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Bovinocultura leiteira

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA
TATTIELE LIMA DO NASCIMENTO
BOVINOCULTURA LEITEIRA
PARAUAPEBAS-PA, 30 DE JUNHO DE 2014
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................1
HISTÓRIA....................................................................................................... 2
PRINCIPAIS RAÇAS.........................................................................................3
HOLANDESA..............................................................................................3
JERSEY.....................................................................................................4
GUERNSEY...............................................................................................5
PARDO-SUIÇO...........................................................................................6
GIR...........................................................................................................7
INSTALAÇÕES FUNDAMENTAIS ...................................................................8
MANEJO GERAL ............................................................................................14
VACAS GESTANTES.................................................................................14
BEZERROS..............................................................................................14
VACAS LEITEIRAS....................................................................................18
NUTRIÇÃO......................................................................................................20
CONCLUSÃO .................................................................................................22
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ....................................................................23
INTRODUÇÃO
A produção de leite tornou-se uma grande área econômica no Brasil que vêm crescendo e inovando nos meio agropecuário. Um fator de principal preocupação é o aumento na produção, mas para que isso aconteça, é necessário um manejo adequado, ou seja, cuidados com o bem-estar animal, a utilização de animas com uma boa genética apta para produção leiteira, uma nutrição adequada, levando também em consideração custos baixos para essas instalações.
A maior parte da produção de leite do Brasil concentra-se nas regiões Sudeste (50%) e Sul (23%).
História
O leite sempre esteve presente no consumo humano, seja de cabras, ovelhas e burros. Há indícios que a utilização do leite para o consumo ocorreu no ano 5.000 a.C, na região da Líbia, no continente africano. Antes de consumir o leite, esses animais tinha como função sua força para transportar carroças e também o consumo de sua carne.
Segundo a EMBRAPA, hoje o Brasil é um dos maiores produtores de leite bovino do mundo e cresce a cada ano numa taxa bem maior que os demais. Este é um dos produtos mais importantes da agropecuária brasileira, pois a partir desta matéria prima obtemos inúmeros derivados.
No século 16, a produção de derivados do leite era bem difundida na Europa.
Vacas e outros animais vieram nas grandes navegações para garantir fornecimento de carne e leite aos desbravadores do Novo Mundo.
No período da colonização foi onde tudo começou no Brasil, onde esses animais eram utilizados nos engenhos de cana (força de trabalho) e também na produção de carne. Por volta de 1870, o Vale do Paraíba, começou a produção de leite no Brasil.
A partir da década de 20, algumas indústrias para beneficiamento e distribuição de leite começam a surgir, oferecendo aos consumidores leite tratado pelo processo de pasteurização lenta, tecnologia que surgia no país. O leite era engarrafado em frascos de vidro retornáveis.
Em 1883, ocorreu nos Estados Unidos, a Guerra do Leite, onde houve uma disputa entre os produtores que queriam receber melhor preço enquanto os distribuidores queriam ficar com a maior parte do lucro.
Segundo o Manual do Produtor de Leite, o Brasil é o sexto maior produtor mundial de leite, com um crescimento de 121% entre 1980 e 2005.
Principais Raças
Segundo, Antonio Almeida Duarte, as principais raças leiteiras no Brasil são:
- Raça Holandesa;
- Raça Jersey;
- Raça Guernsey;
- Raça Pardo-Suiço (Schwyz);
- Raça Gir;
 			 Figura 1- Vaca Holandesa
 
			Fonte: Google imagens
A raça Holandesa é originária da Europa, mas precisamente nos países baixos e seu habitat natural se localiza na região Frísia. No Brasil, essas raças se concentram nas regiões sul e sudeste, nos estados São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul. Possui uma ótima produção na temperatura de 10° á 20°C.
De acordo com a FAO (Organização das Nações para a Agricultura e Alimentação) 1950, existem três tipos de gado holandês e cada um possui seu registro genealógico, tais como a variedade Frísia, Crominga e a variedade M.R.Y.
