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AULA 01 - DIREITO INDIVIDUAL DO TRABALHO

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DIREITO DO TRABALHO
PROF. Cleize C. Kohls
Prof. Cleize Carmelinda Kohls
Doutoranda em direito pela UNISC
Professora na UNISC e no CEISC
Advogada e Consultora Jurídica
Palestrante e escritora
Relação de trabalho
Relação de emprego
Avulso
Eventual
Autônomo
Voluntário
Estagiário
Parceiro
Diferença entre relação de trabalho e relação de emprego. 
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Empregado
Pessoa física
Não eventualidade
Dependência (subordinação)
Salário
Pessoalidade
Espécies de trabalhadores
Autônomo
Pessoa física que exerce por conta própria atividade econômica de natureza urbana com fins lucrativos ou não (art. 12 – lei 8212/91)
Não é subordinado (diferença do empregado)
Distingue-se do eventual: pois presta serviço com habitualidade e o eventual presta serviço esporádico 
Não se aplica a CLT 
Art. 442-B.  A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3o desta Consolidação. 
Uber: Quinta Turma afasta reconhecimento de vínculo de emprego de motorista
A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho afastou o reconhecimento do vínculo de emprego entre um motorista de Guarulhos (SP) e a Uber do Brasil Tecnologia Ltda. De acordo com o relator do processo, ministro Breno Medeiros, ficou caracterizado que o motorista tinha a possibilidade de ficar off-line, com flexibilidade na prestação de serviços e nos horários de trabalho.
Autonomia
Na avaliação da Quinta Turma, os elementos constantes dos autos revelam a inexistência do vínculo, tendo em vista que a autonomia do motorista no desempenho das atividades descaracteriza a subordinação. “A ampla flexibilidade do trabalhador em determinar a rotina, os horários de trabalho, os locais em que deseja atuar e a quantidade de clientes que pretende atender por dia é incompatível com o reconhecimento da relação de emprego, que tem como pressuposto básico a subordinação”, explicou o ministro Breno Medeiros.
Outro ponto considerado pelo relator é que, entre os termos e condições relacionados aos serviços, está a reserva ao motorista do equivalente a 75% a 80% do valor pago pelo usuário. Segundo o ministro, esse percentual é superior ao que o TST vem admitindo como bastante para a caracterização da relação de parceria entre os envolvidos. “O rateio do valor do serviço em alto percentual a uma das partes evidencia vantagem remuneratória não condizente com o liame de emprego”, assinalou.
ANAMATRA
Enunciado 52. TRABALHADOR AUTÔNOMO EXCLUSIVO E PRIMAZIA DA REALIDADE Primazia da realidade sobre a forma. É a primazia da realidade, e não a formalidade exteriorizada de atos e negócios jurídicos, que deve ser considerada para o reconhecimento do vínculo de emprego (arts. 2º e 3º da CLT) ou de trabalho autônomo (art. 442-B da CLT).
 Enunciado 53. TRABALHO AUTÔNOMO CONTÍNUO E EXCLUSIVO. LIMITES E INTERPRETAÇÃO CONFORME: INTELIGÊNCIA DO ART. 442-B DA CLT À LUZ DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL Presume-se o vínculo empregatício diante da prestação de serviços contínua e exclusiva, uma vez que a relação de emprego é direito fundamental (arts. 1º, III e IV, 5º, caput e 7º da CF/1988), devendo o art. 442-B da CLT ser interpretado conforme a Constituição Federal para afastar a caracterização do trabalho autônomo sempre que o trabalhador, não organizando a própria atividade, tenha seu labor utilizado na estrutura do empreendimento e integrado à sua dinâmica.
Enunciado 54. TRABALHADOR AUTÔNOMO EXCLUSIVO E FORMAS JURÍDICAS IRREAIS O artigo 442-B da CLT não permite a contratação de trabalhador constituído sob a forma de pessoa jurídica, de microempreendedor individual (MEI) e de empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI), entre outras, quando presentes os pressupostos para o reconhecimento da relação de emprego (arts. 2º e 3º da CLT).
 As relações de trabalho têm sofrido intensas modificações com a revolução tecnológica e que cabe à Justiça do Trabalho permanecer atenta à preservação dos princípios que norteiam a relação de emprego, desde que presentes todos os seus elementos.
http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/uber-quinta-turma-afasta-reconhecimento-de-vinculo-de-emprego-de-motorista?inheritRedirect=false
Espécies de trabalhadores
Eventual
Aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural e, caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego (art. 12, Lei 8.212/91)
Presta serviços esporádicos a uma ou mais pessoas 
Ex: eletricista que repara as instalações elétricas da empresa 
Espécies de trabalhadores
Avulso
Trabalhador sem vínculo empregatício que, sindicalizado ou não, tenha a concessão de direitos de natureza trabalhista executada por intermédio da respectiva entidade de classe. 
O trabalhador avulso é arregimentado pelo sindicato, enquanto o eventual não tem essa característica. 
X: estivador, amarrador de embarcações, trabalhador de capatazia, etc. 
Trabalhador avulso
Tomador
Sindicato
OU
O.G.M.O
Espécies de trabalhadores
Trabalho em domicílio
	Trabalho realizado em casa 
	Ex: costureiras 
Art. 6o Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego.                   
Parágrafo único.  Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio.                 
Art. 83 - É devido o salário mínimo ao trabalhador em domicílio, considerado este como o executado na habitação do empregado ou em oficina de família, por conta de empregador que o remunere.
Espécies de trabalhadores
Teletrabalho
	Trabalho à distância com uso de tecnologia e de recursos eletrônicos 
	Ex: Jornalista
Art. 75-B.  Considera-se teletrabalho a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam como trabalho externo. 
Espécies de trabalhadores especiais
Aprendiz
	Entre 14 e 24 anos ( contrato de trabalho especial) 
Art. 428. Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 (quatorze) e menor de 24 (vinte e quatro) anos inscrito em programa de aprendizagem formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência as tarefas necessárias a essa formação.  
