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as teorias classicas e neoclassicas

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Universidade de Brasília
Departamento de Economia
Evolução das Idéias Econômico Sociais
Professor José Luis Oreiro
Segundo semestre de 2010.
												
PROGRAMA
I – Objetivo do curso: 
O curso de Evolução das Idéias Econômico Sociais se propõe a fornecer aos alunos que iniciam o curso de economia o primeiro contacto com as principais escolas de pensamento econômico. Para tanto, serão estudadas as idéias dos principais pensadores econômicos, tendo como fios condutores nesse processo a relação entre valor, crescimento e distribuição de renda e o debate sobre a existência ou não de ordem espontânea no sistema econômico. 
II – Conteúdo programático: 
1 – A História do Pensamento Econômico e a Ciência Econômica (1 aula): Por que estudar a história do pensamento econômico? A história do pensamento econômico e a crise da ciência econômica. Diferenças metodológicas entre a “economia” e a “economia política”. 
Leituras: (*) Arida (2003), Tolipan (1990, cap.I); Bortis (1996, pp.75-78)
2 – As Origens da Economia Política Clássica (4 aulas): As raízes da economia política. Os Fisiocratas e a questão da origem do excedente. O Tableau Economiqué de Quesnay e a ordem espontânea do sistema econômico. A abordagem excedentária para os problemas do valor e da distribuição de renda. 
Leituras: Coutinho (1993, caps. 1 e 2); Garegnani (1980), Napoleoni (1978, cap.2); (*) Quesnay (1978). 
3 – A Economia Política Clássica I (4 aulas): Adam Smith e o nascimento da economia política clássica. A medida do valor em Adam Smith, o conceito de “trabalho comandado”. Divisão do trabalho, economias de escala e acumulação de capital em Adam Smith. O modelo econômico da “Riqueza das Nações”. 
Leituras: Coutinho (1993, cap.3); Napoleoni (1978, cap.3); Oreiro (2000, cap.I); (*) Smith (1983, caps.1-8). 
4 – A Economia Política Clássica II (4 aulas): O “Ensaio de 1815” e a lei dos rendimentos decrescentes na agricultura. A medida do valor em Ricardo, a teoria do valor trabalho. A lei dos mercados de J.B. Say. A controvérsia entre Malthus e Ricardo sobre os determinantes da taxa de lucro. 
Leituras: Coutinho (1993, cap.5); Miglioli (1991, caps. 1-4); Napoleoni (1978, cap.4); (*) Ricardo (1978; 1982, cap.1).
5 – A Economia Marxista (4 aulas): O método econômico de Karl Marx. O processo de acumulação de capital. Acumulação de capital, dinheiro e os problemas de realização. A doutrina da “miséria crescente do proletariado”. A lei de tendência à queda da taxa de lucro. O problema da transformação do valor em preços de produção. 
Leituras: Meek (1971, caps.6-9); Hunt (1988, cap.9); Miglioli (1991, caps.5-7); Schumpeter (1970, cap.1), Possas (1989, caps 1-3); (*) Marx (1983, Vol.I). 
6 - A “Revolução Marginalista” e o Nascimento da “Economia” (4 aulas): a teoria da utilidade marginal de W.S. Jevons. Valor e distribuição de renda em Carl Menger. A teoria do equilíbrio econômico geral de Walras e a ordem espontânea do sistema econômico. A moeda e a teoria do equilíbrio geral. 
Leituras: Dobb (1975, cap.7); (*) Hunt (1988, cap.11); Napoleoni (1990, cap.1); Schumpeter (1970, cap.3). 
7 – A Teoria Neoclássica da Distribuição de Renda (3 aulas): O núcleo da teoria neoclássica da distribuição. A distribuição regulada pela produtividade marginal dos fatores de produção, a contribuição de J.B.Clark. A teoria do capital de Bohn-Bawerk e Knut Wicksell. A determinação da taxa natural de juros. 
Leituras: Hunt (1988, cap.12); Kurz e Salvadori (1995, cap.14); Oreiro (2000, cap.2); Schumpeter (1970, cap.6); (*) Bohn-Bawerk (1986, volume I); (*) Wicksell (1934, caps II e III). 
8 – A Revolução Keynesiana e a crítica a tese da ordem espontânea do mercado (3 aulas): A crítica a teoria (neo-) clássica do emprego. O princípio da demanda efetiva e o “equilíbrio com desemprego”. A relação entre poupança e investimento e a crítica a teoria (neo-) clássica do juro. A preferência pela liquidez e a determinação da taxa de juros. 
Leituras: Dillard (1975); (*) Keynes (1982, caps. 1-3; 6-7; 13-15); Schumpeter (1970, cap.10). 
III – Avaliação. 
	A menção final do aluno será composta dos seguintes elementos: 
Quatro listas de questões para discussão, as quais poderão ser feitas em grupos de até cinco alunos. As listas terão um prazo de entrega de uma semana a contar da data de divulgação das mesmas pelo professor. A média aritmética das listas de questões para discussão corresponderá a 20% da nota final. A não entrega de qualquer uma das listas no prazo estipulado irá acarretar a obtenção de grau zero na lista referente. 
Oito resenhas de literatura. Os textos a serem resenhados encontram-se assinalados com (*) na lista de leituras. As resenhas devem ser elaboradas de tal forma a apresentar os pontos principais do texto, e não devem superar cinco páginas em espaçamento simples, letra tamanho 12. As resenhas corresponderão por 10% da nota final. A não entrega de qualquer uma das resenhas no prazo estipulado irá acarretar a obtenção de grau zero na resenha referente. 
Duas verificações de aprendizado (“provas”) realizadas em sala de aula. A média aritmética das mesmas corresponderá a 70% da média final. 
 
