Buscar

Pratica V caso 6

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

TRABALHO DA MATÉRIA DE PRÁTICA SIMULADA V 
Elaboração e Postagem no Sia da Peça do Caso Concreto 6 
PROFESSOR: Thiago Novaes Sahib 
ACADÊMICO: Marcos Josué Duarte dos Santos 
RA: 201403471592 PERÍODO: 10º Semestre Noturno 
 
CASO CONCRETO: CESP/Unb - Exame da OAB 2009.2 - PROVA PRÁTICO - 
PROFISSIONAL - ÁREA: DIREITO CONSITUTCIONAL. 
João, nascido e domiciliado em Florianópolis - SC, indignou-se ao saber, em abril de 2009, por 
meio da imprensa, que o senador que merecera seu voto nas últimas eleições havia 
determinado a reforma total de seu gabinete, orçada em mais de R$ 1.000.000,00, a qual seria 
custeada pelo Senado Federal. A referida reforma incluía aquecimento e resfriamento com 
controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico para projeção de filmes 
em DVD, melhorias que João considera suntuosas, incompatíveis com a realidade brasileira. O 
senador declarara, em entrevistas, que os gastos com a reforma seriam necessários para a 
manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. Tendo tomado conhecimento de 
que o processo de licitação já se encerrara e que a obra não havia sido iniciada, João, temendo 
que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da referida reforma, 
dirigiu-se a uma delegacia de polícia civil, onde foi orientado a que procurasse a Polícia Federal. 
Supondo tratar-se de um "jogo de empurra-empurra", João preferiu procurar ajuda de 
profissional da advocacia para aconselhar-se a respeito da providência legal que poderia ser 
tomada no caso. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) constituído(a) 
por João, redija a medida judicial mais apropriada para impedir que a reforma do gabinete do 
referido senador da República onere os cofres públicos. 
 
 
PEÇA CABIVEL – AÇÃO POPULAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA FEDERAL DE FLORIANÓPOLIS DA 
SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINA. 
 
 
JOÃO (SOBRENOME), brasileiro, (estado civil), (profissão), 
portador da cédula de identidade n° (número), inscrito no CPF n° (número), endereço 
eletrônico, residente e domiciliado (endereço Completo), nesta cidade, por seu 
advogado devidamente constituído (NOME COMPLETO E OAB), conforme procuração 
anexa, com endereço profissional (endereço Completo), endereço para onde devem ser 
remetidas notificações e intimações conforme estabelece o art. 106, I, do CPC, vem 
respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro nos termos do art. 5º, LXXIII, da 
CRFB/ 88 e da Lei n. 4.7 17/65, ajuizar a presente: 
 
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR 
 
em face de ato praticado pelo senhor SENADOR DA REPÚBLICA, com domicílio 
profissional no prédio do Senado Federal, na esplanada dos Ministérios, em Brasília, com 
base nas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 
DOS FATOS 
 
João, nascido e domiciliado em Florianópolis – SC, indignou-se 
ao saber, em abril de 2009, por meio da imprensa, que o senador que merecera seu voto 
nas últimas eleições havia determinado a reforma total de seu gabinete, orçada em mais 
de R$ 1.000.000,00 (Hum milhão de reais), a qual seria custeada pelo Senado Federal. 
A referida reforma incluía aquecimento e resfriamento com 
controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico para projeção 
de filmes em DVD, melhorias que João considera suntuosas, incompatíveis com a 
realidade brasileira. 
O senador declarara, em entrevistas, que os gastos com a 
reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo 
que exerce. Tendo tomado conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara 
e que a obra não havia sido iniciada. 
João, temendo que nenhum ente público tomasse qualquer 
atitude para impedir o início da referida reforma, dirigiu-se a uma delegacia de polícia 
civil, onde foi orientado a que procurasse a Polícia Federal. 
Com receio de que nada fosse feito, resolveu procurar um 
advogado para que este lhe informasse as providências cabíveis no caso em questão, e 
por este motivo vem a presença de Vossa Excelência requerer o que é de direito. 
 
DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA 
 
A ação popular é a ação constitucional de natureza civil, 
conferida ato dos os cidadãos para a impugnação e a anulação dos atos administrativos 
comissivos e omissivos que sejam lesivos ao patrimônio público em geral, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, com a imediata 
condenação dos administradores, dos agentes administrativos e, também, dos 
beneficiados pelos atos lesivos ao ressarcimento dos cofres públicos, em prol da pessoa 
jurídica lesada, conforme estabelece o art. 5º, LXXIII, da CRFB/88, onde se lê: 
 
 Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular 
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado partícipe, à 
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e 
do ônus da sucumbência. 
 
Assim, para ser legitimado ativo da ação popular segundo o m 
andamento constitucional do art. 5º, LXXIII, combinado com o art. 1º da Lei n. 4.717/65, 
é necessário ser cidadão na forma do art. 12 da CRFB/88, desde que em pleno gozo dos 
seus direitos políticos, o que o impetrante comprova juntando Título de Eleitor e a 
certidão de regularidade da Justiça Eleitoral, anexos na inicial. 
A exigência de ser cidadão também está expressam ente prevista 
n o art. 1º da Lei n. 4.717/65, abaixo transcrito: 
 
 Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração 
de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos 
Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de 
economia mista, de sociedades mútuas de seguro nas quais a União 
represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais 
autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o 
tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento 
do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio 
da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer 
pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. 
 
Além disso, para a propositura da Ação Popular, há ainda os 
requisitos legais previstos no art. 2º da Lei n. 4. 717/65, onde se lê: 
 
 ‘’Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas n 
o artigo anterior, nos casos de: a) incompetência; b) vício de forma; c) 
ilegalidade do objeto; d) inexistência dos motivos; e) desvio de finalidade.’’ 
 
Cumpre destacar que houve lesão ao patrimônio público, pois foi 
utilizado dinheiro do Senado Federal para beneficiar um agente político em suas 
pretensões pessoais, em termos de melhorias do seu próprio gabinete, o que de forma 
expressa é vedado pela Constituição, nos termos do art. 37, caput, já que a 
administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Esta dos, 
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
Havendo, portanto, expressa violação ao princípio da 
moralidade, uma vez que o dinheiro público e a máquina pública foram gastos para 
atender fins pessoais. 
Também pode ser aplicado ao caso em tela o disposto no art. 4º, 
I, da Lei n. 4.717/65, que estabelece que sejam também nulos os atos ou contratos, 
praticados oucelebrados por quais quer das pessoas ou entidades referidas no art. 1º 
da Lei n. 4.7 17/65, com o por exemplo, a admissão ao serviço público remunerado, com 
desobediência, quanto às condições de habilitação, das normas legais, regulamentares 
ou constantes de instruções gerais. 
 
DA MEDIDA LIMINAR 
Conforme estabelece o art. 5º, § 4º, da Lei n. 4. 717/65, na defesa 
do patrimônio público caberá à suspensão liminar do ato lesivo impugnado. Observa-se 
que, no caso em tela, a situação atenta contra a moralidade administrativa, princípio 
expresso no caput do art. 37 da Constituição Federal, o que demonstra inequivocamente 
o fumus boni iuris. 
Já o periculum in mora faz-se presente, visto que o processo 
licitatório já se encerrou. Em bora as obras ainda não tenham s e iniciado, necessário se 
faz evitar que os gastos sejam efetuados, tendo em vista a enorme dificuldade de 
reembolso ou ressarcimento futuro do Erário por parte do Político. 
Assim, presentes os requisitos do fumus boni iuris e do 
periculum in mora, é cabível e necessária à concessão da liminar. 
 
DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, requer: 
 
1) Oitiva do Ministério Público (Art. 6º, §4º, LAP) 
2) Deferimento da tutela provisória para o propósito da assinatura do contrato (Art. 5º, 
4º LAP + Art. 300 CPC); 
3) Citação do réu para integrar a relação jurídica processual (Art. 6º, §3º LAP); 
4) Seja julgado procedente o pedido para invalidar o ato administrativo impugnado, bem 
como o eventual ressarcimento ao erário por despesas que venham a ser efetuados e já 
tenham sido efetuadas ao longo do processo. 
5) A condenação do réu nos ônus de sucumbência (Art. 12 LAP); 
6) Requerimento de provas (Art. 369 CPC). 
 
DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ R$ 1.000.000,00 
(Hum Milhão de Reais) Art. 292 CPC. 
 
 
Nesses termos, 
P. deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB

Continue navegando