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Historia Indigena ,QUESTIONÁRIO DO CAPÍTULO 4 DO LIVRO OS ÍNDIOS NA HISTÓRIA DO BRASIL

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
CAMPUS CORA CORALINA
CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA
LUIS CARLOS FÉLIX TAVARES
QUESTIONÁRIO DO CAPÍTULO 4 DO LIVRO OS ÍNDIOS NA HISTÓRIA DO BRASIL
CIDADE DE GOIÁS
2018
LUIS CARLOS FÉLIX TAVARES
QUESTIONÁRIO DO CAPÍTULO 4 DO LIVRO OS ÍNDIOS NA HISTÓRIA DO BRASIL
Questionário para obtenção de nota parcial da disciplina História e Cultura Indígena, do curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual de Goiás – Campus Cora Coralina, sob orientação do prof. M. Leonardo de Jesus Silva
CIDADE DE GOIÁS
 2018
QUESTIONÁRIO
1 – Como a “nova história política” tem tratado a relação entre os índios e as leis?
De acordo Maria Regina Celestino de Almeida (2010, p. 82-83), nos fala que, os diferentes tempos e espaços evidenciam suas ações que, sem dúvida, também influenciavam o estabelecimento das leis e principalmente as possiblidades de sua aplicação na colônia. Mediante a essa questão os pesquisadores passaram a tendênciar o pensamento que as políticas indigenistas e as várias leis delas resultantes de forma articulada as atuações dos índios (politicas indígenas), contribuindo para que seus limites e possibilidades fossem estabelecidas. Os projetos que foram propostos pelos jesuítas passou por adaptações que atendessem as especificidades locais que incluíam as ações dos índios. Sabe-se que as legislações se constroem e se cumprem conforme acordos, negociações e confortos entre os autores e seus interesse, como mostra história política. Na história indígena recente já inclui os índios como atores. Porem esses atores passam por um processo de inserção, como forca de trabalho e como súditos leias ao Rei. Essa ação e considerada como princípio básico da política indigenista que iria se manter na legislação por quase todo período colonial. Mediante essa situação a divisão dos índios ficou clara onde aqueles que se adequaram passam a ser considerados mansos (aliados) e aqueles que de alguma maneira não seguiu legislação passaram a ser selvagens (inimigos) tornado aldeados ou escravos.
2 – Como é a relação do índio com o antigo regime?
No Antigo Regime, segundo Maria Regina Celestino de Almeida (2010, p. 85-88), o fato dos indígenas se tornarem “súditos cristãos” não lhes garantia estar em condição de igualdade com os demais súditos da Coroa. E na esfera hierárquica da colônia, os indígenas ocupavam o patamar mais baixo. Com isso eram submetidos a trabalhos compulsórios, e ficavam sujeitos ao estatuto da limpeza de sangue, que os proibiam e discriminavam, e essas práticas somente acabaram com a Reforma Pombalina, que permitiu aos aldeados ocupar alguns cargos e receber também títulos honoríficos. A autora ressalta ainda, que os indígenas aldeados não ocupavam o último patamar da escala social da colônia, pois os negros, os índios escravos e os índios bravos vinham logo depois. Ressaltamos ainda, que os aldeados inseridos nessa sociedade escravocrata e desigual, tiveram por meio das condições socioeconômicas um referencial para sua identificação dentro dessa sociedade. Mesmo com a desigualdade de tratamento dos colonos para com os aldeados, algumas garantias lhes eram asseguradas. Os aldeados tinham direito a terra, mesmo que em dimensões menores que as originais. E mesmo sendo obrigados ao trabalho compulsório, não se tornavam escravos dentro das aldeias. E para se tornarem súditos cristãos, deveriam se batizar e renunciar aos seus costumes e as suas crenças. Com relação aos chefes indígenas, eles tinham direito a receberem títulos, cargos, salários e prestígio social. E mesmo tendo o mínimo de direitos garantidos por lei, lutaram para fazer valer esses direitos até o século XIX. As leis naquela época eram estabelecidas para regulamentar e seguiam posteriormente os “usos e costumes” da terra colonizada. As leis eram mutáveis e a decisão final ficava a cargo do monarca. No Antigo Regime os súditos tinham suas funções e obrigações determinadas, e cabia ao Rei lhes ser justo e benevolente, lhes retribuindo conforme sua condição