A variedade Frísia é conhecida no Brasil como o gado holandês preto e branco. Essa variedade é constituída por animais de grande porte.
O peso das vacas variam de 500 á 700 kg, os dos touros 900 á 1000 kg e os bezerros recém-nascidos de 38 á 40 kg. Já a sua pelagem é preta malhada ou malhada de preto, distribuídas de forma desuniforme, sua cabeça é delicada, mediana, orelhas pequenas e abertas, os olhos são salientes, seus chifres são curtos e finos e crescentes para dentro, focinhos largos e narinas abertas, fazendo com que obtenha boa capacidade respiratória. 
Possui o peito grande e amplo, boa habilidade digestiva, garupa ampla, massa muscular moderada. Seus membros são bem desenvolvidos nas vacas com boa abertura posterior, proporcionando assim uma ótima acomodação de seu úbere.
O úbere é bem vascularizado, esse gado produz em média 4000 á 7000 kg por lactação, com teor de gordura de 3,5 a 4,0 %, sendo o mais explorado no Brasil.
Essa raça leiteira é de excelência produtividade, porém exige cuidados quanto ao seu manejo e alimentação, pois a vaca Holandesa é de clima temperado.
Já a variedade de M.R.Y., é bastante utilizada para formação de mestiço, principalmente em zebuínos, de preferência com a raça Gir. É uma variedade que possui bom desenvolvimento rústico, podendo se adaptar no clima tropical, desde que seja favorável ao criatório. 
As vacas pesam em média 500 á 600 kg, os touros de 800 á 900 kg. Sua pelagem é vermelha e branca, sendo a vermelha a cor predominante. A cabeça possui dimensão mediana, olhos grandes, chifres brancos, finos, orelhas médias e largas. Possui uma boa cobertura, que indica eficiência na sua capacidade digestiva e respiratória, sua cauda é curta e grossa.
Essa variedade possui um úbere volumoso e desenvolvido, com boa circulação sanguínea, tetos de tamanhos regulares. Produz em média 4000 á 7000 kg por lactação. Quando cruzadas com as raças Gir e Zebuínas tem suas qualidades transmitidas. 
				Figura 2- Jersey
 
				Fonte: Google imagens
Temos também a raça Jersey, originária, como próprio nome diz, da ilha Jersey, localizada no Canal da Mancha (Inglaterra). Segundo Hermasdorff (1941), a Jersey é uma raça manteigueira da atualidade, ou seja, seu leite é constituído por um alto teor de gordura.
No Brasil essa raça foi introduzida nos fins do século passado, tendo uma boa adaptação e bastante difundida, sendo Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, os maiores centros de criação.
As vacas Jersey pesam 350 kg, os touros de 600 á 700 kg e os bezerros recém-nascidos 25 kg. Tem uma pelagem com variação da cor parda clara ao escuro, já no touro predominância do pardo escuro ou até mesmo negro. A mucosa do focinho e da língua é preta. Além de ser o gado leiteiro da cabeça mais larga e curta, olhos grandes, chifres curtos e achatados finos e recuados para frente, nos machos, grossos e menos encurvados.
Seu pescoço é de comprimento médio, corpo tipicamente leiteiro, alongado em forma de cunha.Garupa frontal desenvolvida. Seu úbere é glanduloso, tetos pequenos e quartos bem definidos.
 Vale lembrar, que a raça Jersey não é apta para produção de carne e que quando mantida em sistema de criação extensivo, com pastos pobres e climas quentes, sua produção de leite é baixa, causando uma degeneração da raça.
				Figura 3- Guernsey
 
				Fonte: Google imagens
A raça Guernsey também se originou no Canal da Mancha, na Ilha de Guernsey (Inglaterra). Essa raça é proveniente do cruzamento do gado Irlandês (Bretão) e o Germano (Normando). De acordo com Atanassof (1943), a exportação dessa raça se deu em São Paulo. É uma raça também manteigueira. 
