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Abril - 2015 Bacharelado – Farmácia – FACESA Mestrado – Farmacologia Molecular – UNB cursando... Título de Especialista em Farmacologia Clínica – UNB Título de Especialista em Gestão em Assistência Farmacêutica - UFSC Título de Especialista em Docência do Ensino Superior – FACESA Farmacêutico Resp. – Assistência Farmacêutica – Valparaiso de Goiás Professor de pós-graduação Lato sensu em Psicofarmacoterapia do instituto kalili, desde 2013. Professor de pós-graduação Lato sensu em Psicofarmacoterapia do ETIKOS, desde 2012. Professor de Deontologia e Administração Farmacêutica da FACESA, Desde de 2012 Professor de Farmacologia Clínica e Prescrição Farmacêutica do ICTQ, desde de 2012 Clezio Rodrigues C. Abreu Crf-Go 9099 Participantes •Prescrição Farmacêutica e Farmácia Clínica; •Farmácia Hospitalar •Farmácia clínica e atenção farmacêutica OBJETIVO CONHECIMENTO SOBRE A FARMACOLOGIA CLÍNICA E EPIDEMIOLOGIA Câncer Conceito “São neoformações teciduais de células, de crescimento autônomo, aparentemente sem utilidade para o organismo, à custa do qual se nutre. O crescimento é ilimitado nas neoplasias malignas (ou cânceres), mas não o é em todos os benignos.” GUIMARÃES, 2002. Neoplasias Neoplasias Dados Epidemiológicos BRASIL, 2014 Estados Unidos Cancer Statistics 2014 Cancer Statistics 2014 Estados Unidos A Presentation from the American Cancer Society ©2014, American Cancer Society, Inc. Tendências da Mortalidade por Câncer * por Sexo em 2014 Mortalidade por Câncer nos US em 2014 Casos de Infância e do Adolescente estimado * Cânceres, US, 2014 No Brasil, a estimativa para o ano de 2014, que será válida também para o ano de 2015, aponta para a ocorrência de aproximadamente 576 mil casos novos de câncer, incluindo os casos de pele não melanoma, reforçando a magnitude do problema do câncer no país. O câncer de pele do tipo não melanoma (182 mil casos novos) será o mais incidente na população brasileira, seguido pelos tumores de próstata (69 mil), mama feminina (57 mil), cólon e reto (33 mil), pulmão (27 mil), estômago (20 mil) e colo do útero (15 mil). Problema de saúde pública e prioridade de governo; Gestão compartilhada do problema: a Rede de Atenção Oncológica; Criação de redes multisetoriais e multidisciplinares; Investimento em Redes de Conhecimento, Pesquisa e Ensino; Desenvolvimento, incorporação e transferência de tecnologias; Observatório de informação em câncer; Cooperação Internacional. MAGNITUDE DO PROBLEMA VISÃO DO PRESENTE DESAFIOS Política Nacional de Atenção Oncológica • Instituir Redes Estaduais / Regionais de Atenção Oncológica; • Definir critérios técnicos para avaliação dos serviços públicos e privados; • Fomentar, coordenar e executar projetos estratégicos de incorporação tecnológica; • Incentivar a pesquisa aplicada aos serviços; • Implementar o Programa Nacional de Controle do Tabagismo; • Implementar o Plano de Ação para Controle dos Cânceres do Colo do Útero e da Mama. Pacto pela Vida • Atingir a cobertura de 80% para o exame preventivo do câncer do colo de útero; • Ampliar para 60% a cobertura da mamografia; • Realizar punção biópsia em 100% dos casos necessários. DESAFIOS • Determinados por comitês internacionais • No Brasil, são recomendados por portarias ministeriais do Min. Saúde • Baseados em ensaios clínicos (em geral, mais de um, com grande número de pacientes) • Em geral, combinam vários tipos de drogas • A escolha é feita pelo oncologista, de acordo com o perfil do paciente e do tumor Protocolos de tratamento quimioterápico do câncer Carcinogênese ou oncogênese são termos que designam o processo de desenvolvimento de uma neoplasia, desde as alterações mais precoces no DNA, que supostamente ocorrem em uma só célula ou em um pequeno grupo delas, até a formação de um tumor que pode destruir o organismo hospedeiro. Carcinogênese - A divisão celular, é controlada por fatores reguladores (manutenção da homeostase) - Há circunstâncias especiais: controle falha e as