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Experimentação com Seres Humanos Adrieli Jantara Matheus Sendeske Liriam Ábido Priscila Finckler História; Resolução 466/2012; Pesquisa Clínica e Laboratorial com humanos; Bioética: O que é? Argumentos, Como é? Por que é importante? História Experimentos feitos no passado usava os seres humanos em condições vista hoje como inadmissíveis. Joseph Mengele – 1943 a 1945 Célebre médico nazista que entre 1943 e 1945 comandou, no campo de concentração de Auschwitz, pavorosas experiências que lhe valeram o apelido de “Anjo da Morte”. Joseph Mengele Alguns experimentos Quanto tempo mulheres ciganas sobreviveriam sendo alimentadas apenas com água salgada? Acompanhamento de tifo e hepatite; A que extremos de temperatura e pressão os seres humanos conseguiriam sobreviver? Gêmeos Injeção de corantes nos olhos; Transfusão de sangue entre pares; Sutura entre pares, para criar siameses; Cirurgias para troca de sexo; Cirurgias na coluna vertebral (sem anestesia); E mais.... Experimentos Nazistas: verificar a resistência humana em condições extremas; Justificavam como a possibilidade de salvar vida de alguém que caiu de uma grande altura. Experimentos Prisioneiros do campo de concentração de Dachau, foram trancados em uma sala, em que foi gradualmente reduzido a pressão atmosférica, até a completa falta de oxigênio. Dr. Sigmund Rascher, médico sênior da Luftwaffe, teve um papel de liderança neste projeto de experimentação. Experimentos Deportados passavam por resfriamento, para responder às questões: em que condições uma pessoa caiu de um avião em voo e precipitada em água fria pode ser salvo? Quanto tempo uma pessoa em água fria leva para morrer de queimaduras? Há chances de que um corpo irá reviver após a exposição prolongada ao frio? Como? Com que consequências? Experimentos Experiências de vacinação em seres humanos em dois locais, no campo de concentração de Buchenwald e nos campos de concentração Natzweilr-Strutho f . Experimentos Inoculação em seres humanos de cepas cultivadas do vírus da Hepatite , experimentos realizados em Sachsenhausen . Experimentos Esterilização: consistia na injeção de uma substância cáustica no colo do útero para bloquear as trompas de falópio. Experimentos Uso de raio-X para esterilização de até 3000-4000 por dia, ideia proposta por Brack, que estava em completo acordo com a ideologia nacional-socialista. Jovens saudáveis com cerca de 20 anos de idade. Ética em Pesquisa Documentos Internacionais: 1947 – Código de Nuremberg 1948 – Declaração dos Direitos do Homem 1964 – Declaração de Helsinque 1966 – Acordo Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (ONU) 1982 e 1993 - Propostas de Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas Biomédicas envolvendo Seres Humanos (CIOMS/OMS) 1991 – Diretrizes Internacionais para Revisão Ética de Estudos Epidemiológicos (CIOMS) Código de Nuremberg (1947) Art. 1º - consentimento voluntário Art. 2º - garantia de benefícios para a sociedade Art. 3º - experimentos devem basear-se em resultados prévios Art. 4º - evitar sofrimento e danos desnecessários Art. 5º - riscos de morte ou invalidez justificáveis apenas (talvez) quando o médico/pesquisador for o sujeito da pesquisa Art. 6º - relação risco x benefício Art. 7º - medidas de proteção para os sujeitos da pesquisa Art. 8º - qualificação dos pesquisadores Art. 9º - liberdade de retirar consentimento Art 10 – suspensão do experimento pelo pesquisador Declaração de Helsinque (1964) Elaborada pela comunidade médica. Amplamente aceita em todo o mundo: Recomendada pela legislação de diversos países; Referenciada pelas principais revistas científicas em suas normas de publicação; Revisões constantes. Ética em Pesquisa Documentos Nacionais: 1988 – Resolução CNS nº 1/88 1996 – Resolução CNS 196 1997 – Res. CNS 240 (participação usuários) e 251 (novos fármacos, vacinas e testes diagnósticos) 1999 – Res. CNS 292 (cooperação estrangeira) 2000 – Res. CNS 301(posicionamento Declaração Helsinque), 303 (reprodução humana) e 304 (povos indígenas) 2004 – Res. CNS 340 (genética humana) 2005 – Res. CNS 346 (projetos multicêntricos) e 347 (armazenamento e uso material genético) 2012 – Res. CNS 466 Resolução CNS 466 Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos; Disserta que os participantes, ou representantes deles, sejam esclarecidos sobre os procedimentos adotados durante toda a pesquisa e sobre os possíveis riscos e benefícios. Resolução CNS 466 A resolução traz termos e condições a serem seguidos e trata do Sistema CEP/CONEP, integrado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP/CNS/MS do CN) e pelos Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) compondo um sistema que utiliza mecanismos, ferramentas e instrumentos próprios de inter-relação que visa à proteção dos participantes de pesquisa. Incorpora, sob a ótica do indivíduo e das coletividades, referenciais da bioética, tais como, autonomia, não maleficência, beneficência, justiça e equidade, dentre outros, e visa assegurar os direitos e deveres dos participantes da pesquisa Pesquisa Clínica Qualquer investigação em seres humanos, objetivando descobrir ou verificar os efeitos farmacodinâmicos, farmacológicos, clínicos e/ou outros efeitos de produto(s) e/ou identificar reações adversas ao produto(s) em investigação, com o objetivo de averiguar sua segurança e/ou eficácia. ANVISA. Fases da pesquisa clínica Fase Clínica É a fase de testes em seres humanos. É composta