O peso de uma vaca dessa raça é de 450 á 550 kg, o do touro de 600 á 800 kg e dos bezerros recém-nascidos de 30 á 35 kg. Sua pelagem é bem caracterizada, malhada de amarelo com tonalidades variáveis de laranja ao avermelhado entre elas. Presença de manchas brancas nos tetos, paleta e na garganta. Sua cabeça é de comprimento médio, chifres são pequenos e finos, orelhas médias e focinhos amplos. Seu pescoço é delgado e comprido, membros de tamanho médio, finos e bem aplumados.
 Esse tipo de raça é dócil e pouco difundida no Brasil, pois não há uma valorização em seu leite.
			 Figura 4- Pardo-Suíço 
				Fonte: Google imagens
Outra raça utilizada para esse tipo de produção é a raça Schwyz ou Pardo-Suíço, originária dos Lagos da Suíça, sendo considerada uma das raças mais antigas escolhida pelo homem. Possui dupla aptidão, além de serem animais rústico e precoce e boa adaptabilidade.
Alguns de seus cruzamentos que a indústria obteve para a busca de animais produtivos foram:
Tree-cross (Pardo-suíço + girolando); 
Itapetinga (Pardo-suíço + indubrasil); 
Lavínia (Pardo-suíço + guzerá);
Sabú (Pardo-suíço + nelore);
Os pesos das vacas desta raça são de 550 á 750 kg quando em lactação, o touro de 800 á 1200 kg e os bezerros recém-nascidos de 35 á 40 kg. Apresentam uma pelagem com variação na tonalidade de cinza-claro a cinza-escuro, vulgarmente conhecido como pelo-de-rato. Cascos pretos e chifres brancos com pontos pretos. Cabeça mediana, fronte longa e plana, seu pescoço é de comprimento médio, musculoso. 
O úbere é volumoso, bem implantado com grande irrigação sanguínea.
				 Figura 5- Raça Gir
				Fonte- Google imagens
A raça Gir é uma raça zebuína, que se origina das montanhas de Gir, na Índia. No Brasil essa raça era direcionada a produção de carne, mas a partir de 1940, Pessoa Sobrinho afirmou que obtinha boas aptidões para a produção de leite. O cruzamento com as raças europeias foram realizados com a finalidade de melhoramento leiteiro. 
A Gir apresenta certas características próprias, tais como, estrutura da cabeça e variação nos tipos de pelagem. O peso médio das vacas é de 380 kg, dos touros de 550 kg e os bezerros recém-nascidos de 35 kg. Possui chifres médios de cor escura e achatados, pescoço médio, barbela abundante nos machos. Seu tórax é largo e profundo, cupim bem implantado, nas fêmeas é menor e menos volumoso que nos machos. 
Úbere com tetas médias, espaçadas e com irrigações às vezes abundantes. Sua pelagem varia de vermelho com manchas claras e branco com vermelho. Branco com manchas de cor escura distribuída pelo corpo.
Instalações Fundamentais 
Algo de fundamental importância na bovinocultura leiteira são suas instalações, que contribui para uma produção em grande escala e de ótima qualidade. 
De acordo com o Manual do Produtor de Leite, de João Gonsalves Neto, essas são as instalações para a produção leiteira.
Sala de Ordenha:
A sala de ordenha deve ser projetada de forma que aumente a eficiência da produção, fácil acesso ao úbere, além de considerar as condições do rebanho.
Temos o Modelo Tandem ou Portão, que possui as salas de ordenhas com aberturas laterais. Sistema para rebanhos de menos de 250 vacas, com entrada e saída individuais.
As características desse modelo são: Os espaços que cada vaca ocupa é de 0,90 x 2,30 m/vaca, utilizam 2 á 3 unidades por homem e permite a ordenha de 15 á 30 vacas/homem/hora.
