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DIREITO CONSTITUCIONAL

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Aula 01 - Teoria da Separação de Poderes
TEORIA DA SEPARAÇÃO DE PODER
1. CONTEXTO HISTÓRICO
Ao longo da história, diversos autores falaram sobre a corrente tripartite (separação de governo em três), tendo entre seus maiores nomes o pioneiro Aristóteles, em sua obra A Política, que contempla a existência de três órgãos separados a quem cabiam as decisões de Estado: Poder Deliberativo, Poder Executivo e Poder Judiciário. John Locke abordou o mesmo tema em sua obra Segundo Tratado Sobre o Governo Civil. Posteriormente, Montesquieu apresentou a tripartição e as devidas atribuições do modelo mais aceito atualmente, sendo o Poder Legislativo responsável pelas leis, o Executivo competente para a administração do Estado, e, por último, o Judiciário, que possui a função de punir os crimes ou julgar os litígios da ordem civil. Nessa tese, Montesquieu indica não deixar em uma única mão as tarefas de legislar, administrar e julgar, pois a “experiência eterna” mostra que todo homem que tem o poder sem encontrar limites tende a abusar dele.
2. AS ATRIBUIÇÕES DE CADA ESFERA DE PODER
a) O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República (no caso do Executivo federal), juntamente com os Ministros que por ele são indicados. É a ele que competem os atos de chefia de Estado, quando exerce a titularidade das relações internacionais e de governo, quando assume as relações políticas e econômicas no plano interno, postura típica do sistema presidencialista adotado no Brasil. Em outras palavras, cabe ao Executivo a administração do Estado, observando as normas vigentes no país.
b) Ao Poder Legislativo, cabe legislar e fiscalizar, sendo ambas as funções igualmente importantes. Este Poder exerce também alguns controles, como o político-administrativo e o financeiro-orçamentário. O primeiro consiste na análise do gerenciamento do Estado, podendo, inclusive, questionar atos do Poder Executivo; o segundo, na aprovação ou reprovação das contas públicas.
c) Ao Poder Judiciário, cabe a função jurisdicional, que consiste na aplicação da lei a um caso concreto, o qual lhe é apresentado como resultado de um conflito de interesses.
MECANISMOS DE FREIOS E CONTRAPESOS
Conforme afirma Montesquieu, todo homem que detém o poder tende a abusar dele. Por isso, o Estado moderno determina que o poder de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de punir crimes ou solver pendências entre particulares estejam em diferentes “mãos”, freando-se o poder pelo poder. Esse mecanismo assegura que nenhum poder se sobreporá ao outro, conferindo independência harmônica às relações de governança. Em nossa atual Constituição Federal, a divisão dos Poderes entre Executivo, Legislativo e Judiciário é cláusula pétrea (aquelas que não são objetos de deliberações/mudanças), conforme disposto no artigo 60, § 4º.
4. EXEMPLOS DA RELAÇÃO ENTRE OS PODERES ESTATAIS
a) Poder Executivo em relação ao Legislativo – adoção de medidas provisórias, com força de lei, conforme determina o artigo 62 da Constituição Federal de 1988.
b) Poder Legislativo em relação ao Executivo – processo e julgamento do Presidente e do Vice-presidente da República, assim como promoção do processo de impeachment.
c) Poder Judiciário em relação ao Legislativo – observa-se o artigo 53, § 1º: “Os deputados e senadores desde a expedição do diploma serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.”
Aula 02 - Poder Legislativo – Estrutura da Câmara dos Deputados
PODER LEGISLATIVO – ESTRUTURA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
PROFESSOR: PAULO NASSER 
MATÉRIA: DIREITO CONSTITUCIONAL
Leis e artigos importantes: 
Artigos 44 ao 51 da CRFB/1988;
Artigos 53 ao 56 da CRFB/1988.
Palavras-chave: As funções do Poder Legislativo. Estrutura. Congresso Nacional. Câmara dos Deputados. 
1. AS FUNÇÕES DO PODER LEGISLATIVO
O Legislativo possui funções legislativas, administrativas e fiscalizadoras.
a) As funções legislativas consistem na elaboração de leis sobre todos os assuntos definidos como de sua competência. Assim, os parlamentares têm o direito de apresentar projetos de lei, moções, emendas aos projetos de lei, aprovar ou rejeitar projetos, aprovar ou rejeitar vetos do Prefeito, Governador ou Presidente da República.
b) As funções administrativas exercidas pela Casa Legislativa destinam-se à organização dos seus serviços internos, tais como composição da mesa diretora, constituição das comissões, bancadas partidárias etc. São restritas à sua organização interna, regulamentação de seu funcionalismo, estruturação e direção de seus serviços auxiliares.
c) As funções fiscalizadoras se destinam à fiscalização e ao controle dos atos do Poder Executivo (Prefeito, Vice-prefeito, Secretários Municipais e Estaduais, Governadores, Vice-governadores, Presidente da República e Ministros) e dos atos de toda a Administração Pública a que representam. A função fiscalizadora se dá por meio da apresentação de requerimentos de informação sobre a administração, criação de Comissões Parlamentares de Inquérito para apuração de fato determinado, realização de vistorias e inspeções nos órgãos públicos e, ainda, pela convocação de autoridades públicas para depor e prestar esclarecimentos.
A Casa Legislativa também exerce a função de assessoramento, mediante a indicação, que é o instrumento pelo qual o Legislativo sugere ao Chefe do Poder Executivo medidas de interesse da Administração Pública como a adoção de programas sociais, melhor gestão etc.
O Poder Legislativo também exerce algumas funções parecidas com as do Poder Judiciário, quando processa e julga o Chefe do Poder Executivo ou seus representantes em crime de responsabilidade. A pena imposta a esses agentes políticos pode ser até mesmo de impeachment, que é a perda do mandato.
2. ESTRUTURA
O Poder Legislativo Federal é bicameral, ou seja, representado por duas Casas Legislativas: Senado Federal e Câmara dos Deputados. Juntas constituem o Congresso Nacional (CN).
3. CONGRESSO NACIONAL
Nesse sistema bicameral, uma Casa não predomina sobre a outra. Possuem competências diferenciadas. O CN, como reunião das duas Casas, segundo a Constituição Federal, exerce a função de fiscalização e controle do Poder Executivo por meio de: pedidos de informação, Comissão Parlamentar de Inquérito e controle externo dos gastos públicos com auxílio do Tribunal de Contas. Também cabe ao CN julgar o Presidente e o Vice-presidente da República e os Ministros de Estado quanto a crimes de responsabilidade. Nesses casos, a Câmara dos Deputados atua como órgão de admissibilidade do processo, e o Senado como tribunal político sob a presidência do Presidente do STF (Supremo Tribunal Federal). É tarefa exclusiva do Senado Federal processar e julgar os Ministros do STF, o Procurador-geral da República e o Advogado-geral da União nos crimes de responsabilidade.
4. CÂMARA DOS DEPUTADOS
Os Deputados Federais que compõem a Câmara dos Deputados são eleitos diretamente nos 27 estados da federação pelo sistema proporcional. Nenhum estado terá mais de 70 deputados ou menos de oito. Esta questão é bastante criticada, uma vez que tem gerado descaracterização do sistema proporcional, ao possibilitar que estados muito populosos tenham representação proporcionalmente menor do que a de estados pouco populosos. Ao todo, a Câmara possui 513 Deputados Federais. 
A maior parte das atividades legislativas tem lugar nas comissões permanentes ou temporárias. As comissões permanentes são em número de 19. Seus principais objetivos são analisar as proposições legislativas, realizar audiências públicas com representantes da sociedade civil, convocar e tomar depoimentos de Ministros de Estado, prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições, determinar a realização de diligências, perícias, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos três Poderes, da Administração direta e indireta etc.
As comissões temporárias são criadas para apreciar determinadoassunto, extinguindo-se ao término da legislatura, quando alcançada sua finalidade ou expirado seu prazo de duração. Entre elas estão as Comissões Parlamentares de Inquérito. Dentro de sua área de competência, cada comissão exerce papel fundamental na análise, discussão e votação das matérias a elas pertinentes.
Aula 03 - Poder Legislativo – Estrutura do Senado
PODER LEGISLATIVO – ESTRUTURA 
1. ESTRUTURA
O Poder Legislativo Federal é bicameral, ou seja, representado por duas Casas Legislativas: Senado Federal e Câmara dos Deputados. Juntas constituem o Congresso Nacional (CN).
2. CONGRESSO NACIONAL
Nesse sistema bicameral, uma Casa não predomina sobre a outra. Possuem competências diferenciadas. O CN, como reunião das duas Casas, segundo a Constituição Federal, exerce a função de fiscalização e controle do Poder Executivo por meio de: pedidos de informação, Comissão Parlamentar de Inquérito e controle externo dos gastos públicos com auxílio do Tribunal de Contas. Também cabe ao CN julgar o Presidente e o Vice-presidente da República e os Ministros de Estado quanto a crimes de responsabilidade. Nesses casos, a Câmara dos Deputados atua como órgão de admissibilidade do processo, e o Senado como tribunal político sob a presidência do Presidente do STF (Supremo Tribunal Federal). É tarefa exclusiva do Senado Federal processar e julgar os Ministros do STF, o Procurador-geral da República e o Advogado-geral da União nos crimes de responsabilidade.
