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Unidade II ESTUDOS DISCIPLINARES: “Ô CRIDE, FALA PRA MÃE...” – CENOGRAFIA E ATUAÇÃO TELEVISIVA Prof. Bruno César Retomando a Proposta do ED: cenografia televisiva Área recente que mescla as Artes Plásticas, Cênicas e Arquitetura; Nuances entre teatro, televisão e cinema. Uso da virtualização (chroma-key) e video mapping; Cenário diluído, sem importância ou destaque individual. Junção da imagem com o texto televisivo e seus gêneros. Reside em valorizar o ator, a cena, seus gestos e o texto que conduz tal narrativa (Cardoso, 2008). Fonte: goo.gl/esPtFT Retomando a Proposta do ED: cenário ou cenografia? Fontes: http://goo.gl/HKRvuK; http://goo.gl/c3ZHwG; http://goo.gl/bHDoUg. Padrão Globo de Qualidade: Boni e demais... Como dito anteriormente, o Padrão Globo de Qualidade fez com que muitos profissionais se especializassem em seus standards. Isso fez com que intensificasse o processo de pesquisas e construção de cenografias específicas para TV; Assim, entre as décadas de 1990 e 2000, diversos autores, diretores, câmeras, atores, figurinistas etc. trabalharam em diferentes emissoras. Diretores como Jaime Monjardim, Walter Avancini e Nilton Travassos transitaram pelas extintas TV Manchete e TV Jovem Pan, bem como SBT e Record; Um exemplo seria Pantanal (1990) que fora exibida pela TV Manchete. Ela fez história ao quebrar a hegemonia global e superar a então líder de audiência com cenas de nudez e sexo no horário nobre, com cenas naturais belas. Umberto Eco: paleotelevisão e neotelevisão Escritor, linguista, filósofo e professor universitário, o italiano Umberto Eco define a televisão em duas grandes épocas: paleotelevisão (antes da década de 1980) e neotelevisão (depois da década de 1980); A primeira indica a constituição de práticas que buscavam descrever a potencialidade da televisão, por meio de erros e acertos, sem qualquer técnica previamente definida. Por sua vez, a segunda fase indica o hibridismo de gêneros televisivos, entre eles o infoshow ou infoentertainment; Os programas televisivos se tornam informações, aproximando-se do público espectador. Há uma mistura entre ficção e realidade, como os reality shows ou programas esportivos, possibilitando novos cenários e ângulos. Umberto Eco: paleotelevisão e neotelevisão Fontes: http://goo.gl/877Gyc; http://goo.gl/fILtPn; https://goo.gl/LeQr7P. Programação generalista X emissoras segmentadas A segmentação de canais televisivos é algo que ocorreu desde 1980 nos Estados Unidos. Contudo, isso ocorre apenas em meados de 1990, no Brasil. Um exemplo seria a MTV (Music Television), com expertise em videoclipes; Ao longo do tempo, a MTV (Americana e Brasileira) começou a produzir outros gêneros, como talk shows, gaming e humor. Seus experimentos vão além do que era praticado pelas emissoras brasileiras, causando um choque no universo da cenografia (Cardoso, 2008); Elementos como texturas, cores e formas pouco usadas se destacam. Algumas criações eram baratas, mas que possibilitavam uma aproximação às artes plásticas e suas correntes que formam e deformam materiais. Programação generalista X emissoras segmentadas Marina Person-Meninas Veneno http://goo.gl/0soXuM Cazé Peçanha-Meninas Teleguiado http://goo.gl/3Hs0zX Programação generalista X emissoras segmentadas Assim, as emissoras “generalistas” propõem programas com abordagens distintas, adentrando na “neotelevisão”. Assim, a TV Globo apresenta diversos conteúdos como Você Decide (1992 – Interação via telefone), passando por No Limite (2000 – reality show com ações extremas) e Big Brother Brasil (2002 – reality show com pessoas “comuns” confinadas em um ambiente cenográfico); Outras emissoras também realizaram suas mudanças como Casa dos Artistas (SBT), O Aprendiz (TV Record), CQC e Polícia 24h (TV Bandeirantes) são alguns exemplos da nova fase que a televisão mundial vive, a partir da definição proposta por Umberto Eco. Programação generalista X emissoras segmentadas Esse denso volume de produção televisiva, faz com que, em 1995, a TV Globo construa um espaço destinado para gravações