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Visita Domiciliar e Comunicação em saúde Passei Direto

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VISITA DOMICILIAR 
É um dos mais importantes instrumentos da prática de Medicina de Famíia, é 
considerada como instrumento de compreensão do “viver em família. Ajuda a conhecer 
o contexto de vida dos usuários, suas reais condições de habitação e identificar também 
as relações familiares. 
Os benefícios da VD à Equipe de Saúde da Família são: 
 Conhecer os domicílios, suas características ambientais, socioeconômicas e 
culturais; 
 Verificar a estrutura e a dinâmica familiares; 
 Prestar assistência domiciliar aos pacientes acamados e em outras situações 
especiais 
 Atuar no controle e prevenção de doenças e agravos transmissíveis e não 
transmissíveis 
 Estimular a adesão aos tratamentos medicamentosos e não medicamentos 
propostos 
 Propiciar ao indivíduo e à família uma participação ativa em seu processo saúde-
doença 
 Estimular a autonomia do indivíduo e da família na prática do autocuidado em 
seu domícilio. 
Tipos de Visitas Domiciliar 
Segundo Coelho (2002), há duas formas de visita: 
 A visita domiciliar fim - tem objetivos específicos a atuação 
 A visita domiciliar meio, na qual realiza-se a busca ativa, promoção e prevenção 
da saúde. 
 
IMPORTÂNCIA DA VD = Quadro individual + Risco Familiar + Risco Social + Efetividade da VD 
 População de cobertura + Condições de Acesso + Tempo disponível 
A portaria n° 825 de abril de 2016 redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema 
Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas: 
I. Atenção Domiciliar (AD): modalidade de atenção à saúde integrada às Redes de 
Atenção à Saúde (RAS), caracterizada por um conjunto de ações de prevenção e 
tratamento de doenças, reabilitação, paliação e promoção à saúde, prestadas em 
domicílio. 
II. Serviço de Atenção Domiciliar (SAD): serviço complementar aos cuidados 
realizados na atenção básica e em serviços de urgência, substitutivo ou 
complementar à internação hospitalar, responsável pelo gerenciamento e 
operacionalização das Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar 
(EMAD) e Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP) 
A Atenção Domiciliar (AD) está organizada em três modalidades: 
AD 1 que é de responsabilidade das equipes de Atenção Básica, por meio de VD 
regulares, no mínimo, uma vez por mês. As eAB que executarem AD1 serão apoiadas 
pelo NASF e ambulatórios de especialidades e de reabilitação. 
A AD 2 e a AD 3 abrangem usuários com problemas de saúde + dificuldade ou 
impossibilidade física de locomoção até uma UBS com maior frequência de cuidado, 
recursos de saúde e acompanhamento contínuo, porém apenas a AD 3 tem o uso de 
equipamentos e a frequência do cuidado consegue ser ainda maior do que em AD 2. 
AD 2 e AD 3 são de responsabilidade do SAD, já AD 1 é de responsabilidade da 
Atenção Básica. 
O SAD tem como objetivos: 
a. Reduzir a demanda por atendimento hospitalar 
b. Reduzir o período de permanência de usuários internados 
c. Humanizar a atenção à saúde, ampliando a autonomia dos usuários 
d. A desinstitucionalização e a otimização dos recursos financeiros e estruturais da 
RAS. 
Assistência Domiciliar ≠ Internação Domiciliar 
I. Conjunto de atividades de caráter ambulatorial, programadas e continuadas 
desenvolvidas em domicílio. 
II. Conjunto de atividades prestadas no domicílio, caracterizadas pela atenção em 
tempo integral ao paciente com quadro clínico mais complexo e com 
necessidade de tecnologia especializada. 
Dados da Ficha A do SIAB/ E-SUS 
 Identifica maiores informações sobre o domicílio 
 O número de famílias na residência 
 Presença de animais em domicílio 
 Fim do código especifico de algumas doenças (DIA-Diabetes, DEF- 
Deficiencia) 
 O ACS pode identificar gestação e deficiência sem comprovação prévia da 
família 
 Questionário auto referido de condições e situação de saúde 
 