células passam a se dividir de forma autônoma - Capacidade de escape aos controles = transmite a toda a progênie da célula, e com certa frequência se acentua à medida que aumenta o número de gerações Carcinogênese Genes reguladores normais Auxiliar o estímulo da proliferação controle positivo) celular (genes de Inibir o estímulo da proliferação celular (genes de controle negativo – supressores) Carcinogênese Duas rotas mutacionais pelas quais a proliferação celular se tornar descontrolada Gene estimulador poderia estar hiperativo Gene inibidor poderia estar inativo Carcinogênese Carcinogênese Iniciação Promoção Progressão Etapas do processo Etapas da Carcinogênese* Re exposição aos Exposição aos carcinogênicos + agentes carcinógenos + Mutações definitivas + Crescimento Invasão Metástase Primeiras alterações celulares (Temporárias) Definição características específicas Ações combativas imunes PROGRESSÃO PROMOÇÃO INICIAÇÃO* Etapas da Carcinogênese* Oncogênese Existem 4 categorias de oncogenes: Fator de crescimento Receptor de fator de crescimento Proteínas envolvidas na transdução de sinais Proteínas reguladoras nucleares Oncogênese Oncogênese Oncogênese Oncogênese Anti-oncogene p53 gene supressor de tumor mais comumente relacionado aos cânceres humanos. Alterações encontradas ≈ 70% dos cânceres de cólon, 30 a 50% dos cânceres de mama e em 50% dos cânceres de pulmão. Mutação no p53 tem sido encontrada em leucemias, linfomas, sarcomas. Anti-oncogene Agentes Lesivos Endógenos X Exógenos • Fatores genéticos • Fatores Imunológicos • Fatores Psicológicos Estímulos Endógenos • Fatores Químicos • Fatores Físicos • Fatores Microbiológicos • Fatores Nutricionais Exógenos Estímulos Patológicos Severos Adaptação Celular • Principais formas de adaptação ***Obs. Adaptação não é lesão! • Aplasia • Agenesia • Atrofia • Displasia • Hiperplasia • Hipertrofia • Metaplasia O Instituto Nacional de Câncer, (INCA) vem desde 1937 trabalhando no cuidado ao paciente oncológico e em programas para a prevenção e combate ao câncer. Porém, somente em 1996 os farmacêuticos passaram a ter seu papel nessa luta reconhecido, com a promulgação, pelo Conselho Federal de Farmácia, da Resolução 288/96. Até então, somente dez farmacêuticos atuavam em oncologia em todo país. Atenção Farmacêutica em Oncologia Instituto Nacional de Câncer, (INCA) A ORIENTAÇÃO DOS PACIENTES DEVE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO: Atenção Farmacêutica em Oncologia Princípios de Quimioterapia Conceito de câncer - proliferação sem controle. Destruir as células neoplásicas Diferenciar entre as células normais e neoplásicas Ação específica contra células malignas: Citostática citotóxica OBJETIVO DO TTO.QUIMIOTERÁPICO Como destruir a célula tumoral? Para se tratar um paciente comquimioterapia é necessário conhecer... BIOLOGIA TUMORAL CINÉTICA CELULAR FARMACOLOGIA DAS DROGAS MECANISMOS DE RESISTÊNCIA ÀS DROGAS PELOS DIFERENTES TIPOS CELULARES CÉLULAS • DIFERENCIADAS QUE NÃO SE DIVIDEM CÉLULAS EM PROLIFERAÇÃO CONTÍNUA CÉLULAS MORRENDO POPULAÇÕES CELULARES DISTINTAS BIOLOGIA TUMORAL TEMPO DO CICLO CELULAR (duplicação tumoral) – a célula tumoral se multiplica numa velocidade maior que a célula normal ? FRAÇÃO DE CRESCIMENTO – é influenciada pelo tamanho do tumor ? número de células em replicação = n/2 Nº TOTAL DE CÉLULAS NA POPULAÇÃO TAXA DE MORTALIDADE INTRÍNSICA CINÉTICA CELULAR CICLO CÉLULAR Drogas fase inespecífica curva dose resposta linear Drogas fase específica do ciclo celular FARMACOLOGIA DAS DROGAS Barreiras anatômicas e farmacológicas Aumento da inativação ou redução da ativação da droga pelos tecidos normais – Expressão de GEN (MDR-1) MECANISMOS DE RESISTÊNCIA Proteína transmembrana de 170-Kd Como são realizados os estudos clínicos? Como são realizados os estudos clínicos? Drogas ativas como agente único Diferentes mecanismos de ação Diferente toxicidade dose limitante Devem ser usadas na melhor dose e esquema Usadas no menor intervalo possível Possuir diferentes padrões de