de tais conteúdos. Conhecido como Projac (Projeto Jacarepaguá), o espaço tem 1,3 milhão de metros quadrados, com fábricas de cenários, figurinos, centros de edição, pós-produção etc. É o maior complexo televisivo da América Latina; Já o SBT (ou a “TV do Silvio Santos”) construiu um espaço com finalidades semelhantes, em 1996. Localizado em Osasco (SP), o Centro de Televisão da Anhanguera (ou CDT Anhanguera) é o segundo maior complexo televisivo da América Latina, com 285 mil metros quadrados. Interatividade Das afirmações a seguir, qual delas é incorreta? a) Diretores como Jaime Monjardim, Walter Avancini e Nilton Travassos transitaram por diversas emissoras, além da Globo. b) Pantanal (1990) foi exibida pela TV Record. Ela fez história ao quebrar a hegemonia global e superar a então líder de audiência com cenas de nudez e sexo no horário nobre. c) Nos anos 1990, a MTV tinha expertise em videoclipes. d) O Projac, da Rede Globo, tem 1,3 milhão de metros quadrados e é o maior complexo televisivo da América Latina. e) O CDT Anhanguera, do SBT, é o segundo maior complexo televisivo da América Latina, com 285 mil metros quadrados. Resposta Das afirmações a seguir, qual delas é incorreta? a) Diretores como Jaime Monjardim, Walter Avancini e Nilton Travassos transitaram por diversas emissoras, além da Globo. b) Pantanal (1990) foi exibida pela TV Record. Ela fez história ao quebrar a hegemonia global e superar a então líder de audiência com cenas de nudez e sexo no horário nobre. c) Nos anos 1990, a MTV tinha expertise em videoclipes. d) O Projac, da Rede Globo, tem 1,3 milhão de metros quadrados e é o maior complexo televisivo da América Latina. e) O CDT Anhanguera, do SBT, é o segundo maior complexo televisivo da América Latina, com 285 mil metros quadrados. Cenário corpóreo e virtual Com o aumento do uso de elementos digitais de computação gráfica, é possível notar um fenômeno cada vez mais comum: a pós-produção; Em outras palavras, as imagens vistas nos monitores de TV em casa não são compartilhadas pelas pessoas que estão no local do momento de gravação (Cardoso, 2008); Trata-se agora de um realismo conceitual, construído com modelos que existem na memoria do computador e não no mundo físico. (Machado, 1996, p. 135) Assim, há uma mescla entre barras, tecidos e cenários, com cenário virtual, espaço atuante como ambiente líquido e flexível, como visto anteriormente. Cenário corpóreo e virtual Os cenários virtuais usam chroma-key, empregando cores primárias (RGB: vermelho, verde ou azul) e substituindo o cenário por outras cores ou texturas, no processo de edição; Contudo, o chroma-key é estático e não segue movimentos da câmera. Para isso, a virtualização de cenários auxilia na solução de tal dificuldade. Fonte: http://goo.gl/gLtWxz Cenografia viva e morta Pignatari (1984) defende que tanto no teatro, como no cinema, há cenografias “vivas” e “mortas”. A vivacidade aparece no momento que tal conteúdo é importante para a narrativa; Cardoso (2008) exemplifica tal vivacidade com a estrutura da minissérie Hoje é Dia de Maria (TV Globo, 2005), a qual fora filmada dentro de uma cúpula esférica de 54m de diâmetro por 25m de pé direito, a narrativa utilizou câmeras com mobilidade visual de 360º; Nela, houve a inserção deelementos naturais (plantas, água e fogo), que contrastava com objetos e pinturas ao redor de tal espaço, realizando um processo de interação intensa; Fonte: goo.gl/i7sH3H Fonte: goo.gl/cU8Gyl Cenografia viva e morta: ficção A cenografia viva é fruto tanto da equipe de profissionais envolvidos na construção dos cenários e figurinos, como também dos escritores da narrativa. Um exemplo foi Meu Pedacinho de Chão (TV Globo, 2014), a qual previa um espaço lúdico e contínuo, tanto no texto, quanto no cenário. Tal obra foi escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Luiz Fernando Carvalho; Daniel Filho (diretor de TV e cinema) frequentemente emprega tal recurso em suas obras audiovisuais. Ele defende que isso leva “vida” à narrativa, aproximando-a de certo realismo ou verossimilhança. As cenas se tornam mais