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Educação Infantil - fundamentos e ludicidade

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SUMÁRIO
1 3INTRODUÇÃO..........................................................................................................�
42. DESENVOLVIMENTO.............................................................................................�
2.1 Referencial teórico.................................................................................................4
2.2 Descrição de proposta de atividades.....................................................................7 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................10
REFERÊNCIAS..........................................................................................................11
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1 INTRODUÇÃO
Na Educação Infantil, os professores necessitam estar a par do desenvolvimento infantil, conhecendo as perspectivas que mais possam auxiliar nesse processo. A organização do espaço e do tempo é um fator que influencia nas atividades desenvolvidas, de modo que, tudo precisa ser equilibrado: atividades lúdicas, educativas, de higiene, sono, alimentação.
A ludicidade é assunto que tem conquistado espaço no panorama nacional, principalmente na Educação Infantil, por ser o brincar a essência da infância. A palavra lúdico vem do latim ludus e significa brincar. É através de atividades lúdicas, que a criança usa sua criatividade, melhora sua conduta no processo de ensino-aprendizagem e sua autoestima. 
 Atividades que envolvam artes, teatro, música, dança e desenho, são essenciais para que a criança aprenda a explorar o mundo à sua volta, através de distintos materiais, ela aprende a expressar-se, compreendendo a si mesma e aos demais, tendo noção de ser no mundo.
O presente trabalho visa pesquisar e refletir sobre os fundamentos da Educação e a postura lúdica do professor. Não menos importante, a elaboração de atividades ligadas às Linguagens Artísticas (musica, teatro, dança ou artes visuais), tendo por base a Proposta Triangular.
Tratar dos Fundamentos da Educação é tratar de concepções de vida e de sociedade; é conhecer e compreender os alicerces do processo educativo. Para tanto, é necessário refletir sobre questões filosóficas, históricas, sociológicas, econômicas, teóricas e pedagógicas da Educação, com vistas à atuação objetiva na realidade educacional. (Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, 1931).
2 DESENVOLVIMENTO 	
2.1 Referencial Teórico
Fundamentos da Educação Infantil:
Segundo a definição do dicionário, fundamento é o alicerce, é a base que fundamenta uma questão (AURÉLIO ONLINE, 2016). De acordo com o mesmo dicionário, educação refere-se ao conjunto de normas pedagógicas que visam o desenvolvimento geral do corpo e do espirito.
Pode-se entender então que os fundamentos da educação infantil são as bases que deram e ainda hoje dão suporte a pratica diária da educação infantil.
Com base no conhecimento desses fundamentos, é possível saber se posicionar criticamente em meio às transformações que vêm ocorrendo dentro da educação infantil ao longo do tempo, o que também auxiliará a obter conhecimento que viabilizará na compreensão do perfil do professor que atua na educação infantil.
Para tanto é necessário entender a educação infantil a partir dos pressupostos econômicos, políticos e filosóficos da sociedade na qual esta inserida.
	A EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL
	SÉCULO XIX 
	SÉCULO XX 
	Meados do século XIX não existiam instituições no Brasil, como creches e parques infantis.
	Século XX - intensificação da industrialização e centralização nos centros urbanos.
	O período da abolição da escravatura e proclamação da República contribuiu para o desenvolvimento cultural e tecnológico.
	Trabalho feminino nas indústrias, separação dos filhos pequenos e agrave em problemas sociais.
	Iniciativas de proteção à infância, devido ao combate a mortalidade infantil. Criação de asilos e internatos destinados às crianças pobres.
	Empresários investiram em creches para os filhos das empregadas, iniciando um vinculo com benefícios para ambos. Mas sem conotação educativa para as crianças.
	Final do século XIX, a elite da sociedade assimilou os preceitos educacionais do Movimento das Escolas Novas, pela influencia europeia e americana.
	Década de 20 e 30 reivindicações por melhorias de trabalho e condições educacionais para os filhos.
	Em 1862, Emília Erichsen criava o primeiro jardim de infância, em Castro, Paraná.
