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IESC III - N1

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Maria Seiane Farias Barros – Medicina IESVAP 
IESC III 
ABORDAGEM FAMILIAR 
 CONCEITO: 
o Remete ao conhecimento, pela equipe de saúde, dos 
membros da família e dos seus problemas de saúde. 
o Compreende os padrões das famílias atendidas para 
realização de intervenções condizentes com o 
contexto social em que estão inseridas. 
 Por isso, as ferramentas de abordagem familiar 
são úteis e assertivas no trabalho com famílias. 
 CONCEITO DE FAMÍLIA: 
o Grupo de pessoas que interligadas por laços 
emocionais ou consanguíneos compartilham uma 
história em comum. 
o Trata-se de um conjunto de pessoas, ligadas por laços 
de parentesco, por dependência doméstica ou normas 
de convivência, que residem no mesmo domicílio. 
 FERRAMENTAS DE ABORDAGEM FAMILIAR: 
GENOGRAMA: 
o Representação gráfica da família, representa o padrão 
de relacionamento entre eles e as suas morbidades; 
o Reflete sobre a dinâmica familiar, os problemas mais 
comuns que a afligem e o enfrentamento do problema 
pelos membros da família; 
o Permite identificar, de maneira mais rápida, a 
dinâmica familiar e suas possíveis implicações, com 
criação de vínculo entre o profissional e a 
família/indivíduo; 
o 2 elementos fundamentais: 
 Os elementos estruturais trazem as 
informações relativas a composição familiar, 
data de nascimento, grau de escolaridade, 
ocupação, hábitos, patologias, mortes e 
separações; 
 Os elementos funcionais mostram a dinâmica 
funcional, como a família se relaciona e como 
reagem frente a dificuldades e stress, por 
exemplo. 
 
 
o Símbolo do genograma: 
 
ECOMAPA: 
o É um instrumento de avaliação familiar, realizado 
através de representação gráfica das ligações de uma 
família às pessoas e/ou estruturas sociais do meio em 
que habita; 
o Identifica os padrões organizacionais da família e a 
natureza das suas relações com o meio, mostrando-nos 
o equilíbrio entre as necessidades e os recursos 
familiares; 
o Deve haver a legenda da simbologia 
utilizada; 
o No casal o homem deve ser representado 
primeiro; 
 
FIRO (Fundamental Interpersonal Relations Orientation) 
o Baseia-se em Orientações Fundamentais nas Relações 
Interpessoais em que se busca compreender o 
funcionamento da família a partir de suas relações de 
poder, comunicação e afeto; 
o Estudam-se as dimensões de inclusão, controle e 
intimidade; 
 A inclusão refere-se à interação dentro da família 
para sua vinculação e organização; 
 O controle refere-se às interações do exercício de 
poder dentro da família, o qual pode ser dominante, 
quando um exerce influência sobre todos os demais; 
reativo, quando se estabelecem reações contrárias a 
uma influência que quer tornar-se dominante e 
colaborativo, quando há divisão de influências entre 
os familiares; 
 A intimidade refere-se às interações familiares 
correlatas às trocas interpessoais, ao modo de 
compartilhar sentimentos, ao desenvolvimento de 
atitudes de aproximação ou de distanciamento 
entre os familiares e às vulnerabilidades. 
PRACTICE 
o Instrumento projetado por médicos de família na útil 
avaliação do funcionamento da família, no que se refere 
a um caso específico; 
o Disponibiliza informações sobre a organização e 
posicionamento da família diante dos problemas; 
o Foca no problema existente e permite uma 
aproximação esquematizada para trabalhar com a 
família, facilitando a coleta de informações e a 
elaboração de intervenções; 
 
 
 