resistência SELEÇÃO DE DROGAS PARA COMBINAÇÃO CLASSIFICAÇÕES DOS QUIMIOTERÁPICOS AGENTESALQUILANTESE SUBSTÂNCIAS RELACIONADAS AGENTES ANTIMETABÓLITOS Os antimetabólitos bloqueiam ou subvertem as vias da síntese do DNA. Antagonistas da folato. O metotrexato inibe a di-Iridrofolato redutase evitando a geração de tetra-hidrofolato que interfere na síntese de timidilato.. AGENTES ANTIMETABÓLITOS Histórico • A exposição de marinheiros às mostardas gasosas na 2ª Guerra resultou em hipoplasia medular e linfóide. • 1943 – Foi utilizado pela primeira vez no Yale Cancer Center uma mostarda nitrogenada para curar um neoplasma hematológico. Alcaloides da Vinca Alcaloides da Vinca Hormônios Mecanismo de Ação Introdução: Resposta imunológica contra tumores arsenal terapêutico há mais de cem anos William Coley Extratos de bactérias em tumores. Imunoterapia Princípios de Imunoterapia Células do Sistema Imunológico Qual o princípio teórico da imunoterapia? Estimulação do sistema imunológico para destruição de células tumorais Como são classificadas estas estimulações? - Ativa ( dependente do paciente) - Adotiva ( independente do paciente). Princípios de Imunoterapia Elas têm a função de "apresentar" ao sistema imune qualquer substância que precise ser conhecida e são, portanto, fundamentais para o tratamento de neoplasias Princípios de Imunoterapia Anticorpos Monoclonais: Anticorpos direcionados contra – antígenos tumorais – solúveis ou não. Princípios de Imunoterapia Princípios de Imunoterapia O mecanismo de ação Muitos tumores expressam receptores de fator de crescimento como EGFR, o proto-oncogene HER2 ou VEGFR. Os monoclonais terapêuticos podem prevenir esse fenômeno através da interação direta com o próprio receptor (p. ex., trastuzumabe, o etuximabe) ou com o ligante (p. ex., bevacizumabe) Princípios de Imunoterapia Atenção Farmacêutica nos Cuidados Paliativos Atenção Farmacêutica nos Cuidados Paliativos De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cuidados paliativos consistem na “assistência ativa e integral a pacientes cuja doença não responde mais ao tratamento curativo, tendo como principal objetivo a garantia da melhor qualidade de vida tanto para o paciente como para seus respectivos familiares. A medicina paliativa atua no controle da dor e visa promover alívio nos demais sintomas que os pacientes possam desenvolver”. Oncologia Básica 1ª Ed 2012 Efeitos colaterais TOXICIDADE Medula Óssea Intestino Delgado Morte Celular Composição Quimíca da Droga Efeitos colaterais Os pacientes com câncer necessitam, em todos os estágios da doença, ter a sua dor aliviada. A dor ocorre em cerca de um terço dos pacientes sob quimioterapia ao passo que dos pacientes com doença avançada, mais de dois terços sentem dor e o seu combate, bem como de outros sintomas passa a ser o principal objetivo do tratamento. Classificação De acordo com seu mecanismo fisiopatológico e características individuais, as dores oncológicas podem ser classificadas em diversos tipos, sendo os principais citados abaixo: Dor nociceptiva Dor neuropática Dor simpaticomimética Dor Aguda Dor Crônica Efeitos colaterais Dor Princípios gerais de controle da dor Os princípios do controle da dor em pacientes com câncer têm sido sumariados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) por meio de um método eficaz, podendo-se aliviar a dor do câncer em 80% dos casos. Este método pode ser resumido em seis princípios: Pela boca: a via oral é a via de escolha para a administração de medicação analgésica (e outras), sempre que possível. Pelo relógio: medicação analgésica para dor de moderada a alta intensidade deve ser administrada em intervalos de tempo fixos. Pela Escada: o uso planejado dos medicamentos está esquematizado na Figura 1. Efeitos colaterais Efeitos colaterais Este termo representa a ocorrência de evacuação em intervalo maior que 3 dias, ou menos frequente que o habitual para o paciente. A constipação é um sintoma muito debilitante e encontra-se presente em aproximadamente 