	Em 1923 a primeira regulamentação sobre o trabalho da mulher, prevendo instalações de creches próximas ao ambiente de trabalho.
	Em 1875 no Rio de Janeiro e 1877 em São Paulo, foram criados os jardins de infância, pelas entidades privadas para os afortunados.
	Em 1932 surgiu o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, defendendo um amplo leque na educação.
	Rui Barbosa, em 1882 apresentou o projeto de reforma da instrução no país.
	Entre 1930 e 1945, durante a era Vargas, foi resguardado os direitos dos trabalhadores pela criação da CLT (1943).
	Em 1885 no Rio de Janeiro ocorreu a Exposição Pedagógica, que foi interpretada pelas elites como prejudiciais, pela ideia de separar os filhos das mães muito cedo.
	Em 1961 foi aprovada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
	
1889  - Proclamação da Republica 
	
Década de 60, instalação de o governo militar, modificando todo o sistema educacional e social.
	1896- Criação do jardim de infância da escola normal Caetano de Campos em São Paulo.
	Em 1971, a nova legislação sobre o ensino 
(Lei 5692), dispôs o seguinte: Os sistemas velarão para que as crianças de idade inferior a 7 anos recebam educação em escolas maternais, jardins de infância ou instituições equivalentes.
	1899 - Fundação do Instituto de Proteção e Assistência a Infância, em 1919, a Fundação do Departamento da Criança, de iniciativa governamental devido a preocupação com a saúde púbica
	Entre 1970 e 1980 foram implantados e debatidos diversos métodos educacionais, inclusive o problema da privação cultural.
	1908 - Investimento em novas escolas infantis, de ensino primário.
	Nas décadas de 80 e 90, em consequência do debate a respeito da importância de fornecer a todas as crianças estímulos cognitiva, começaram a ser apresentados programas de educação pela televisão, como o Rá-Tim-Bum.
	1988 -Constituição Federal – Aborda a cidadania, organização social, distribuição de responsabilidades do setor público, educação, saúde e segurança no âmbito nacional, bem como direitos e deveres do cidadão.
	A partir de 1990, houve investimentos nas áreas educacionais na pré-escola, ensino fundamental e médio.
	Em 1996, s estabeleceu a Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9394/96), ampliando os conceitos da educação e a sua aplicação devida a todos.
	2000 – SENSO: Os censos populacionais constituem a única fonte de informação sobre a situação de vida da população nos municípios e localidades. As realidades locais, rurais ou urbanas, dependem dos censos para serem conhecidas e atualizadas. Os censos produzem informações imprescindíveis para a definição de políticas públicas estaduais e municipais e para a tomada de decisões de investimento, sejam eles provenientes da iniciativa privada ou de qualquer nível de governo.
	2006 -  Lei nº 11.274/2006 - Ens. Fund. 9 anos: amplia o Ensino Fundamental para nove anos de duração, com a matrícula de crianças de seis anos de idade e estabelece prazo de implantação, pelos sistemas, até 2010
	2008 -  Lei nº 11.700/2008 e outras providências: para assegurar vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir dos 4 (quatro) anos de idade.
	Em 2009, ocorreu a aprovação da nova diretriz curricular nacional para a educação infantil (Parecer, CNE/CEB n° 20/09 e resolução CNE/CEB n° 05/09), com propostade promover o desenvolvimento infantil de maneira integral. Crianças de 0 a 5 anos.
	2011 – NOVO PNE:  é composto por 12 artigos e um anexo com 20 metas para a Educação. 
	2013 - Lei 12.796/2013 - Obrigatoriedade da educação Básica de 4 a 17 anos:  dispõe sobre a educação básica, carga horária, avaliação, intervenção do Ministério da Educação, habilitação de profissionais educadores.
A POSTURA LUDICA DO PROFESSOR
	A ludicidade é assunto que tem conquistado espaço no panorama nacional, principalmente na Educação Infantil, por ser o brinquedo a essência da infância e seu uso permitirem um trabalho pedagógico que possibilita a produção do conhecimento. 
