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Ariel Ortiz Gomes Bacharel em Engenharia ambiental Mestre em tecnologias ambientais ECONOMIA AMBIENTAL Economia e Meio Ambeinte Em qualquer sistema econômico, as funções elementares de produção, distribuição e consumo ocorrem dentro do mundo natural. NATUREZA ECONOMIA Matéria-prima Energia Resíduos Calor Economia Ambiental: é o estudo do fluxo de resíduos e seus impactos resultantes na natureza. Economia dos recursos naturais: é o estudo da natureza e seu papel como fornecedor de matéria-prima. Economia e Meio Ambiente Na economia, o ambiente é visto como um bem composto que oferece uma variedade de serviços: o sistema de suporte à vida o qual mantém nossa existência. Firma Produção Família Consumo Bens e Serviços Insumos ECONOMIA Energia Ar Água Alimentos Poluição do Ar Resíduos Sólidos Resíduos de Calor Poluição da Água AMBIENTE Matéria-prima Classificação dos Recursos Naturais Recursos Renováveis: são aqueles que crescem no tempo de acordo com o processo biológico, tais como os recursos vivos, peixe e florestas. Recursos Não-renováveis: são aqueles para os quais não há reposição – uma vez usado, desaparecem – tais como reservas de petróleo e depósitos de minerais não-energéticos. Um bem público pode ser aproveitado por inúmeros indivíduos ao mesmo tempo (não rivalidade) e uma vez que um bem público esteja disponível, negar seu acesso a um consumidor é proibitivamente dispendioso (não-exclusão). No outro extremo, um bem privado puro obedece aos princípios de exclusão e rivalidade. Estes últimos tendem a ser eficientemente produzidos pelos mercados. Fundamentos e conceitos microeconômicos As externalidades estão presentes sempre que terceiros ganham sem pagar por seus benefícios marginais ou percam sem ser compensados por suportarem o malefício adicional. Assim, na presença de externalidades, os cálculos privados de custos ou benefícios diferem dos custos ou benefícios da sociedade. Externalidade existe quando o bem-estar de um indivíduo é afetado, não só pelas suas atividades de consumo como também pelas atividades de outros indivíduos. Fundamentos e conceitos microeconômicos Exemplo: Externalidades Duas firmas localizadas num rio: Firma 1 - Usina de ferro; Firma 2 – Hotel. O Conflito se caracteriza pelo uso ineficiente da água, de forma que a Firma 1 usa o rio como coletor de dejetos enquanto a Firma 2 usa o rio para atividades de recreação (balneário). Definição das variáveis: D: A curva de demanda por ferro; CMp: O custo marginal privado da produção de ferro (exceto controle de poluição e danos); CMs: A função custo marginal social (incluindo o custo da poluição e custo de produção de ferro). Qm: Produção de ferro (sem o controle de emissão de poluente) para maximizar o excedente do consumidor privado. Q*: Produção de ferro que maximiza o benefício líquido (alocação eficiente). Exemplo: Externalidades Conclusão: Uma vez que os custos são externos, nenhum incentivo na busca de formas de produção que levem a um menor nível de poluição por unidade do produto são introduzidas no mercado. Desenvolvimento Sustentável O Limite do Modelo de Crescimento Econômico Modelo World 3,que tentou capturar as inter-relações entre população, produto agrícola,crescimento econômico, uso dos recursos, e poluição. Equipe do MIT (1972) Os Limites Básicos para o Modelo de Crescimento ( rodada de 1972) Um Modelo Mundial Sustentável ( rodada de 1992) “A capacidade de carga do planeta Terra poderá ser ultrapassada sem que ocorram grandes catástrofes ambientais. Entretanto, como não se conhece qual é essa capacidade de carga, e que será muito útil conhecê-la com precisão, é necessário adotar uma postura precavida que implica agir sem esperar para ter certeza.” ( ROMEIRO 2003) “Desenvolvimento Sustentável é aquele que satisfaz as necessidades atuais sem sacrificar a habilidade do futuro de satisfazer as suas.” ( Relatório Brundtland-CMMAD,1988) Desenvolvimento Sustentável Perspectivas teóricas Nicholas Georgescu-Roegen (1971) arcabouço teórico fundamental à análise da Economia Ecológica. Analisou as relações entre entropia e Economia o processo econômico é entrópico: transforma baixa entropia em alta entropia. Insuficiência da noção de desenvolvimento econômico, pois quando retrata apenas crescimento econômico, reduz sociedades diversificadas e historicamente ricas ao rótulo do subdesenvolvimento. Economia dos Recursos Naturais objetiva o uso ótimo dos recursos renováveis e não