complexas, mesclando dados como: cores, profundidade, sons, movimentação dos atores, planos-sequência etc. Cenografia viva e morta: jornalismo Como dito, muitos programas jornalísticos inseriram imagens da redação, ao fundo de seu cenário. A busca pela notícia e conjunto de fatos se revelam em tais construções imagéticas. Contudo, Roda Viva (TV Cultura) faz o percurso contrário; Ignorando a necessidade em representar um cenário “real”, o programa insere seu entrevistado numa arena, obrigando-o a movimentar-se a todo instante. Isso ocorre, pois a pessoa no “centro da roda” sempre é surpreendida por uma pergunta feita na arena; Isso faz com que o programa e seu cenário tenha, ao mesmo tempo, um tom de informalidade, sem direcionamento de câmeras, como também a construção de um discurso sem harmonia e linearidade. Fonte: http://goo.gl/cChiHp Cenografia viva e morta: entrevistas Serginho Groisman é um nome diferenciado na história da televisão brasileira. Boa parte dos seus programas são semelhantes à estrutura de Roda Viva. A diferença reside na cenografia e na abordagem e apresentação de conteúdos; Sua carreira começou com o programa Matéria Prima, entre 1990 e 1991, na TV Cultura. No ano seguinte, foi contratado pelo SBT, apresentando o Programa Livre. Em 2000, criou Altas Horas, exibido pela TV Globo; A estrutura de tais programas reside numa arena irregular, na qual os entrevistados ficam no centro, enquanto que os espectadores estão espalhados na arquibancada e as atrações musicais ou matérias estão entremeados por videowalls, repletos de conteúdos. Fonte: http://goo.gl/9bd9kX Interatividade Das afirmações a seguir, qual delas é incorreta? a) O chroma-key emprega cores primárias (vermelho, verde ou azul) e substitui o cenário por outras cores ou texturas. b) O chroma-key é estático e não segue movimentos da câmera. Para isso, a virtualização de cenários auxilia na solução de tal dificuldade. c) Pignatari (1984) defende que tanto no teatro, como no cinema, há cenografias “vivas” e “mortas”. d) Serginho Groisman começou sua carreira no SBT (1992), no Programa Livre. e) Meu Pedacinho de Chão foi escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Luiz Fernando Carvalho. Resposta Das afirmações a seguir, qual delas é incorreta? a) O chroma-key emprega cores primárias (vermelho, verde ou azul) e substitui o cenário por outras cores ou texturas. b) O chroma-key é estático e não segue movimentos da câmera. Para isso, a virtualização de cenários auxilia na solução de tal dificuldade. c) Pignatari (1984) defende que tanto no teatro, como no cinema, há cenografias “vivas” e “mortas”. d) Serginho Groisman começou sua carreira no SBT (1992), no Programa Livre. e) Meu Pedacinho de Chão foi escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Luiz Fernando Carvalho. Cenografia viva e morta: entrevistas e entretenimento Alguns programas de entretenimento utilizam estrutura semelhante ao Roda Viva e Altas Horas, em formato de arena. Contudo, há a utilização do auditório, algo comum na TV brasileira. Um exemplo seria a cenografia dos programas apresentados por Regina Casé, chamados Muvuca (1998-2000) e Esquenta (2011...); Os dois programas foram concebidos cenograficamente por Gringo Cardia, explorando cores, objetos populares e cênicos, luminosidade em profundidade e diversas texturas; Outro programa que também usou cenografia mesclada foi o programa Metrópolis, da TV Cultura, que exibe peças de arte, como quadros, cenas de filmes, fotografias e animações computadorizadas em seu cenário. Cenografia viva e morta: entrevistas e entretenimento Fontes: http://goo.gl/KPVm35; https://goo.gl/8bWJX2; http://goo.gl/rAcDNd. (Há um easter egg...) O Espaço do cenário na imagem televisiva Cardoso (2008) e Lotman (1998) fazem duas definições: Tipologias cenográficas: agrupamentos de características semelhantes entre cenografias de diferentes programas ou gêneros televisivos Topologias cenográficas: local físico e/ou geográfico para a encenação ou a gravação do conteúdo audiovisual. Tal definição é importante, pois tais categorias permitem refletir