O lúdico proporciona alegria nos espaços em que se faz presente, ao mesmo tempo em que possibilita a esperança de liberdade o mundo todo, sugerindo também que há outras possibilidades para a vida humana (ALVES, 1995, p.42).
Por meio do brincar é que a criança vai significar o real, tornar-se sujeito e partícipe. Sendo a presença do professor neste cenário de suma importância, será ele quem vai mediar às relações, favorecer as trocas e parcerias, promover a integração. Planejar e organizar ambientes instigantes para que as brincadeiras aconteçam. Para os professores, o espaço da brincadeira na escola é a garantia de uma possibilidade de educação da criança em uma perspectiva criadora, voluntária e consciente.
A criança brinca para conhecer a si própria e aos outros em suas relações recíprocas, para aprender as normas sociais de comportamento, os hábitos determinados pela cultura, para conhecer os objetivos em seu contexto, ou seja, o uso cultural dos objetos, para desenvolver a linguagem e a narrativa, para trabalhar com o imaginário, para conhecer os eventos e fenômenos que ocorrem a sua volta (KISHIMOTO, 1994, p.19).
Cabe ao professor, estimular brincadeiras, ordenar o espaço interno e externo da escola, facilitar a disposição dos brinquedos, mobiliário, e os demais elementos da sala de aula, não as obrigando a participar daquela brincadeira específica. O professor também pode brincar com as crianças, principalmente se elas o convidarem, solicitando sua participação ou intervenção. Mas deve procurar ter o máximo de cuidado respeitando sua brincadeira e ritmo. O professor poderá, igualmente, organizar atividades que ajudem a criança a descobrir as possibilidades que certos materiais possuem; os jogos de grupo para crianças mais velhas, ou os de construção para as mais novas, desenvolvendo outros níveis de competência, além de permitir verificar o interesse da criança.
As interações que as crianças estabelecem entre si – de cooperação, confrontação, busca de consenso – favorecem a manifestação de saberes já adquirido e a construção de um conhecimento partilhado: símbolos coletivos e soluções comuns. (OLIVEIRA, 2011, p. 146).
2.2 Proposta de atividades Lúdicas
	Para compreendermos melhor a proposta cujo objetivo principal é resgatar o caráter lúdico na educação infantil, devemos proporcionar um espaço brincante com muitos materiais e objetos, os quais devem ser utilizados pelas crianças. 
	A Proposta Triangular de Ana Mae Barbosa é hoje a principal referência do ensino da arte no Brasil. Essa proposta procura englobar vários pontos de ensino/aprendizagem ao mesmo tempo, entre os principais estão: leitura da imagem, objeto ou campo de sentido da arte (análise, interpretação e julgamento), contextualização e prática artística (o fazer).
ATIVIDADE 1
FAIXA ETÁRIA: 3 anos
	A música e as artes visuais são dois meios das crianças entrarem em contato com o que ainda não conhecem. A atividade a ser proposta será de escutar sons, produzidos por batidas em várias partes do próprio corpo e pela manipulação de objetos. Além de ouvir e repetir canções de roda, brincar com a voz, criar sons e confeccionar instrumentos. A música contribui para um desenvolvimento pleno e harmônico, pois incide diretamente na sensibilidade, na expressão e na reflexão. 
	Da mesma maneira a atividade com artes visuais pode ser diversificada, podendo incluir desenhar com giz, lápis, guache e aquarela, fazer escultura e mexer com massinha de modelar. Essas atividades irão possibilitar o contato com novos recursos visuais de forma a ampliar as referencias artísticas dos pequenos, também irão sentir cheiros e texturas diferentes.
