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Tipos de microscopia


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Principais Tipos de Microscopia, Características e Utilização 
 
Microscópio Simples 
O microscópio simples é formado apenas por uma lente convergente que fornece, de um 
objeto real, uma imagem virtual, direita e maior que o objeto. Para que seja possível essa 
formação de imagem, é necessário que o objeto esteja situado entre o foco e o centro 
óptico da lente. A ampliação é limitada, vai até 50x. 
Esse instrumento óptico é constituído por um componente mecânico que suporta e permite 
controlar um componente óptico, o mesmo é responsável pela ampliação das imagens. 
 
O microscópio simples, também conhecido popularmente como lupa (principalmente nos 
nossos escritórios), se trata de qualquer tipo de lente de caráter convergente que, quando 
utilizada, consegue reproduzir uma imagem direta e virtual, sendo ela maior do que o objeto 
em questão. As lupas são um pouco mais simples e se diferenciam, principalmente, na 
montagem. 
O manejo também é bem intuitivo: basta orientar a lente do pequeno microscópio para o 
objeto que se deseja ver a imagem ampliada, de um modo em que a sua parte menos 
curvada fique voltada exatamente para ele. Essa ação deve ser realizada com uma 
distância que seja maior do que o objeto, para que ele possa se situar entre o vértice e o 
foco do microscópio. Quanto mais aproximado esse instrumento for do objeto, maior a 
imagem será projetada. Simples não é mesmo? 
Na realidade, o seu único intuito é a ampliação de imagens para que possamos ver o objeto 
em questão com todos os seus mínimos detalhes. Os microscópios simples são formados 
unicamente com lentes convergentes e, por isso, a imagem criada será sempre virtual. 
Além disso, há também a possibilidade de determinar qual será o aumento proporcionado 
pela lente por meio de uma expressão: 
A = d.C, sendo ‘d’ a menor distância possibilitada pelo aparelho e C a própria convergência 
do microscópio simples. O ‘A’, no caso, seria o aumento em questão. 
 
Microscópio Composto 
Este é conhecido como um instrumento para a ampliação pequenos objetos, que consiste 
de uma lente de comprimento focal curto para a formação de uma imagem que é ainda mais 
ampliado por uma segunda lente de distância focal mais longa. 
Se utiliza de duas lentes ou dois sistemas de lentes, de modo que o segundo sistema 
modifica e amplia a imagem real formada pelo primeiro sistema. As lentes podem situar-se 
nas partes extremas de um tubo que por via de controle mecânico pode mover-se em 
direção ao objeto que se pretende estudar. Um condensador de luz e um espelho, que 
reflete uma fonte luminosa, proporcionam a iluminação adequada do objeto. 
Vale ressaltar que o microscópio composto é formado por uma combinação de dois 
sistemas de lentes, sendo elas: 
Lentes convergentes: uma luz que incide paralelamente entre si é refratada, tomando 
direções que convergem a um único ponto. 
As espessuras fina e não fina das bordas podem ser igualmente utilizadas em lentes 
convergentes, desde que o índice de refração apresentado sobre o meio externo seja 
adequado para essa finalidade. Lentes Oculares: essa é, na prática, uma lupa. As mais 
simples possuem no seu interior duas lentes e um diafragma. No interior da lente ocular 
temos então: lente de campo, diafragma e a ocular propriamente dita. 
Lentes Objetivas: as lentes objetivas são formadas internamente por várias lentes. As 
resoluções alcançadas e a maior parte da qualidade da imagem final dependem das lentes 
objetivas. 
Vale salientar que os conhecimentos sobre as células progridem à medida que as técnicas 
de investigação se aperfeiçoam. O aparecimento de um novo instrumento de trabalho, ou a 
aplicação mais engenhoso de um aparelho já existente, leva sempre a novas descobertas e 
à elucidação de algumas funções celulares. 
Sabemos que Muitas técnicas de microscopia óptica estão disponíveis para a observação 
de células. Células que foram fixadas e coradas podem ser estudadas em um microscópio 
óptico convencional, enquanto anticorpos acoplados a corantes fluorescentes podem ser 
usados para localizar moléculas específicas nas células em um microscópio de 
fluorescência por exemplo. 
 
A Microscopia de Fluorescência: 
 
Energia é absorvida pelo átomo, que fica excitado; 
O elétron, após absorver energia, órbita para um nível energético superior; 
O elétron retorna ao seu estado inicial emitindo um fóton. 
 
Desta forma, a tarefa fulcral do microscópio de fluorescência consiste em permitir que a luz 
de excitação irradie a amostra e depois separar a luz emitida mais fraca para formar a 
imagem. Assim, primeiro, a luz, originária da fonte de luz colocada num extremo do 
microscópio, encontra-se frente a um filtro de excitação que apenas vai deixar passar a 
radiação com o comprimento de onda desejado, sendo este coincidente com o material 
fluorescente. A radiação depois passa pelo espelho dicromático, que faz com que rode 45º 
colidindo então com os átomos da amostra, o que leva a que os electrões sejam excitados 
para um nível energético superior. Quando estes átomos perdem a energia de excitação, 
retomam o nível energético de repouso e emitem luz (fotões). 
Para se tornar visível, a luz emitida torna a passar pelo espelho dicromático sendo depois 
separada da luz de excitação (absorção) mais brilhante num filtro de barreira. Aqui, o facto 
de a luz emitida ter energia mais baixa e um maior comprimento de onda é usado para 
permitir a separação. As áreas fluorescentes são então exibidas e poder-se-ão observar no 
microscópio, evidenciadas contra um fundo escuro de alto contraste. 
 
