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A expressão Relação de Trabalho tem caráter genérico (ex. terceirização, estágio, empregado doméstico, autônomo etc) Relação de Emprego, por sua vez, é espécie de relação de trabalho, firmada por meio de contrato de trabalho. “A ciência do Direito enxerga clara distinção entre relação de trabalho e relação de emprego. A primeira expressão tem caráter genérico: refere-se a todas as relações jurídicas caracterizadas por terem sua prestação essencial centrada em uma obrigação de fazer consubstanciada em um labor humano. Refere-se, pois, a toda modalidade de contratação de trabalho humano modernamente admissível. A expressão relação de trabalho englobaria, desse modo, a relação de emprego, a relação de trabalho autônomo, a relação de trabalho eventual, de trabalho avulso e outras modalidades de pactuação de prestação de labor (como trabalho de estagiário, etc.) Traduz, portanto, o gênero a que se acomodam todas as formas de pactuação de prestação de trabalho existentes no mundo jurídico atual.” (Maurício Godinho Delgado) Conceito: art. 3º CLT Requisitos: Ser pessoa física Não-eventualidade na prestação de serviços (habitualidade, continuidade) Dependência ou subordinação Pagamento de salário (onerosidade) Prestação pessoal de serviços (pessoalidade) Decisão de reconhecimento de vínculo trabalhista e emprego https://inaciootarouco.jusbrasil.com.br/noticias/430229731/justica-do-trabalho-mineira-reconhece-vinculo-de-emprego-entre-motorista-e-uber https://www.conjur.com.br/2018-ago-16/trt-decide-pedreiro-vinculo-emprego-dono-casa A CLT não exige que os serviços sejam prestados no próprio estabelecimento. Existe a figura do empregado em domicílio, que presta serviços em sua própria residência. Artigo 83º da CLT. Empregado em domicílio – é o empregado que presta serviços em seu domicílio (residência) para o empregador que o remunera. Não descaracteriza a subordinação. Ex.: costureiras, vendedor viajante Art. 6º CLT. Existe controle da jornada??? São devidas horas extras??? CAPÍTULO II-A (Capítulo incluído pela Lei n° 13.467/2017 - DOU 14/07/2017) Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em regime de teletrabalho observará o disposto neste Capítulo. Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. Parágrafo único. O comparecimento às dependências do empregador para a realização de atividades específicas que exijam a presença do empregado no estabelecimento não descaracteriza o regime de teletrabalho. Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de trabalho, que especificará as atividades que serão realizadas pelo empregado. § 1° Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes, registrado em aditivo contratual. § 2° Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho para o presencial por determinação do empregador, garantido prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente registro em aditivo contratual. Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato escrito. Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo não integram a remuneração do empregado. Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho. Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções fornecidas pelo empregador. TRT PISCADINHA https://www.youtube.com/watch?v=Sg8ac7TLz14&index=17&list=PLtCDCtp7Oug9mbdyIS4vhoOrdFar3qXNr Empregado rural Conceito – Lei 5.889/73, art. 2º - “É a pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços em continuidade a empregador rural, mediante dependência e salário”. Os empregados rurais foram equiparados aos empregados urbanos CF, art. 7º - trabalhadores urbanos e rurais têm os mesmos direitos Artigo 7º, “b”, CLT O empregado rural distingue-se do urbano face à prestação de serviços para empregador que explora atividade rural com finalidade de lucro. Se o empregador planta para vender, será rural o empregado; se não há comercialização no local, sendo apenas uma chácara de lazer, o empregado será doméstico. Trabalhador avulso – (Ex.: estivador – orla marítima, conferente de carga, carregador) É a pessoa física que presta serviços sem vínculo empregatício, de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, sendo sindicalizado ou não, com a intermediação obrigatória do sindicato da categoria profissional ou do órgão gestor de mão-de-obra. Art. 643 da CLT e art. 7º, XXXIV da CF/88 Presta serviços a diversas pessoas, com intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou do órgão gestor de mão-de-obra. Tem garantidos os direitos trabalhistas. CF, art. 7º, XXXIV – igualdade entre o empregado e o avulso Trabalhador eventual (Ex. Bóia-fria, chapa) Conceito: Lei 8.212/91, art. 12, V, alínea g É a pessoa física contratada para prestar serviços em certo evento. Trabalhador eventual, tem caráter ocasional, esporádico. Presta serviços esporádicos a uma ou mais pessoas. Não tem os direitos previstos na CLT. Não possui os requisitos de habitualidade/continuidade Estagiário Lei 11.788/2008 – não será considerado empregado, desde que cumpridas as determinações da Lei. Exerce atividades que lhe proporciona experiência prática da profissão que pretende seguir, sob a responsabilidade e a coordenação da instituição de ensino. Exigência do termo de compromisso celebrado entre o estudante e a parte concedente, com interveniência obrigatória da instituição de ensino. Matrícula em instituição de ensino, curso compatível com as tarefas desenvolvidas e frequência efetiva às aulas, sob pena de nulidade do contrato de estágio e reconhecimento do vínculo. CARTILHA MPT http://www.mptemquadrinhos.com.br/pdf/HQ05.pdf Estagiário O estagiário terá direito à: Bolsa auxílio ou outra forma de contraprestação; Seguro contra acidentes pessoais, a cargo do concedente; Duração do trabalho: até 04 horas para o ensino especial e até 06 horas para estudantes do ensino superior, nível médio e ensino regular. a carga horária será reduzida pelo menos à metade, segundo estipulado no termo de compromisso, para garantir o bom desempenho do estudante em semana de provas. Se o estágio perdurar por mais de 01 ano, terá direito à 30 dias de recesso, com remuneração. Os dias de recesso serão proporcionais se o estágio tiver duração inferior a um ano. Poderá receber vale-transporte. Prazo máximo de 02 anos. TRT NA RUA https://www.youtube.com/watch?v=r1NEy_5Ueoc DIREITOS DOS ESTAGIÁRIOS https://www.youtube.com/watch?v=Cnd2YM0n2mg “Estagiário não é empregado” Trabalhador voluntário Lei 9.608/98 – atividade não remunerada / espontaneidade / não gera vínculo de emprego; Objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social. Não existe o requisito onerosidade; Obrigatório assinatura das partes no termo de adesão, devendo constar o objeto e as condições de seu exercício; O trabalhador voluntário poderá ser ressarcido pela entidade das despesas comprovadamente realizadas no exercício de suas atividades. Trabalhador cooperado – Lei 5.764/71 Cooperativas – são constituídas por pessoas físicas, trabalhadores autônomos ou eventuais, de uma determinada profissão, oude ofício, ou de ofícios vários de uma mesma classe, que têm como finalidade primordial melhorar os salários e as condições de trabalho de seus associados; Não existe vínculo empregatício, pois os membros da cooperativa não tem subordinação entre si, mas vivem num regime de colaboração; Empregado aprendiz (Menor aprendiz) CF, art. 7º, XXXIII – proibição do trabalho ao menor de 16 anos, salvo na condição de aprendiz. Artigos 403, 428 e 433 da CLT Lei 10.097/2003; Decreto 5.598/2005; Aprendiz: pessoa entre 14 e 24 anos (art. 428 CLT); Obrigação do empregador contratar (5% min. // 15% máx.) dos trabalhadores existentes; Proibição do trabalho noturno, insalubre ou perigoso ao menor de 18 anos; Jornada máxima de 06 horas diárias (Poderá ser de até oito horas diárias para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica) Empregado aprendiz (Menor aprendiz) Contrato por prazo determinado, por no máximo 02 anos; Anotação CTPS e salário mínimo vigente; Matrícula e frequência na escola. FGTS – 2% Deficiente físico não se aplica a idade máxima Não corre prescrição para os menores de 18 anos Trabalhador autônomo – Prestador de serviços que não tem vínculo empregatício porque falta o requisito da subordinação. O autônomo presta serviços habituais por conta própria a uma ou mais pessoas. Não tem fiscalização de horário, não assume ordens, assume os riscos de sua atividade. Definição no art. 12, V, alínea h da Lei 8.212/91 Ex.: advogados, médicos, pedreiro, dentista Representação comercial (Lei 4886/65) REFORMA TRABALHISTA - AUTÔNOMO Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3º desta Consolidação. “O trabalhador autônomo não é empregado, contudo, incluí-lo na CLT poderá dar ainda mais margem para fraudes na relação de emprego. O simples fato de pactuar um contrato de prestação de serviços, não afastará o vínculo de emprego se provada a existência dos requisitos do art. 3º da CLT.” - Vólia Bonfim 21/08/17 REFORMA TRABALHISTA – TRABALHO INTERMITENTE Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. § 3º Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação específica. (NR) REFORMA TRABALHISTA – TRABALHO INTERMITENTE Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. § 