ATIVIDADE 2
FAIXA ETÁRIA: 5 anos
	Outra atividade proposta é a brincadeira Caixa de Surpresas. Antes de iniciar o jogo, escreve-se em papéis tarefas engraçadas, os papéis são colocados dentro de uma caixa. As crianças deverão sentar em circulo para que a caixa possa circular de mão em mão, até que pare a música. Quem estiver com a caixa na mão no momento que a música para deverá tirar o papel da caixa e executar a tarefa. Essa brincadeira tem por finalidade estimular a socialização, fazendo com que as crianças percam o medo de se expor ao mesmo tempo em que passam a compreender o significado do trabalho em grupo.
3 CONsiderações finais
A Educação Infantil possui características marcantes de vários séculos de transformações na sociedade, desde valores sociais, institucionais e políticos.
	Educar não se limita a repassar informações ou mostrar apenas um caminho, aquele que o professor considera o mais correto, mas é ajudar a pessoa a tomar consciência de si mesma, dos outros e da sociedade. É oferecer várias ferramentas para que o indivíduo possa escolher aquele que for compatível com seus valores, uma visão de mundo e com as circunstancias adversas que cada um irá encontrar.
Perceber e valorizar a importância do lúdico em sala de aula é fundamental para que esta prática seja cada vez mais comum e presente nas escolas. E o papel principal de implementar e cultivar tal metodologia é dos professores, em seus planejamentos e programas de aula, levando aos alunos uma forma mais leve, divertida e prazerosa de aprender.
O brincar pode ser visto como a base sobre a qual se desenvolvem o espirito construtivo, a imaginação, a faculdade de sistematizar, a capacidade de interagir socialmente, abrindo caminho para o desenvolvimento do trabalho, da ciência e da arte.
A atividade lúdica prepara a alfabetização bem como toda a aprendizagem intelectual ou de relação com o mundo da cultura.
REFERÊNCIAS
BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS NA CRECHE. Disponível em: < >. Acesso em: 21 set. 2016. http://www.plataformadoletramento.org.br/acervo-para-aprofundar/561/conheca-a-publicacao-do-mec-brinquedos-e-brincadeiras-de-creches.html
ORGANIZAÇÃO E METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL. Disponivel em:
<http://interagia.blogspot.com.br/2013/10/organizacao-e-metodologia-da-educacao.html>. Acesso em: 09 out. 2016.
PIETROBON, Sandra Regina Gardacho. Fundamento da educação infantil. Paraná, 2010. Disponível em: <http://repositorio.unicentro.br/bitstream/123456789/101/1/Fundamentos%20da%20Educa%C3%A7%C3%A3o%20Infantil%20-%20Sandra%20Pietrobon.pdf>. Acesso em: 09 out. 2016.
RCNEI – Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998, vol.1; Disponível em:<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf>
Acesso em: 11 set. 2016.
 
REIS, Márcia Cristina dos. Referências NBR 6023 – ago/2002. 3ª ed, Biblioteca CCESA, Programa de Apoio á Normalização de Trabalhos Acadêmicos,2012. Disponível em: < http://www.unoparead.com.br>. Acesso em: 18 out. 2013.
SUZUKI, Juliana Telles Faria et al. Ludicidade e educação. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012.
TRISTÃO, Marly Bernardino. O Lúdico na pratica docente. Porto Alegre: 2010. Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/39549/000825104.pdf>. Acesso em: 10 out. 2016.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
pedagogia
MARISTELA CAVALHEIRO ROLIN
PRISCILA DA ROSA STORCH
EDUCAÇÃO INFANTIL: fundamentos e ludicidadeIjuí
2016
EDUCAÇÃO INFANTIL: fundamentos e ludicidade
Trabalho do Curso de Pedagogia – 3º semestre. Apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina de Produção Textual Interdisciplinar.
Professoras: Tatiane Mota Santos Jardim; Edilaine Vagula; Adriana Haruyoshi Biason; Patrícia Alzira Proscêncio; Luciane Guimarães Batistella Bianchini.
Orientação sobre a construção do trabalho:
Tutor eletrônico: Audrey Maria Muller Trostdorf
Tutor de sala: Daiane da Rosa Pedrazzi
Ijuí
2016

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