3. SENADO FEDERAL
É a câmara representativa dos estados federados. Composto por representantes dos estados e do Distrito Federal, elege cada um dos três Senadores (com dois suplentes cada). Esta eleição se dá pelo princípio da maioria para um mandato de oito anos, sendo renovada – a representação de cada estado e do Distrito Federal – de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. Ao todo são 81 Senadores.
As competências do Senado Federal são diferentes das da Câmara. Entre elas, ressaltam-se a atribuição de autorizar operações externas financeiras, dispor sobre os limites legais para operações de crédito dos estados e outros assuntos do interesse dos estados membros e da União.
Aula 04 - Poder Legislativo – Imunidades Parlamentares
1. IMUNIDADES PARLAMENTARES
Classificam-se em imunidade material e imunidade processual. A primeira implica a irresponsabilidade criminal, civil, política e administrativa dos parlamentares por suas opiniões, palavras e votos; a segunda envolve regras especiais para a prisão e o processo dos parlamentares.
Obs.: As imunidades são irrenunciáveis.
2. IMUNIDADES DOS PARLAMENTARES FEDERAIS
a) Imunidade material – os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
b) Imunidade processual:
  b.1) Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não podem ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Neste caso, os autos serão remetidos dentro de 24 horas para a Casa respectiva, para que, pela maioria de seus membros, resolva sobre a prisão (por voto aberto).
  b.2) Oferecida denúncia contra parlamentar federal por crime ocorrido após a diplomação, o STF pode recebê-la sem prévia licença da Casa parlamentar. Recebida a denúncia, o STF dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político e pelo voto da maioria absoluta de seus membros, pode, até a decisão final, sustar o andamento da ação. A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
Obs.: Não há imunidade processual em relação a crimes cometidos antes da diplomação.
3. IMUNIDADES DOS PARLAMENTARES ESTADUAIS
a) Imunidade material – as imunidades dos Deputados Estaduais são as mesmas dos parlamentares federais.
b) Imunidade processual – as imunidades dos Deputados Estaduais são as mesmas dos Deputados Federais, com as adaptações necessárias (princípio da simetria). Assim, quem julga os Deputados Estaduais é o TJ do respectivo estado, e não o STF.
4. IMUNIDADES DOS PARLAMENTARES MUNICIPAIS
a) Imunidade material – são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do município.
b) Imunidade processual – não lhes foi atribuída imunidade processual.
Aula 05 - Poder Executivo – Mandato e Posse
1. FORMA DE GOVERNO E SISTEMA DE GOVERNO NA CONSTITUIÇÃO
O texto originário da Constituição Federal de 1988 adotou como forma de governo a república e como sistema de governo o presidencialismo. Na República Presidencialista brasileira, o Presidente da República desempenha as funções de Chefe de Estado e de Chefe de Governo.
2. O PODER EXECUTIVO NAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO
Os Chefes do Poder Executivo em cada unidade da federação são:
a) União – Presidente da República;
b) Estado – Governador de Estado;
c) Distrito Federal – Governador do Distrito Federal;
d) Município – Prefeito.
3. ELEIÇÃO PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Foi adotado o sistema eleitoral majoritário por maioria absoluta. Assim, será considerado Presidente o candidato que obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os votos em branco e os nulos. Se nenhum candidato alcançar a maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até 20 dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.
4. MORTE, DESISTÊNCIA OU IMPEDIMENTO ANTES DO SEGUNDO TURNO
Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato à presidência da República, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.
5. CRITÉRIOS DE DESEMPATE EM ELEIÇÃO PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Em caso de empate nas votações, qualificar-se-á o mais idoso.
6. ELEIÇÃO DO VICE-PRESIDENTE
A eleição do Presidente da República importará a do Vice-presidente com ele registrado. O mandato do Presidente tem a duração de quatro anos, com início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição.
Aula 06 - Poder executivo – sucessão/substituição. Crimes do presidente
1. VACÂNCIA E IMPEDIMENTO
a) Vacância – impossibilidade definitiva para a assunção do cargo. Dá ensejo à sucessão do Presidente da República. Somente pode sucedê-lo o Vice-presidente.
b) Impedimento – impossibilidade temporária para a assunção do cargo. Dá ensejo à substituição do Presidente da República. Podem substituí-lo o Vice-presidente ou, no caso de impedimento deste, o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal, sucessivamente.
2. DUPLA VACÂNCIA
A Constituição Federal prevê, para o caso de ocorrer, durante o mandato presidencial, vacância dos cargos de Presidente e de Vice-presidente, a realização de novas eleições, com regras específicas de acordo com o período em que ocorrer a dupla vacância.
a) Dupla vacância nos dois primeiros anos do período presidencial: eleição 90 dias depois de aberta a última vaga. Quem vota é o povo.
b) Dupla vacância nos dois últimos anos do período presidencial: eleição 30 dias depois de aberta a última vaga. Quem vota é o Congresso Nacional (eleição indireta). Durante o processo eleitoral e de transição, serão sucessivamente chamados ao exercício da presidência: o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. Trata-se de substituição temporária, que findará tão logo tome posse o novo Presidente da República.
3.DURAÇÃO DO MANDATO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Tem a duração de quatro anos, com início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição.
4. RESPONSABILIDADE POLÍTICA E RESPONSABILIDADE PENAL DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
a) Responsabilidade política (impeachment) – em caso de crimes de responsabilidade, a Câmara dos Deputados deverá admitir a acusação por voto de 2/3 de seus membros, e o julgamento compete ao Senado Federal.
b) Responsabilidade penal – em caso de crimes comuns, a Câmara dos Deputados deverá admitir a acusação porvoto de 2/3 de seus membros, e o julgamento compete ao STF.
5. IMPEACHMENT
É o processo cabível no caso de cometimento de crimes de responsabilidade, vale dizer, de infrações político-administrativas. Trata-se, portanto, de responsabilização política (e não penal). Além do Presidente da República, outras autoridades poderão ser responsabilizadas politicamente e destituídas de seus cargos mediante o processo de impeachment. É o caso, por exemplo, do Vice-presidente da República, dos Ministros do Estado, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Governadores e Prefeitos, entre outros.
6. CRIMES DE RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA
São os que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
a) a existência da União;
b) o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades da federação;
c) o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
d) a segurança interna do país;
e) a probidade na administração;
f) a lei orçamentária;
g) o cumprimento das leis e das decisões judiciais.
Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e julgamento.
Aula 07 - Poder Judiciário – Estrutura – Parte 1
1. JURISDIÇÃO
É o conjunto de atos realizados pelos órgãos do Poder Legislativo com o fim de produzir as normas que regeram a coletividade.
2. COMPOSIÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO
a) Órgãos de superposição – Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça.
b) Órgão não jurisdicional – Conselho Nacional de Justiça.
c) Justiça comum – Justiça Federal e Justiça Estadual.
d) Justiça especial – Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral e Justiça Militar.
Observação:
1. A EC nº 45/2004 extinguiu os chamados Tribunais de Alçada, passando seus membros a integrar os Tribunais de Justiça dos Estados.
2. A Justiça Desportiva não integra o Poder Judiciário. É órgão administrativo que tem a atribuição de julgar as questões relacionadas às infrações disciplinares e às competições desportivas. O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da Justiça Desportiva.
3. ESTATUTO DA MAGISTRATURA
Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os princípios no artigo 93 da CRFB/1988.
4. INGRESSO E PROMOÇÃO NA CARREIRA DO PODER JUDICIÁRIO
O ingresso dá-se mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em Direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica. As nomeações devem obedecer à ordem de classificação, sendo o cargo inicial o de juiz substituto. O acesso aos tribunais de segundo grau ocorrerá por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância. A Constituição prevê, ainda, algumas regras específicas para ingresso diretamente em tribunais da justiça comum, em tribunais das justiças especiais, no STJ e no STF.
Aula 08 - Poder Judiciário - Estrutura - Parte 2
1. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Compõe-se de 11 Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada. Os Ministros do STF serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pelo Senado Federal.
Obs.: Os Ministros do STF devem ser brasileiros natos.
2. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Compõe-se de, no mínimo, 33 Ministros, que serão nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros (natos ou naturalizados) com mais de 35 e menos de 65 anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pelo Senado Federal, sendo:
a) um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais, indicados em lista tríplice pelo próprio tribunal;
b) um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice pelo próprio tribunal;
c) um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das classes. Recebidas as indicações, o STJ formará lista tríplice, enviando-a ao Presidente da República.