Aprendiz
Formação profissional
14-24 anos
Jornada de 6 horas
Salário mínimo hora
Percentual mínimo – art. 429
5%-15%
Salvo PNE
FGTS 2%
Menor
Art. 7, XXXIII, CRFB
Art. 403 e ss CLT
Pode assinar contracheque 
Não pode assinar TRTC
Não pode
Noturno
insalubre
Perigoso
Local que prejudique a frequência à escola
Prejudiciais a moralidade
Espécies de trabalhadores especiais 
Doméstico
	Pessoa física que presta serviços à pessoa ou à família.
	Ex: mordomo, copeira, governanta, etc. 
Art. 1o LC 150- Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. 
Espécies de trabalhadores especiais
Rural
	Pessoa que planta, aduba, ordenha, peão, etc
	
Art. 2º Lei 5.889/73 - Empregado rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário.
Espécies de trabalhadores especiais
Empregado públicoServidor da União, Estados, Municípios, suas autarquias e fundações que seja regido pela CLT. Não é regido por estatuto do funcionário público. 
Espécies de trabalhadores especiais
Trabalhador temporário
	É a pessoa física contratada por empresa de trabalho temporário , para prestação de serviço destinado a atender necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou acréscimo extraordinário de tarefas de outra empresa. 
Art. 2o Lei 6.019/74 Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços.  
Trabalhador temporário
Tomador
Empresa de trabalho temporário
Espécies de trabalhadores especiais
Estagiário
	Estágio é ato educativo. (Lei 11.788)
	Pode ser obrigatório ou não. 
Trabalhador voluntário
	Em geral são serviços prestados por solidariedade. Atividade não remunerada.
Art. 1o  Lei 9.608/98 - Considera-se serviço voluntário, para os fins desta Lei, a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência à pessoa.
Espécies de trabalhadores
Salão-parceiro
Não tem vínculo de emprego – parceria 
“Art. 1º-A Lei nº 12.592. Os salões de beleza poderão celebrar contratos de parceria, por escrito, nos termos definidos nesta Lei, com os profissionais que desempenham as atividades de Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador.
No TST
Cabeleireiro não obtém o reconhecimento de vínculo de emprego com salão do qual era sócio
Não ficou comprovada a subordinação, requisito para a caracterização da relação de emprego.
A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho negou provimento ao recurso de um cabeleireiro que buscava obter o reconhecimento de vínculo de emprego com um salão em São Paulo (SP) em que trabalhava e figurava como sócio. No caso, não ficou comprovada a subordinação, requisito para a caracterização da relação de emprego.
Burla
Na reclamação trabalhista, o cabeleireiro sustentou que, com o objetivo de mascarar o contrato de trabalho e burlar as leis trabalhistas, havia celebrado com a empresa instrumento de sociedade em que os pretensos sócios eram, na realidade, empregados do salão e recebiam apenas pró-labore. Segundo ele, os profissionais trabalhavam de forma subordinada e não participavam da gestão do estabelecimento.
A empresa, em sua defesa, negou que houvesse burla às relações trabalhistas, pois a sociedade se encontrava legalmente constituída e tinha como um dos sócios o cabeleireiro.
Contratos sociais
O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), ao manter a sentença em que havia sido julgado improcedente a pretensão do cabeleireiro, ressaltou que, de acordo com o conjunto de provas, ele havia figurado por mais de 10 anos nos contratos sociais da empresa e exercido as prerrogativas de sócio, prestando serviços nessa condição. O TRT destacou ainda a ausência de provas da alegada existência de subordinação a qualquer outro sócio, a gerente ou ao sócio de capital.
Reexame de provas
O relator do recurso do cabeleireiro, ministro Dezena da Silva, registrou em seu voto que a matéria foi amplamente examinada pelo TRT e, para decidir de forma contrária, seria necessário o reexame de todo o conjunto probatório. Esse procedimento, no entanto, é vedado pela Súmula 126 do TST.
A decisão foi unânime.
Processo: Ag-AIRR-252000-55.2008.5.02.0026
Empregador
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
Empregador
Assume o risco do negócio
Não tem pessoalidade
Quem contrato o empregado
Empregador
Empresa- Característica eminentemente econômica
Estabelecimento – lugar em que o empresário exerce suas atividades, sendo o complexo de bens materiais e imateriais organizado para o exercício da empresa
empregador
Empresa
União, Estados, Municípios, Autarquias, Fundações
Profissional Liberal
Pessoa física
Instituições de beneficência
Instituições sem fins lucrativos
Espécies de empregador
Empregador rural 
Art. 3º Lei 5.889/73- Considera-se empregador, rural, para os efeitos desta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que explore atividade agro-econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados.
Art. 4º - Equipara-se ao empregador rural, a pessoa física ou jurídica que, habitualmente, em caráter profissional, e por conta de terceiros, execute serviços de natureza agrária, mediante utilização do trabalho de outrem.
Espécies de empregador
Consórcio de empregadores rurais
Art. 25ª Lei 8.212/91. Equipara-se ao empregador rural pessoa física o consórcio simplificado de produtores rurais, formado pela união de produtores rurais pessoas físicas, que outorgar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores para prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento registrado em cartório de títulos e documentos.           
Espécies de empregador
Empregador Doméstico
Pessoa ou família – sem fins lucrativos (art. 1º LC 150)
Grupo de empresas (konzerns, trust, holding, cappo-grupo) 
Ex: Grupo Globo          
§ 2o  Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego.       
 § 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes. 
Grupo por subordinação
Empresa controladora
Empresa 1
Empresa 2
Empresa 2
Grupo por coordenação
Empresa 1
Empresa 3
Empresa 4
Empresa 2
Espécies de empregador
Dono da Obra
O dono da obra não pode ser considerado como empregador, pois não assume o risco da atividade econômica, nem tem intuito de lucro na construção ou reforma de sua residência. 
Exceção: incorporadora ou construtora
Espécies de empregador
Igrejas
São consideradas pessoas jurídicas de direito privado
Art. 22, § 13 Lei 8.212/91- Não se considera como remuneração direta ou indireta, para os efeitos desta Lei, os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com ministro de confissão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsistência desde que fornecidos em condições que independam da natureza e da quantidade do trabalho executado.  