a respeito do seguinte questionamento: de que forma as tipologia influenciam a configuração do espaço de encenação? Cenário no espaço/tempo Os programas televisivos são sucessões “ordenadas” de fragmentos de tempo e espaço, os quais não estão ligados à realidade. Isso é fruto das técnicas de edição audiovisuais; Balogh (2002): A narrativa televisiva trabalha com certas dicotomias, para aproximar o espectador de sua estrutura, como interior/exterior, natural/artificial, cidade/campo etc.; Casetti e Chio (1999): A televisão é uma superposição de dois planos de ações: montagem do set de gravação (construção) e gravação e edição dos conteúdos (direção); Eugeni (1999): O cenário se configura a partir de duas perspectivas que seria a sintático-estilística (formas do espaço televisivo) e semântica (significados do espaço televisivo). Cenário no espaço/tempo No caso de Roda Viva, o plano semântico do programa consiste em colocar o entrevistado em confronto, de forma assimétrica e desnivelada com os entrevistadores; Ao mesmo tempo, a estrutura sintática está na profundidade da arena, a qual não permite o entrevistado “fugir da raia”, devido às “cercas onduladas”, obrigando o entrevistado a virar sua cadeira constantemente; Fonte: goo.gl/uqUjWi Cenário no espaço/tempo: sintático-estilístico Eugeni (1999): as diferentes configurações estruturais do espaço televisivo em função da: Topologia do Cenário: espaço central que pode ser único (programas de entrevistas), modular (telenovelas), externo que se conecta a central de conteúdo (telejornal) e externo se conectam a outros espaços (gravações externas); Modalidade de Conexão: inserção ou justaposição de espaços (no cenário interno ou externo); Dinâmica: a transformação do cenário pode acontecer diante da plateia e das câmeras. Cenário no espaço/tempo: sintático-estilístico Eugeni (1999): a definição do estilo do cenário se deve à: Disposição dos elementos arquitetônicos e cenográficos: fundo neutro, desenho, fotografia, logotipo, mobiliário etc.; Escolha das cores: tons quentes e frios, harmonia e contraste, predominância de cores etc.; Aplicação das luzes: disposição, direção, valores cromáticos etc.; Características das superfícies: materiais usados, relação com fontes luminosas, texturas etc.; Fonte: goo.gl/Hy7ngN Cenário no espaço/tempo: semântico Orza (2002) indica três tipos de espaços de representação na televisão, considerandoas relações estabelecidas entre tipologia e topologia: Discurso referencial/espaços reais: telejornalismo, cujo conteúdo tem alto grau de concordância com o campo de referência externo; Discurso ficcional/espaços reais representados: ficção, cuja predominância reside no campo de referência interno; Discurso de hibridação/espaços fingidos: programas que operam entre os limites da realidade e da ficção (reality shows e suas estruturas de sentidos). Cenário como fundo Cardoso (2008): O cenário é importante, pois envolve informações implícitas em sua estrutura. Contudo, ele não pode ser a principal atração televisiva; Como dito, o cenário deve ser pensado primordialmente em valorizar gestos, movimentos e a fala do profissional que está no vídeo. Em seguida, transformar-se num elemento comunicacional, assumindo o fundo de cena; Os planos e cortes de câmera podem valorizar ou reduzir o papel do cenários. Isso faz com que haja a necessidade em reconhecer os tipos de enquadramento, para poder notar a (in)significância que um cenário pode ter. Interatividade Das afirmativas a seguir, qual delas é incorreta: a) “Roda Viva” e “Altas Horas” são em formato de arena. b) O cenário é importante, pois envolve informações implícitas em sua estrutura. Assim, ele é a principal atração televisiva. c) Em Roda Viva, o plano semântico do programa consiste em colocar o entrevistado em confronto, de forma assimétrica e desnivelada com os entrevistadores. d) “Muvuca” e “Esquenta” foram concebidos cenograficamente por Gringo Cardia. e) Topologias cenográficas consistem no local físico para a encenação ou a gravação do conteúdo audiovisual. Resposta Das afirmativas a seguir, qual