Compete privativamente ao STF, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver.
3. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
É composto por 15 membros, dentre os quais, obrigatoriamente, o Presidente do Supremo Tribunal Federal. Os demais membros do CNJ serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. O mandato é de dois anos, admitida uma recondução.
Dos membros do CNJ, nove são integrantes da Magistratura e seis são externos a esta, sendo dois do Ministério Público, dois advogados e dois cidadãos de notável saber jurídico e de reputação ilibada.
O STF declarou que não fere a cláusula pétrea da separação de Poderes o dispositivo que prevê que o CNJ tenha em sua composição membros externos à Magistratura (ADI 3.376-DF). 
Aula 09 - Poder Judiciário – 1/5 Constitucional
1. INGRESSO E PROMOÇÃO NA CARREIRA DO PODER JUDICIÁRIO
O ingresso dá-se mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em Direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica. As nomeações devem obedecer à ordem de classificação, sendo o cargo inicial o de juiz substituto. A promoção de entrância para entrância dá-se, alternadamente, por antiguidade e merecimento. O acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância. A Constituição prevê, ainda, algumas regras específicas para ingresso diretamente em tribunais da justiça comum, em tribunais das justiças especiais, no STJ e no STF.
2. REGRA DO QUINTO CONSTITUCIONAL
Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros do Ministério Público (com mais de dez anos de carreira) e de advogados (de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional).
A indicação dos membros do Ministério Público e dos advogados para a composição dos referidos tribunais é feita em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que escolherá um dos integrantes para nomeação.
Obs.: A regra do quinto constitucional também é aplicada aos Tribunais Regionais do Trabalho e ao Tribunal Superior do Trabalho.
Aula 10 - Poder Judiciário – Garantias e Vedações
1. GARANTIAS DOS MEMBROS DO PODER JUDICIÁRIO
a) Vitaliciedade – o juiz (vitalício) só poderá perder o cargo mediante sentença judicial transitada em julgado. A vitaliciedade é adquirida, em primeiro grau de jurisdição, após dois anos de efetivo exercício, superado o estágio probatório.
Obs.: Nos tribunais, todos os membros têm a garantia da vitaliciedade, independentemente da forma de acesso. Quem ingressa pelo quinto constitucional adquire a vitaliciedade no momento da posse, não havendo estágio probatório.
b) Inamovibilidade – o juiz não pode ser removido, sem o seu consentimento, de seu cargo ou de suas funções, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, por voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada a ampla defesa.
c) Irredutibilidade de subsídio – a remuneração do juiz não pode ser reduzida. Trata-se de garantia meramente nominal: o valor da remuneração recebida não pode ser diminuído, estando sujeito, no entanto, à corrosão inflacionária. Não exime o juiz do pagamentodos impostos.
2. VEDAÇÕES IMPOSTAS AOS JUÍZES
A carreira do magistrado impõe a ele várias restrições no que se refere ao campo profissional e pessoal, a fim de serem preservadas a integridade e a autonomia do cargo de juiz. Entre essas vedações estão:
a) exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
b) receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
c) dedicar-se à atividade político-partidária;
d) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
e) exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Aula 11 - Organização do Estado - Parte 1
1. FEDERALISMO
É um sistema político de distribuição de poderes entre os estados federados, de forma que não exista hierarquia entre estes, pois são autônomos.
2. CARACTERÍSTICAS
Os entes federados têm a capacidade de desenvolver atividades dentro de limites determinados. Estas se dividem em:
a) descentralização política;
b) repartição de competências;
c) uso da Constituição Federal como base jurídica de todo o sistema;
d) inexistência do direito de secessão;
e) soberania do Estado federal;
f) auto-organização dos estados-membros;
g) tribunal guardião da Constituição;
h) repartição de receitas;
i) inexistência de hierarquia entre os entes federativos.
3. AUTO-ORGANIZAÇÃO (NORMATIZAÇÃO PRÓPRIA)
a) União – auto-organiza-se por meio da CRFB/88.
b) Estados – auto-organizam-se pelas Constituições estaduais e leis estaduais.
c) Municípios – auto-organizam-se por suas leis orgânicas e suas leis municipais, assim como o DF.
4. AUTOGOVERNO
a) União – autogoverno por meio dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. O Congresso Nacional legisla para a República Federativa do Brasil e também para a União.
Obs.: A lei federal só vincula a União, está atrelada à estrutura da União (p. ex., Lei nº 8.112/1990). A lei nacional é aplicada em todos os entes.
b) Estados – como unidades federativas, têm Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.
c) Municípios – terão apenas os Poderes Legislativo e Executivo, segundo o artigo 29 da CRFB/1988. Ao município também falta a representação federativa no Senado.
5. AUTOADMINISTRAÇÃO
É o exercício de competências administrativas, legislativas e tributárias. Competências são faculdades juridicamente atribuídas aos entes (pelo ente soberano) para tomada de decisões administrativas, legislativas e tributárias.
Aula 12 - Organização do Estado - Parte 2
1. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
a) Repartição horizontal – é aquela em que ocorre uma distribuição fechada e específica de competências entre os entes, ou seja, cada ente terá suas competências, não as dividindo com os demais.
b) Repartição vertical – é aquela na qual dois ou mais entes atuarão conjunta ou concorrentemente para uma mesma matéria, um mesmo tema.
2. ESPÉCIES DE COMPETÊNCIAS
a) Competência executiva da União.
b) Competência legislativa da União.
c) Competência executiva comum da União, dos estados, do DF e dos municípios.
d) Competência legislativa concorrente da União, dos estados e do DF.
e) Competências administrativas e legislativas dos municípios. 
3. COMPETÊNCIAS DA UNIÃO
a) Competência administrativa (material) – exclusiva (art. 21 da CRFB/1988) e comum (art. 23 da CRFB/1988).
b) Competência legislativa – privativa (art. 22 da CRFB/1988) e concorrente (art. 24 da CRFB/1988).
4. COMPETÊNCIAS DOS ESTADOS
a) Competência administrativa (material) – comum (art. 23 da CRFB/1988), residual (art. 25, § 1º, da CRFB/1988) e enumerada (art. 25, § 2º, da CRFB/1988).
b) Competência legislativa – expressa (art. 25, caput, da CRFB/1988), delegada pela União (art. 22, parágrafo único, da CRFB/1988), residual (art. 25, § 1º, da CRFB/1988) e concorrente (art. 24 da CRFB/1988).
5. COMPETÊNCIAS DO DISTRITO FEDERAL
a) Competência administrativa (material) – comum (art. 23 da CRFB/1988).
b) Competência legislativa – a mesma dos estados + municípios (art. 32, § 1º, da CRFB/1988).
6. DELEGAÇÃO DA COMPETÊNCIA LEGISLATIVA PRIVATIVA DA UNIÃO (ART. 22, PARÁGRAFO ÚNICO, DA CRFB/1988)
Lei complementar poderá autorizar os estados a legislarem sobre questões específicas das matérias de competência legislativa privativa da União.
7. COMPETÊNCIA LEGISLATIVA CONCORRENTE
É modalidade de competência legislativa. Somente a detêm a União, os estados e o Distrito Federal. No âmbito da legislação concorrente, a competência da União está limitada a estabelecer normas gerais. Os estados legislarão sobre normas específicas.
No caso de inércia legislativa da União quanto a normas gerais em matéria de competência concorrente, os estados poderão suplementá-la, regulamentando as regras gerais sobre o assunto. E a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
Aula 13 - Organização do Estado – Parte 3
1. REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
a) Repartição horizontal – é aquela em que ocorre uma distribuição fechada e específica de competências entre os entes, ou seja, cada ente terá suas competências, não as dividindo com os demais.
b) Repartição vertical – é aquela na qual dois ou mais entes atuarão conjunta ou concorrentemente para uma mesma matéria, um mesmo tema.
2. ESPÉCIES DE COMPETÊNCIAS
a) Competência executiva da União.
b) Competência legislativa da União.
c) Competência executiva comum da União, dos estados, do DF e dos municípios.
d) Competência legislativa concorrente da União, dos estados e do DF.
e) Competências administrativas e legislativas dos municípios.
3. COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS
a) Competência administrativa (material) – comum (art. 23 da CRFB/1988) e privativa (art. 30, incisos III a IX, da CRFB/1988).
b) Competência legislativa – expressa (art. 29, caput, da CRFB/1988), interesse local (art. 30, inciso I, da CRFB/1988), suplementar (art. 30, inciso II, da CRFB/1988) e plano diretor (art. 182, § 1º, da CRFB/1988).
Aula 14 - Processo Legislativo Ordinário – Introdução e Iniciativa - Parte 1
1. PROCESSO LEGISLATIVO
É o conjunto de exigências e procedimentos para a elaboração das leis, sendo responsabilidade do Poder Legislativo. No Brasil, embora o Executivo e o Judiciário também possam, excepcionalmente, redigir leis, a palavra final cabe sempre ao Congresso Nacional, sede federal do Legislativo, estando suas principais normas descritas na Seção VIII, Título IV, da Constituição Federal.