Pastor tem vínculo de emprego reconhecido com Igreja Universal
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu o vínculo de emprego entre um pastor e a Igreja Universal do Reino de Deus por entender presentes requisitos caracterizadores, como horário definido para reuniões habituais, folga semanal, natureza não eventual do trabalho no gerenciamento da igreja e participação obrigatória em cultos e programas de rádio e TV, além de remuneração mensal, com subordinação a metas de arrecadação. Com isso o processo retornará ao Tribunal Regional de Trabalho da 9ª Região (PR) para que examine as verbas decorrentes dessa relação.
O pastor foi inicialmente contratadona função de obreiro em Curitiba (PR), com salário fixo e mensal. Dois anos depois passou a atuar como pastor, até a demissão sem justa causa, após 14 anos.
Ele disse na reclamação trabalhista que era obrigado a prestar contas diariamente, sob ameaças de rebaixamento e transferência, e tinha metas de arrecadação e produção. Também recebia prêmios, como automóvel ou casa, de acordo com a produtividade, e era punido se não cumprisse as metas. Sua principal função, segundo informou, era arrecadar, recebendo indicação para pregar capítulos e versículos bíblicos que objetivavam estimular ofertas e dízimos.
Cunho religioso
O pedido de reconhecimento de vínculo empregatício foi julgado improcedente pelo juízo de primeiro grau, com entendimento de que a atividade era de "cunho estritamente religioso", motivada por vocação religiosa e visando principalmente a propagação da fé, sem a existência da subordinação e a pessoalidade típicas da relação de emprego.
O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) manteve a sentença. Um dos fundamentos foi o de que o pastor ingressou na igreja "movido por fatores que não se coadunam com os econômicos", uma vez que, em sua ficha pastoral, consta como motivo de sua conversão "desenganado pelos médicos".
TST
Para o ministro Alexandre Agra Belmonte, relator do recurso do pastor ao TST, o desempenho da função para presidir cultos, com o auxílio de liturgia, por si só, não configura vínculo empregatício, nem o trabalho de distribuir ou recomendar literatura (folhetos, livros e revistas) e atuar na TV e rádio para disseminar a fé da igreja. Da mesma forma, o recebimento de remuneração, quando não objetiva retribuir o trabalho, e sim prover o sustento de quem se vincula a essa atividade movido pela fé, também não configura o vínculo de emprego, nos termos da Lei 9.608/98, que dispõe sobre o trabalho voluntário.
No caso, porém, o ministro assinalou haver fatos e provas fartas de elementos caracterizadores do vínculo, definidos no artigo 3º da CLT. "Diante desse quadro, a ficha pastoral de ingresso na instituição e de conversão à ideologia da igreja torna-se documento absolutamente irrelevante, uma vez que o seu conteúdo foi descaracterizado pelos depoimentos, sendo o contrato de trabalho um contrato realidade, cuja existência decorre do modo de prestação do trabalho e não da mera declaração formal de vontade", afirmou.
http://www.tst.jus.br/noticia-destaque/-/asset_publisher/NGo1/content/pastor-tem-vinculo-de-emprego-reconhecido-com-igreja-universal
Empresa de trabalho temporário 
Art. 4o Lei 6.019/74 - Empresa de trabalho temporário é a pessoa jurídica, devidamente registrada no Ministério do Trabalho, responsável pela colocação de trabalhadores à disposição de outras empresas temporariamente.   
Espécies de empregador
Terceirização
Possibilidade de contratar terceiro para a realização de atividades da empresa
Art. 4o-A Lei 6.019/74-  Considera-se prestação de serviços a terceiros a transferência feita pela contratante da execução de quaisquer de suas atividades, inclusive sua atividade principal, à pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços que possua capacidade econômica compatível com a sua execução.
O STF entendeu que é possível a ampla terceirização
Temporário
Atendimento temporário
Qualquer atividade
Terceirizado
Não precisa motivo
Qualquer atividade
Prazo – 180 + 90 das 
Tem subordinação e subordinação
Quarteirização
Não tem pessoalidade e subordinação
Art. 4o-C.  São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de serviços a que se refere o art. 4o-A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas dependências da tomadora, as mesmas condições:            (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - relativas a:           (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em refeitórios;          (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
b) direito de utilizar os serviços de transporte;           (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou local por ela designado;           (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir.           (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de instalações adequadas à prestação do serviço.           (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Art. 5o-C.  Não pode figurar como contratada, nos termos do  art. 4o-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício, exceto se os referidos titulares ou sócios forem aposentados.  (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Art. 5o-D.  O empregado que for demitido não poderá prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de dezoito meses, contados a partir da demissão do empregado.  
Art. 10.  Qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de serviços, não existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores contratados pelas empresas de trabalho temporário.   
Plenário mantém tese de repercussão geral em julgamento sobre responsabilidade subsidiária de entes públicos em terceirização
O Plenário do Supremo Tribunal Federal, por maioria, rejeitou, na sessão desta quinta-feira (1º), embargos de declaração apresentados no Recurso Extraordinário (RE) 760931, com repercussão geral reconhecida, que trata da responsabilidade subsidiária da administração pública por encargos trabalhistas gerados pelo inadimplemento de empresa terceirizada.
Os recursos de embargos, apresentados pela União, pela Associação Brasileira das Secretarias de Finanças das Capitais Brasileiras – ABRASF, e pelo Estado de São Paulo, buscavam esclarecimentos quanto à tese definida na ocasião do julgamento do RE, em 2017: “O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do art. 71, parágrafo 1º, da Lei nº 8.666/93”.
Prevaleceu o entendimento do ministro Edson Fachin, segundo o qual não foi constatada obscuridade ou contradição no acórdão do julgamento a ser sanada pelos embargos. Ficaram vencidos na votação os ministros Luiz Fux, relator, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes, que acolhiam em parte os embargos.
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=418168&caixaBusca=N
Tema 725 da repercussão geral do STF - Terceirização de serviços para a consecução da atividade-fim da empresa
É lícita a terceirização ou qualquer outra forma de divisão do trabalho entre pessoas jurídicas distintas, independentemente do objeto social das empresas envolvidas, mantida a responsabilidade subsidiária da empresa contratante.