PRONTUÁRIO FAMILIAR 
 DEFINIÇÃO DE PRONTUÁRIO: 
o “Documento único constituído de um conjunto de 
informações, de sinais e de imagens registradas, 
geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações 
sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, 
de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a 
comunicação entre membros da equipe 
multiprofissional e a continuidade da assistência 
prestada ao indivíduo”; 
o “Prontuário é todo acervo documental padronizado, 
organizado e conciso referente ao registro dos cuidados 
prestados ao paciente e também os documentos 
relacionados a essa assistência”. (MS); 
 OBJETIVOS: 
o Assegurar serviços de saúde de modo contínuo, 
eficiente e com qualidade, juntamente com informação 
retrospectiva, corrente e prospectiva; 
o Forma de comunicação entre a equipe; 
o Permite apoiar a implementação de programas de 
prevenção e rastreio; 
o Facilita a monitorização de doenças prolongadas; 
o Apoio ao ensino; 
o Registro permanente; 
 FUNÇÕES: 
o De comunicação: entre os profissionais; 
o De educação: registro e histórico científico; 
o Gerencial: registros administrativos, financeiros e 
documento legal. 
 DOS ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS: Resolução CFM n° 1.246 de 
08.01.1988 estabelece como obrigações para o médico: 
o Elaborar prontuário médico para cada paciente. 
o Manter sigilo quanto às informações confidenciais de 
que tiver conhecimento no desempenho de suas 
funções; 
o Orientar os auxiliares a respeitar o segredo profissional 
a que estão obrigados por lei. 
o Evitar que pessoas não-obrigadas ao segredo 
profissional manuseiem prontuários; 
 SOBRE O ACESSO: O paciente ou seu responsável tem direito 
ao acesso ao prontuário, bem como explicações necessárias 
a sua compreensão, salvo quando ocasionar riscos para o 
paciente ou para terceiros. 
 PRONTUÁRIO FAMILIAR: fundamenta-se na visão integral da 
família e de seus membros considerando-se os contextos 
socioeconômico, cultural e psicológico; 
o É um documento sigiloso, de elaboração obrigatória, 
destinado ao registro ordenado de todas as informações 
referentes aos indivíduos do domicílio que habitam. 
 AS UTILIDADES: 
PARA USUÁRIO PARA EQUIPE DE 
SAÚDE 
REDE DE 
ATENÇÃO 
Atendimento seguro e 
eficiente; 
Comunicação entre os 
profissionais – integração; 
Comunicação 
entre serviços; 
Permite resgate 
histórico 
Possibilita a coordenação 
do cuidado; 
 
O registro pode 
dispensar/simplificar o 
interrogatório ou 
exames; 
Facilita o estudo de 
diagnóstico e a avaliação 
da terapêutica; 
 
Reduz custo de 
atendimento e tempo 
de permanência no 
serviço; 
Torna possível a 
comparação das 
diferentes condutas 
terapêuticas e estabelece 
uma análise de eficiência; 
 
Instrumento de defesa 
para fins jurídicos. 
 
 ESTRUTURA: 
o Capa ou envelope do prontuário; 
 Deve conter nome da instituição com o endereço, o 
nome e o n° de registro da família e o endereço; 
o Formulário de registro da família: 
 Contém dados demográficos e socioeconômicos 
obtidos no cadastramento inicial da família; 
 Fonte imediata dos nomes e das idades de todos os 
membros que residem no domicílio; 
o Formulário individual: 
 Dados de identificação do paciente, como número 
de registro, nome, nome social, local e data de 
nascimento (ou idade), sexo, estado civil, nomes dos 
pais, nome do cônjuge, profissão, pessoa 
responsável, endereço, telefones, procedência; 
o Genograma Familiar; 
o Fichas de acompanhamento; 
 São utilizadas para acompanhamento e o 
monitoramento de todas as ações necessárias para 
o cuidado da família; 
o Formulário sobre o domicílio; 
 Informa o tipo de domicilio em que vivem as famílias 
e suas características sociossanitárias; 
 Outras informações são de vital importância, são 
elas: número de cômodos, destino do lixo, tipo de 
esgoto, abastecimento de energia e água, presença 
de animais domésticos e/ou animais de produção, 
condições ambientais, além de renda, número de 
pessoas que residem no domicílio e tempo que lá 
residem; 
 COMPONENTES: 
o Identificação; 
o Condições de nascimento; 
o Alimentação; 
o Atividades cotidianas; 
o Antecedentes mórbidos; 
o Registro clínico: anamnese, exame físico, 
impressão diagnóstica, conduta e 
encaminhamentos; 
o Tabelas e gráficos; 
o Informações para o usuário; 
o Evolução clínica. 
 