2. TIPOS DE LEGISLAÇÃO
A Constituição Federal menciona sete tipos de legislação como produto do processo legislativo:
a) emendas à Constituição;
b) leis complementares;
c) leis ordinárias;
d) leis delegadas;
e) medidas provisórias;
f) decretos legislativos;
g) resoluções.
Obs.: As emendas à Constituição são normas constitucionais, produzidas pelo poder constituinte (derivado reformador). Já as leis complementares, as leis ordinárias, as leis delegadas, as medidas provisórias, os decretos legislativos e as resoluções são classificados como espécies normativas primárias, sendo produzidos pelo Poder Legislativo. As espécies normativas primárias não devem ser confundidas com as normas regulamentares ou regulamentos, como decretos, portarias, resoluções de caráter administrativo, regimentos etc. Estes são espécies normativas secundárias, fruto de poder regulamentar, próprio da função executiva.
3. FASES DO PROCESSO LEGISLATIVO (REGRA GERAL, VÁLIDA SEMPRE PARA LEIS ORDINÁRIAS E COMPLEMENTARES)
a) Iniciativa.
b) Deliberação parlamentar (discussão e votação) e deliberação executiva (sanção ou veto).
c) Promulgação e publicação.
4. INICIATIVA
É o ato pelo qual se deflagra (inicia) o processo legislativo, com a apresentação de projeto de lei perante a Casa Legislativa competente. Pode ser classificadaem:
a) concorrente – a Constituição atribui competência a mais de uma pessoa ou órgão para deflagrar o processo legislativo;
b) privativa – a lei é de iniciativa privativa de determinadas pessoas, só podendo o processo legislativo ser deflagrado por elas;
c) iniciativa popular – é uma forma de exercício do poder de forma direta, sem o intermédio de representantes, mediante a apresentação de projeto de lei pelo povo. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
Aula 15 - Processo Legislativo - Fase Constitutiva. Deliberação Parlamentar – Parte 2
1. PROCESSO LEGISLATIVO
É o conjunto de exigências e procedimentos para a elaboração das leis, sendo responsabilidade do Poder Legislativo. No Brasil, embora o Executivo e o Judiciário também possam, excepcionalmente, redigir leis, a palavra final cabe sempre ao Congresso Nacional, sede federal do Legislativo, estando suas principais normas descritas na Seção VIII, Título IV, da Constituição Federal.
2. TIPOS DE LEGISLAÇÃO
A Constituição Federal menciona sete tipos de legislação como produto do processo legislativo:
a) emendas à Constituição;
b) leis complementares;
c) leis ordinárias;
d) leis delegadas;
e) medidas provisórias;
f) decretos legislativos;
g) resoluções.
3. FASES DO PROCESSO LEGISLATIVO (REGRA GERAL, VÁLIDA SEMPRE PARA LEIS ORDINÁRIAS E COMPLEMENTARES)
a) Iniciativa.
b) Deliberação parlamentar (discussão e votação) e deliberação executiva (sanção ou veto).
c) Promulgação e publicação.
4. DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR
Todo projeto de lei federal deverá ser discutido e votado nas duas Casas: Câmara dos Deputados e Senado Federal. Em regra, os projetos de lei devem ser apresentados à Câmara dos Deputados, que funciona como Casa iniciadora. Discutido e aprovado nela, o projeto segue para o Senado Federal, que funciona como Casa revisora. A exceção ocorre se a iniciativa do projeto de lei for de um Senador ou de Comissão do Senado, quando então o Senado Federal será a Casa iniciadora, e a Câmara dos Deputados, a revisora.
5. PROCEDIMENTOS DELIBERATIVOS
a) Casa iniciadora – quando o projeto de lei é aprovado na Casa iniciadora, segue para a Casa revisora. Porém, quando rejeitado na Casa iniciadora, é arquivado.
b) Casa revisora – quando o projeto de lei é aprovado na Casa revisora, é encaminhado para o autógrafo, ou seja, para a reprodução de todo o trâmite legislativo e do conteúdo final do projeto aprovado, seguindo, após, para sanção ou veto do Chefe do Executivo. Porém, quando rejeitado na Casa revisora, é arquivado. E, em havendo emenda, somente a parte modificada deverá retornar à Casa iniciadora, para apreciação e votação.
6. COMPETÊNCIAS DA UNIÃO
a) Competência administrativa (material) – exclusiva (art. 21 da CRFB/1988) e comum (art. 23 da CRFB/1988).
b) Competência legislativa – privativa (art. 22 da CRFB/1988) e concorrente (art. 24 da CRFB/1988).
7. COMPETÊNCIAS DOS ESTADOS
a) Competência administrativa (material) – comum (art. 23 da CRFB/1988), residual (art. 25, § 1º, da CRFB/1988) e enumerada (art. 25, § 2º, da CRFB/1988).
b) Competência legislativa – expressa (art. 25, caput, da CRFB/1988), delegada pela União (art. 22, parágrafo único, da CRFB/1988), residual (art. 25, § 1º, da CRFB/1988) e concorrente (art. 24 da CRFB/1988).
Aula 16 - Processo Legislativo – Fase Constitutiva. Deliberação Parlamentar – Parte 3
1. PROCESSO LEGISLATIVO
O processo legislativo é o conjunto de exigências e procedimentos para a elaboração das leis, sendo responsabilidade do Poder Legislativo. No Brasil, embora o Executivo e o Judiciário também possam, excepcionalmente, redigir leis, a palavra final cabe sempre ao Congresso Nacional, sede federal do Legislativo, estando suas principais normas descritas na Seção VIII, Título IV, da Constituição Federal.
2. TIPOS DE LEGISLAÇÃO
A Constituição Federal menciona sete tipos de legislação como produto do processo legislativo:
a) emendas à Constituição;
b) leis complementares;
c) leis ordinárias;
d) leis delegadas;
e) medidas provisórias;
f) decretos legislativos;
g) resoluções.
3. FASES DO PROCESSO LEGISLATIVO (REGRA GERAL, VÁLIDA SEMPRE PARA LEIS ORDINÁRIAS E COMPLEMENTARES)
a) Iniciativa.
b) Deliberação parlamentar (discussão e votação) e deliberação executiva (sanção ou veto).
c) Promulgação e publicação.
4. DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR
Todo projeto de lei federal deverá ser discutido e votado nas duas Casas: Câmara dos Deputados e Senado Federal. Em regra, os projetos de lei devem ser apresentados à Câmara dos Deputados, que funciona como Casa iniciadora. Discutido e aprovado nela, o projeto segue para o Senado Federal, que funciona como Casa revisora. A exceção ocorre se a iniciativa do projeto de lei for de um Senador ou de Comissão do Senado, quando então o Senado Federal será a Casa iniciadora e a Câmara dos Deputados, a revisora.
5. PROCEDIMENTOS DELIBERATIVOS
a) Casa iniciadora – quando o projeto de lei é aprovado na Casa iniciadora, segue para a Casa revisora. Porém, quando rejeitado na Casa iniciadora, é arquivado.
b) Casa revisora – quando o projeto de lei é aprovado na Casa revisora, é encaminhado para o autógrafo, ou seja, para a reprodução de todo o trâmite legislativo e do conteúdo final do projeto aprovado, seguindo, após, para sanção ou veto do Chefe do Executivo. Porém, quando rejeitado na Casa revisora, é arquivado. E, em havendo emenda, somente a parte modificada deverá retornar à Casa iniciadora, para apreciação e votação.
6. COMPETÊNCIAS DOS MUNICÍPIOS
a) Competência administrativa (material) – comum (art. 23 da CRFB/1988) e privativa (art. 30, incisos III a IX, da CRFB/1988). b) Competência legislativa – expressa (art. 29, caput, da CRFB/1988), interesse local (art. 30, inciso I, da CRFB/1988), suplementar (art. 30, inciso II, da CRFB/1988) e plano diretor (art. 182, § 1º, da CRFB/1988).
Aula 17 - Processo Legislativo – Fase Constitutiva. Deliberação Executiva - Parte 4
1. PROCESSO LEGISLATIVO
O processo legislativo é o conjunto de exigências e procedimentos para a elaboração das leis, sendo responsabilidade do Poder Legislativo. No Brasil, embora o Executivo e o Judiciário também possam, excepcionalmente, redigir leis, a palavra final cabe sempre ao Congresso Nacional, sede federal do Legislativo, estando suas principais normas descritas na Seção VIII, Título IV, da Constituição Federal.
2. TIPOS DE LEGISLAÇÃO
A Constituição Federal menciona sete tipos de legislação como produto do processo legislativo:
a) emendas à Constituição;
b) leis complementares;
c) leis ordinárias;
d) leis delegadas;
e) medidas provisórias;
f) decretos legislativos;
g) resoluções.