				Figura 6– Modelo Tandem
 
				 Fonte: UFV
Outro modelo utilizado é Fila Indiana ou de Passagem, onde os animais ficam paralelos ao fosso. Como o modelo Tandem, esse modelo também ocupa grande espaço para construção devido à posição dos animais. Permite a ordenha de 20 á 40 vacas/homem/hora.
Algumas características deste modelo: 
 - As vacas entram em fila e assim são ordenhadas;
- Cada vaca ocupa de 0,90 x 2,30 m;
- Entrada e saída em lotes;
- Velocidade menor, quando comparada ao modelo espinha de peixe;
- Sistema de contenção mais barato;
 
 		 Figura 7– Modelo Fila Indiana
 
			 Fonte: Agro Tudo
Já o Modelo Paralela, é eficaz quando há necessidade de trabalhar com mais de 400 vacas em lactação. Nesse sistema as vacas ficam uma ao lado da outra. Como as vacas ficam de costas ao fosso, isso facilita ao ordenhador, a operação de várias vacas ao mesmo tempo. A utilização de área para construir é menor que os modelos anteriores. Neste modelo, o ordenhador tem acesso ao úbere entre as pernas traseiras. Fácil saída destes animais, facilitando o rápido fluxo das vacas.
É utilizado por produtores de propriedades que contenha de 300 a 1000 animais, em que cada operador pode cuidar de 12 a 30 unidades.
				 Figura 8–Modelo Paralela
				 Fonte: DeLaval
O Modelo Espinha-de-Peixe é o mais eficiente, pois o fosso do ordenhador é mais curto, facilitando assim a identificação de problemas mais rapidamente.
O manejo é feito em grupos, proporcionando facilidade nas manobras de entrada e saída.
Oferece alto rendimento, ordenha de forma rápida, possui um espaço de 1,20 x 1,50 m, rebanhos grandes acima de 30 até 300 vacas, ordenha de 40 vacas/homem/dia.
 Figura 9–Espinha-de-peixe
 
					Fonte: DeLaval
Temos também o Modelo Rotatória ou Carrossel, que é o mais moderno de todos os sistemas, desenvolvido para propriedades com mais de 500 vacas.
Na sala de ordenha rotatória, a vaca sobe na plataforma onde o animal é movido para a posição do operador. Após a ordenha, a vaca sai da sala, ou seja, fluxo continuo onde colabora para aumento de produtividade.
As vacas novas aprendem com facilidade, elas seguem as vacas que estão à frente da plataforma.
				 Figura 10–Carrossel
Fonte: Gepecorte
Vale ressaltar, que deve se ter todo um devido cuidado antes, durante e após a ordenha.
Antes da ordenha deve-se verificar o nível de vácuo através do vacuômetro, verificar entrada de ar das teteiras, contar o numero de pulsação entres outros.
Durante a ordenha, é de fundamental importância observar se há um numero excessivo de teteiras caindo, verificar condições dos tetos, medir velocidade de ordenha.
E após ordenha, verificar a limpeza do equipamento, a temperatura da agua de limpeza, e verificar a temperatura do armazenamento do leite.
Sala de leite
Deve possuir tanque de expansão, lugar para limpar e armazenar o equipamento de ordenha.
				 Figura 11–Sala de leite
	 Fonte: Reh Agro
Escritório
É de fundamental importância para manter registros e controle da produção.
Depósito
Serve para o armazenamento dos equipamentos de ordenha, guardar os remédios, material de limpeza.
Curral de Espera
Local onde as vacas ficam á espera para a entrada na sala de ordenha. Essa área deve ser coberta, para proteção dos animais de sol, chuva e vento.
O curral de espera é ligado com o estábulo, por meio de corredores de trânsito. As vacas não podem esperar mais de 90 min para a ordenha.