ASPECTOS PSICOSSOCIAIS NA FAMÍLIA 
 A família é entendida a partirde suas relações. Todo o 
contexto social, econômico, e político influenciam no bem 
estar do indivíduo e da família. 
 A conjunção mais importante pode ser a família nuclear, mas 
é importante lembrar que as famílias não existem num 
vácuo. Independente de qual membro da família está sendo 
assistido, é imperativo ter um claro entendimento do 
contexto interpessoal do problema. 
 TIPOS DE FAMÍLIA: 
o Nuclear de duas gerações, unidas pelo matrimônio e 
com seus filhos biológicos; 
o Famílias extensas, incluindo três ou quatro gerações; 
o Famílias adotivas temporárias; 
o Famílias adotivas bi-raciais ou multiculturais; 
o Casais que podem morar separadamente; 
o Famílias monoparentais, chefiadas por pai ou mãe; 
o Casais homossexuais com ou sem crianças; 
o Famílias resultantes de divórcios anteriores com ou sem 
filhos do casamento anterior e; várias pessoas vivendo 
juntas, sem laços legais. 
 CICLO VITAL: conjunto das fases da vida onde é suposto 
realizar-se uma série de transições e de superar uma série 
de provas e de crises. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 OS CICLOS DE VIDA EM FAMÍLIAS POPULARES 
 
 
 
NÚCLEO AMPLIADO À SAÚDE DA FAMÍLIA 
(NASF-AB) 
 PARA QUE SERVE: aumentar a resolutividade e a qualidade 
da Atenção Básica, ampliando o repertório de ações da 
Atenção Básica, a capacidade de cuidado de cada 
profissional e o acesso da população a ofertas mais 
abrangentes e próximas das suas necessidades. 
o Garante longitudinalidade e integralidade do cuidado; 
 MODALIDADES DE NASF: 
 
 COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DO NASF: 
o É uma equipe multiprofissional e interdisciplinar; 
o Deve ser constituído por uma equipe na qual 
profissionais de diferentes áreas de conhecimento 
atuem em conjunto com os das eSF, compartilhando e 
apoiando as práticas em saúde nos territórios sob 
responsabilidade das equipes. 
o A composição deve ser definida pelos gestores 
municipais e eSF, mediante critérios de prioridades 
identificadas a partir dos dados epidemiológicos e das 
necessidades locais e das equipes de saúde que serão 
apoiadas. 
o Poderão integrar a equipe: 
 
 AÇÕES PRIORITÁRIAS: 
o Participar do planejamento conjunto com as equipes 
que atuam na AB e que estão veiculados; 
o Contribuir para a integralidade do cuidado do SUS por 
meio da ampliação da clínica; 
o Discussão de casos; 
o Atendimento individual e compartilhado; 
o Construção conjunta de projetos terapêuticos; 
o Intervenções no território e na saúde de grupos 
populacionais; 
o Ações de prevenção e promoção à saúde; 
o Educação permanente. 
 
 
 PACTUAÇÃO DO APOIO DO NASF: 
o Avaliação conjunta da situação inicial do território entre 
os gestores, equipes de Saúde da Família e o Conselho 
de Saúde; 
o Pactuação do desenvolvimento do processo de trabalho 
e das metas, entre gestores, a equipe do NASF e Equipe 
Saúde da Família 
 APOIO MATRICIAL: é um novo modo de produção de saúde 
em que 2 ou mais equipes, num processo de construção 
compartilhada, criam uma proposta de intervenção 
pedagógico-terapêutica; 
o Tem o poder de ampliar a clínica: 
 