Observação: Haverá uma única prova de reposição que poderá ser feita por qualquer aluno no final do semestre. 
IV – Contacto 
	E-mail do professor: joreiro@unb.br. 
	Página do professor na internet: www.joseluisoreiro.ecn.br. 
Blog do professor: www.jlcoreiro.wordpress.com. 
V – Bibliografia. 
Arida, P. (2003). “A História do Pensamento Econômico como Teoria e Retórica” In Gala, P; Rego, J.M. A História do Pensamento Econômico como Teoria e Retórica: ensaios sobre metodologia em economia. Editora 34: São Paulo. 
Bohn-Bawerk, E. (1986). A Teoria Positiva do Capital. Nova Cultural: Rio de Janeiro [edição original: 1889]. 
Bortis, H. (1996). Institutions, Behavior and Economic Theory. Cambridge University Press: Cambridge. 
Coutinho, M.C. (1993). Lições de Economia Política Clássica. Hucitec: Campinas. 
Dillard, D. (1975). A Teoria Econômica de John Maynard Keynes. Pioneira: São Paulo.
Dobb, M. (1975). Teoria del Valor y de la Distribucion desde Adam Smith. Siglo Veintiuno de España: Madri. 
Hunt, E.K. (1988). História do Pensamento Econômico. Campus: Rio de Janeiro. 
Garegnani, P. (1980). “Sobre a Teoria do Valor e da Distribuição em Marx e nos Economistas Clássicos” In: Garegnani et al. Progresso Técnico e Teoria Econômica. Hucitec: Campinas. 
Keynes, J.M. (1982). A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. Atlas: São Paulo. 
Kurz, H; Salvadori, N. (1995). Theory of Production: a long period analysis. Cambridge University Press: Cambridge. 
Marx, K (1983). O Capital. Abril Cultural: Rio de Janeiro [edição original: 1867]
Meek, R. (1971). Economia e Ideologia: o desenvolvimento do pensamento econômico. Zahar: Rio de Janeiro. 
Miglioli, J. (1991). Acumulação de Capital e Demanda Efetiva. T A Queiroz: São Paulo.
Napoleoni, C. (1978). Smith, Ricardo e Marx. Graal: Rio de Janeiro. 
---------------- (1990). O Pensamento Econômico do Século XX. Paz e Terra: São Paulo.
Oreiro, J.L. (2000). Lições de História do Pensamento Econômico: teorias alternativas do crescimento e da distribuição de renda. Mimeog. 
Possas, M.L. (1989). Dinâmica e Concorrência Capitalista: uma interpretação a partir de Marx. Hucitec: Campinas. 
Quesnay, F. (1978). “Resposta às observações do Sr. H sobre as vantagens da indústria e do comércio e sobre a fecundidade da classe considerada estéril” In: Napoleoni, C. Smith, Ricardo e Marx. Graal: Rio de Janeiro. 
Ricardo, D. (1978). “Ensaio acerca da influência do baixo preço do cereal sobre os lucros do capital” In: Napoleoni, C. Smith, Ricardo e Marx. Graal: Rio de Janeiro. 
-------------- (1982). Princípios de Economia Política e Tributação. Nova Cultural: São Paulo [edição original: 1817]
Smith, A. (1982). A Riqueza das Nações. Nova Cultural: São Paulo [edição original: 1776]. 
Tolipan, R. (1990).A Ironia na História do Pensamento Econômico. PNPE/IPEA: Rio de Janeiro. 
Wicksell, K. (1986). Lectures on Political Economy. Routledge: Londres [edição original: 1901]. 
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