			Figura 12- Curral de Espera
 Fonte: Boia pasto 
Banheiro e Vestuário
Um banheiro para uso dos funcionários, uma área para se trocar. Por questão de higiene o acesso do banheiro não abrir para sala de leite.
Bebedouros
É primordial a água para os bovinos de leite, tem que suprir a quantidade e qualidade adequadapara os animais.
O bebedouro deve permitir que pelo menos 1/3 do rebanho tome água ao mesmo tempo. O consumo de água varia de 20 á 120 L de água/cabeça/dia.
A altura deste bebedouro deve ser de 0,60 a 0,70 m, o volume depende da quantidade necessária para o abastecimento dos animais.
O nível da água pode ser controlado por um sistema de boia.
				Figura 13- Bebedouro
	Fonte: Gerson Sobreira
Cocho dos animais
Também conhecido como saleiro, tem a função de suplementar os alimentos ingeridos. Esses suplementos minerais devem estar disponíveis para os animais diariamente.
Deve ser instalado em um local onde os animais convivem mais.
				Figura 14- Cocho
 
 Fonte: EMBRAPA
Manejo Geral
Dentro deste manejo geral, será evidenciada a forma de cuidados paras as vacas gestantes, pós-parto (bezerro), vacas leiteiras, além de também, a reprodução o manejo sanitário. 
Vacas gestantes
Nos últimos três meses a vaca necessita de uma maior exigência nutricional, devido ao crescimento do feto. Com uma dieta deficiente de vitaminas, proteínas podem prejudicar o feto e o colostro produzido pela vaca.
O escore das vacas tem que estar entre 1 á 5, onde 1 indicada vaca muito magra e 5 indica vaca gorda. O ideal do escore é de 3,5.
Deve haver o secamento dessas vacas 60 dias antes do parto previsto, o que permitirá o descanso da glândula mamária, depois da secagem, é aplicado antibiótico, onde previne mastite e o não descarte do leite. Logo após a vaca é levada para o pasto-maternidade.
O pasto-maternidade deve ser pequeno, plano, limpo e próximo ao estábulo, para facilitar observações frequentes, alimentação diferenciada e assistência, caso ocorra problemas.
		 Figura 15–Pasto maternidade
				Fonte: Cléber Vioto
Bezerros
Após o nascimento, deve-se observar se não existe algum tipo de membrana atrapalhando a respiração do animal.
Kendrik (1997), diz que assim que a bezerra nasce, é de fundamental importância o contato da vaca com o bezerro, pois isso estimula a produção de calor e os movimentos do bezerro.
			Figura 16–Contato da vaca com o bezerro
				 Fonte: Reh Agro
O colostro é essencial para a imunidade e com efeito laxativo e antitóxico, por ser rico em minerais, proteínas e vitaminas, indispensável para á sobrevivência do bezerro.
O passo seguinte é o corte do umbigo, que deverá ocorrer com uma tesoura desinfetada, após o corte, o umbigo é imerso em uma solução de iodo. Sua cicatrização deve durar por pelo menos três dias.
			 Figura 17-Corte do umbigo
Fonte: Reh Agro
É feito a identificação da cria, que pode ser por tatuagem (figura 18), na parte interna da orelha esquerda. Utilização de brincos plásticos (figura 19), que fica preso á orelha do animal, sendo fácil visualização. Outro método é a marcação a fogo (figura 20), mais usado no Brasil.
					Figura 18-Tatuagem
 					Fonte: Ruralban
				Figura 19- Brincos plásticos
Fonte: Atilatte
 Figura 20- Marcação a fogo
 Fonte: Gerson Sobreira
Segundo Bizinoto (2007), o animal a ser marcados a fogo deve ter mais de 30 dias de idade, pois antes deste período o couro é fino, causando lesões.
Temos também o transponder (figura 21), é uma técnica de marcação moderna, chips a serem implantados em alguma porção do corpo do animal, pode ser acionado á distância, emitindo um sinal eletromagnético.