1º. O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, três dias corridos de antecedência. § 2º Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa. § 3º A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente. REFORMA TRABALHISTA – TRABALHO INTERMITENTE § 4º Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo. § 5º O período de inatividade não será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes. § 6º Ao final de cada período de prestação de serviço o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: I – remuneração; II – férias proporcionais com acréscimo de um terço; III – décimo terceiro salário proporcional; IV – repouso semanal remunerado; e V – adicionais legais. REFORMA TRABALHISTA – TRABALHO INTERMITENTE § 7º. O recibo de pagamento deverá conter a discriminação dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas no § 6º deste artigo. § 8º O empregador efetuará o recolhimento da contribuição previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações. § 9º A cada doze meses o empregado adquire direito a usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias, período no qual não poderá ser convocado para prestar serviços pelo mesmo empregador. REFORMA TRABALHISTA – TRABALHO INTERMITENTE “O trabalho intermitente autoriza a jornada móvel variada e o trabalho variável, isto é, a imprevisibilidade da prestação de serviços. Os artigos 2º e 3º da CLT, determinam que o empregador assumi os riscos da atividade empresarial. Parece que o legislador buscou repassar ao trabalhador os riscos inerentes ao empreendimento, o que não é possível nas relações de emprego.” Vólia Bonfim REFORMA TRABALHISTA – TRABALHO INTERMITENTE > Art. 452-A, caput e § 4º: Prof. Homero Batista Mateus da Silva "O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. " "§ 4º. Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo." > Principais afrontas: art. 7º, IV e IX. 1. O contrato de trabalho intermitente, também chamado de contrato-zero ou de bico oficial, possui vulnerabilidades quanto à proteção social, pois talvez não dê acesso à Previdência Social, e quanto às férias, assuntos reservados para os debates sobre os §§ 8º e 9º do art. 452-A. REFORMA TRABALHISTA – TRABALHO INTERMITENTE 2. Neste texto, a afronta que vislumbramos está no conceito de salário do empregado submetido ao regime intermitente: o dispositivo dá a entender que ele pode ser contratado sem direito ao adicional noturno e com o resultado líquido ao final do mês abaixo de zero. Exato, abaixo de zero. 3. Da forma como redigido, o caput do art. 452-A não assegura o adicional noturno ao empregado, apenas dizendo que deve ser respeitado o salário-mínimo hora. Há uma referência ao direito ao salário-hora dos colegas efetivos, no que pode haver a inserção do adicional noturno, mas isso depende de interpretação extensiva e pode ocorrer de simplesmente não haver empregos efetivos no mesmo horário noturno. 4. Para remediar essa redação ruim e preservar a norma, podemos, então, fazer a interpretação conforme a Constituição e propor que onde está escrito salário-mínimo hora devemos ler salário-mínimo hora mais o adicional noturno. REFORMA TRABALHISTA – TRABALHO INTERMITENTE 5. Se o empregado efetivo falta, ele perde o salário e os benefícios do dia. Se o empregado intermitente falta, ele perde a paga do dia e, ainda, deve pagar ao empregador uma indenização equivalente a meia diária. A pena pecuniária é bastante polêmica no direito do trabalho e encontra previsão em leis esparsas, como do atleta profissional de futebol. Mas a imposição da pena pecuniária para os bicos oficiais tem potencial explosivo, capaz de gerar débitos difíceis de serem pagos. Ao fim e ao cabo, podemos ter empregados quetrabalham para pagar ao empregador e não o contrário. Esse cenário absurdo afronta uma pletora de dispositivos constitucionais, mas, por limitação espaço, é suficiente dizer que viola o direito ao salário-mínimo - horário, diário ou mensal. No direito do trabalho, o zero ainda é o limite. TRT NA RUA https://www.youtube.com/watch?v=T3Nr7gqcEcE ANTES DE DEPOIS DA REFORMA TRABALHISTA https://www.youtube.com/watch?v=3_I71vFNPJc&index=6&list=PLSAyE9HVlBfIhEFeBCQaZebgRDxaCuvR2 Diretor de sociedade Será empregado se tiver subordinação ao empregador. Súmula 269 do TST Empregado público É aquele empregado contratado pela Administração Pública e regido pela CLT. Lei 9.962/00, art. 1º: relação de trabalho regida pela CLT. Empregados da União: Lei 8.112/90 – funcionários estatutários – concursado – Seguirão o Estatuto Trabalhador temporário - Lei 6.019/74, Dec. 73.841/74 Lei 13.429/17 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6019.htm