3. FASES DO PROCESSO LEGISLATIVO (REGRA GERAL, VÁLIDA SEMPRE PARA LEIS ORDINÁRIAS E COMPLEMENTARES)
a) Iniciativa.
b) Deliberação parlamentar (discussão e votação) e deliberação executiva (sanção ou veto).
c) Promulgação e publicação.
4. DELIBERAÇÃO EXECUTIVA
Uma vez aprovado pelo Poder Legislativo, o projeto de lei deverá ser apreciado pelo Poder Executivo, mediante a sanção ou o veto.
5. SANÇÃO
É a aquiescência (concordância, anuência) do Chefe do Poder Executivo ao projeto de lei. Sancionado o projeto de lei, deverá ser promulgado e publicado.
6. VETO
Expressa a discordância do Poder Executivo em relação ao projeto de lei.
a) Prazo – o Chefe do Executivo, recebendo o projeto de lei, terá o prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, para vetá-lo. Se quedar-se inerte nesse período, seu silêncio valerá como sanção tácita. O veto, portanto, deve ser expresso.
b) Abrangência – poderá ser total ou parcial. Na total, veta-se todo o projeto de lei. Na parcial, veta-se somente parte dele, o que abrange apenas o texto integralde artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
c) Veto jurídico – o Presidente da República veta o projeto por entendê-lo inconstitucional.
d) Veto político – o Presidente da República veta o projeto por entendê-lo contrário ao interesse público.
e) Motivos do veto – vetando o projeto, total ou parcialmente, o Presidente da República deverá comunicar os seus motivos, dentro de 48 horas, ao Presidente do Senado Federal. Veto imotivado é veto inexistente.
f) Possibilidade de derrubada – o veto será apreciado em sessão conjunta, podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio aberto (EC nº 76/2013), produzindo os mesmos efeitos que a sanção. Sendo derrubado o veto, o projeto deverá ser enviado ao Presidente da República para promulgação.
Aula 18 - Processo Legislativo - Rito Sumário – Parte 5
1. PROCESSO LEGISLATIVO
O processo legislativo é o conjunto de exigências e procedimentos para a elaboração das leis, sendo responsabilidade do Poder Legislativo. No Brasil, embora o Executivo e o Judiciário também possam, excepcionalmente, redigir leis, a palavra final cabe sempre ao Congresso Nacional, sede federal do Legislativo, estando suas principais normas descritas na Seção VIII, Título IV, da Constituição Federal.
2. TIPOS DE LEGISLAÇÃO
A Constituição Federal menciona sete tipos de legislação como produto do processo legislativo:
a) emendas à Constituição;
b) leis complementares;
c) leis ordinárias;
d) leis delegadas;
e) medidas provisórias;
f) decretos legislativos;
g) resoluções.
3. DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR
Todo projeto de lei federal deverá ser discutido e votado nas duas Casas: Câmara dos Deputados e Senado Federal. Em regra, os projetos de lei devem ser apresentados à Câmara dos Deputados, que funciona como Casa iniciadora. Discutido e aprovado nela, o projeto segue para o Senado Federal, que funciona como Casa revisora.
4. PROCEDIMENTOS DELIBERATIVOS
a) Casa iniciadora – quando o projeto de lei é aprovado na Casa iniciadora, segue para a Casa revisora. Porém, quando rejeitado na Casa iniciadora, é arquivado.
b) Casa revisora – quando o projeto de lei é aprovado na Casa revisora, é encaminhado para o autógrafo, ou seja, para a reprodução de todo o trâmite legislativo e do conteúdo final do projeto aprovado, seguindo, após, para sanção ou veto do Chefe do Executivo. Porém, quando rejeitado na Casa revisora, é arquivado. E, em havendo emenda, somente a parte modificada deverá retornar à Casa iniciadora, para apreciação e votação.
5. DELIBERAÇÃO EXECUTIVA
Uma vez aprovado pelo Poder Legislativo, o projeto de lei deverá ser apreciado pelo Poder Executivo, mediante a sanção ou o veto.
6. REGIME DE URGÊNCIA CONSTITUCIONAL
Se o pedido do Presidente não for apreciado em até 45 dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. A esse mecanismo denomina-se trancamento de pauta.
Aula 19 - Processo Legislativo – Emendas à Constituição – Parte 6
1. PROCESSO LEGISLATIVO
O processo legislativo é o conjunto de exigências e procedimentos para a elaboração das leis, sendo responsabilidade do Poder Legislativo. No Brasil, embora o Executivo e o Judiciário também possam, excepcionalmente, redigir leis, a palavra final cabe sempre ao Congresso Nacional, sede federal do Legislativo, estando suas principais normas descritas na Seção VIII, Título IV, da Constituição Federal.
2. TIPOS DE LEGISLAÇÃO
A Constituição Federal menciona sete tipos de legislação como produto do processo legislativo:
a) emendas à Constituição;
b) leis complementares;
c) leis ordinárias;
d) leis delegadas;
e) medidas provisórias;
f) decretos legislativos;
g) resoluções.
3. EMENDAS CONSTITUCIONAIS
3.1. INICIATIVA
A iniciativa para propor emenda constitucional é concorrente. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
a) de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
b) do Presidente da República;
c) de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
3.2. DELIBERAÇÃO PARLAMENTAR
O projeto será discutido e votado, em cada Casa, em dois turnos.
3.3. QUÓRUM
Faz-se necessário quórum de 3/5 para aprovação de emenda constitucional.
3.4. DELIBERAÇÃO EXECUTIVA
Não há deliberação executiva, pois inexiste sanção ou veto de proposta de emenda constitucional.
3.5. PROMULGAÇÃO
É feita pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
3.6. LIMITES MATERIAIS
Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
a) a forma federativa de Estado;
b) o voto direto, secreto, universal e periódico;
c) a separação de Poderes;
d) os direitos e garantias individuais.
3.7. LIMITES CIRCUNSTANCIAIS
A Constituição Federal não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
3.8. LIMITES IMPLÍCITOS
São aqueles que não figuram explicitamente na Constituição Federal, mas que ficam subentendidos pela leitura de seu texto, como é o caso, por exemplo, do impedimento de que seja editada emenda constitucional atenuando o processo legislativo previsto para a reforma da Constituição.
Obs.: Proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova apresentação na mesma sessão legislativa (art. 60, § 5º, da CRFB/1988).
Aula 20 - Processo Legislativo – Medida Provisória – Parte 7
1. PROCESSO LEGISLATIVO
O processo legislativo é o conjunto de exigências e procedimentos para a elaboração das leis, sendo responsabilidade do Poder Legislativo. No Brasil, embora o Executivo e o Judiciário também possam, excepcionalmente, redigir leis, a palavra final cabe sempre ao Congresso Nacional, sede federal do Legislativo, estando suas principais normas descritas na Seção VIII, Título IV, da Constituição Federal.
2. TIPOS DE LEGISLAÇÃO
A Constituição Federal menciona sete tipos de legislação como produto do processo legislativo:
a) emendas à Constituição;
b) leis complementares;
c) leis ordinárias;
d) leis delegadas;
e) medidas provisórias;
f) decretos legislativos;
g) resoluções.
3. MEDIDA PROVISÓRIA
Instrumento responsável pela substituição do decreto-lei existente na ordem constitucional anterior.
3.1. EDIÇÃO
A medida provisória é editada pelo Presidente da República, sendo ato de sua competência exclusiva.
3.2. PRESSUPOSTOS
É necessário que haja relevância e urgência para que se edite medida provisória.
3.3. PRAZO DE DURAÇÃO
A medida provisória tem duração de 60 dias, prorrogáveis, uma vez, por igual período. O prazo é contado da data de sua publicação no Diário Oficial e suspende-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional.
3.4. LIMITAÇÕES MATERIAIS
É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
a) relativa a nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;
b) relativa a Direito Penal, Processual Penal e Processual Civil;
c) relativa à organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, à carreira e à garantia de seus membros;
d) relativa a planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvada a abertura de crédito extraordinário;
e) que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; f) reservada a lei complementar;
g) já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República.
3.5. LIMITAÇÃO PROCEDIMENTAL
É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória expressamente rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso deprazo.
4. PROCESSO LEGISLATIVO DA MEDIDA PROVISÓRIA
Uma vez editada, a medida provisória deve ser submetida de imediato ao Congresso Nacional. O processo de votação terá início na Câmara dos Deputados, sendo o Senado a Casa revisora. No Congresso Nacional, a medida provisória poderá:
a) ser aprovada sem alteração de texto, seguindo-se sua promulgação pelo Presidente da Mesa do Congresso Nacional;
b) ser emendada, caso em que as emendas deverão ser apreciadas e votadas nas duas Casas e levadas à apreciação do Presidente da República, que poderá sancionar ou vetar a lei de conversão;
c) ser rejeitada, caso em que perderá a eficácia desde a sua edição (efeitos retroativos, ex tunc);
d) não ser apreciada no prazo constitucional (rejeição tácita), caso em que perderá a eficácia desde a sua edição (efeitos retroativos, ex tunc).
