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Transporte Rodoviário e Turismo

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Aula 2 – Transporte Rodoviário
Introdução
O foco desta aula serão os transportes rodoviários; será tratado brevemente o desenvolvimento histórico. Serão explorados os fatores que justificam a dependência do setor rodoviário e as suas consequências.
Avanços tecnológicos dos transportes e do turismo
Todos os processo de deslocamento para fins turísticos envolvem, em maior ou menor grau, o uso dos transportes, como vimos na aula passada. Os avanços tecnológicos dos transportes definem, em grande parte, os avanços no turismo (ver Palhares, 2002). No entanto, esses avanços devem ser contextualizados a partir das dimensões econômica, social e política.
Avanços importantes
A seguir, são destacados alguns dos avanços que contribuíram para o desenvolvimento do transporte rodoviário no Brasil e exterior:
A Revolução Industrial (iniciada no Reino Unido do século XVIII) foi um relevante marco histórico para a evolução dos transportes e do turismo, pois propiciou um conjunto de avanços tecnológicos (exemplo: máquina à vapor), modificando a forma de organização socioeconômica.
A motorização dos veículos proporcionam maior velocidade. Portanto, com os avanços tecnológicos ao longo dos anos, torna-se possível com uma maior velocidade percorrer longas distâncias em menor espaço de tempo. Logo, as distâncias são encurtadas favorecendo o aumento dos deslocamentos para fins turísticos.
Existem vários antecedentes históricos sobre a produção do veículo motorizado. Mas, indiscutivelmente Karl Benz teve sua parcela de notoriedade nesse feito. 
Grandes avanços tecnológicos ocorreram no final dos anos 1800 e permitiram por exemplo, a implantação de linhas regulares de transporte coletivo motorizados, o que reflete na própria organização do turismo como o conhecemos. No Brasil, o primeiro serviço regular de ônibus a gasolina foi introduzido em 1908. 
No site do Museu Virtual do Transporte Urbano é possível conhecer mais detalhes sobre os avanços do transporte rodoviário urbano.
Silva e Borguethi (2011) explicam que, a partir das diversas necessidades de turistas e viajantes, houve várias remodelações no transporte rodoviário por ônibus no Brasil. Segundo consulta feita a Paolillo e Rejowski (2002), Silva e Borguethi (2011) detalham que, em 2001, o Brasil possuía uma frota de ônibus urbano com 110.000 unidades, os ônibus convencionais, executivos e leito totalizavam 53.039 unidades. Esses autores observam também que, em função da evolução dos transportes, foi preciso que surgissem estrada de rodagem, a autoestrada e a autovia para que se facilitassem o deslocamento como qualidade e segurança para os usuários.
Um fator histórico a ser considerado no Brasil são as concessões do setor rodoviário. Na aula 05 falaremos sobre o processo de concessão rodoviária no Brasil. 
A informação mais recente sobre investimento nos modos de transportes terrestres foi lançada em 2012: o Programa de Investimento em Logística: Rodovia e Ferrovia.
Dependência do transporte rodoviário	
São vários os fatores relacionados a dependência do transporte rodoviário. A seguir são apresentados três para discussão:
O investimento reduzido em outros modos de transportes, como por exemplo o ferroviário;
A facilidade de interligação do transporte rodoviário com os outros modos de transportes (aéreos, ferroviários e hidroviários) pode ocasionar uma certa dependência dos outros modos do modo rodoviário, pois este ultimo pode propíciar o transporte de maneira bastante flexível entre pontos distintos de uma rede de transportes.
A produção e o consumo de veículos rodoviários pode ser um fator relacionado a dependência econômica do modo rodoviário. Por exemplo, de acordo com publicação referente aos 50 anos da Indústria Automobilista Brasileira, a Associação Nacional de Veículos Automotores (ANFAVEA), é sinalizado que o Brasil é o maior fabricante mundial de ônibus, tendo fechado 2005 com a produção de 35.266 unidades, das quais 27.860 de ônibus urbanos, resultado 22,6% maior que o de 2004.
Consequências da dependência do transporte rodoviário
Ao se relacionar as consequências da dependência do transporte rodoviário com o turismo, pode-se perceber que: a existência de altos custos de manutenção para vias, a existência de frota de veículos ultrapassada, a cobrança de pedágios em excesso são alguns fatores que podem gerar uma diminuição na competitividade de destinos turísticos, principalmente aqueles que são altamente dependentes do modo rodoviário. Portanto, a busca por um equilíbrio na matriz de transportes (objetivando a oferta de outros modos de transportes e a interligação entre estes) é um grande desafio, principalmente quando se trata de países de dimensões continentais como o Brasil.
Apesar de existirem combustíveis “verdes” que minimizam os efeitos adversos ocasionados pela emissão de gases nocivos ao meio ambiente, é fundamental observar o impacto da emissão destes gases na atmosfera pelo transporte rodoviário.

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