Espécies de empregador
Cooperativas
Forma de união de esforços coordenados entre pessoas para a consecução de determinado fim. 
A relação entre coorperado e cooperativa é de associação. O trabalho por meio de cooperativa não deixa de ser uma terceirização.
Cooperado -> autônomo
Empregado -> subordinado
Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.
 Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. 
Empregador por equiparação 
Autônomo
Sindicatos 
Condomínio 
Quem tem empregados é empregador 
Alterações na empresa
Art. 10 CLT- Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos adquiridos por seus empregados.
Art. 448 - A mudança na propriedade ou naestrutura jurídica da empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos empregados.
Instituto Águia - 2018 - CEAGESP - Advogado - Trabalhista
Não é característica de uma relação de emprego:
A) Subordinação.
B) Pessoalidade.
C) Eventualidade.
D) Habitualidade.
Instituto Águia - 2018 - CEAGESP - Advogado - Trabalhista
Não é característica de uma relação de emprego:
A) Subordinação.
B) Pessoalidade.
C) Eventualidade.
D) Habitualidade.
PODERES DO EMPREGADOR
Poder de direção do empregador:
O poder regulamentação, poder de controle e fiscalização e poder disciplinar é uma prerrogativa dada ao empregador para exigir determinados comportamentos lícitos de seus empregados, para alcançar objetivos preestabelecidos. 
O poder diretivo subdivide-se em:
poder de organização/regulamentação; 
poder de fiscalização ou controle; 
poder disciplinar. 
Contrato de trabalho
Contrato de trabalho
Contrato de trabalho é gênero – compreende o contrato de emprego
Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.
Tem natureza contratual.
Objeto: é a prestação de serviço subordinado e não eventual do empregado ao empregador mediante salário. 
Requisitos
continuidade
subordinação
onerosidade
alteridade
pessoalidade
Contrato de trabalho
Continuidade – contrato de trabalho é contrato de trato sucessivo – perdura no tempo.
Subordinação - com dependência ao empregador - que é quem dirige a prestação dos serviços
Onerosidade – não é gratuito. Se não há remuneração não há vínculo de emprego. 
Pessoalidade – o contrato de trabalho é intuito personae. Empregado não pode se fazer substituir por alguém.
Alteridade – O empregado não assume o risco. O empregado pode participar dos lucros da empresa, mas não dos prejuízos. 
VÍNCULO DE EMPREGO X TRABALHO AUTÔNOMO. A existência do vínculo de emprego depende da existência concomitante dos requisitos previstos no art. 3º da CLT, sendo necessário que haja prova nos autos da prestação de serviço de uma pessoa física a outra (física ou jurídica), de forma não eventual, subordinada e mediante remuneração.
(TRT-4 - RO: 00213758720165040025, Data de Julgamento: 26/04/2019, 10ª Turma)
VÍNCULO DE EMPREGO X TRABALHO AUTÔNOMO. Na hipótese em que a prova dos autos demonstrar que a prestação de serviços do reclamante era sem subordinação, valendo-se, o prestador de estrutura e equipamentos próprios e assumindo os riscos de sua atividade, não há falar em vínculo de emprego. (TRT18, ROT - 0011084-78.2019.5.18.0010, Rel. SILENE APARECIDA COELHO, 3ª TURMA, 26/02/2020)
(TRT-18 - ROT: 00110847820195180010 GO 0011084-78.2019.5.18.0010, Relator: SILENE APARECIDA COELHO, Data de Julgamento: 26/02/2020, 3ª TURMA)
Contrato de trabalho
Não é necessária a exclusividade da prestação dos serviços, podendo o empregado ter mais de um emprego. 
Art. 414 CLT - Quando o menor de 18 (dezoito) anos for empregado em mais de um estabelecimento, as horas de trabalho em cada um serão totalizadas.
Pode ser exigida a escolaridade para algumas profissões. 
Contrato de trabalho - Características
Bilateral
Consensual
Oneroso
Comutativo
De trato sucessivo
Características
 Bilateral– celebrado entre duas pessoas.
Consenso- havendo consenso entre duas pessoas o contrato pode ser celebrado 
Onerosidade – não é gratuito. 
Comutativo– o de prestações recíprocas.
De trato sucessivo - continuidade
AJURI - 2018 - Desenvolve - RR - Advogado
O Contrato de Trabalho, quanto às suas características, é:
A) pessoal, comutativo, oneroso, bilateral.
B) aleatório, continuado, pessoal, oneroso.
C) comutativo, oneroso, unilateral, continuado.
D) bilateral, de adesão, gratuito, subordinativo.
E) de adesão, subordinativo, impessoal, gratuito.
AJURI - 2018 - Desenvolve - RR - Advogado
O Contrato de Trabalho, quanto às suas características, é:
A) pessoal, comutativo, oneroso, bilateral.
B) aleatório, continuado, pessoal, oneroso.
C) comutativo, oneroso, unilateral, continuado.
D) bilateral, de adesão, gratuito, subordinativo.
E) de adesão, subordinativo, impessoal, gratuito.
Contrato de trabalho- validade
Agente capaz
Objeto lícito, possível, determinado ou determinável 
Forma prescrita ou não defesa em lei
Art. 7º, XXXIII, CRFB - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;  
Menor de 16 anos é absolutamente incapaz para celebrar contrato salvo de aprendizagem. Maior de 14 e menor de 18 anos pode firmar recibo de quitação de salários (art. 439, CLT). 
É nulo o negócio jurídico quando: 
Celebrado por pessoa absolutamente incapaz
Foi ilícito, impossível ou indeterminado o seu objeto (ex: drogas)
Não revestir de forma prescrita em lei ( concurso público)
É anulável
Incapacidade relativa 
Por vício de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão, fraude contra credores. 
Trabalho ilícito – jogo do bicho
	 nulidade absoluta 
Trabalho proibido: noturno, perigoso, insalubre para menor de 18 anos. 
	embora o negócio jurídico seja anulável, são produzidos os feitos jurídicos 
Súmula nº 363 do TST
A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS.
OJ199 SDI-1. É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito de validade para a formação do ato jurídico. 