5. REGIME DE URGÊNCIA CONSTITUCIONAL
Se a medida provisória não for apreciada em até 45 dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. A esse mecanismo denomina-se trancamento de pauta.
Aula 21 - Controle Preventivo
1. MOMENTOS DE CONTROLE
O controle de constitucionalidade pode ser feito em dois momentos diferentes, conforme a necessidade do caso, como exposto abaixo:
a) Controle prévio ou preventivo – realizado ainda sobre o projeto de lei, durante o processo legislativo de formação da norma.
b) Controle posterior ou repressivo – realizado sobre a lei pronta e já em vigor.
2. CONTROLE PRÉVIO OU PREVENTIVO
Pode dar-se de maneiras diversas, adequando-se à necessidade do caso, bem como à origem da solicitação. Assim, será realizado pelo:
a) Poder Legislativo – por meio das Comissões de Constituição e Justiça, no próprio plenário e durante as votações, se o projeto de lei contiver algum vício a ensejar a inconstitucionalidade.
b) Poder Executivo – o Chefe do Poder Executivo poderá vetar o projeto de lei por considerá-lo inconstitucional. Trata-se do veto jurídico.
c) Poder Judiciário – o Judiciário não interfere no processo legislativo como regra geral, todavia poderá se pronunciar em caso de mandado de segurança impetrado por parlamentar para garantir o devido processo legislativo.
Aula 22 - Controle Repressivo
1. MOMENTOS DE CONTROLE
O controle de constitucionalidade pode ser feito em dois momentos diferentes, conforme a necessidade do caso, como exposto abaixo:
a) Controle prévio ou preventivo – realizado ainda sobre o projeto de lei, durante o processo legislativo de formação da norma.
b) Controle posterior ou repressivo – realizado sobre a lei pronta e já em vigor.
2. CONTROLE POSTERIOR OU REPRESSIVO
Pode dar-se de maneiras diversas, adequando-se à necessidade do caso, bem como à origem da solicitação. Assim, será realizado pelo:
a) Poder Judiciário – neste caso, ocorrerá por controle difuso ou controle concentrado.
b) Poder Legislativo – realizará controle repressivo como uma exceção, que caberá nos seguintes casos:
     b.1.) o Congresso Nacional sustará os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa;
     b.2) o Congresso Nacional poderá entender como inconstitucional medida provisória editada pelo Chefe do Poder Executivo, rejeitando-a.
Aula 23 - Controle Pelo Poder Judiciário
1. SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS
Cada Poder deve ser autônomo e exercer determinada função, porém o exercício desta deve ser controlado pelos outros Poderes. No Brasil, as funções exercidas por cada Poder estão divididas entre típicas (atividades frequentes) e atípicas (atividades realizadas mais raramente) da seguinte maneira:
1.1. FUNÇÕES DO PODER EXECUTIVO
a) Típica – administrar.
b) Atípica – legislar (p. ex., por meio de medidas provisórias).
1.2. FUNÇÕES DO PODER LEGISLATIVO
a) Típicas – legislar e fiscalizar (p. ex., Comissão Parlamentar de Inquérito, Tribunais de Contas etc.).
b) Atípica – julgar (p. ex., Senado julga crime de responsabilidade do Presidente da República, mediante autorização de 2/3 da Câmara dos Deputados).
1.3. FUNÇÕES DO PODER JUDICIÁRIO
a) Típica – julgar.
b) Atípica – administrar (p. ex., gerenciamento de orçamento próprio).
2. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE E PODERES
Os três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) realizam o controle de constitucionalidade, seja este feito de forma típica ou atípica.
2.1. CONTROLE PELO PODER EXECUTIVO
Ocorre quando o Presidente da República recebe o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional para ser apreciado. Assim, ele pode realizar o controle preventivo de três maneiras:
a) sancionando o projeto de lei em até 15 dias;
b) não se manifestando nesses 15 dias, importando seu silêncio como sanção do projeto;
c) vetando o projeto de lei total ou parcialmente, apresentando suas razões, se políticas ou jurídicas.
Obs.: O veto não é definitivo, uma vez que o Congresso Nacional, por maioria absoluta, pode derrubá-lo.
2.2. CONTROLE PELO PODER LEGISLATIVO
Pode ocorrer de maneira:
a) preventiva – a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) analisa a constitucionalidade do projeto de lei, ou seja, tal análise se dá antes da votação nas Casas do Congresso Nacional;
b) repressiva – o Congresso Nacional, neste caso, atua, especialmente, mediante o veto legislativo e a apreciação das medidas provisórias editadas pelo Presidente da República.
2.3. CONTROLE PELO PODER JUDICIÁRIO
Pode ocorrer de maneira:
a) preventiva – o Judiciário realiza este tipo de controle de maneira excepcional, no caso de um parlamentar impetrar mandado de segurança contra proposta de emenda constitucional alegando violação à cláusula pétrea ou ao processo legislativo. Cabe ao Supremo Tribunal Federal o controle preventivo de constitucionalidade.
b) repressiva – o Judiciário realiza controle de constitucionalidade de lei mediante processos judiciais, sendo esta a sua forma mais comum de atuação.
Aula 24 - Controle Pelo Poder Judiciário e Controle Difuso
1. CLASSIFICAÇÃO
1.1. MODALIDADES DE CONTROLE
a) Difuso – todo o Poder Judiciário pode realizá-lo.
b) Concentrado – apenas um órgão será responsável por ele.
1.2. FORMA
a) Quanto ao objetivo:
     a.1.) Controle concreto – ocorre dentro de uma lide, por isso é também chamado de controle individual. O pedido na ação principal nada tem a ver com a Constituição. O conflito com esta surge durante o julgamento da ação. 
     a.2.) Controle abstrato – neste caso, analisa-se a “Lei em tese”, ou seja, se a hipótese de incidência da norma é ou não constitucional. O pedido principal da ação é o próprio controle.
Aula 25 - Controle Difuso – Parte 1
1. CONTROLE DIFUSO
Também chamado de concreto, individual ou por via de exceção, é o controle feito dentro de uma lide. Assim, já há o pedido principal, cabendo ao juiz de 1ª instância, antes de analisar o mérito, decidir se a lei é ou não constitucional. Este tipo de controle passa por todas as instâncias do Judiciário.
2. EFEITOS
Julgada a decisão de inconstitucionalidade da lei, esta só gera efeitos para as partes do processo e de forma retroativa (ex tunc). Tal decisão pode se estender erga omnes, ou seja, o STF comunica sua decisão ao Senado, que poderá suspender para todos a execução da lei, dali em diante, sendo seus efeitos ex nunc.
Aula 26 - Controle Difuso – Parte 2
1. CONTROLE DIFUSO
Também chamado de concreto, individual ou por via de exceção, é o controle feito dentro de uma lide. Assim, já há o pedido principal, cabendo ao juiz de 1ª instância, antes de analisar o mérito, decidir se a lei é ou não constitucional. Este tipo de controle passa por todas as instâncias do Judiciário.
2. ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE
a) Conceito – no controle difuso, não faz parte do pleito principal, sendo meio utilizado para proteger direitossubjetivos, atuando como questão prejudicial de mérito.
b) Parâmetro e objeto de controle difuso – qualquer norma formalmente constitucional. É possível impugnar normas federais, estaduais, distritais e municipais, posteriores ou anteriores à Constituição.
c) Cabimento – pode ser discutido em qualquer processo, sob qualquer procedimento.
d) Iniciativa – atualmente, não existem restrições quanto à legitimidade para sua propositura, podendo ser suscitada pelo juiz de ofício, pelo Ministério Público, por terceiros intervenientes, autor, réu etc.
Aula 27 - Controle Difuso – Parte 3
1. CONTROLE DIFUSO E O SENADO FEDERAL
Compete privativamente ao Senado Federal suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. Logo, todas as espécies normativas suscetíveis a controle difuso de constitucionalidade poderão ter sua execução suspensa pelo Senado Federal, tais como as leis federais, estaduais, distritais ou municipais. A suspensão ocorre mediante edição de resolução pelo Senado Federal.
Uma vez declarada a inconstitucionalidade da lei por decisão definitiva do STF, o Senado não é obrigado a efetuar a suspensão de sua execução. Trata-se de ato discricionário.
2. EFEITOS DA RESOLUÇÃO DO SENADO FEDERAL PROFERIDA EM SEDE DE CONTROLE DIFUSO
Tais efeitos serão erga omnes (contra todos) e ex nunc (não retroativos).
3. SÚMULAS VINCULANTES
A partir da EC nº 45/2004 e, sobretudo, com a edição da Lei nº 11.417/2006, as súmulas vinculantes se tornaram uma realidade no ordenamento jurídico brasileiro. Nesse contexto, quando o STF edita determinada súmula vinculante, não é raro encontrar vozes doutrinárias argumentando acerca da inconstitucionalidade da matéria sumulada. Assim sendo, há grande discussão sobre a possibilidade ou não da realização do controle de constitucionalidade das súmulas vinculantes.