		 Figura 21- Transponder
Fonte: Certag
No período de aleitamento do bezerro é necessário a descorna (figura 22), ou seja, a retirada dos chifres para evitar que os animais quando adultos machuquem uns aos outros e também ajuda no aumento da docilidade. É queimada a primeira porção do chifre que são facilmente observados.
				Figura 22- Descorna
 Fonte: Carlo H. Funke
Quigley e Martin (1994) constataram que o bezerro que permanecem com as vacas por três primeiros dias de vida adquirem maior imunidade. Mas Quigley (2001), afirma que a melhor forma é retirar o bezerro mais rápido possível da vaca e fornecer o leite em balde ou mamadeira.
Logo após a separação, os bezerros ficam em piquetes (figura 23) individuais.
Vacas Leiteiras
Existem três sistemas básicos de confinamento para as vacas leiteiras: Free Stall, Loose Housed e Tie Stall.
O sistema Free Stall, surgiu na década de 50, nos Estados Unidos. Esse modelo permite que as vacas fiquem soltas dentro de uma área cercada, com camas individuais para descanso. 
Esse tipo de confinamento tornou-se popular no Brasil na década de 80, onde mostraram a viabilidade aos produtores de leite. (CAMARGO, 1991)
As vantagens é que o custo operacional é baixo, fácil mecanização e alta flexibilidade para organizar diferentes manejos de alimentação e de grupos. Entretanto, possui elevado custo de construção e a necessidades de vacas de alta produção.
Os animais no Free Stall permanecem lado a lado, em baias individuais. A orientação do galpão deve ser de leste-oeste. Utilização de ventiladores e sistema para molhar as vacas.
		
 Figura 23–Free Stall
			 Fonte: Primavera Contenções
Outro sistema é o Loose-Housing, onde a diferença é que suas camas são coletivas, feitas de palha de trigo, palha de arroz, areia, esterco e outros materiais.
Próximo ao galpão de repouso tem-se uma estrutura para fornecimento de alimento.
Esse sistema geralmente é combinado com o Free Stall, onde no Loose-Housing ficam as vacas secas e no Free Stall as vacas paridas.
			 Figura 24- Loose-Housing
Fonte: DeLaval
O sistema Tie Stall, as vacas permanecem amarradas no período de confinamento. Bastante utilizado por pequenos produtores e em fazendas de experimentos. Uma grande desvantagem desse sistema é a impossibilidade das vacas movimentarem.
 Figura 25- Tie Stall
			 Fonte: Ck Manufacturing
Nutrição
Os alimentos representam, dependendo do sistema utilizado na produção, entre 40 a 60% dos custos, pode-se dizer que é de máxima importância ao produtor ter conhecimento aos nutrientes necessário, dietas balanceadas e aproveitamentos da região, visando o menor gasto.
Pastagem
É uma das formas mais econômicas. Boas pastagens reduzem o consumo de suplementos.
Para obter um aumento na produção faz necessário a produtividades de forragens de alto valor nutritivo, junto com técnicas de manejo adequadas e fertilização.
Gramíneas do gênero Pennisetum (capim elefante), Panicum (capim colonião) e Brachiaria (em geral), têm sido utilizadas nas várias regiões por produtoras de leite.
O manejo de determinada forrageira deve levar em consideração as características morfológicas e fisiológicas da planta.
Forrageiras de Inverno
Durante o período de inverno, onde inviabiliza o uso de forragem, é necessária a substituição por forragens de invernos que é constituído por gramíneas, leguminosa e outras plantas de clima temperado. 
A região do Sul apresenta condições para a produção desse tipo de forragem.
No Brasil Central, as plantas forrageiras de inverno mais utilizada são as gramíneas: centeio, azevém e as aveias.
Silagem
É o processo de armazenamento de forragens úmidas, sob condições anaeróbicas, com a inclusão de alguns produtos que inibem as mudanças microbianas ou enzimáticas.