Dono de bingo terá de reconhecer vínculo de emprego de segurança
A Terceira Turma do Tribunal Superior do Trabalho rejeitou o exame do recurso de um proprietário de casa de jogo de bingo de Manaus (AM) contra a condenação ao reconhecimento de vínculo de emprego com um ex-segurança. Por unanimidade, o colegiado entendeu que é possível reconhecer a validade do contrato quando a atividade do empregado não estiver vinculada à contravenção penal, como no caso.
Jogos eletrônicos
O segurança ajuizou a reclamação trabalhista com o pedido de reconhecimento do vínculo de emprego com a Interplay Jogos Eletrônicos durante um ano. Em defesa, o dono do bingo sustentou que o segurança era maior de idade e sabia que a atividade é ilícita. Defendeu ainda que o contrato de trabalho que tem por objeto a exploração do jogo do bingo é nulo e não gera vínculo.
Subordinação
O caso foi julgado pelo juízo da 12ª Vara do Trabalho de Manaus, que julgou improcedente o pedido do empregado. Mas a sentença foi reformada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RO), que condenou o empregador ao pagamento de indenização ao segurança equivalente a uma rescisão de contrato válido. Pelas provas testemunhais, o TRT entendeu que o segurança havia trabalhado para o estabelecimento de forma habitual, subordinada e mediante remuneração. 
Torpeza
O relator do recurso do bingo, ministro Agra Belmonte, observou que, de acordo com a jurisprudência do TST, quando a atividade do empregador é ilícita, não há contrato de trabalho. É o caso, por exemplo, de apontadores do jogo do bicho, cujo serviço é inerente à atividade ilegal. No entanto, ele explicou que existem casos em que, apesar da ilicitude do negócio, o serviço prestado não diz respeito diretamente ao seu desenvolvimento. “É o caso de seguranças, faxineiros ou garçons que, casualmente, estão trabalhando em estabelecimento ilegal, mas que poderiam perfeitamente executar o mesmo trabalho em locais lícitos”, assinalou.
Para o relator, negar a proteção do direito a esses trabalhadores seria injusto perante a ordem jurídica, porque corresponderia a beneficiar o empresário que atua ilegalmente, sonegando a pessoas honestas seus direitos trabalhistas. “O empregador não pode sefavorecer da própria torpeza para não arcar com as obrigações trabalhistas”, concluiu.
A decisão foi unânime.
(RR/CF)
Processo: AIRR-1021-85.2016.5.11.0012
FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVI - Primeira Fase
Paulo é policial militar da ativa da Brigada Militar do Rio Grande do Sul. Como policial militar, trabalha em regime de escala 24h x 72h.Nos dias em que não tem plantão no quartel, atua como segurança em uma joalheria de um shopping center, onde tem que trabalhar três dias por semana, não pode se fazer substituir por ninguém, recebe remuneração fixa mensal e tem que cumprir uma rotina de 8 horas a cada dia laborado. Os comandos do trabalho lhe são repassados pelo gerente-geral da loja, sendo que ainda ajuda nas arrumações de estoque, na conferência de mercadorias e em algumas outras funções internas. Paulo não teve a CTPS anotada pela joalheria.
Diante dessa situação, à luz das normas da CLT e da jurisprudência consolidada do TST, assinale a afirmativa correta.
A) Estão preenchidos os requisitos da relação de emprego, razão pela qual Paulo tem vínculo empregatício com a joalheria, independentemente do fato de ser policial militar da ativa, e de sofrer eventual punição disciplinar administrativa prevista no estatuto do Policial Militar.
B) Estão preenchidos os requisitos da relação de emprego, mas Paulo não poderá ter vínculo empregatício com a joalheria, em razão da punição disciplinar administrativa prevista no estatuto do Policial Militar.
C) Não estão presentes os requisitos da relação de emprego, uma vez que Paulo poderá ser requisitado pela Brigada Militar e não poderá trabalhar nesse dia para a joalheria.
D) Estão preenchidos os requisitos da relação de emprego, sendo indiferente à relação de emprego uma eventual punição disciplinar administrativa prevista no estatuto do Policial Militar, mas Paulo não pode ter vínculo empregatício com a joalheria tendo em vista que a função pública exige dedicação exclusiva.
A) Estão preenchidos os requisitos da relação de emprego, razão pela qual Paulo tem vínculo empregatício com a joalheria, independentemente do fato de ser policial militar da ativa, e de sofrer eventual punição disciplinar administrativa prevista no estatuto do Policial Militar.
B) Estão preenchidos os requisitos da relação de emprego, mas Paulo não poderá ter vínculo empregatício com a joalheria, em razão da punição disciplinar administrativa prevista no estatuto do Policial Militar.
C) Não estão presentes os requisitos da relação de emprego, uma vez que Paulo poderá ser requisitado pela Brigada Militar e não poderá trabalhar nesse dia para a joalheria.
D) Estão preenchidos os requisitos da relação de emprego, sendo indiferente à relação de emprego uma eventual punição disciplinar administrativa prevista no estatuto do Policial Militar, mas Paulo não pode ter vínculo empregatício com a joalheria tendo em vista que a função pública exige dedicação exclusiva.
Contrato de trabalho
 
Forma
Tácita ou expressamente
Verbal ou escrito
Prazo
Determinado 
indeterminado
Intermitente
Art. 442 - Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.
 Parágrafo único - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre estes e os tomadores de serviços daquela. 
Art. 442-A.  Para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo tipo de atividade.                 (Incluído pela Lei nº 11.644, de 2008)
Art. 442-B.  A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3o desta Consolidação.              (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Quadrix - 2018 - CRQ 4ª Região-SP - Técnico Administrativo - Recursos Humanos
Com base na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), julgue o item.
Para fins de contratação, o empregador tem o direito de exigir do candidato a comprovação 
de, no mínimo, seis meses de exercício prévio da função a ser desempenhada.
Certo
Errado
Quadrix - 2018 - CRQ 4ª Região-SP - Técnico Administrativo - Recursos Humanos
Com base na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), julgue o item.
Para fins de contratação, o empregador tem o direito de exigir do candidato a comprovação 
de, no mínimo, seis meses de exercício prévio da função a ser desempenhada.