Aula 28 - Súmula Vinculante
1. SÚMULA VINCULANTE
Há grande discussão sobre a possibilidade ou não da realização do controle de constitucionalidade das súmulas vinculantes.
2. CONTROLE PREVENTIVO
No que se refere ao controle preventivo, verifica-se que é possível a sua realização pelo STF quando este decidir sobre o preenchimento ou não dos requisitos necessários para a edição de uma determinada súmula vinculante. Assim, portanto, a análise da presença de tais requisitos, por conseguinte, tangenciaria a questão da constitucionalidade da súmula.
3. CONTROLE REPRESSIVO
Em relação ao controle de constitucionalidade repressivo, sabe-se que pode ser difuso ou concentrado. Portanto, no que se refere ao controle difuso, é perceptível a sua incompatibilidade com as súmulas vinculantes. Estas representam uma transposição dos efeitos da jurisdição difusa (efeito inter partes) para a jurisdição concentrada (efeito vinculante e oponibilidade erga omnes).
No entanto, quando se trata de controle de constitucionalidade concentrado se estabelece ma divergência no ordenamento jurídico pátrio, sendo que, até o momento, esta forma de controle de constitucionalidade não é permitida, pois, segundo defendem os juristas majoritários, não há o preenchimento de duas condições da ação, quais sejam, o interesse de agir e a possibilidade jurídica do pedido.
Aula 29 - Ação Direta de Inconstitucionalidade – Objeto e Legitimidade
1. CONTROLE CONCENTRADO E ABSTRATO
Nesse caso, o processo começa no Supremo Tribunal Federal e o pedido principal será a declaração da inconstitucionalidade ou de constitucionalidade da lei, com efeito erga omnes.
2. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADI)
A ADI possui a função de retirar do ordenamento lei ou ato normativo federal, estadual e em alguns casos distrital incompatíveis com a Constituição Federal. Bem como, leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual.
3. LEGITIMADOS
A Constituição Federal dispõe quem são os legitimados para propor a ação direta de inconstitucionalidade perante o STF, dividindo-os em:
a) Legitimados universais: são aqueles que não precisam comprovar interesse dos órgãos que representam, podendo impugnar qualquer matéria em ADI, determinados em rol taxativo no artigo 103 da CRFB.
b) Legitimados especiais: são aqueles que precisam comprovar interesse dos órgãos que representam, ou seja, precisam demonstrar pertinência temática, e todos estão dispostos também em rol taxativo no artigo 103 da CRFB.
4. OBJETO
A ação direta de inconstitucionalidade federal deve ser proposta em face de leis e atos normativos federais e estaduais que estão em vigor e que são posteriores a Constituição Federal.
Aula 30 - Ação Direta de Inconstitucionalidade – Agu/pgr, Amicus Ciruae, Efeitos
1. CONTROLE CONCENTRADO E ABSTRATO
Nesse caso, o processo começa no Supremo Tribunal Federal e o pedido principal será a declaração da inconstitucionalidade ou de constitucionalidade da lei, com efeito erga omnes.
2. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADI)
A ADI possui a função de retirar do ordenamento lei ou ato normativo federal, estadual e em alguns casos distrital incompatíveis com a Constituição Federal. Bem como, leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual.
3. COMPETÊNCIA
Compete ao STF processar e julgar a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual, e ao Tribunal de Justiça local processar e julgar a representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual.
4. EFEITOS
A ação direta de inconstitucionalidade federal possui efeito erga omnes e, em regra, ex tunc. Porém, o efeito pode ser ex nunc por razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, ou seja, em decorrência de modulação de efeitos, assim, a norma será inconstitucional a partir da decisão para frente ou de outro momento que venha a ser fixado.
Aula 31 - Ação Declaratória de Constitucionalidade – Parte 1
1. AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC)
A ação declaratória de constitucionalidade possui caráter abstrato, sendo o STF o órgão julgador com competência para declarar a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, visando, assim, diminuir a incerteza jurídica na sua aplicação em defesa do princípio da constitucionalidade das normas. 
2. COMPETÊNCIA
Compete ao STF processar e julgar a ação direta de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.
3. LEGITIMADOS
O artigo 103 da Constituição Federal dispõe sobre os legitimados para propor a ação declaratória de constitucionalidade perante o STF, sendo os mesmos que podem propor Ação direta de inconstitucionalidade, dividindo-se também legitimados universais e especiais. 
Aula 32 - Ação Declaratória de Constitucionalidade – Parte 2
1. AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC)
A ação declaratória de constitucionalidade possui caráter abstrato, sendo o STF o órgão julgador com competência para declarar a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, visando, assim, diminuir a incerteza jurídica na sua aplicação em defesa do princípio da constitucionalidade das normas. 
2. OBJETO
A ação declaratória de constitucionalidade deve ser proposta em face de leis e atos normativos federais, sendo indispensável a comprovação da existência de controvérsia judicial relevante.
3. EFEITOS
Possui efeito erga omnes e, em regra, ex tunc. Porém, o efeito pode ser ex nunc, ou seja, em decorrência de modulação de efeitos, a norma será constitucional a partir da sua decisão para frente ou de outro momento que venha a ser fixado.
Aula 33 - Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão – Parte 1
1. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
Introduzida pela Constituição Federal de 1988, trata-se de modalidade abstrata de controle de omissão de órgão incumbido de elaboração normativa, ou seja, é destinada a obter efetiva disposição acerca de norma constitucional que dependa de lei ou atos administrativos normativos indispensáveisà sua eficácia e aplicabilidade.
2. REQUISITOS
Segundo orientação do Supremo Tribunal Federal, além da omissão legislativa, também alcança a omissão de órgãos administrativos que devem editar atos administrativos em geral, necessários à concretização das disposições constitucionais. Assim, diante da inércia ou omissão inconstitucional de órgão designado como competente para agir e efetivar disposições da Constituição, esta deve ser combatida com a ação direta de inconstitucionalidade por omissão.
3. CARACTERÍSTICAS
Portanto, é uma ação direta que tem por objetivo a reparação de uma omissão inconstitucional.
4. COMPETÊNCIA
Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar essa ação.
Aula 34 - Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão – Parte 2
1. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
Introduzida pela Constituição Federal de 1988, trata-se de modalidade abstrata de controle de omissão de órgão incumbido de elaboração normativa, ou seja, é destinada a obter efetiva disposição acerca de norma constitucional que dependa de lei ou atos administrativos normativos indispensáveis à sua eficácia e aplicabilidade.
2. LEGITIMADOS
Os legitimados à sua proposição estão arrolados no artigo 103, incisos I a IX, da Constituição Federal, contudo, salienta-se que o legitimado por esse dispositivo não poderá propor a ação se ele é a autoridade competente para iniciar o processo legislativo questionado na ADIN por omissão.
3. OBJETO
Introduzir no ordenamento norma necessária para regulamentar a CF/1988, tornando efetiva norma constitucional de eficácia limitada.
4. DECISÃO LIMINAR
É possível decisão liminar para essa ação, consistindo na suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de processos judiciais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência a ser fixada pelo Tribunal.
5. EFEITOS DA DECISÃO DE MÉRITO
a) Ciência ao Legislativo para a adoção das providências necessárias, se for ele o Poder omisso;
b) ciência ao órgão administrativo omisso, para em 30 dias suprir a omissão.
Aula 35 - Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) – Parte 1
1. AÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF)
Trata-se de ação que visa evitar ou reparar lesão a preceito fundamental da Constituição decorrente de ato do Poder Público, bem como resolver relevante controvérsia judicial de lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal incluindo os anteriores à Constituição. A ADPF tem como característica o caráter subsidiário, ou seja, só é cabível se não houver outro meio de sanar a lesão.
2. COMPETÊNCIA
Compete ao STF processar e julgar a ação de descumprimento de preceito fundamental. 
3. LEGITIMADOS
Os legitimados para propor a ação estão dispostos no artigo 2º da Lei nº 9.882/1999. Assim, o rol de legitimados para a propositura da ADC, previsto no artigo 103 da Constituição Federal, deve ser observado quando da propositura da arguição de descumprimento de preceito fundamental. 
Aula 36 - Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) – Parte 2
1. AÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF)
Trata-se de ação que visa evitar ou reparar lesão a preceito fundamental da Constituição decorrente de ato do Poder Público, bem como resolver relevante controvérsia judicial de lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal incluindo os anteriores à Constituição. A ADPF tem como característica o caráter subsidiário, ou seja, só é cabível se não houver outro meio de sanar a lesão.
2. OBJETO
A ação tem por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental da Constituição decorrente de ato do Poder Público, bem como resolver relevante controvérsia judicial de lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal incluindo os anteriores à Constituição.