Trabalhador temporário - Lei 6.019/74, Dec. 73.841/74 Lei 13.429/17 Conceito legal: Art. 2º - Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços. (Redação dada pela Lei nº 13.429, de 2017 – 31/03/2017) § 2º - Considera-se complementar a demanda de serviços que seja oriunda de fatores imprevisíveis ou, quando decorrente de fatores previsíveis, tenha natureza intermitente, periódica ou sazonal. Art. 9º, § 3º - O contrato de trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimento de atividades-meio e atividades-fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços. Artigo 10 - Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário. § 1o - O contrato de trabalho temporário, com relação ao mesmo empregador, não poderá exceder ao prazo de cento e oitenta dias, consecutivos ou não. § 2o - O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou não, além do prazo estabelecido no § 1o deste artigo, quando comprovada a manutenção das condições que o ensejaram. § 4º - Não se aplica ao trabalhador temporário, contratado pela tomadora de serviços, o contrato de experiência previsto no parágrafo único do art. 445 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Artigo 10 § 5o - O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado nos §§ 1o e 2o deste artigo somente poderá ser colocado à disposição da mesma tomadora de serviços em novo contrato temporário, após noventa dias do término do contrato anterior. § 6º - A contratação anterior ao prazo previsto no § 5o deste artigo caracteriza vínculo empregatício com a tomadora. § 7o - A contratante é subsidiariamente responsável pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que ocorrer o trabalho temporário, e o recolhimento das contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.” (NR) Trabalhador terceirizado (Súmula 331 do TST) Terceirização é a transferência de produção de bens ou serviços para outra empresa ou pessoa qualificada, ou seja, é a descentralização das atividades da empresa com o intenção de reduzir custos. (atividade-meio) Existia a proibição da terceirização na atividade fim; Relação trilateral – ex.: vigilância, limpeza. Responsabilidade subsidiária do tomador de serviços no descumprimento das obrigações trabalhistas. Objetivo do tomador de serviços é desvirtuar, impedir ou fraudar a lei; Os atos fraudulentos relativos à terceirização serão considerados nulos nos termos do art. 9º da CLT. STF ENTENDE QUE A TERCERIZAÇÃO NÃO É INCONSTITUCIONAL https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/08/maioria-dos-ministros-do-supremo-da-aval-a-terceirizacao-irrestrita.shtml?utm_source=facebook&utm_medium=social&utm_campaign=compfb O QUE MUDA COM A TERCEIRIZAÇÃO IRRESTRITA – TRT PISCADINNHA https://www.youtube.com/watch?v=dom4BqgeGi4 LEI 6.019/74 e Lei 13.429/2017 Art. 4º-A - Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à empresa prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução. Art. 4º-C - São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4º-A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas de- pendências da tomadora as mesmas condições: I – relativas a: a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios; b) direito de utilizar os serviços de transporte; c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado; d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir. II – sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço. §1º - Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo. Art. 5º-C - Não pode figurar como contratada, nos termos do art. 4º-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios forem aposentados. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13429.htm#art1 LEI 6.019/74, ART. 4º A e PP. 1º E 2º DO ARTIGOS 4º C e 5º C Fundamentação: Vólia Bonfim Terceirizar atividade-fim significa delegar a terceiros a execução de parte ou de toda a atividade principal da empresa, o que coloca em risco não só a qualidade dos serviços oferecidos, já que executados por trabalhadores que não são subordinados ao tomador, como também os direitos dos terceirizados, porque não terão os mesmos salários e benefícios dos empregados do tomador, mesmo quando exercerem as mesmas funções daqueles. Garantir aos trabalhadores terceirizados os mesmos direitos, salário e benesses decorrentes do enquadramento sindical dos empregados do tomador é a forma de não precarizar nem reduzir direitos trabalhistas e garantir qualidade na execução do serviço. Empregado satisfeito significa empregado dedicado. LEI 6.019/74, ART. 4º A e PP. 1º E 2º DO ARTIGOS 4º C e 5º C Fundamentação: Vólia Bonfim Se a isonomia