Certo
Errado
Prova do contrato de trabalho
Anotações na CTPS – art. 29 CLT
Que geram presunção juris tantum – S. 12 TST
Livro de Registro de Empregados – art. 40 CLT
Outro meio lícito
Contrato de trabalho X contrato de prestação de serviços
Contrato de prestação de serviços comporta o trabalho autônomo, prestado por pessoa física ou jurídica. (podendo ser de forma gratuita)
No contrato de prestação de serviços é contrato o resultado do trabalho. 
Ex: dentista e paciente, engenheiro e cliente...
Empreitada
O que se busca é o resultado – obra pronta e acabada. 
Pode ser de mão de obra e de resultado (obra)
Diferenças para o contrato de emprego: modo de remuneração, contrato, profissionalidade, autonomia.
Sociedade
Na sociedade os sujeitos são sócios.
O objeto é a obtenção de lucro por ambos e todos comportam os riscos do empreendimento 
Mandato
É quando alguém recebe de outrem poderes para praticar em nome de outrem atos ou administrar interesse.
Representação comercial
O representante empregado é regido pela CLT
O representante autônomo é regido pela Lei 4886/65. 
Parceria rural 
Trabalho voluntário
Contrato de comissão 
Agência e distribuição
Contrato de corretagem 
Contrato de trabalho por tempo determinado
Art. 443.  O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente.                 
§ 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada.  
Contrato de trabalho por tempo determinado- validade
Serviços cuja transitoriedade justifique a predeterminação do prazo
Atividades empresariais de caráter transitório
Contrato de experiência
contratação de serviço especializado ou transitório: (§2º, a, do art. 443 da CLT) – admite-se a contratação por tempo determinado quando a natureza ou a transitoriedade justifiquem a predeterminação do prazo.
Por natureza entenda-se um serviço especializado, ou seja, diverso da atividade-fim da empresa. 
Por transitoriedade entenda-se um serviço sazonal, ou seja, fundamental para a atividade-fim da empresa em momentos específicos.
Exemplo: contratação de empregado em razão de férias de empregado outro empregado. 
contratação para atividade empresarial transitória: (§2º, b, do art. 443 da CLT) – a atividade da empresa é transitória e não a prestação do serviço. Exemplo: empreendimentos que só funcionam em determinadas épocas do ano – hotel de verão.
Contrato de trabalho por tempo determinado
Contrato de safra – Lei 5.889/73
Atleta profissional – Lei 9615/98
Artistas – Lei 6.533/78
Obra certa – Lei 2.959/56
Aprendizagem – Lei 9.601/98
Contrato de trabalho por tempo determinado
Art. 445 - O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451.
Art. 4o LC 150- É facultada a contratação, por prazo determinado, do empregado doméstico: 
I - mediante contrato de experiência; 
II - para atender necessidades familiares de natureza transitória e para substituição temporária de empregado doméstico com contrato de trabalho interrompido ou suspenso. 
Parágrafo único.  No caso doinciso II deste artigo, a duração do contrato de trabalho é limitada ao término do evento que motivou a contratação, obedecido o limite máximo de 2 (dois) anos. 
Art. 451 - O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo.    
Contrato de trabalho por tempo determinado
O contrato de experiência não poderá exceder 90 (noventa) dias. 
O contrato de experiência poderá ser prorrogado 1 (uma) vez, desde que a soma dos 2 (dois) períodos não ultrapasse 90 (noventa) dias. 
O contrato de experiência que, havendo continuidade do serviço, não for prorrogado após o decurso de seu prazo previamente estabelecido ou que ultrapassar o período de 90 (noventa) dias passará a vigorar como contrato de trabalho por prazo indeterminado. 
Se o empregado cumpre a experiência e sai da empresa, não pode o empregador, ao recontratá-lo para a mesma função, exigir novamente a experiência. 
Instituto Águia - 2018 - CEAGESP - Advogado - Trabalhista
O prazo máximo do contrato de trabalho na modalidade de experiência será de:
A) 30 (trinta) dias.
B) 45 (quarenta e cinco) dias
C) 90 (noventa) dias.
D) 60 (sessenta) dias.
Instituto Águia - 2018 - CEAGESP - Advogado - Trabalhista
O prazo máximo do contrato de trabalho na modalidade de experiência será de:
A) 30 (trinta) dias.
B) 45 (quarenta e cinco) dias
C) 90 (noventa) dias.
D) 60 (sessenta) dias.
Intermitente
Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria.   
Ex: garçons extras 
Não se aplica aos aeronautas 
Intermitente
Art. 452-A.  O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não. 
Governo do Estado de Pernambuco - PE
De acordo com a Consolidação pós-reforma trabalhista, sobre o contrato intermitente, assinale a alternativa CORRETA.
A) Deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não.
B) O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, dois dias corridos de antecedência.
C) A recusa da oferta descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente.
D) Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de dez dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo.
E) O período de inatividade será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes
Governo do Estado de Pernambuco - PE
De acordo com a Consolidação pós-reforma trabalhista, sobre o contrato intermitente, assinale a alternativa CORRETA.
A) Deve ser celebrado por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou àquele devido aos demais empregados do estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato intermitente ou não.
B) O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada, com, pelo menos, dois dias corridos de antecedência.
C) A recusa da oferta descaracteriza a subordinação para fins do contrato de trabalho intermitente.
D) Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho a parte que descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de dez dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que seria devida, permitida a compensação em igual prazo.
E) O período de inatividade será considerado tempo à disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes
ADI que questiona trabalho intermitente tramita em rito abreviado
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, em decisão publicada no último dia 19, aplicou à tramitação da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6154 o rito abreviado previsto no artigo 12 da Lei 9.868/1999 (Lei das ADIs), que autoriza o julgamento do caso pelo Plenário do Supremo diretamente no mérito, sem prévia análise do pedido de liminar. A ação foi ajuizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) contra dispositivos da Reforma Trabalhista (Lei 13.467/2017) que tratam do trabalho intermitente.