por quatro fases sucessivas e somente depois de concluídas o medicamento poderá ser liberado para comercialização. Fase I; Fase II; Fase III; Fase IV. Fase I: • Avaliar a segurança do produto investigado. • Pequenos grupos (10–30 pessoas), geralmente, de voluntários sadios. • Exceções na avaliação de medicamentos para câncer ou portadores de HIV-aids. • Se o produto se mostrar seguro, podemos passar para a Fase II. Fases da pesquisa clínica • Fase II: • Número maior de participantes (70 - 100). • Avaliar a eficácia da medicação e obter informações mais detalhadas sobre a segurança (toxicidade). • Somente se os resultados forem bons é que o medicamento será estudado sob forma de um estudo clínico fase III. Fases da pesquisa clínica • Fase III: • Número maior de pacientes, de 100 a 1.000. • O novo tratamento é comparado com o tratamento padrão existente (medicamento já existente). • Estudos randomizados: grupo controle (recebe o tratamento padrão) e o grupo investigacional (recebe a nova medicação). • Algumas vezes, os estudos fase III são realizados para verificar se a combinação de dois medicamentos é melhor do que a utilização de um medicamento somente. Fases da pesquisa clínica • Fase IV: • Estes estudos são realizados para se confirmar que os resultados obtidos na fase anterior (fase III) são aplicáveis em uma grande parte da população doente. • Nesta fase, o medicamento já foi aprovado para ser comercializado. A vantagem dos estudos fase IV é que eles permitem acompanhar os efeitos dos medicamentos a longo prazo. Fases da pesquisa clínica Pesquisa Laboratorial Muitas vezes confundida com a pesquisa experimental mesmo que algumas sejam de cunho experimental, porém, muitas vezes as ciências sociais e humanas deixam de lado este tipo de pesquisa por tratar de estudos que envolvem experiências. O que o denomina como laboratorial é o fato de que elas ocorrem em situações controladas. A maioria das pesquisas é realizada em locais fechados (laboratórios) e até mesmo ao ar livre ou em ambientes artificiais. Em todas as pesquisas laboratoriais necessitam de um ambiente possível de ser controlado, estabelecido de forma prévia de acordo com o estudo a ser desenvolvido. Bioética A Bioética tem como objetivo facilitar o enfrentamento de questões éticas/bioéticas que surgirão na vida profissional; O início da Bioética se deu no começo da década de 1970, com a publicação de duas obras muito importantes de um pesquisador e professor norte- americano da área de oncologia, Van Rensselaer Potter Conceito Um dos conceitos que definem Bioética (“ética da vida”) é que esta é a ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações” (LEONE; PRIVITERA; CUNHA, 2001). Princípios A Bioética sustenta quatro princípios que norteiam as decisões, discussões e procedimentos na esfera dos cuidados da saúde, são eles: Beneficência; Não-maleficência; Autonomia; Justiça ou equidade. Beneficência Reconhecer o valor do outro; Ajudar ou promover os interesses do outro; Neste princípio o profissional se compromete em avaliar os riscos e benefícios potenciais (individuais e coletivos) e buscar o máximo de benefícios. Não-maleficência Dever de se abster em fazer qualquer mal o indivíduo, não causar danos ou colocá-lo em risco. Escolhas de tecnologias, técnicas procedimentos e tratamentos que possam prejudicar de alguma maneira. Autonomia Autodeterminação ou autogoverno, poder de decidir sobre si mesmo; Respeitar a autonomia é reconhecer que cabe ao indivíduo deliberar e tomar as decisões seguindo seu próprio plano de vida. Cabe ao profissional de saúde orientar e não manipular! Cuidado com a frase “é para o seu próprio bem”, sem levar em consideração a vontade do indivíduo. Justiça ou Equidade Equidade: distribuição coerente. Justiça: igualdade a todos. A Bioética pretende contribuir para que as pessoas estabeleçam “uma ponte” entre o conhecimento científico e o conhecimento humanístico, a fim de evitar os impactos negativos que a tecnologia pode ter sobre a vida (afinal, nem tudo o que é cientificamente possível é eticamente aceitável). Se esse processo de construção da reflexão ética/bioética, que parte do entendimento do fundamento bioético e se segue pelo respeito aos seus princípios, for seguido, as respostas sobre como agir eticamente diante de um conflito ético, ou de uma situação clínica nova (ou diferente), surgirão naturalmente. REFERÊNCIAS LEONE, S.; PRIVITERA, S.; CUNHA, J.T. (Coords.). Dicionário de Bioética. Aparecida: Editorial Perpétuo Socorro/Santuário, 2001. RAMOS, D.L.P. Bioética: pessoa e vida. São Caetano do Sul: Difusão, 2009. 374p. JUNQUEIRA, C. R. “Bioética: conceito, contexto cultural, fundamento eprincípios”. In: RAMOS, D.L.P. Bioética e ética profissional. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2007, p. 22-34. http://www.doppiaspuntablu.it/2016/06/02/i-5- esperimenti-su-cavie-umane-piu-brutali-della- storia/2/. Slide 1 Slide 2 História Joseph Mengele Alguns experimentos Gêmeos Experimentos Experimentos Experimentos Experimentos Experimentos Experimentos Experimentos Ética em Pesquisa Código de Nuremberg (1947) Declaração de Helsinque (1964) Ética em Pesquisa Resolução CNS 466 Resolução CNS 466 Pesquisa Clínica Fases da pesquisa clínica Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Pesquisa Laboratorial Bioética Conceito Princípios Beneficência Não-maleficência Autonomia Justiça ou Equidade Slide 34 Slide 35 Slide 36 REFERÊNCIAS
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