renováveis ( fonte de insumo e capacidade de assimilação de impactos) Visão implícita de Infinitude Economia Ambiental ênfase na questão da poluição, percebida como uma externalidade do processo de produção e consumo, a ser tratada nos mecanismos de internalizarão dos custos ambientais dos preços dos produtos. São consideradas de sustentabilidade fraca, pois não discutem uma escala adequada das atividades econômicas em relação aos ecossistemas. Economia Ambiental Neoclássica Perspectivas teóricas Uma hipótese alternativa é que a degradação ambiental tem a forma de uma curva U invertida em relação a renda, tal que a degradação cresce até um certo nível de renda e depois decresce, i.e., uma relação quadrática com a renda. Evidências mostram que muitas formas de degradação, por exemplo: poluição atmosférica nos grandes centros urbanos, saneamento e desmatamento, têm essa forma U invertida. Mas essa reversão acontece a níveis muito altos de renda (US$ 8-12 mil per capita) Perspectivas teóricas: Curva de Kuznets Ambiental Soluções ao problema da poluição, baseadas no livre funcionamento do mercado: Negociação Coaseana Eliminação do caráter público dos bens e serviços pela definição de direitos de propriedade sobre eles. Os Pigouvianos A poluição tem origem numa falha do sistema de preços, a ser resolvida pela internalizarão monetária desta externalidade Perspectivas teóricas Economia Ecológica Abordagem que considera o uso dos recursos naturais e as externalidades, com ênfase na capacidade dos ecossistemas, considerando custos e benefícios da expansão da atividade humana. vê o sistema econômico como um subsistema de um todo maior que o contém, impondo uma restrição absoluta à sua expansão Capital (construído) e Capital natural ( recursos naturais) são essencialmente complementares. Conhecida como sustentabilidade forte. Perspectivas teóricas Métodos de Valoração Ambiental Objetivo: métodos de valoração econômica do meio ambiente são úteis para análises de custo-benefício para decisões que afetam o bem-estar da população Aplicações: Priorização/seleção de investimentos Precificação Dano ambiental (terceiros e difuso) Contabilidade (social e privada) 16 Taxonomia dos Valores Ambientais O valor econômico de um recurso ambiental (VERA) pode ser decomposto da seguinte forma: VERA = (VUD + VUI + V0) + VE Onde: VUD = valor de uso direto VUI = valor de uso indireto VO = valor de opção VE = valor de não-uso ou de existência VUD : valor atribuído à utilização direta de um recurso Exemplos: Extração, visitação ou outra atividade de produção ou consumo direto; VUI : Valor derivado das funções ecossistêmicas Exemplo: a proteção do solo e a estabilidade climática decorrente da preservação das florestas; VO : valor atribuído à preservação de recursos ameaçados, que podem ser utilizados direta ou indiretamente no futuro. Exemplo: o benefício advindo de fármacos desenvolvidos com base em propriedades medicinais ainda não descobertas de plantas VE : valor não associado ao uso atual ou futuro e que reflete questões morais, culturais, éticas ou altruísticas em relação aos direitos de existência das espécies e riquezas naturais Exemplo: mobilização para salvamento de espécies em extinção Taxonomia dos Valores Ambientais Métodos de Valoração Ambiental Função de produção: Método da produtividade marginal Função de demanda Preços hedônicos Custos de viagem Valoração contingente Método da produtividade marginal Utilizado quando o recurso ambiental é usado como insumo na produção; Procura uma mudança na produção decorrente da mudança na qualidade do insumo; Exemplo: valor do solo (não seu preço, mas sua capacidade de produção) medido pela perda de produtividade quando alteradas suas características Método Custo de Viagem Método para estimar o valor de uso recreativo através dos gastos incorridos pelos visitantes de um lugar; Usa questionário aplicado a uma amostra de visitantes; Perguntas buscam captar a origem do visitante, nível de renda, gastos médios com lazer etc. Referências PRODEMA – GESTÃO ECONÔMICA DE RECURSOS NATURAIS E POLÍTICA AMBIENTAL 0 – PROF. ROGÉRIO CÉSAR TIETENBERG, T. (1996). Cap. 3 - Proprety rights, externalities, and environmental problems (pp. 40-65). DONAIRE, D. Gestão Ambiental na Empresa.2ª Edição. Atlas,2011. MAY, P. H. Economia do meio ambeinte. Campus, 2003. MOTTA, R.S. Economia Ambiental.FGV,2006. MERICO, L.F.K. Introdução à Economia Ecológica. FURB,1996.
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