A ensilagem é a preservação dos nutrientes da planta forrageira. O milho e o sorgo tem sido as forrageiras tradicionais para ensilagem.
Feno
A utilização de feno na produção brasileira é pouco tradicional, por ser tratar de uma prática cara e dificultosa. 
Diversos fatores podem alterar a qualidade do feno, bem como a fertilidade do solo, o estádio fisiológico da planta, condições climáticas, armazenamento.
Alguns tipos de alimentação:
* Alimentos concentrados:
- Farinhas;
- Farinhas de sangue;
- Farinha de carne e ossos;
- Farinha de carne;
- Farinha de peixe;
*Farelos:
- Milho grão moído (fubá); 
- Farelo de soja;
- Farelo de algodão;
- Farelo de trigo;
- Farelo de arroz integral;
- Farelo de arroz desengordurado;Conclusão
Por meio deste trabalho, ressaltamos a importância de um manejo adequado, uma nutrição balanceada e uma genética correta, para que o aumento na produção seja significativo, bem como também a preocupação com o bem-estar animal. Se o produtor seguir passo a passo a forma correta, obterá um ótimo resultado, além de reduzir gastos com problemas que poderiam surgir quando gerenciado de forma errada. É importante enfatizar esse cuidado, pois se trata de um produto que alimenta a população.
Referencia Bibliográfica
HERMASDORFF, G. E. Zootecnia Especial. Rio de Janeiro. Imprensa Nacional. 1941. Tomo III; Vol. II. 448 p.
ATANASSOF, N. Manual do criador de bovinos, 3ª ed. São Paulo. Edições Melhoramentos. 1943. 792 p.
NEIVA, R. S. Produção de bovinos leiteiros, 2ª ed. Lavras: UFLA. 2000. 514 p.
GONSALVES NETO, J. Manual do produtor de leite, 1ª ed. Viçosa- MG. Aprenda fácil, 2012. 864 p.
KENDRIK, K.M. Neutral control f maternal behaviour and olfactory recognition of offspring. Brain Research Bulletin, v. 44, p. 383-395, 1997.
BIZINOTO, A.L. Cria de bezerros de corte. Série manejo e sanidade. Viçosa-MG, CPT, 212p. 2007. 
QUIGLEY, J.D.; MATIN, K.R. Immunoglobulin concentration, specific gravity, and nitrogen fractions of colostrum from Jersey cattle. Journal of Dairy Science, v. 77, p. 264-269, 1994.
QUIGLEY, J.D. When is the calf ready to wean? Site Calf Notes. Disponível em: < http://www.calfnotes.com>. Acesso em: 26 nov. 2001. 
SILVA, J.C.P.M. da, Manejo de bezerras leiteiras, 1ª ed., Viçosa-MG. Aprenda fácil,158p. 2011.
SILVA, J.C.P.M., Manejo de vacas leiteiras em confinamento, 1ª ed., Viçosa-MG. Aprenda fácil. 154p. 2011.
EMBRAPA.,Embrapa gado de leite, disponível em: <http://www.embrapa.br/gado-de-leite>, acesso: 28/06/2014, ás 17:30.
ITAMBÉ. História do leite, disponível em: 
< http://www.itambe.com.br/pagina/181/diversao-e-cultura---curiosidades.aspx>, acesso: 29/06/2014, ás 20:29.
NESTLÉ. Enciclopédia da nutrição, disponível em: 
<https://www.nestle.com.br/site/cozinha/enciclopedia/ingredientes/leite/introducao.aspx>, acesso: 29/06/2013, ás 20:58.
MEIRELES, A.J. – Leite Paulista – História da Formação de Um Sistema Cooperativista no Brasil, 1983 – HRM Editores Associados.
PEREIRA, José C., Vacas leiteiras: aspectos práticos da alimentação. Editora Aprenda fácil, 200, 198p.

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