 
A ADI questiona os artigos 443, caput e parágrafo 3º, 452-A e 611-A, inciso VIII, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), introduzidos pela Reforma Trabalhista. É considerado intermitente o contrato de trabalho em que os períodos de prestação de serviços (horas, dias ou meses) se alternam com os de inatividade, independentemente do tipo de atividade. A remuneração se dá por hora de trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário mínimo ou ao devido aos demais empregados que exerçam a mesma função. A convocação e a jornada a ser prestada devem ser informadas com pelo menos três dias corridos de antecedência.
Na ação, a entidade sindical sustenta que a criação de regimes flexíveis desse tipo viola princípios constitucionais como o da dignidade humana e do valor social do trabalho. Segundo a CNTI, o direito do trabalho, pautado nesses princípios, busca delimitar um mínimo existencial que se integra ao patrimônio jurídico do empregado e serve de limite para os avanços e flexibilizações das leis trabalhistas.
 
Aponta também desrespeito ao princípio da igualdade, pois, segundo a entidade, a contratação do trabalho intermitente pode ser utilizada como forma de obter mão de obra a custo muito menor, inserindo o cidadão em uma relação de trabalho precária. A ausência de garantia de remuneração mínima ao trabalhador quando este não estiver prestando serviços, acrescenta a CNTI, afronta ainda os dispositivos constitucionais que tratam do salário mínimo. “O empregado é reduzido a mais uma ferramenta à disposição do empregador, sendo irrelevante se ele terá ou não condições de atender às suas necessidades vitais básicas”, afirma. Por fim, para a Confederação, os dispositivos questionadas ferem também normas constitucionais referentes à proteção ao trabalhador, à valorização ao trabalho, à jornada de trabalho e ao direito a férias.
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=416045
Cláusulas do Contrato Individual de Trabalho
Função ocupada pelo trabalhador
Remuneração
Local de exercício do trabalho
Jornada de trabalho
Prazo do contrato
Penalidades
Cláusulas Especiais do Contrato Individual de Trabalho
Não-concorrência: o empregado se compromete a não praticar pessoalmente ou por meio de terceiro ato de concorrência para com o empregador.
Não-divulgação: proibição de utilização de informação privilegiada.
Duração mínima: corresponde a uma garantia mínima de estabilidade. 
Exclusividade: O empregado se compromete em trabalhar exclusivamente para o empregador.
Sigilo ou confidencialidade: O empregado se compromete a não divulgar informações privilegiadas.
Permanência ou Fidelização compulsória: permite que a empresa exija do empregado permanência no emprego enquanto se executa um projeto ou por determinado tempo após a conclusão de um curso de capacitação. 
Cláusula de Raio: refere que determinado empregado se abstenha de se empregar em empresa concorrente numa distância determinada, chamada “raio”. 
ArbitragemArt. 507-A.  Nos contratos individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na  Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996.              (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase
Gervásia é empregada na Lanchonete Pará desde fevereiro de 2018, exercendo a função de atendente e recebendo o valor correspondente a um salário mínimo por mês.
Acerca da cláusula compromissória de arbitragem que o empregador pretende inserir no contrato da empregada, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta.
A) A inserção não é possível, porque, no Direito do Trabalho, não cabe arbitragem em lides individuais.
B) A cláusula compromissória de arbitragem não poderá ser inserida no contrato citado, em razão do salário recebido pela empregada.
C) Não há mais óbice à inserção de cláusula compromissória de arbitragem nos contratos de trabalho, inclusive no de Gervásia.
D) A cláusula de arbitragem pode ser inserida em todos os contratos de trabalho, sendo admitida de forma expressa ou tácita.
FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase
Gervásia é empregada na Lanchonete Pará desde fevereiro de 2018, exercendo a função de atendente e recebendo o valor correspondente a um salário mínimo por mês.
Acerca da cláusula compromissória de arbitragem que o empregador pretende inserir no contrato da empregada, de acordo com a CLT, assinale a afirmativa correta.
A) A inserção não é possível, porque, no Direito do Trabalho, não cabe arbitragem em lides individuais.
B) A cláusula compromissória de arbitragem não poderá ser inserida no contrato citado, em razão do salário recebido pela empregada.
C) Não há mais óbice à inserção de cláusula compromissória de arbitragem nos contratos de trabalho, inclusive no de Gervásia.
D) A cláusula de arbitragem pode ser inserida em todos os contratos de trabalho, sendo admitida de forma expressa ou tácita.
Possibilidade de ajustes no contrato:
Banco de Horas pode fazer parte do Contrato Individual 
Art. 59.  A duração diária do trabalho poderá ser acrescida de horas extras, em número não excedente de duas, por acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho.              (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
§ 5º  O banco de horas de que trata o § 2o deste artigo poderá ser pactuado por acordo individual escrito, desde que a compensação ocorra no período máximo de seis meses.                    (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)         (Vigência)
Possibilidade de ajustes no contrato:
Compensação de Horas pode fazer parte do Contrato Individual 
Art.59
§ 6o  É lícito o regime de compensação de jornada estabelecido por acordo individual, tácito ou escrito, para a compensação no mesmo mês.                    (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)   
Possibilidade de ajustes no contrato:
Uniforme
Art. 456-A.  Cabe ao empregador definir o padrão de vestimenta no meio ambiente laboral, sendo lícita a inclusão no uniforme de logomarcas da própria empresa ou de empresas parceiras e de outros itens de identificação relacionados à atividade desempenhada.             (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Parágrafo único.  A higienização do uniforme é de responsabilidade do trabalhador, salvo nas hipóteses em que forem necessários procedimentos ou produtos diferentes dos utilizados para a higienização das vestimentas de uso comum.                 (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Possibilidade de ajustes no contrato:
Jornada de 12 por 36 horas no Contrato Individual
Art. 59-A.  Em exceção ao disposto no art. 59 desta Consolidação, é facultado às partes, mediante acordo individual escrito, convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho, estabelecer horário de trabalho de doze horas seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação.                   (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)   
Possibilidade de ajustes no contrato:
Art. 456. A prova do contrato individual do trabalho será feita pelas anotações constantes da carteira profissional ou por instrumento escrito e suprida por todos os meios permitidos em direito.             
