Decreto nº 72.771, de 6 de setembro de 1973). Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 15 § 1º - Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência Social do trabalhador sua condição de temporário. § 2º - A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à empresa de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um assalariado posto à sua disposição, considerando-se local de trabalho, para efeito da legislação específica, tanto aquele onde se efetua a prestação do trabalho, quanto a sede da empresa de trabalho temporário. Art. 13 da Lei 6019/74 - Constituem justa causa para rescisão do contrato do trabalhador temporário os atos e circunstâncias mencionados nos artigos 482 e 483, da Consolidação das Leis do Trabalho, ocorrentes entre o trabalhador e a empresa de trabalho temporário ou entre aquele e a empresa cliente onde estiver prestando serviço. Art. 15 da Lei 6019/74 A Fiscalização do Trabalho poderá exigir da empresa tomadora ou cliente a apresentação do contrato firmado com a empresa de trabalho temporário, e, desta última o contrato firmado com o trabalhador, bem como a comprovação do respectivo recolhimento das contribuições previdenciárias. 7. Cooperativas e prestação de serviços: A sociedade cooperativa é uma associação voluntária de pessoas que contribuem com o seu esforço pessoal ou com as suas economias a fim de obter vantagens cuja reunião de pessoas possa propiciar. Será preciso ocorrer a adesão voluntária do cooperado. (Lei 5764/71, Lei 9867/99 – Criação e funcionamento de Cooperativas Sociais). O art. 442, parágrafo único da CLT, estabelece que não há vínculo de emprego entre a cooperativa e os seus associados. Entretanto, é preciso atentar para o caso da cooperativa ser considerada fraudulenta, ou seja, criada com o objetivo de burlar as leis trabalhistas. Nesse caso, será declarado o vínculo de emprego, considerando a prevalência da teoria do contrato-realidade, uma vez que o que importa é a forma como o trabalho é efetivamente prestado (os fatos) e não a simples denominação que lhe possa ser atribuído. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 16 Assim, levo ao conhecimento de vocês um entendimento que abarca as finalidades e os princípios de dupla qualidade e retribuição pessoal diferenciado cooperativismo, ressaltando o que caracteriza e diferencia a licitude de sua existência. "Cooperativa de trabalho ou de serviços nasce da vontade de seus membros, todos autônomos e que assim continuam. As tarefas são distribuídas com igualdade de oportunidades; repartem-se o ganhos proporcionalmente ao esforço de cada um. Pode haver até direção de algum deles, mas não existe patrão nem alguém que se assemelhe; a clientela é diversificada; a fixação de um operário em um dos clientes, pela continuidade ou subordinação, e perda da diversidade da clientela descaracterizam a cooperativa " - in "Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho", editora Saraiva, na 28ª edição, atualizada e ampliada por Eduardo Carrion, pág. 272. - destaquei. Exemplificando: A Cooperativa fraudulenta ocorrerá quando a sua formação se dá para prestação de serviço a uma só empresa e seus membros percebem a mesma quantia remuneratória. Essa situação foi muito comum no final da década de 80 e 90, quando as próprias empresas estimulavam seus empregados a formarem cooperativas e a continuarem a prestação de serviços. O intuito era na verdade a burla a legislação trabalhista e nada mais. EMENTA: RELAÇÃO DE EMPREGO. COOPERATIVA. INTERMEDIAÇÃO ILÍCITA DE MÃO-DE-OBRA. Constitui característica inerente ao autêntico cooperativismo a presença da dupla qualidade, a qual possibilita que o verdadeiro cooperado, além de contribuir com o seu trabalho, seja beneficiário dos serviços prestados pela entidade. A cooperativa deverá, ainda, propiciar ao cooperadouma retribuição pessoal diferenciada pela atividade autônoma, superior aos valores que obteria caso não estivesse associado. Ausentes esses elementos indissociáveis e obrigatórios do cooperativismo, além de estar demonstrado que a cooperativa atuava como simples intermediária de mão-de-obra, na ilícita terceirização de serviços ligados à atividade-fim do tomador, há de ser reconhecida a relação de emprego com este último. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 17 8. Estagiário: Antes de conceituar o estagiário ressalto que não se deve confundir o estagiário com o trabalhador aprendiz. O aprendiz sempre será empregado e está regido pelos artigos 428 e seguintes da CLT. Já o estagiário está regido pela Lei 11.788/08 e somente será considerado empregado quando o estágio for fraudulento, ou seja, não se desenvolver de acordo com os requisitos da lei. As principais características do estágio são: ⇒ Duração não poderá passar de dois anos, salvo quando o estagiário for portador de deficiência. ⇒ A jornada será de 4 horas diárias e 20 horas semanais no caso de estudantes de educação especial e dos anos finais do ensino fundamental. ⇒ A jornada será de 6 horas diárias e 30 horas semanais no caso de estudantes do ensino superior, da educação profissional de nível médio. ⇒ O estágio poderá ser obrigatório ou não-obrigatório. Quando ele for obrigatório o estagiário poderá receber uma bolsa e quando ele for não-obrigatório o estagiário deverá receber a bolsa. ⇒ O estagiário receberá os seguintes direitos: auxílio- transporte, seguro contra acidentes pessoais, recesso de 30 dias. ⇒ Celebração de termo de compromisso de realização do estágio com o resumo das atividades desenvolvidas, dos períodos e da avaliação de desempenho a ser fornecida pela parte concedente do estágio quando do desligamento do estagiário. 