social dentro da colônia. Havia um sistema de reciprocidade, onde os súditos serviam ao Rei e este lhes recompensava. Os indígenas também aprenderam a recorrer ao monarca para reivindicar por seus direitos. Também aprenderam a realizar acordos e negociações com as autoridades da colônia e com o próprio Rei. Com isso, a autora mostra que os aldeados apropriaram dos códigos portugueses e da política do Antigo Regime. Mas vale ressaltar que injustiças eram cometidas aos montes contras os aldeados, e que muitas vezes esses “direitos” concedidos aos indígenas só valiam no papel, e não tinham valor algum na prática. Almeida ainda afirma que mesmo com tantas injustiças contra os aldeados, havia por parte da Coroa uma preocupação em reprimir os abusos contra os indígenas aliados, fortalecendo assim a política de aldeamento. Há relatos documentais que mostram que várias causas indígenas foram ganhas, devido à preocupação das autoridades em lhes garantir o mínimo de direitos. A autora encerra afirmando que as aldeias não foram temporárias, e não foram também simples espaço para conversão dos indígenas ao cristianismo e para imposição dogmática dos padres. Mas foram espaços de resistência e sobrevivência dos povos indígenas, e estreitaram as relações dos aldeados com os missionários e outros atores sociais da colônia. 
3 – Identifique algumas experiências de agências indígenas nas aldeias missionárias.
As experiências das agencias indígenas segundo Maria Regina Celestino de Almeida (2010, p. 94-95), as complexas relações que, além das imposições incluídas também vários acordos, concessões e tolerâncias. Com isso as articulações feitas mostraram que os padres recuaram para dar concessões aos índios. Mais há vários exemplos de desavenças entre bispos e os jesuítas por conta da tolerância com os índios, incluindo as confissões por interprete. Essa ações não eram gratuitas, foram conquistas dos índios, porem para os Padres esse ato de tolerância praticado pelo jesuítas não se enquadravam nos moldes traçados por eles. Sabe-se que em todo aldeamentos, a coerção física estava presente, mas em contra partida a relatos do padre Vieira que aviam cuidados para satisfazer as necessidades sócias dos índios, a exemplo da saúde, fato esse que se agravou muito diante alta mortalidade causados pelas epidemias.
4 – O que os “requerimentos” indígenas revelam em se tratando de interesses particulares de alguns indígenas e da criação de uma memória coletiva?
Segundo Maria Regina Celestino de Almeida (2010, p. 100-101), havia por parte de alguns indígenas, em geral as lideranças, o envolvimento em transações comerciais e produtivas com a colônia. Esse tipo de atitude mostra que nem todos os indígenas eram considerados incorruptíveis, e assim como qualquer outro individuo também tinham interesses particulares. Essa relação com os colonos variavam dependendo dos interesses dos autóctones. O anseio por adquirir bens materiais dos colonos foi um grande incentivador para tais práticas no meio dos indígenas, claro que devidamente incentivado pelos próprios colonos, que viam nessas transações uma maneira de se aproveitar dos nativos e promover seus próprios interesses. Ressaltamos que os chefes indígenas também utilizavam de sua posição para obter “privilégios” com esse tipo de negócio. Segundo Almeida, há relatos que alguns indígenas possuíam terras particulares fora das aldeias, gado e até escravos. A autora ainda menciona que mesmo com tais práticas “comerciais”, o caráter coletivo estava bastante presente dentro das aldeias. Os chefes que buscavam satisfazer seus próprios interesses e suas ambições, também corriam atrás dos direitos coletivos. E essa prática era mantida pois eles sabiam que se deixassem de lado os interesses de seu povo, poderiam ser destituídos do poder pelos próprios indígenas da aldeia, e também só poderiam obter vantagens pessoais se estivessem no cargode chefia. 
REFERÊNCIA
ALMEIDA, Maria Regina Celestino de. Política de aldeamentos e colonização. In: Os índios na história do Brasil. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2010. p. 71-106. (Coleção FGV de bolso. Série História)

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