Parágrafo único. A falta de prova ou inexistindo cláusula expressa e tal respeito, entender-se-á que o empregado se obrigou a todo e qualquer serviço compatível com a sua condição pessoal
SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO CONTRATUAL
Suspensão Contratual 
é a sustação temporária dos principais efeitos do contrato de trabalho no tocante às partes, em virtude de um fato juridicamente relevante, sem ruptura, contudo, do vínculo contratual formado. Ex: greve; suspensão disciplinar.
Interrupção Contratual
A sustação temporária da principal obrigação do contrato de trabalho (prestação de trabalho e disponibilidade perante o empregador), em virtude de um fato juridicamente relevante, mantidas em vigor todas as demais cláusulas contratuais. Ex: Feriados, descanso semanal remunerado, férias, faltas abonadas..
	 	 
SUSPENSÃO	 
INTERRUPÇÃO	ACIDENTE DE TRABALHO E SERVIÇO MILITAR
	SALÁRIO	Não é devido	Devido	Não é devido
	TRABALHO	Não há	Não há	Não há
	TEMPO DE SERVIÇO E FGTS	Não conta e não deposita	Conta e deposita	Conta e deposita
 
SÃO SITUAÇÕES DE SUSPENSÃO CONTRATUAL QUE ESTÃO PREVISTAS NA CLT E EM LEIS ESPARSAS.
encargo público 
art. 472 da CLT: O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar ou de outro encargo público, não constituirá motivo para a alteração ou rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador. 
mandato sindical
 
SÃO SITUAÇÕES DE SUSPENSÃO CONTRATUAL QUE ESTÃO PREVISTAS NA CLT E EM LEIS ESPARSAS.
Greve
suspensão disciplinar (art. 474 da CLT) e suspensão para responder inquérito (art. 494 da CLT)
afastamento motivado por doença ou por invalidez previdenciária
participação em curso ou programa de qualificação profissional
preservação da integridade física e psicológica da mulher em situação de violência doméstica familiar
SITUAÇÕES DE INTERRUPÇÃO CONTRATUAL COM PREVISÃO NO TEXTO LEGAL:
repouso semanal remunerado: o período de descanso outorgado, sem prejuízo dos intervalos interjornadas, entre uma e outra semana de trabalho (§3º do art. 39 e art. 7º, XV e parágrafo único, da CF). 
feriados: são entendidos como intervalos episódicos (art. 70 da CLT e art. 1º, parte final da Lei 605/49). 
férias: é um direito restrito apenas aos empregados e servidores públicos, porque seu custeio cabe ao tomador dos serviços. 
situações previstas no art. 473 da CLT
situações previstas no art. 320, §3º da CLT: regras para professores: não serão descontadas, no decurso de 9 dias, as faltas verificadas por motivo de gala ou de luto em consequência de falecimento do cônjuge, do pai ou mãe, ou de filho. 
consultas médicas e exames complementares: §4º, II, art. 392 da CLT. 
SITUAÇÕES DE INTERRUPÇÃO CONTRATUAL COM PREVISÃO NO TEXTO LEGAL:
ausências no período do aviso prévio trabalhado: conforme art. 488 da CLT, o empregado por, durante o período do aviso prévio, em caso de dispensa pelo empregador: 
- ou reduzir em duas horas diárias a jornada (numa jornada de 8 horas); - ou reduzir em sete dias corridos (normalmente ao final). 
situação do art. 98 da Lei 9.504/1997 – eleições. 
faltas abonadas. 
incapacidade laboral até o 15º dia: trata-se de uma “atuação previdenciária patronal”. 
licenças remuneradas: 
licença-paternidade: art. 7º, XIX da CF c/c art. 10, §1º do ADCT. 
licença para disputa eleitoral: três meses antes do pleito (somente para servidores públicos estatutários ou celetistas). 
SITUAÇÕES DE INTERRUPÇÃO CONTRATUAL COM PREVISÃO NO TEXTO LEGAL:
paralisações promovidas pelo empregador: lockout (art. 17 da Lei 7.783/89). 
suspensão disciplinaranulada. 
afastamento do empregado por motivo de segurança nacional: até 90 dias (§5º do art. 472 da CLT). 
aborto não criminoso: duas semanas de descanso (art. 395). Sendo aborto criminoso, haverá suspensão. 
prontidão e sobreaviso: o empregado está aguardando ordens do empregador (art. 4º da CLT c/c §§ 2º e 3º do art. 244 da CLT).
Alteração do contrato de trabalho
Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.
§ 1o  Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.                     (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o  A alteração de que trata o § 1o deste artigo, com ou sem justo motivo, não assegura ao empregado o direito à manutenção do pagamento da gratificação correspondente, que não será incorporada, independentemente do tempo de exercício da respectiva função.                          (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Instituto Águia - 2018 - CEAGESP - Advogado - Trabalhista
É lícita a alteração no contrato de trabalho do empregado, quando:
A) Realizada de forma unilateral pelo empregador.
B) Realizada por mútuo consentimento com o empregado.
C) Realizada por mútuo consentimento com o empregado e desde que não lhe resulte prejuízo.
D) Nenhuma das alternativas acima.
Instituto Águia - 2018 - CEAGESP - Advogado - Trabalhista
É lícita a alteração no contrato de trabalho do empregado, quando:
A) Realizada de forma unilateral pelo empregador.
B) Realizada por mútuo consentimento com o empregado.
C) Realizada por mútuo consentimento com o empregado e desde que não lhe resulte prejuízo.
D) Nenhuma das alternativas acima.
Referências
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho: de acordo com a reforma trabalhista. Rio de Janeiro: Forense, 2018.
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do Trabalho. Saraiva: São Paulo, 2019.
RESENDE, Ricardo. Direito do Trabalho esquematizado. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho. 3. Ed. São Paulo: Saraiva, 2012.
 LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 16. ed., atual. São Paulo: Saraiva, 2018.
SCHIAVI, Mauro. Manual de direito processual do trabalho: de acordo com o novo CPC, Reforma trabalhista – Lei 12.467/2017 e a MP nº 808/2017. 13.ed. São Paulo: LTr, 2018.

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