9. Relações de Trabalho “lato sensu”: � Trabalho autônomo: O trabalhador autônomo é aquele que correrá o risco do negócio, uma vez que desenvolverá as suas atividades, por conta própria de forma, com habitualidade e risco próprio. Considera-se trabalhador autônomo a pessoa física que desenvolve por conta própria atividade econômica, com fins lucrativos ou não. Exemplo: o advogado, o médico, o taxista, etc. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 18 � Trabalho eventual: Há quatro teorias para explicar o que é trabalho eventual. São elas: a) Teoria do evento; b) Teoria da Descontinuidade; c) Teoria da Fixação Jurídica; d) Teoria dos Fins da Empresa. a) Teoria do Evento: Esta teoria leva em consideração o tipo de serviço para o qual o trabalhador foi contratado, se ele é ou não de curta duração para a empresa. Caso ele seja de curta duração para a empresa o trabalhador será considerado eventual e não empregado. Esta teoria não foi aceita pela doutrina brasileira. b) Teoria da Descontinuidade: Esta teoria leva em consideração o conceito temporal da prestação de serviços, ou seja, eventual seria o trabalho que não se repete para um mesmo trabalhador. Exemplo: um professor que ministre uma aula, apenas, em determinada Universidade. c) Teoria da Fixação Jurídica: por esta teoria eventual seria aquele trabalhador que presta serviços para diversos tomadores de forma simultânea sem se fixar a nenhum deles. Ex: Faxineira d) Teoria dos Fins da Empresa: Esta teoria destaca a natureza do serviço em relação à atividade empresarial. Assim, trabalho eventual será aquele que não estiver inserido na atividade normal da empresa. Por esta teoria a bilheteira do cinema que só funciona nos finais de semana é considerada empregada, porque a venda de ingressos está inserida na atividade normal da empresa. � Trabalho temporário: É o trabalho realizado por uma pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário, que prestará serviços no estabelecimento do tomador ou cliente, destinada a atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços. (Lei 6.019/74) � Trabalho avulso: Considera-se trabalhador avulso aquele que presta os seus serviços a tomadores diversos, sem pessoalidade, em sistema de rodízio, intermediado por um Sindicato ou por um Órgão Gestor de Mão-de-obra. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 19 EMENTA: TRABALHADOR AVULSO. INTERMEDIAÇÃO DE SERVIÇOS PELOSINDICATO. INEXISTÊNCIA DE VÍNCULO DE EMPREGO. O trabalhador avulso é uma espécie de eventual, que presta seus serviços em prol dos tomadores, sem vínculo empregatício com o Sindicato que intermedeia sua mão-de-obra, ou com o OGMO (órgão gestor de mão-de-obra, em se tratando de trabalho portuário), ou com as empresas tomadoras. O trabalho na movimentação de mercadorias para uma mesma empresa não é suficiente para inquinar de fraudulenta a arregimentação de serviços, quanto mais se ausentes os elementos caracterizadores da relação de emprego. Estes trabalhadores não são considerados empregados, mas possuem os mesmos direitos dos trabalhadores com vínculo empregatício permanente, pois a CF/88 estabelece igualdade entre os trabalhadores avulsos e os trabalhadores com vínculo empregatício permanente (art. 7º, XXXIV da CRFB/88). O trabalhador avulso poderá ser portuário ou não-portuário. O trabalhador avulso portuário é aquele que presta serviços sem vínculo empregatício, intermediado por um Órgão Gestor de Mão-de-obra, a inúmeros tomadores de serviços, como visto na emenda acima. Este trabalhador é regido pela Lei 8.630/93, não possuindo vínculo de emprego devido ao fato de que a prestação de serviços é de curta duração, esporádica, uma vez que os navios ficam por tempo reduzido nos portos. Controvérsias doutrinárias: 1ª Corrente (Alice Monteiro de Barros): O conceito de empregado rural está ligado aos métodos de execução do trabalho, assim quando o empregado executar os seus serviços de forma subordinada, com pessoalidade, onerosidade e não-eventualidade, sem correr os riscos do negócio, na agricultura, pecuária e no campo ele será considerado empregado rural. 2ª Corrente (Maurício Godinho Delgado): O jurista para definir se o empregado é ou não rurícola utiliza dois requisitos: a atividade preponderante do empregador e o local de trabalho. Assim para esta teoria além do empregador explorar atividade rural o empregado deverá trabalhar em prédio rústico ou propriedade rural. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 20 DICA: Os empregados rurais poderão ser classificados em dois tipos: empregado rural e safrista. O parágrafo único do art. 14 da Lei 5.889/73 estabelece que considera-se contrato de safra o que tenha a sua duração dependente de variações estacionais da atividade agrária, sendo um contratado por prazo determinado.Expirado normalmente o contrato, a empresa pagará ao safrista, a título de indenização do tempo de serviço, importância correspondente a 1/12 (um doze avos) do salário mensal, por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. DICA: O gato ou turmeiro são os agenciadores do trabalho do bóia- fria e não estabelecem vínculo de emprego com o boia-fria. São considerados meros intermediários, não possuindo em geral capacidade econômica para suportar os riscos do negócio, podendo ser muitas vezes consideradoempregado. DICA: Quanto ao bóia-fria ou volante há controvérsias na doutrina se ele será ou não considerado empregado: 1ª. Vertente: (Vólia Bonfim). Considera que ele é trabalhador eventual porque ao prestar os seus serviços o faz, sem o requisito da pessoalidade, não podendo falar-se em empregado por estar ausente um dos requisitos da relação de emprego na prestação de seus serviços. 