delas é incorreta: a) “Roda Viva” e “Altas Horas” são em formato de arena. b) O cenário é importante, pois envolve informações implícitas em sua estrutura. Assim, ele é a principal atração televisiva. c) Em Roda Viva, o plano semântico do programa consiste em colocar o entrevistado em confronto, de forma assimétrica e desnivelada com os entrevistadores. d) “Muvuca” e “Esquenta” foram concebidos cenograficamente por Gringo Cardia. e) Topologias cenográficas consistem no local físico para a encenação ou a gravação do conteúdo audiovisual. Cenário como fundo O cenário é importante, sem ser o elemento principal. Ele se relaciona com outros signos visuais (figurinos, adereços, atores, iluminação etc.) e sonoros (musicas, trilhas, efeitos, falas etc.). Há uma organização hierárquica e sígnica; Atenção: a imagem televisual é composta por um conjunto de quadros (frames) que forma uma cena. Com ângulos distintos (planos) é possível construir diversos significados; Os planos mais “praticados” no mercado brasileiro seriam: Grande Plano Geral (GPG), Plano Geral (PG), Plano Conjunto (PC), Plano Médio (PM), Primeiro Plano (PP), Primeiríssimo Plano (PPP), Plano Americano (PA), Plano Conjunto (PC) e Plano de Detalhe (PD). Cenário como fundo: gestalt Dondi (2003: 18): A sintaxe visual existe. Há linhas gerais para a criação de composições. Há elementos básicos que podem ser aprendidos e compreendidos por todos os estudiosos dos meios de comunicação visual, sejam eles artistas ou não, e que podem ser usados, em conjunto com técnicas manipulativas, para a criação de mensagens visuais claras. Gomes Filho (2000: 19): [A gestalt sinaliza que o que] acontece no cérebro não é idêntico ao que acontece na retina [...]. Não vemos partes isoladas, mas relações. Isto é, uma parte na dependência de outra parte. Para a nossa percepção, que é resultado de uma sensação global, as partes são inseparáveis do todo e são outra coisa que não elas mesmas, fora desse todo. Fonte: Eurovision – Viena’ 15 goo.gl/64Kmwf Fonte: Eurovision – Viena’ 15 goo.gl/EiORWb Cenário como fundo: gestalt Gestalt seria a pregnância da forma, segregação e unidade, semelhança e proximidade, nivelamento e aguçamento, figura e fundo, dentre outros; Arnheim (2005): A imagem televisiva é bidimensional, ou seja, apresenta-se na forma “figura-fundo”. A primeira citação é finita, enquanto que o segundo é ilimitado; São topologias horizontais que podem ganhar destaque, seja invertendo a relação “figura-fundo”, como complementando tais elementos; Dondi (2003:47): tudo aquilo que vemos tem a qualidade gramatical de ser a afirmação principal ou modificador principal. Elementos de configuração do cenário A cenografia televisiva utiliza a base estrutural do teatro, a qual consiste não apenas nos elementos gráficos, mas sim no diálogo direto do texto (linha condutora) do programa; Cyro del Nero (2006: 10): “O cenógrafo deve saber do texto, do que será encenado, dos conflitos entre homens e deuses e não apenas dar conta dos espaços. A cenografia, assim, remete ao mais amplo, a uma constante busca de maior entendimento e interpretação, pois representa uma ligação com o mundo”. Embora a televisão seja bidimensional, há a necessidade em conhecer elementos tridimensionais, como elaboração de plantas, perspectiva, elevações, além das texturas, resistências, efeitos etc. Elementos de configuração do cenário A maquete indica os elementos funcionais de construção, com dados que auxiliam as equipes de arquitetura e engenharia. As plantas baixas devem ser ricas e detalhadas; Embora estejamos em tempos de virtualização, é importante saber os materiais para confecção de peças (madeira, ferro, tecido, fibra), bem como o conjunto de luzes e movimentos que podem interferir no conteúdo exibido; As dificuldades e limitações financeiras exigem mais atenção e criatividade. Isso faz com que a cenografia teatral, os recursos de carnaval e certos programas televisivos sejam os mais inovadores. Elementos de configuração do cenário Mesmo ocorrendo em ambientes fechados, determinados cenários precisam levam em conta seu