o Aumenta o poder de resolutividade da AP; 
o Fortalece a rede -> facilita a comunicação; 
o Roda matricial -> planejamento conjunto; 
o Existe o compartilhamento de saberes e práticas -> 
maximiza as habilidades de cada membro da equipe; 
o Apresenta as DIMENSÕES DE SUPORTE: assistencial e 
técnico-pedagógico. 
 A dimensão assistencial é aquela que vai produzir 
ação clínica direta com os usuários; 
 A ação técnico-pedagógica vai produzir ação de 
apoio educativo com e para a equipe. 
MÉTODO CLÍNICO CENTRADO NA PESSOA (MCCP) 
 O MCCP surgiu da demanda das pessoas por um 
atendimento que contemplasse de maneira mais integral 
suas necessidades, preocupações e vivências relacionadas à 
saúde ou à doença; 
 Vantagens quando comparado ao método tradicional: 
o Acesso a informação ampla; 
o Importância a autonomia do indivíduo; 
o Melhor controle das doenças crônicas; 
o Menor prescrição neuroléptica; 
o Menos exames. 
COMPARAÇÃO 
 MCCP: 
o Centro do poder é o interesse pela percepção do 
paciente; 
o Participação – benefício a longo tempo; 
o Transferência do poder- ativo; 
o Foco na entrevista (Subjetividade) - espaço para 
discussões; 
 Ajuda a fortalecer a relação médico-paciente; 
Reduzir morbimortalidade; Aumentar a qualidade 
de vida. 
 MODELO TRADICIONAL: 
o Foco na doença; 
o Não há participação do paciente na abordagem do seu 
problema ou na definição do plano terapêutico: 
 Enfatiza a posição do médico em um lugar de saber 
superior e autoritário, quase que automático na 
clínica. 
ETAPAS: 
 
1. Explorando a doença e a experiência da pessoas com a 
doença: 
 É essencial diferenciar a doença e o adoecimento. 
o A doença possui observações objetivas para explicá-
la. Avaliando a história, exame físico e exames 
complementares; 
o O adoecimento traz na experiência pessoal de 
quem tem a doença, a explicação subjetiva deste 
acontecimento. Avaliando a dimensão da doença; 
Identificando os sentimentos, medo, culpa, raiva, 
tristeza, serenidade, ideias para explicar a doença, 
prejuízo funcional seja no trabalho, ou nas 
atividades diárias, expectativa de cura e papel do 
médico. 
2. Entendendo a Pessoa como um todo: 
 Busca da integralidade para compreender o indivíduo, a 
família e o contexto em que está inserido, inclui o ciclo 
de vida, a história de saúde e de vida, lazer, emprego, 
crenças, religião, relações pessoais e amorosas, a rotina, 
sono, atividade física e hábitos de vida, o ambiente, 
moradia, costumes e momento econômico. 
3. Elaborando um Plano Conjunto de Manejo dos Problemas: 
 Avaliando quais os problemas e prioridades; 
 Estabelecendo os objetivos do tratamento e manejo; 
 Avaliando e estabelecendo os papéis da pessoa e do 
profissional de saúde; 
4. Incorporando prevenção e promoção à saúde no dia a dia: 
 Melhorias de saúde; 
 Evitando ou reduzindo riscos; 
 Identificando precocemente os riscos ou doenças; 
 Reduzindo complicações; 
5. Fortalecendo a relação médico-paciente: 
 Exercendo compaixão, empatia e cuidado - conversar, 
estar presente, sensibilidade; 
 Relação de poder; 
 Cura (efeito terapêutico da relação); 
 Transferência e contra-transferência; 
6. Sendo realista: 
 Tempo e timing – momento certo para abordar 
determinada questão; 
 Reconhecer a necessidade do trabalho em equipe; 
 Usar adequadamente os recursos disponíveis do 
sistema de saúde; 
OBS: Atualmente o MCCP possui 4 componentes, em que a 
“abordagem da prevenção e promoção de saúde” e o “sendo 
realista” foram incluídos no 4° componente “intensificando a 
relação entre a pessoa e o médico”;

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