40% dos casos de câncer avançado, sendo prevalente em 90% dos pacientes que fazem uso de opióides. CONSTIPAÇÃO INTESTINAL - laxativos - priorizar quando em uso de opióides; - óleo mineral 20 a 40ml 1 a 3x dia; - supositório de glicerina 2/2 dias Medicação Efeitos colaterais Sintoma muito comum em pacientes com câncer. Pode mimetizar outras doenças. Deve ser tratado mesmo em fase avançada da doença se houver perspectiva de melhora da qualidade de vida do paciente. Fatores de risco: câncer avançado; dor; história prévia de depressão ou alcoolismo; uso de corticóides, bloqueadores H2, benzodiazepínico, neurolépticos, levodopa, desordens endócrinas, doenças neurológicas como AVE e Parkinson; deficiência nutricional (folato, B12). Medicação tricíclicos (podem causar boca seca, constipação intestinal, retenção urinária, hipotensão postural, sedação, taquicardia, dentre outros) - amitriptilina 75 a 150mg / dia em 3 tomadas Depressão Efeitos colaterais DISTÚRBIO DO SONO É comum a inversão do ciclo sono-vigília. A insônia ocorre em 29% a 59% dos pacientes com câncer avançado. Rever causa base (dor, náusea, dispnéia, medo ou ansiedade, medicação - corticóide, teofilina, diuréticos, propranolol e metildopa, sedação diurna uso de álcool, cafeína e cigarro). Tratamento · Benzodiazepínico 10mg; · Associar opióide noturno se com dor; · Associar antidepressivo se com dor (amitriptilina 25mg 2h antes de deitar); · Haldol 0,5 a 2mg a noite se com delírio. Obs.: se usar corticóide ou diurético, fazer dose única pela manhã Efeitos colaterais QUIMIOTERÁPICO Náuseas Vômitos RADICAIS LIVRES CÉLULAS ENTEROCROMAFINS- TGI NEUROTRANSMISSORES Efeitos colaterais ZQR CVSistema nervoso central Efeitos colaterais Fonte: Educational Book ASCO-2004; 573-578. SEROTONINA NEUROCININA • Núcleo do Nervo Vago • Zona Quimioreceptora • Núcleo do Trato Solitário • Centro do Vômito NÁUSEA E VÔMITOS Ocorrem em 60% dos pacientes com câncer avançado. Particularmente prevalecente em tumor de mama, estômago ou tumores ginecológicos. Sessenta por cento dos pacientes recebendo opióides, especialmente no início da terapêutica apresentam esses sintomas que desaparecem em poucos dias Tratamento · 1º metoclopramida 10 a 20mg 3 a 4x dia IV ou SC - acelerar o esvaziamento gástrico; · 2º haldol 0,5 a 2mg 4x dia IM ou 5 a 15 mg/dia SC - casos com uremia e hipercalcemia; · 3º prometazina 25mg 2 a 3x dia - ação central e de receptores colinérgicos periféricos; · 4º dexametasona 4mg/dia. Caso com hipertensão intracraniana - 16 a 36 mg /dia; · 5º ondansetron 8mg IV ou VO 2 a 3x dia principalmente após radioterapia. Efeitos colaterais Inibição da divisão das células do bulbo capilar Alopécia 4 semanas após a administracão do quimioterápico REVERSÍVEL Efeitos colaterais Inibição da divisão das células da camada basal das mucosas Mucosite Germes oportunista Infecção Efeitos colaterais leucopenia 14 dias 21 dias recuperação QT 7 dias Depressão da medula Óssea Efeitos colaterais BIBLIOGRAFIA UpToDate [Database on the Internet]. Walthan; 2009. Available from:http://www.uptodate.com. Basic and clinical pharmacology. 11th ed. San Francisco: McGraw-Hill; 2009. Formulário Terapêutico Nacional. Brasília: MS; 2010. Basic and clinical pharmacology. 11th ed. San Francisco: McGraw-Hill; 2009. Katzung: Farmacologia Básica e Clínica. Ed. GuanabaraKoogan, ed 2005 Penildon, S: Farmacologia, 6a Edição, Ed. Guanabara Koogan, 2006 Goodman & Gilman. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. , Ed. Guanabara Koogan , 10a Edição Mc Graw-Hill (2003) ou 11a edição, 2005 WILLIAMS, D.A., LEMKE, T.L. Foye’s Principles of Medicinal Chemistry, 5th ed. Lippincott Williams & Wilkins, 2002. PATRICK, G. L. An introduction to medicinal chemistry, Oxford University Press, 2001. BARREIRO, E. J., FRAGA, C. A. M. Química medicinal: As bases moleculares da ação dos fármacos, Artmed Editora, 2001. THOMAS, G. Química Medicinal – Uma Introdução, Editora Guanabara-Koogan, 2003.
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