gênero. Um exemplo seria o de programas de auditório, cuja estrutura precisa contemplar tanto as imagens captadas pelas câmeras, como também as pessoas que estão presentes. Ou seja: é necessário fazer um levantamento planimétrico; Isso é importante para a montagem dos urdimentos, os quais poderão ser deslocados ao longo das cenas, movimentação dos elementos cenográficos e das pessoas transitando no programa televisivo; No caso do programa de auditório, deve ser levado em conta o tipo de auditório (palco italiano, semiarena, arena etc.), para poder “encaixar” a equipe e equipamentos televisivos. Elementos de configuração do cenário Fonte: goo.gl/Mzk2rL Elementos de configuração do cenário Para isso, há a necessidade de caixa cênica, que pode ser fragmentada pelo cenário, de acordo com os elementos técnicos que podem ser colocados ou retirados de cena; Já o urdimento e suas ferramentas formam a maquinaria, que possibilita o uso de varas (sistema de iluminação, conhecido como gambiarras), além da rotunda (cortina ou elemento que fecha um cenário) ou ciclorama (fundo do cenário, que é alternado), indicando o grau de profundidade; Tais descrições podem ser aplicadas em quaisquer tipo de programas, de acordo com o tipo de movimentação de pessoas em sua estrutura, bem como o gênero abordado. A variação dos itens acima dependerá também da profundidade do ambiente. Fontes: goo.gl/QxlTc1 goo.gl/8NFuQu goo.gl/IEQNHB Interatividade Das afirmativas a seguir, qual delas é incorreta: a) A maquinaria possibilita o uso de varas, movimentação da rotunda ou do ciclorama. b) A maquete indica os elementos funcionais de construção, para auxiliar as equipes de arquitetura e engenharia.c) A cenografia televisiva utiliza a base estrutural do teatro, tanto os elementos gráficos, como o dialogo direto do texto (linha condutora) do programa/apresentação. d) A imagem televisual é composta por um conjunto de quadros (frames) que forma uma cena. e) O cenário é importante, devendo ser exclusivamente o elemento principal. Resposta Das afirmativas a seguir, qual delas é incorreta: a) A maquinaria possibilita o uso de varas, movimentação da rotunda ou do ciclorama. b) A maquete indica os elementos funcionais de construção, para auxiliar as equipes de arquitetura e engenharia. c) A cenografia televisiva utiliza a base estrutural do teatro, tanto os elementos gráficos, como o dialogo direto do texto (linha condutora) do programa/apresentação. d) A imagem televisual é composta por um conjunto de quadros (frames) que forma uma cena. e) O cenário é importante, devendo ser exclusivamente o elemento principal. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Retomando a Proposta do ED: cenografia televisiva Retomando a Proposta do ED: cenário ou cenografia? Padrão Globo de Qualidade: Boni e demais... Umberto Eco: paleotelevisão e neotelevisão Umberto Eco: paleotelevisão e neotelevisão Programação generalista X emissoras segmentadas Programação generalista X emissoras segmentadas Programação generalista X emissoras segmentadas Programação generalista X emissoras segmentadas Interatividade Resposta Cenário corpóreo e virtual Cenário corpóreo e virtual Cenografia viva e morta Slide Number 16 Slide Number 17 Cenografia viva e morta: ficção Cenografia viva e morta: jornalismo Slide Number 20 Cenografia viva e morta: entrevistas Slide Number 22 Interatividade Resposta Cenografia viva e morta: entrevistas e entretenimento Cenografia viva e morta: entrevistas e entretenimento O Espaço do cenário na imagem televisiva Cenário no espaço/tempo Cenário no espaço/tempo Cenário no espaço/tempo: sintático-estilístico Cenário no espaço/tempo: sintático-estilístico Cenário no espaço/tempo: semântico Cenário como fundo Interatividade Resposta Cenário como fundo Cenário como fundo: gestalt Slide Number 38 Slide Number 39 Cenário como fundo: gestalt Elementos de configuração do cenário Elementos de configuração do cenário Elementos de configuração do cenário Elementos de configuração do cenário Elementos de configuração do cenário Slide Number 46 Interatividade Resposta Slide Number 49