3. EFEITOS
Possui efeito erga omnes, admitindo-se modulação dos efeitos da decisão, bem como o manejo de medidas cautelares.
Aula 37 - Direitos Fundamentais – Parte 1
1. INTRODUÇÃO
O constitucionalismo foi um movimento que teve início na idade média, em alguns países da Europa e se espalhou pelo Ocidente. Um dos ícones de todo esse período de transformações sociais foi a Declaração dos Direitos do Homem e do cidadão, que, não só reafirmou todas as reivindicações desse processo, como também inaugurou um período de centralidade do que hoje chamamos de Princípio da dignidade da pessoa humana.
2. CONSTITUCIONALISMO NO BRASIL
O nascimento do constitucionalismo no Brasil se deu com a primeira constituição, outorgada em 1824. Seguindo-se diversas mudanças político-sociais, as demais Cartas adequaram-se aos períodos e contextos históricos nacionais.
Obs.: O Brasil adota a democracia indireta (também chamada de representativa, que se dá pela escolha dos representantes que governam) e a semidireta (o Estado permite que o povo decida, através de uma votação, que pode ser por plebiscito, referendo ou iniciativa popular).
3. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Os direitos e garantias fundamentais encontram-se na base do Estado Democrático de Direito e precisam ser diferenciados para correto entendimento. Sendo assim, temos que:
a) Direitos fundamentais - são bens e benefícios previstos na Constituição.
b) Garantias fundamentais - são “ferramentas” que possibilitam o exercício dos direitos.
Aula 38 - Direitos Fundamentais – Parte 2
1. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Estão postos no Título II da Constituição Federal de 1988, abrangendo:
a) direitos individuais e coletivos;
b) direitos sociais;
c) direitos de nacionalidade;
d) direitos políticos.
As normas definidoras de direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
2. CARACTERÍSTICAS
a) Historicidade: têm caráter histórico, evoluindo e ampliando-se com o decorrer dos tempos.
b) Inalienabilidade: são direitos intransferíveis e inegociáveis. Não têm conteúdo econômico-patrimonial.
c) Imprescritibilidade: nunca deixam de ser exigíveis.
d) Irrenunciabilidade: não se renunciam a direitos fundamentais. Alguns deles podem até não ser exercidos, mas não se admite renúncia.
e) Universalidade: imanam de todos os seres humanos, indistintamente.
f) Relatividade: no caso concreto, pode haver conflito entre direitos fundamentais, devendo ser observada a regra da máxima observância dos direitos fundamentais envolvidos e de sua mínima restrição.
Aula 39 - Direitos Fundamentais – Parte 3
1. EFICÁCIA HORIZONTAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Trata-se da incidência de regras de direitos fundamentais nas relações privadas, sendo aplicadas pelos tribunais especialmente em atividades privadas que tenham certo caráter público, como em casos de escolas, clubes associativos e relações de trabalho.
2. DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, e à propriedade, nos termos de diversos dispositivos previstos na Constituição.
3. CLÁUSULAS PÉTREAS
Os direitos e garantias individuais são cláusulas pétreas, isto é, não pode haver proposta de emenda constitucional tendente a aboli-los. Poderá, contudo, haver proposta de emenda constitucional incorporando novos direitos e garantias individuais ao texto constitucional, ou ampliando os já existentes. 
Aula 40 - Direitos Fundamentais – Parte 4
1. LOCALIZAÇÃO DOS DIREITOS INDIVIDUAIS NA CONSTITUIÇÃO
Há inúmeros direitos individuais expressos no art. 5.º da CF/1988, além disso, a doutrina e a jurisprudência reconhecem que ainda podem existir direitos individuais previstos em outros dispositivos constitucionais. Por isso, os direitos e garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
2. APLICAÇÃO IMEDIATA
As normas definidoras dedireitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
3. DISCRIMINAÇÕES POSITIVAS
Com base na concepção de igualdade material (tratar desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade), adotam-se políticas públicas de tutela a grupos sociais tidos por hipossuficientes ou marginalizados.
4. HABEAS CORPUS
Remédio constitucional que busca evitar lesão ou restituir a liberdade de locomoção de qualquer pessoa. É cabível nos casos em que houver direito líquido e certo, exigindo-se que todas as provas que comprovam os fatos alegados instruam a peça inicial, podendo ser preventivo (utilizado diante da possibilidade de violência ou coação à liberdade de locomoção) ou repressivo ou liberatório (utilizado caso já haja violência ou coação na referida liberdade).
5. HABEAS DATA
É o instrumento constitucional que permite o conhecimento de registro de dados pessoal, bem como a retificação, quando as informações não conferirem com a verdade, estiverem ultrapassadas ou implicarem discriminação ou, ainda, a anotação, em assentamento, de contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável.
6. MANDADO DE SEGURANÇA
Ação constitucional para tutela de direitos individuais líquidos e certos, não amparados por habeas corpus e habeas data, quando o responsável pela ilegalidade for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público. Pode ser preventivo (quando houver justo receio de lesão ao direito líquido e certo) ou repressivo (quando já houver ocorrido a lesão, e a ação buscar reparar a ofensa ao direito), além de individual (quando impetrado pelo titular do direito material em legitimidade ordinária) ou coletivo (quando movido pelos legitimados extraordinários).
7. AÇÃO POPULAR
É instrumento posto à disposição do cidadão para provocar pronunciamento do Poder Judiciário com o fim de invalidar atos ou contratos administrativos (ou a estes equiparados), ilegais ou lesivos ao patrimônio público (federal, distrital, estadual ou municipal), ou autarquias, paraestatais e pessoas jurídicas subvencionadas com dinheiro público.
8. MANDADO DE INJUNÇÃO
É uma ação judicial, de origem constitucional, de natureza civil, com caráter especial, que objetiva combater a morosidade do Poder Público em sua função legislativa regulamentadora, para que viabilize o exercício concreto de direitos, liberdades ou prerrogativas constitucionalmente previstas.
Aula 41 - Funções Essenciais à Justiça (MP)
1. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
As funções essenciais à Justiça não integram o Poder Judiciário. Sem elas, porém, o Poder Judiciário não pode funcionar, ou funcionará muito mal. São, assim, propulsoras da atividade jurisdicional. Fundamentam-se na máxima nemo iudex sine actore (não já juiz sem autor), a qual exprime que o Poder Judiciário não funcionará se não for provocado. São funções essenciais à Justiça:
a) o Ministério Público;
b) a Advocacia Pública;
c) a Advocacia;
d) a Defensoria Pública.
2. MINISTÉRIO PÚBLICO
É instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público.
3. PRINCÍPIOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO
a) unidade;
b) indivisibilidade;
c) independência funcional.
Aula 42 - Funções Essenciais à Justiça - (Adv. Púb. Adv. Priv.)
1. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
As funções essenciais à Justiça não integram o Poder Judiciário. Sem elas, porém, o Poder Judiciário não pode funcionar, ou funcionará muito mal. São, assim, propulsoras da atividade jurisdicional. Fundamentam-se na máxima nemo iudex sine actore (não já juiz sem autor), a qual exprime que o Poder Judiciário não funcionará se não for provocado. São funções essenciais à Justiça:
a) o Ministério Público;
b) a Advocacia Pública;
c) a Advocacia;
d) a Defensoria Pública.
2. ADVOCACIA PÚBLICA
Os advogados públicos atuam na defesa dos entes públicos a que pertencem. A Constituição Federal traz alguns dispositivos que regulamentam a Advocacia-Geral da União e as Procuradorias dos Estados e do Distrito Federal. A Constituição Federal, todavia, não disciplina as Procuradorias dos Municípios.
2.1. Advocacia-Geral da União (AGU)
É instituição que, diretamente ou por meio de órgão vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.
3. ADVOCACIA
A Constituição Federal estatui que o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.
Aula 43 - Funções Essenciais à Justiça - (Defensoria Pública)
1. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
As funções essenciais à Justiça não integram o Poder Judiciário. Sem elas, porém, o Poder Judiciário não pode funcionar, ou funcionará muito mal. São, assim, propulsoras da atividade jurisdicional. Fundamentam-se na máxima nemo iudex sine actore (não já juiz sem autor), a qual exprime que o Poder Judiciário não funcionará se não for provocado. São funções essenciais à Justiça:
a) o Ministério Público;
b) a Advocacia Pública;
c) a Advocacia;
d) a Defensoria Pública.
2. ADVOCACIA PÚBLICA
É instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, uma vez que a Constituição Federal determina que o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.
3. ORGANIZAÇÃO
Lei Complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.
4. PRINCÍPIOS
Sem prejuízo dos preceitos estabelecidos na Lei Orgânica do Distrito Federal, aplicam-se à Defensoria Pública do Distrito Federal os mesmos princípios e regras que, nos termos da Constituição Federal, regem as Defensorias Públicas dos Estados.
Às Defensorias Públicas dos Estados, da União e do Distrito Federal são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

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