2ª. Vertente: (Alice Monteiro de Barros). Defende a corrente de que ele é considerado empregado porque nas atividades por ele desempenhada há necessidade de permanente mão-de-obra. DICA: O motorista de empresa cuja atividade seja preponderantemente rural é considerado empregado rural, porque não enfrenta o trânsito das cidades, sendo esta a orientação jurisprudencial do TST. OJ 315 da SDI- 1 do TST É considerado trabalhador rural o motorista que trabalha no âmbito de empresa cuja atividade é preponderantemente rural, considerando que, de modo geral, não enfrenta o trânsito das estradas e cidades. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 21 DICA: Indústria urbana # Indústria rural 1. Para que a atividade industrial desenvolvida seja considerada urbana, deverá ocorrer alteração na natureza do produto. Ex1. Uma forneira que faz o carvão, alterando a lenha. Ex2. Usina de açúcar que faz o álcool, alterando a cana para álcool. 2. A indústria rural caracteriza-se quando ocorrer processo de industrialização sem transformar a matéria prima na sua aparência, ou seja, in natura sem mudar a forma como veio da natureza. Ex: Beneficiamento, ensacamento e pasteurização do leite. Há atividades rurais como o parceiro, o meeiro e o arrendatário que correm os riscos do negócio, não possuindo vínculo com o empregador rural, são elas: � Parceria é o contrato pelo qual um indivíduo cede a outro determinado imóvel rural com o objetivo de nele desenvolver atividade de exploração agropecuária mediante participação nos lucros. � Arrendamento é o contrato segundo o qual uma pessoa cede a outra o uso e gozo da propriedade rural por prazo determinado mediante o pagamento de um aluguel. � Meação é um contrato segundo o qual o proprietário da terra terá direito a metade do que o parceiro produz. É importante ressaltar que caso as modalidades de contrato acima descritas, sejam falsas (falsa parceria, falso arrendamento e falsa meação) dado o princípio da primazia da realidade o vínculo irá formar- se com o empregador rural. O art. 3º da Lei do Trabalho Rural trata da figura do grupo econômico, que irá processar-se nos mesmos moldes do grupo econômico urbano, sendo a responsabilidade também solidária passiva. Art. 3º da Lei 5.889/73 § 2º Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cada uma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico ou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obrigações decorrentes da relação de emprego. ___________________________________________________ Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 22 No decorrer do curso voltaremos a estudar estes temas da aula demonstrativa! Vamos, agora, estudar as questões de prova: Questões de Prova: 1. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) A onerosidade, enquanto requisito imprescindível à configuração da relação de emprego, há que ser avaliada sob a óptica do prestador dos serviços. Em tal circunstância, afigura-se relevante investigar a real intenção das partes, especialmente do trabalhador, para verificar se a onerosidade que permeou o vínculo objetivou a percepção de contraprestação. 2. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005)O vínculo subordinante que se estabelece entre o prestador de serviços e seu tomador, na relação de emprego, é qualificado como sendo uma subordinação jurídica. Pela doutrina atual, essa subordinação é avaliada sob uma perspectiva objetiva, atuando sobre o modo da realização da prestação e não sobre a pessoa do prestador de serviços. 3. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) Em contraposição ao que estabelece a lei ao conceituar o empregador doméstico, a Consolidação das Leis do Trabalho consagra a finalidade lucrativa como elemento indissociável da noção de empregador comum. 4. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) A solidariedade proporcionada pela existência do grupo econômico pode ser conceituada como dual, ou seja, ao tempo em que consagra a solidariedade passiva das empresas, permite o reconhecimento da existência de empregador único. Assim, consoante jurisprudência prevalente no Tribunal Superior do Trabalho, a prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. 5. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) O contrato estabelecido entre as empresas de serviços temporários e a tomadora ou cliente deverá ser obrigatoriamente escrito, exigência que também se aplica ao contrato celebrado entre, a empresa de serviços temporários se cada um dos assalariados postos à disposição da empresa tomadora dos serviços. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 23 6. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) Justifica-se a celebração de contrato de trabalho temporário para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços, devendo a duração desse contrato não exceder três meses, facultada uma prorrogação, por idêntico prazo, por convenção das partes. 7. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) Entre os direitos conferidos aos trabalhadores temporários destaca-se a remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente. 8. (ESAF- Advogado – IRB – 2004) São titulares da relação de emprego: o pequeno empreiteiro contratado para a execução de serviços de reforma residencial, sem o auxílio de terceiros e o trabalhador avulso, qualificado como chapa, que manterá relação de emprego quando seus serviços forem solicitados com habitualidade pela mesma pessoa natural ou jurídica. 9. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho/2006) O trabalho temporário não é considerado terceirizado porque a relação justrabalhista de que participa é bilateral. 10. (ESAF - Técnico Judiciário - TRT - 7ª Região – 2003) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, dividindo os riscos da atividade econômica com seus prestadores, com a concessão de gratificação de participação nos lucros e resultados, admite e remunera a prestação pessoal de serviços. 11. (ESAF – Procurador da Fazenda Nacional – 2007) A teoria dos fins da empresa define o trabalhador eventual como sendo aquele prestador de serviços que não se vincula especificamente a apenas um tomador de serviços, mas oferecendo sua força de trabalho de modo concomitante e indiscriminado a vários tomadores. 12. (ESAF - Procurador da Fazenda Nacional – 2007) Via de regra, na prestação de serviços de forma autônoma, o prestador assume os riscos inerentes à prestação laborativa, daí porque pode-se afirmar que tal panorama constitui simplesconseqüência contratual, e não requisito essencial da relação. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 24 13. (ESAF – Procurados da Fazenda Nacional – 2007) A prestação de serviços de forma autônoma pode ser pactuada mediante cláusula de severa pessoalidade. A par disso, tem-se que tal circunstância resulta prejudicada a total ausência de subordinação por parte do prestador de serviço. 14. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho– 2003) Considera-se empregador as associações recreativas que, mesmo não objetivando lucro, contratam trabalhadores avulsos. 15. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2003) Não é considerada empregada a costureira que presta serviços em seu domicílio a determinada empresa de confecção, comparecendo uma vez por semana à sede da empresa, tendo seu trabalho controlado em razão das cotas de produção estabelecidas e da qualidade das peças produzidas. 16. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) Considerando o regime próprio a que é submetido o policial militar, mesmo que preenchidos os requisitos legais, não é viável o reconhecimento de vinculo de emprego com empresa privada, especialmente porque a concomitância de prestação de serviços pode dar ensejo a certa penalidade disciplinar. 17. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2003) Não é considerado empregado o trabalhador que presta serviços como mordomo em determinada residência familiar, deforma pessoal, contínua e onerosa. 18. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2006) A figura sucessória trabalhista faz operar a imediata e automática assunção dos contratos trabalhistas pelo novo empregador, então, o novo titular passa a responder pelas repercussões presentes e futuras dos contratos de trabalho transferidos, ressalvando-se, porém, as passadas, cujas hipóteses tenham-se consolidado ao tempo em que se fazia presente o antigo titular do empreendimento. --------------------------------------------------------------------------------- Marquem aqui o gabarito de vocês: 1. 5. 9. 13. 17. 2. 6. 10. 14. 18. 3. 7. 11. 15. 4. 8. 12. 16. --------------------------------------------------------------------------------- Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 25 Questões de Prova Comentadas: A onerosidade significa vantagens recíprocas. A vantagem do empregado é receber o pagamento pelo seu trabalho e a vantagem do empregador é receber a prestação de serviços realizada pelo empregado. Poderemos resumir da seguinte forma: A toda prestação de trabalho corresponde uma contraprestação pecuniária ou in natura. Portanto, a onerosidade do contrato de trabalho configura-se através do pagamento em dinheiro (prestação pecuniária) ou em utilidades (in natura). Diz a assertiva que “ A onerosidade para ser considerada como requisito da relação de emprego deverá ser avaliada sob a óptica do prestador de serviços, sendo relevante investigar a real intenção das partes, especialmente do trabalhador, para verificar se a onerosidade que permeou o vínculo, objetivou a percepção de contraprestação”. Por real intenção do prestador de serviços devemos entender se ele presta os serviços com a intenção apenas de receber o pagamento ou se há outra intenção por traz disto, conforme vocês poderão observar nas explicações abaixo. A onerosidade pode ser enfocada sob dois aspectos: o objetivo e o subjetivo. O primeiro reflete o tipo de trabalho executado e não o pagamento que dele deriva. Já o segundo refere-se ao fato do trabalho ser executado em troca de subsistência, ou seja, em troca do salário. O aspecto objetivo ocorrerá quando mesmo que não haja interesse do prestador de serviços no pagamento, ou seja, a intenção de trabalhar por dinheiro, ocorre de fato a contraprestação. O aspecto subjetivo ocorrerá quando o trabalho é aceito pelo prestador de serviços em troca de dinheiro. Para maior compreensão citarei exemplos enfocando os dois aspectos. 1. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) A onerosidade, enquanto requisito imprescindível à configuração da relação de emprego, há que ser avaliada sob a óptica do prestador dos serviços. Em tal circunstância, afigura-se relevante investigar a real intenção das partes, especialmente do trabalhador, para verificar se a onerosidade que permeou o vínculo objetivou a percepção de contraprestação. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 26 Exemplificando: O exemplo que trarei em relação ao aspecto objetivo foi dado pela professora Vólia Bonfim em seu livro. Trata-se do caso de alguns médicos bem sucedidos que trabalham em um pequeno hospital recebendo salários ínfimos apenas por amor à vida humana. Já o exemplo em relação ao aspecto subjetivo apresentado pela autora é o da empregada doméstica que trabalha pelo salário que irá receber. Para facilitar, ainda mais a compreensão dos dois aspectos, criei para vocês um exemplo em relação ao médico que poderá enquadrar-se no aspecto subjetivo, que é o seguinte: Mário é médico, sempre considerou o Hospital XX um péssimo hospital para trabalhar, mas ele não é bem sucedido na profissão, e por esta razão aceita trabalhar no Hospital XX, apenas porque o salário é muito bom. Criei também um exemplo, para enquadrar a empregada doméstica no aspecto objetivo, ou seja, ela não trabalhará em troca de dinheiro. Ex: Maria trabalhava para a família de Josefina há 20 anos, tendo praticamente criado os três filhos da patroa. Acontece que Maria ganhou na “megasena” e não precisaria trabalhar mais como doméstica. Como ela gostava muito da família de Josefina, preferiu continuar trabalhando apesar de não precisar do dinheiro. Olha pessoal, na prática sei que este exemplo é bem difícil de acontecer. Mas ele enquadra-se bem para explicar o aspecto objetivo em relação ao exemplo da empregada doméstica dado pela professora Vólia para o aspecto subjetivo. A assertiva tratou da onerosidade que é um dos requisitos da relação de emprego. Observem que a banca abordou entendimentos doutrinários mais complexos sobre o tema que não são abordados pelas outras bancas. Digo isto porque ela refere-se à classificação da onerosidade sobre o aspecto objetivo e subjetivo da onerosidade, que foram explicados acima, o que não observei nas questões da FCC. Pelo acima exposto, concluímos que a assertiva está correta. 2. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005)O vínculo subordinante que se estabelece entre o prestador de serviços e seu tomador, na relação de emprego, é qualificado como sendo uma subordinação jurídica. Pela doutrina atual, essa subordinação é avaliada sob uma perspectiva objetiva, atuando sobre o modo da realização da prestação e não sobre a pessoa do prestador de serviços. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 27 Quanto à subordinação ser considerada jurídica não há novidades. A novidade que temos nesta questão é quanto à classificação da subordinação em objetiva e subjetiva. A subordinação subjetiva existia no trabalho escravo e na servidão, quando a pessoa do trabalhador estava sujeita ao amo ou ao senhor feudal. O legislador trabalhista adotou o enfoque objetivo da subordinação que atua no modo como o serviço é prestado e não na pessoa do trabalhador. Sendo assim, é possível a contratação de trabalhadores em domicílio e de serviços externos, uma vez que a subordinaçãonão recai na pessoa do trabalhador, mas na forma como o serviço é prestado. Resumindo: A subordinação jurídica poderá, então, ser objetiva ou subjetiva. Considera-se subjetiva a subordinação quando recai sobre a pessoa do empregado e objetiva quando recai sobre os serviços executados pelo trabalhador. A assertiva está correta. O empregador comum também não precisará ter finalidade lucrativa para configurar o vínculo de emprego, porque o parágrafo 1º do art. 2º da CLT dispõe que as entidades sem fins lucrativos equiparam-se a empregador quando contratarem trabalhadores como empregados. Art. 2º da CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. 3. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) Em contraposição ao que estabelece a lei ao conceituar o empregador doméstico, a Consolidação das Leis do Trabalho consagra a finalidade lucrativa como elemento indissociável da noção de empregador comum. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 28 § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas. Sendo assim, para a CLT ter finalidade lucrativa não é um elemento indispensável para que seja configurada a relação de emprego em relação ao empregado comum. Já em relação ao empregado doméstico se o seu empregador tiver finalidade lucrativa, ele não será considerado empregado doméstico, mas sim empregado comum (empregado celetista). Exemplificando: Ana é empregada doméstica de Alzira, porém a sua empregadora vender “quentinhas” para os empregados de uma grande empresa que fica ao lado de sua casa. Ana é quem faz a comida. Ora Alzira está tendo lucro com os serviços desempenhados por Ana, logo ela será considerada empregada celetista e não empregada doméstica. Portanto, a assertiva está errada. A primeira parte da assertiva menciona a teoria do Empregador Único que prevaleceu na doutrina para determinar a responsabilidade solidária do grupo econômico, pelo adimplemento das obrigações trabalhistas (solidariedade passiva). É importante lembrar que a responsabilidade solidária será em relação ao adimplemento das obrigações trabalhistas, mas caso o pedido do empregado seja a assinatura de CTPS, quem deverá assiná-la será o tomador direto de seus serviços. 4. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) A solidariedade proporcionada pela existência do grupo econômico pode ser conceituada como dual, ou seja, ao tempo em que consagra a solidariedade passiva das empresas, permite o reconhecimento da existência de empregador único. Assim, consoante jurisprudência prevalente no Tribunal Superior do Trabalho, a prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 29 A segunda parte da questão refere-se à Súmula 129 do TST que fala do grupo econômico, estabelecendo que quando ocorrer a prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho não será considerada a coexistência de mais de um contrato de trabalho. Súmula 129 do TST A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. Portanto está correta a assertiva. A Lei 6019/74 autoriza a intermediação de mão-de-obra para atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente do tomador de serviços, bem como no caso de acréscimo extraordinário de serviços. Somente quando atendidas as duas hipóteses do art. 2º da Lei 6.019/74 que será permitida a celebração de contrato temporário. Art. 2º da Lei 6019/74 - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física a uma empresa, para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços. A assertiva abordou os artigos 9º e 11º da Lei 6.019/74,abaixo transcritos, que estabelecem que o contrato estabelecido entre as empresas de serviços temporários e a tomadora ou cliente deverá ser obrigatoriamente escrito, exigência que também se aplica ao contrato celebrado entre a empresa de serviços temporários em relação a cada um dos assalariados postos à disposição da empresa tomadora dos serviços. Portanto está correta a assertiva. 5. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) O contrato estabelecido entre as empresas de serviços temporários e a tomadora ou cliente deverá ser obrigatoriamente escrito, exigência que também se aplica ao contrato celebrado entre, a empresa de serviços temporários se cada um dos assalariados postos à disposição da empresa tomadora dos serviços. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 30 Art. 9º da Lei 6019/74 O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de serviço ou cliente deverá ser obrigatoriamente escrito e dele deverá constar expressamente o motivo justificador da demanda de trabalho temporário, assim como as modalidades de remuneração da prestação de serviço. Art. 11 da Lei 6019/74 - O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário e cada um dos assalariados colocados à disposição de uma empresa tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele deverão constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores por esta Lei. Parágrafo único. Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, proibindo a contratação do trabalhador pela empresa tomadora ou cliente ao fim do prazo em que tenha sido colocado à sua disposição pela empresa de trabalho temporário. Vou destacar em azul o texto da aula anterior que precisa ser retificado. Seguindo o entendimento da ESAF eu não posso considerar os 3 meses que a lei menciona com 90 dias, pois em uma questão de prova ela não considerou correta a assertiva que mencionava 90 dias. Nesta questão especificamente a banca nem mencionou no prazo de 90 dias. Sendo assim, devemos tomar cuidado quando digo que: o prazo máximo do contrato celebrado entre a tomadora e a fornecedora de mão-de-obra em relação a um mesmo empregado é de 90 dias, salvo autorização do ministério do Trabalho e não por convenção das partes como dispõe a questão. 6. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) Justifica-se a celebração de contrato de trabalho temporário para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços, devendo a duração desse contrato não excedertrês meses, facultada uma prorrogação, por idêntico prazo, por convenção das partes. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 31 Devemos tomar cuidado, pois para a FCC estaria correta a frase acima, mas para a ESAF onde consta 90 dias, deverá constar três meses (literalidade da lei). Art. 10 da lei 6.019/74 O contrato entre a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora ou cliente, com relação a um mesmo empregado, não poderá exceder de três meses, salvo autorização conferida pelo órgão do Ministério do Trabalho e Previdência Social, segundo instruções a serem baixadas pelo Departamento Nacional de Mão-de-Obra. Transcreverei a assertiva e destacarei em vermelho o erro da assertiva: Justifica-se a celebração de contrato de trabalho temporário para atender à necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de serviços, devendo a duração desse contrato não exceder três meses, facultada uma prorrogação, por idêntico prazo, por convenção das partes. Observaram acima que o erro está apenas na expressão “por convenção das partes”, uma vez que o art. 10 da Lei 6.019/74 estabelece três meses com possibilidade de prorrogação por autorização do Ministério do Trabalho. Portanto está incorreta a assertiva. Ainda sobre trabalho temporário, apesar de não ter sido objeto desta questão, vale a pena relembrar o art. 12 da referida lei, pois ele é muito abordado em provas de concursos. O art. 12 trata dos direitos do trabalhador temporário. É importante frisar que apesar do art. 12 não mencionar o FGTS, o trabalhador temporário terá direito ao FGTS, uma vez que a Lei 8.036/90 prevê tal direito. Não há direito ao aviso prévio quando ocorrer a terminação do contrato de trabalho temporário. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 32 Art. 12 da Lei 6019/74 Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente, calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; b) jornada de oito horas, remuneradas as horas extraordinárias não excedentes de duas, com acréscimo de 20% (vinte por cento); c) férias proporcionais, nos termos do artigo 25 da Lei nº 5107, de 13 de setembro de 1966; d) repouso semanal remunerado; e) adicional por trabalho noturno; f) indenização por dispensa sem justa causa ou término normal do contrato, correspondente a 1/12 (um doze avos) do pagamento recebido; g) seguro contra acidente do trabalho; h) proteção previdenciária nos termos do disposto na Lei Orgânica da Previdência Social, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5.890, de 8 de junho de 1973 (art. 5º, item III, letra "c" do Decreto nº 72.771, de 6 de setembro de 1973). § 1º - Registrar-se-á na Carteira de Trabalho e Previdência Social do trabalhador sua condição de temporário. § 2º - A empresa tomadora ou cliente é obrigada a comunicar à empresa de trabalho temporário a ocorrência de todo acidente cuja vítima seja um assalariado posto à sua disposição, considerando-se local de trabalho, para efeito da legislação específica, tanto aquele onde se efetua a prestação do trabalho, quanto a sede da empresa de trabalho temporário. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 33 É importante mencionar que o trabalhador temporário é empregado da empresa de trabalho temporário que pode ser física ou jurídica urbana e que quando houver falência da empresa prestadora ou intermediadora do trabalho temporário a tomadora responderá solidariamente. Art. 16 da Lei 6019/74 - No caso de falência da empresa de trabalho temporário, a empresa tomadora ou cliente é solidariamente responsável pelo recolhimento das contribuições previdenciárias, no tocante ao tempo em que o trabalhador esteve sob suas ordens, assim como em referência ao mesmo período, pela remuneração e indenização previstas nesta Lei. Art. 18 da Lei 6019/74 É vedado à empresa do trabalho temporário cobrar do trabalhador qualquer importância, mesmo a título de mediação, podendo apenas efetuar os descontos previstos em Lei. Parágrafo único. A infração deste artigo importa no cancelamento do registro para funcionamento da empresa de trabalho temporário, sem prejuízo das sanções administrativas e penais cabíveis. De fato o trabalhador temporário terá direito terá direito a receber a remuneração equivalente a percebida pelos empregados da mesma categoria, conforme o art. 12 da lei 6.019/74, comentado na questão anterior. A assertiva está correta. Art. 12 da Lei 6019/74 Ficam assegurados ao trabalhador temporário os seguintes direitos: a) remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente, calculados à base horária, garantida, em qualquer hipótese, a percepção do salário mínimo regional; 7. (ESAF- Juiz do Trabalho Substituto - TRT 7ª Região – 2005) Entre os direitos conferidos aos trabalhadores temporários destaca-se a remuneração equivalente à percebida pelos empregados de mesma categoria da empresa tomadora ou cliente. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 34 A pessoa física que exerce por conta própria determinada atividade é o trabalhador autônomo que se diferencia da figura do empregado, por trabalhar de forma autônoma sem a subordinação jurídica que é inerente à relação de emprego. Portanto, o pequeno empreiteiro não pode ser considerado empregado, mas sim trabalhador autônomo quando trabalhar sem subordinação e correndo os riscos do negócio (alteridade). Ao passo que o chapa é aquele, por exemplo, que descarrega caminhões, e não poderá ser considerado um trabalhador avulso, porque ele é um trabalhador eventual. Portanto está incorreta a assertiva. O trabalhador temporário é considerado empregado da empresa prestadora de serviços e será permitida a terceirização de atividade fim sem descaracterizar a intermediação de mão-de-obra realizada através da empresa interposta (Súmula 331, I do TST). Sendo, portanto terceirizado, a relação da qual ele participa será trilateral. É bom esclarecer o termo relação justrabalhista, ele significa dizer que é uma relação cujo direito a ser assegurado às partes envolvidas é o direito do trabalho. E a relação bilateral é uma relação entre duas pessoas, por exemplo, empregado e empregador. Já a relação trilateral ocorrerá quando existir uma terceira pessoa entre eles, como, por exemplo, a terceirização. Portanto está incorreta a assertiva. 8. (ESAF- Advogado – IRB – 2004) São titulares da relação de emprego: o pequeno empreiteiro contratado para a execução de serviços de reforma residencial, sem o auxílio de terceiros e o trabalhador avulso, qualificado como chapa, que manterá relação de emprego quando seus serviços forem solicitados com habitualidade pela mesma pessoa natural ou jurídica. 9. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho/2006) O trabalho temporário não é considerado terceirizado porque a relação justrabalhista de que participa é bilateral. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 35Observem que o art. 2º da CLT fala assumindo os riscos da atividade econômica e não dividindo como estabelece a assertiva. Portanto está incorreta a assertiva. Art. 2º da CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. § 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. § 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas A teoria que prevaleceu para determinar o que seja o trabalho não-eventual é a teoria dos fins da empresa e ela caracteriza-se por considerar como trabalho não-eventual aquele que for prestado em caráter contínuo, não esporádico e permanente, no qual o empregado insere-se nos fins sociais desenvolvidos pela empresa. Assim, a bilheteira de um cinema do interior será considerada trabalhadora não-eventual, mesmo que trabalhe apenas nos finais de semana, na hipótese do cinema somente funcionar nos finais de semana. Este é o clássico exemplo que a doutrina cita para definir a teoria dos fins da empresa. 