estivesse garantida, a terceirização seria uma opção feita pelo empresário acerca da modalidade de serviço que pretende contratar e não uma opção para barateamento da mão-de-obra. Ademais, na terceirização o tomador não dirige e não comanda o trabalho executado pelos terceirizados e, por isso, o serviço final não sai com a qualidade que deveria ter, principalmente se esses estiverem relacionados com sua atividade-fim. Sofre o trabalhador, o consumidor e a sociedade em geral. Por isso, não deve ser autorizada a terceirização em atividade-fim e deve ser garantida a isonomia salarial e do enquadramento sindical. Por isso, é necessária a alteração do artigo 4º A e dos parágrafos 1º e 2º do artigo 4º C da Lei 6.019/74. LEI 6.019/74, ART. 4º A e PP. 1º E 2º DO ARTIGOS 4º C e 5º C Fundamentação: Vólia Bonfim Também deve ser suprimido o artigo 5º C da Lei 6.019/74, pois autoriza a “pejotização” após 18 meses do fim do contrato de trabalho. A medida visa sonegar o vínculo de emprego e os direitos daí decorrentes. Ora, se um trabalhador passa a prestar serviços ao antigo empregador como pessoa jurídica, mas não há alteraçãodas condições fáticas, no modo e forma de executar o trabalho, lógica é a conclusão de fraude à legislação trabalhista. Conceito: Art 2º CLT Empregador - Pessoa física ou jurídica que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços do empregado. Os riscos de sua atividade, resultados positivos ou negativos, não podem ser transferidos ao empregado. Empregador por equiparação (§1º, art. 2º CLT) Profissional autônomo, instituições de beneficência, associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, como os sindicatos, condomínios de apartamentos, etc. Poder de direção do empregador – subordinação, controle, disciplina Poder de organização – o empregador organiza o seu empreendimento, estabelece qual será a atividade desenvolvida, o tipo de sociedade, o número de funcionários e seus cargos/salários, elaborar regulamento de empresa (unilateral). Poder de controle – direito de fiscalizar e controlar as atividades de seus empregados; revistas no final do expediente (sem ser abusiva, vexatória ou íntima). Poder disciplinar – determina ordens, que, se não cumpridas, podem gerar penalidades ao empregado. (penalidades -advertência, suspensão, justa causa) Inexista multa, exceção ao atleta profissional – Lei 6.354/76. Grupo de empresas – responsabilidade solidária § 2º. Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. § 3º. Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrante. Grupo de empresas – responsabilidade solidária A proposta legislativa limita, para fins de solidariedade entre as empresas, os grupos econômicos apenas aos grupos por subordinação, isto é, aqueles em que há uma empresa controladora e empresas controladas, deixando de fora os grupos por coordenação geridos e administrados pelos mesmos sócios com confusão de pessoal, patrimonial ou de serviços. Aparentemente a vontade do legislador foi a de excluir as franquias, que também constituem modalidade de grupo horizontal. O equívoco está na exclusão de todo e qualquer grupo econômico horizontal, isso porque há grupos por coordenação (horizontal) em que as empresas são independentes administrativamente entre si, como o caso das franquias e aqueles que existe de fato uma administração comum, com promiscuidade na gerência, administração e troca de empregados, mercadorias, ferramentas e meios de produção, como se fossem filiais de uma mesma empresa, mas formalmente se apresentam como pessoas jurídicas distintas, como sócios total ou parcialmente iguais. Vólia Bonfim Há diversos grupos horizontais familiares ou de sociedades não empresariais, situações também não enfrentadas pelo Substitutivo do PL. Impedir a solidariedade de grupos por coordenação quando houver gerência comum é medida importa em retrocesso, já que a jurisprudência há muito reconhece os grupos por coordenação em que há administração comum. Por isso, nossa sugestão é permitir o grupo por coordenação, desde que entre as empresas do grupo haja gerência comum, como troca de meios de produção, de pessoal e de material. Além disso, a proposta não enfrenta a “solidariedade ativa” escondida em parte do artigo “…serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis..”