 
Escala de Coelho e Savassi 
 
 
Como realizar a visita domiciliar? 
A visita domiciliar reúne pelo menos três tecnologias leves a serem desenvolvidas 
 Observação: indica a atenção aos detalhes dos fatos e relatos apresentados 
durante a visita, permitindo perceber o solo e o território do processo que a 
família vive. (Contexto social, econômico, cultural da família; condições de 
moradia e saneamento, a relação entre os familiares; a relação entre família e 
profissional de saúde, acessibilidade à USF; situações de vulnerabilidade; 
fatores de risco à saúde) 
 Entrevista: implica o diálogo com a sua devida finalidade e não apenas uma 
conversa empírica, possibilitando diagnosticar as condições epidemiológicas e 
sanitárias em que vive a família. (Número de pessoas; gênero, idade; existência 
de crianças, idosos e gestantes; situação do cartão de vacinação; abastecimento 
de água; coleta de lixo; patologias) 
 Relato oral ou história: espaço onde as pessoas revelam como dão sentido às 
suas vidas, dentro dos limites e da liberdade que lhes são concedidos, 
possibilitando maior confiança e fortalecimento de relações do usuário com os 
profissionais de saúde. (Ouvir as inquietações da família, utilização às 
habilidades da comunicação, mostrar-se receptivo à escuta) 
Para que serve a visita domiciliar? 
 Observar o contexto social, econômico e cultural da comunidade 
 Compreender a estratégia de funcionamento da família 
 Planejar e implementar ações de CUIDADO 
 Desenvolver o potencial terapêutico 
 Desenvolver habilidades relacionadas à comunicação 
 Vivenciar o desenvolvimento da família (ciclo de vida) e observar seu contexto 
 Construir VÍNCULO 
 
ABORDAGEM CENTRADA NA PESSOA vs. ABORDAGEM CENTRADA NA DOENÇA 
COMUNICAÇÃO EM SAÚDE 
O que é a comunicação? 
É um processo de interação no qual compartilhamos mensagens, ideias, sentimentos e 
emoções, podendo influenciar o comportamento das pessoas que, por sua vez, reagirão a 
partir de suas crenças, valores, histórias de vida e cultura. 
Pode ser entendida como processo pelo qual se constrói a teia das relações no universo. 
A linguagem é um sistema de sinais e símbolos e significados entendidos e respeitados 
pela humanidade e necessários para comunicação. 
Assume papel fundamental no curso da vida, principalmente quando cria novas 
possibilidades no âmbito das relações sociais. 
Permite ações mútuas entre as pessoas para a aprendizagem. 
Tipos de comunicação 
 Verbal: é a mais frequente, a mais habitual. Utiliza-se da linguagem oral ou 
escrita para o estabelecimento do contato. Costuma ser o instrumento preferido 
da comunicação, envolve ritmo, tom e entonação da voz. 
 Não verbal: é todo instrumento utilizado na comunicação que não seja a 
linguagem oral ou representada por sinais gráficos, escrita. Envolve linguagens 
corporais e expressões faciais. 
 
A principal maneira de aprender/ensinar habilidades de comunicação é por meio do 
exemplo, existindo recursos como: auto-observação, realização de entrevistas, 
simulação de consultas que podem auxiliar na busca e aperfeiçoamento dessa 
habilidade. 
Algumas ferramentas utilizadas na abordagem centrada na pessoa 
 Método clínico centrado na pessoa 
 Projeto Terapêutico Singular (PTS) 
 Apoio matricial (técnico-pedagógico e assistencial) 
Etapas da consulta médica centrada na pessoa 
Início: utilizar os marcadores de cordialidade 
 Contato visual 
 Cumprimento 
 Chamar o usuário pelo nome 
 Sorriso (“lei do eco emocional”) 
 Demonstrar atenção 
Durante: escuta ativa 
 Deixe que o usuário fale durante o 1° minuto 
 Cuidado com a alta reatividade e as zonas de irritabilidade 
Fases de exploração 
 Explore qual a queixa principal, os medos e as preocupações do usuário 
 Faça perguntas abertas e fechadas 
 Previna demandasaditivas Síndrome da maçaneta 
Ex: “algo mais?” 
Finalização 
 Seja flexível e permita que o usuário participe das decisões e finalize com um 
acordo/ contrato (modelo de relação médico-paciente deliberativo). 
 Siga as fases do SOAP 
 Faça recomendações personalizadas 
 Peça que o usuário diga o que entendeu 
 Pergunte se ele tem alguma dúvida 
 Evite certezas prematuras (“vai dar tudo certo”)

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