10. (ESAF - Técnico Judiciário - TRT - 7ª Região – 2003) De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, dividindo os riscos da atividade econômica com seus prestadores, com a concessão de gratificação de participação nos lucros e resultados, admite e remunera a prestação pessoal de serviços. 11. (ESAF – Procurador da Fazenda Nacional – 2007) A teoria dos fins da empresa define o trabalhador eventual como sendo aquele prestador de serviços que não se vincula especificamente a apenas um tomador de serviços, mas oferecendo sua força de trabalho de modo concomitante e indiscriminado a vários tomadores. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 36 Trabalhador eventual é a pessoa física que presta serviços ocasionalmente a uma ou mais empresas sem relação de emprego. Portanto as normas da CLT não se aplicam a ele. Gostaria de chamar a atenção de vocês para o fato da banca estar indicando mais uma vez o caminho errado e dificultando um raciocínio jurídico sobre o tema. Observem que a teoria dos fins da empresa não conceitua o trabalhador eventual, apesar de a forma como a assertiva foi redigida nos deixar em dúvida quanto a isso. Para melhor esclarecer, observem o conceito definido pela professora Vólia Bonfim Cassar “A teoria dos fins da empresa é analisada sob a ótica da empresa, desprezando-se a figura do trabalhador e destacando a figura do serviço em relação à atividade empresarial”. Portanto está incorreta esta assertiva. O que distingue o trabalhador autônomo do empregado é a subordinação jurídica na prestação dos serviços e não o simples fato da assunção dos riscos inerentes à prestação de serviços. Por isso, a assunção dos riscos é conseqüência e não requisito. Assim, está correta a assertiva. A pessoalidade é uma coisa e a subordinação é outra, o fato do trabalhador ter que prestar os seus serviços de forma pessoal, ou seja, não podendo fazer-se substituir por outrem não significa que ele estará subordinado ao tomador de seus serviços. Sendo assim, não há subordinação apesar de haver pessoalidade na prestação dos serviços de José. Portanto, a assertiva está incorreta. 12. (ESAF - Procurador da Fazenda Nacional – 2007) Via de regra, na prestação de serviços de forma autônoma, o prestador assume os riscos inerentes à prestação laborativa, daí porque pode-se afirmar que tal panorama constitui simples conseqüência contratual, e não requisito essencial da relação. 13. (ESAF – Procurados da Fazenda Nacional – 2007) A prestação de serviços de forma autônoma pode ser pactuada mediante cláusula de severa pessoalidade. A par disso, tem-se que tal circunstância resulta prejudicada a total ausência de subordinação por parte do prestador de serviço. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 37 Os profissionais liberais e as associações recreativas são equiparados ao empregador para os efeitos da relação de emprego quando admitirem trabalhadores como empregados, segundo o parágrafo 1º do art. 2º da CLT. Art. 2º CLT Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. Parágrafo 1º Equipara-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados. Porém, os trabalhadores avulsos não são considerados empregados, porque possuem relação de trabalho e não de emprego com o tomador dos serviços.Trabalho Avulso é aquele que é prestado por uma pessoa física sem vínculo empregatício, de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sendo sindicalizado ou não, com interferência obrigatória do Sindicato profissional ou do órgão gestor de mão-de-obra. Portanto, a assertiva está incorreta. A costureira tendo o seu trabalho controlado em razão das cotas de produção e qualidade das peças está subordinada à empresa de confecção, sendo, portanto empregada. Trata-se da figura do trabalhador a domicílio prevista no art. 6º da CLT. Portanto, a assertiva está incorreta. 14. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho– 2003) Considera-se empregador as associações recreativas que, mesmo não objetivando lucro, contratam trabalhadores avulsos. 15. (ESAF – Auditor Fiscal do Trabalho – 2003) Não é considerada empregada a costureira que presta serviços em seu domicílio a determinada empresa de confecção, comparecendo uma vez por semana à sede da empresa, tendo seu trabalho controlado em razão das cotas de produção estabelecidas e da qualidade das peças produzidas. Curso Direito do Trabalho AFT Teoria e Questões ESAF PROFESSORA: Déborah Paiva Profa. Déborah Paiva www.pontodosconcursos.com.br 38 Art. 6º da CLT Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que esteja caracterizada a relação de emprego. De acordo com a Súmula 386 do TST, o policial militar terá o vínculo de emprego reconhecido com a empresa privada. Está incorreta a assertiva. Súmula 386 do TST - POLICIAL MILITAR. RECONHECIMENTO DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM EMPRESA PRIVADA. Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto do Policial Militar. Esta assertiva traz a figura do empregado doméstico, cujo trabalho está previsto no art. 1º da Lei 5.859/72, sendo considerado empregado quando prestar serviços com a presença dos elementos caracterizadores da relação de emprego. Art. 1º da Lei 5.859/72
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