. O legislador perdeu a oportunidade de, finalmente, limitar a responsabilidade das empresas do grupo às dívidas inadimplidas, isto é, deixando expressa apenas a possibilidade de solidariedade passiva. O que se percebe é que, muitas mudanças eram necessárias, mas apenas uma mudança foi proposta, o que demonstra que visa atender interesses de alguns empresários atingidos pela medida, provavelmente as franquias. Vólia Bonfim Alterações na empresa – art. 10 e 448 CLT. Art. 10-A. O sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade, relativas ao período em que figurou como sócio, somente em ações ajuizadas até dois anos depois de averbada a modificação do contrato, observada a seguinte ordem de preferência: I – a empresa devedora; II – os sócios atuais; e III – os sócios retirantes. Parágrafo único. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação do contrato. Art. 448-A. Caracterizada a sucessão empresarial ou de empregadores prevista nos arts. 10 e 448 desta Consolidação, as obrigações trabalhistas, inclusive as contraídas à época em que os empregados trabalhavam para a empresa sucedida, são de responsabilidade do sucessor. Parágrafo único. A empresa sucedida responderá solidariamente com a sucessora quando ficar comprovada fraude na transferência. QUESTÃO 1 Adriana submete-se a um ato educativo supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo daqueles que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, educação profissional, ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental. Logo, pode-se dizer que Adriana é uma: a)estagiária. b)aprendiz. c)cooperativada. d)empregada. RESPOSTA DA QUESTÃO 1 A é alternativa correta,pois o enunciado define o contrato de estágio nos termos do art 1° da Lei 11.788/2008. A alternativa b está incorreta, pois aprendiz é um empregado. A alternativa c está incorreta, pois nos termos do art.3° da Lei 5.764/1971 celebram o contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro. A alternativa d está incorreta, pois a relação de emprego, não implica em ato educativo supervisionado. QUESTÃO 2 Assinale a opção correta no que se refere ao trabalhador avulso. a)Será enquadrado como trabalhador avulso aquele que prestar serviço sem vínculo de emprego, a diversas pessoas, em atividade de natureza urbana ou rural com a intermediação obrigatória do gestor de mão-de-obra ou do sindicato da categoria, como, por exemplo, o amarrador de embarcação. b)Exige-se a intermediação do sindicato na colocação do trabalhador avulso na prestação do serviço, razão pela qual deve esse trabalhador ser sindicalizado. c)O trabalhador avulso não é amparado pelos direitos previstos na legislação trabalhista, só tendo direito ao preço acordado no contrato e à multa pelo inadimplemento do pacto, quando for o caso. d)O trabalho avulso caracteriza-se pela pessoalidade na prestação do serviço, pois a relação é intuitu personae. RESPOSTA DA QUESTÃO 2 A é alternativa correta. A alternativa b está incorreta, pois embora deva haver a intermediação do sindicato na colocação do trabalhador na prestação de serviços, não é necessário que ele seja sindicalizado. A alternativa c está incorreta, pois a CF em seu art. 7°, XXXIV prevê a igualdade de direito entre o trabalhador com vínculo permanente e o trabalhador avulso. A alternativa d está incorreta, pois não há pessoalidade na prestação de serviços, na medida em que será o OGMO o responsável pela distribuição de trabalhos. QUESTÃO 3 Francisco,contratado pela empresa Alfa Ltda, na função de vendedor, trabalha na referida empresa, no período matutino, das 8 às 12 horas. No período vespertino, das 14 às 18 horas, Francisco trabalha, também na função de vendedor, na empresa Beta Ltda, que pertence ao mesmo grupo econômico da empresa Alfa Ltda. Acerca desta situação hipotética, assinale a opção correta: a) Franciscodeve denunciar sua situação à Delegacia Regional do trabalho, visto que a situação caracteriza exploração indevida de seu trabalho. b) A prestação de serviços a duas empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não configura a coexistência de mais de um contrato de trabalho. c) A situação caracteriza dois vínculos de empregatícios, visto que Francisco desenvolve funções em duas empresas distintas. d) Francisco possui apenas um vínculo empregatício, com a empresa Alfa, sendo que a empresa Beta, deve pagar-lhe um adicional, já que beneficia de seu trabalho. RESPOSTA DA QUESTÃO 3 B é alternativa correta. A alternativa a está incorreta, pois a situação narrada não caracteriza exploração indevida de trabalho, pois está trabalhando na mesma função e não está sendo submetido a nenhum tipo de tratamento desrespeitoso. A alternativa c está incorreta, pois as empresas pertencem ao mesmo grupo econômico e portanto ao mesmo empregador. A alternativa d está incorreta, pois embora realmente exista uma única relação empregatícia, não há pagamento de nenhum adicional.
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