 
Microscópio de fluorescência 
Permite observar microrganismos capazes de fixar substâncias fluorescentes 
(fluorocromos). A luz UV, ao incidir nessas partículas, provoca a emissão de luz visível e 
observa os microrganismos a brilhar em fundo escuro. 
Um dos equipamentos que permite a observação da fluorescência denomina-se 
microscópio de fluorescência e a sua descoberta constituiu um enorme progresso nos 
estudos das estruturas celulares e dos seus constituintes. O microscópio de fluorescência é 
uma variação do microscópio de luz ultravioleta no qual os objetos são iluminados por raios 
de um determinado comprimento de onda. A imagem observada é o resultado da radiação 
electromagnética emitida pelas moléculas que absorveram a excitação primária e re-emitem 
uma luz com maior comprimento de onda. Para deixar passar somente a emissão 
secundária desejada, devem-se colocar filtros apropriados debaixo do condensador e por 
cima do objectivo. Usa-se para detectar substâncias com autofluorescência (vitamina A) ou 
substâncias marcadas com fluorocromos. Os fluorocromos, que poderão ser conjugados 
com anticorpos, tornam possível a localização e identificação de moléculas individuais que 
reagem com o anticorpo. Esta aplicação, é designada por imunofluorescência, sendo uma 
das mais importantes no contexto da microscopia de fluorescência. 
 
 
 
Microscópio Fotônico: 
 
A imagem é transmitida por um feixe de fotos (luz visível ou ultravioleta). Pode-se ainda 
considerar os seguintes subtipos: 
 
 
 
 Microscópio ultravioleta 
 A radiação utilizada é o ultravioleta que tem um comprimento de onda para a luz visível, o 
que permite melhorar o limite de resolução comparativamente ao microscópio de campo 
luminoso. A óptica é constituída por lentes de quartzo, já que o vidro não transmite este tipo 
de radiação. 
 
 
 
 ​Microscópio de campo escuro 
Os corpúsculos a examinar são fortemente iluminados por feixes luminosos que penetram 
lateralmente, o que é conseguido com condensadores especiais. Deste modo, a única luz 
que penetra na objetiva é a difratada pelas partículas presentes na preparação, pelo que 
passam a ser visíveis em fundo escuro. 
 
Microscopia de campo escuro 
Alguns raios luminosos incidem na amostra e são captados pela lente objetiva, o que gera 
“figuras” luminosasem um fundo escuro, por isso o nome dessa técnica. Apenas a luz que 
foi dispersa ou refratada pelas estruturas na amostra alcançam a lente. É o mesmo 
princípio que nos permite ver as estrelas a noite ou as partículas de pó no feixe de luz em 
um projetor numa sala escura. 
Aplicação: indicada para amostras com pouco contraste. Na prática clínica, o microscópio 
de campo escuro serve para examinar a existência de cristais na urina, como os de ácido 
úrico e oxalato, e identificar bactérias como espiroquetas, em particular Treponema 
pallidum, microrganismo responsável pela sífilis. 
 
 
Microscópio de contraste de fase 
Permite a observação de microrganismos vivos, sem coloração, através do contraste devido 
à diferença de fase dos raios luminosos que atravessam o fundo relativamente à fase da luz 
que atravessa os microrganismos. 
 
 Microscópio de polarização 
O microscópio de polarização possui dois prismas: um polarizador e outro analisador. A luz 
ao penetrar em estruturas como músculo, ossos, celulose, fibras, cabelos e entre outros se 
desdobra em dois feixes. O prisma deixa passar apenas uma das vibrações luminosas, de 
modo que as estruturas que forem isotrópicas serão anuladas e no seu lugar surgirá uma 
imagem escura. As estruturas birrefringentes (anisotrópicas) produzirão um tipo de vibração 
luminosa que será emitida, ficando brilhante. Somente as estruturas birrefringentes 
aparecerão brilhantes, ficando o restante material escuro. 
 
Microscópio eletrônico: 
 
A imagem é transportada por um feixe de elétrons. Pode-se considerar os seguintes 
subtipos: 
 
 
 
Microscopia Eletrônica - Transmissão e Varredura 
 O desenvolvimento da microscopia eletrônica teve início a partir dos estudos 
do comportamento ondulatório dos elétrons. A microscopia eletrônica apresenta vários tipos 
de aparelhos com especificidade quanto ao funcionamento e utilização. 
 O microscópio eletrônico de transmissão (MET) é composto por uma fonte 
geradora de elétrons que caminha por um sistema de lentes eletromagnéticas dispostas em 
coluna. Os elétrons têm que interagir com o objeto para formar a imagem em uma tela 
fluorescente, para isso, o objeto deve ser extremamente fino para permitir a passagem dos 
elétrons. O poder de resolução do MET é bem maior que o do microscópio óptico (maior 
2000 vezes), o que permite maior profundidade de foco (só é possível visualizar organelas 
com MET). 
 O microscópio eletrônico de varredura (MEV) é um aparelho mais simples, menor e mais 
barato, que permite a obtenção de imagens tridimensionais dos materiais em estudo. Os 
feixes de elétrons atuam sobre a superfície do material. A amostra é muitas vezes recoberta 
com metais pesados (como urânio e chumbo) para aumentar o poder dispersante das 
estruturas e com isso a resolução.​ 
 
bibliografia 
 
http://estudodomicroscopio.blogspot.com/2012/03/tipos-de-microscopio.html 
http://biologiacelularufg.blogspot.com/2011/04/microscopia-eletronica-transmissao-e.html 
https://kasvi.com.br/microscopio-tecnicas-microscopia/