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semana 10

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Semana Aula: 10 pelo plano de aula - aula de 11/04/2018
Poder de Policia
Estrutura de Conteúdo
1. Considerações Iniciais
2. Conceito e principais características de Poder de Polícia
3. Polícia Administrativa e Polícia Judiciária
4. Formas de Atuação do Poder de Polícia
5. Remuneração pelo Exercício do Poder de Polícia
6. Limites do Poder de Polícia
7. Competência
8. Atributos do Poder de Policia
8.1. Discricionariedade
8.2. Autoexecutoriedade
8.3. Coercibilidade
9. Momentos do Poder de Policia
9.1. Ordem de Policia
9.2. Consentimento de Policia
9.3. Fiscalização de Policia
9.4. Sanção de Policia
10. Prescrição das medidas de Policia
6 PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
6. Poder de Polícia
Vamos usar 2 conceitos:
Doutrina Hely: é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado”
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
Doutrina Marcelo Caetano: É o modo de atuar da autoridade administrativa que consiste em intervir no exercício das atividades individuais suscetíveis de fazer perigar interesses gerais, tendo por objeto evitar que se produzam, ampliem ou generalizem os danos sociais que a lei procura prevenir. 
6 PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
6. Poder de Polícia
Vamos usar 2 conceitos:
Doutrina Marçal Justen: o poder de polícia administrativa é a competência administrativa de DISCIPLINAR o exercício da autonomia privada para a realização de direitos fundamentais e da democracia, segundo princípios da legalidade e da proporcionalidade. 
PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA: 
 Atividade Administrativa
 Limita o exercício dos direitos individuais
 Em benefício da segurança e do bem estar da coletividade 
Críticas doutrinárias ao termo “PODER DE POLÍCIA” :
 Remete a ideia de poder que restringe direitos de forma inicial, preliminar, à frente, o que não é correto, pois esta função é do LEGISLADOR e não do Administrador. 
 Traz uma ideia de de uso indiscriminado da discricionariedade na intervenção do Estado na vida privada o que não é correto. 
- O “poder de polícia” advém da construção histórica “poder de império” – mais próximo com a sua atribuição seria: Administração Ordenadora (doutrina Carlos Ari Sundfeld). 
6 PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
CARVALHINHO - “PODER DE POLÍCIA” comporta dois sentidos:
Amplo: toda e qualquer ação restritiva do Estado em relação aos direitos individuais. 
Corrolário: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. (Art. 5º, II, CF) 
 Restrito: se configura como atividade administrativa, é verdadeira prerrogativa conferida aos agentes da administração consistente no poder de restringir e condicionar a liberdade e a propriedade. 
MARIA SYLVIA DI PIETRO – PODER DE POLÍCIA :
Conceito clássico: Poder de polícia compreendia a atividade estatal que limitava o exercício dos direitos individuais em BENEFÍCIO DA SEGURANÇA
Conceito moderno: Poder de polícia é a atividade do Estado consistente em limitar o exerício dos direitos individuais EM BENEFÍCIO DO INTERESSE PÚBLICO. 
2. Conceito e principais características de Poder de Polícia
Vimos que no CONCEITO de PODER POLÍCIA são distintos:
É a faculdade da Administração Pública para restringir direitos (Hely)
É a competência administrativa de disciplinar o exercício da autonomia privada. (Marçal)
É a atividade da administração pública que limita ou disciplina o direito. (CTN) 
É o modo de atuar da autoridade administrativa que consiste em intervir no exercício das atividades individuais (Marcelo Caetano) 
É uma prerrogativa de direito público concedida a Administração Pública (Carvalhinho)
É o conjunto de restrições e condicionantes a direitos individuais em nome do interesse público. 
Como se CLASSIFICA o PODER DE POLÍCIA?
Em 3. 
1 – Polícia Administrativa 
2 – Polícia Judiciária 
3 – Polícia de Manutenção da ordem 
Na classificação do PODER DE POLÍCIA, onde se manifestam? 
1 – Polícia Administrativa : é inerente à toda a Administração Pública, existe em toda a Administração Pública. 
2 – Polícia Judiciária : PRIVATIVA DE UM ÓRGÃO 
3 – Polícia de Manutenção da ordem : PRIVATIVA DE UM ÓRGÃO 
POLÍCIA ADMINISTRATIVA versus POLÍCIA JUDICIÁRIA 
(Polícia Preventiva) (Polícia Repressiva) 
Impedir condutas não permitidas punir infrações penais 
Qual o FUNDAMENTO para existir o PODER DE POLÍCIA? 
Interesse social 
Supremacia que o Estado exerce sobre seu espaço, sobre as pessoas, bens e atividades. 
Nas normas de ordem pública que opõem condicionamentos e restrições aos direitos individuais em favor da coletividade 
Na classificação do PODER DE POLÍCIA, onde se manifestam? 
1 – Polícia Administrativa : é inerente à toda a Administração Pública, existe em toda a Administração Pública. 
2 – Polícia Judiciária : PRIVATIVA DE UM ÓRGÃO 
3 – Polícia de Manutenção da ordem : PRIVATIVA DE UM ÓRGÃO 
NOSSO OBJETO DE ESTUDO É A POLÍCIA ADMINISTRATIVA embora a Polícia Judiciária se enquadre no âmbito da função pública, ou seja, representam atividades de gestão de interesses públicos. 
POLÍCIA ADMINISTRATIVA
É a atividade da Administração que se exaure em si mesma, ou seja, inicia e se completa no âmbito da função administrativa. 
DIFERENTE DA.... 
POLÍCIA JUDICIÁRIA
É a atividade que PREPARA PARA A ATUAÇÃO JURISDICIONAL PENAL, regulada pelo CPP(art. 4º) e executada por órgãos de segurança – POLÍCIA CIVIL e POLÍCIA MILITAR. 
POLÍCIA ADMINISTRATIVA
É a atividade da Administração que se exaure em si mesma, ou seja, inicia e se completa no âmbito da função administrativa. 
DIFERENTE DA.... 
POLÍCIA JUDICIÁRIA
É a atividade que PREPARA PARA A ATUAÇÃO JURISDICIONAL PENAL, regulada pelo CPP(art. 4º) e executada por órgãos de segurança – POLÍCIA CIVIL e POLÍCIA MILITAR. 
E há mais uma diferença.... 
Polícia Administrativa: incide sobre as ATIVIDADES dos indivíduos 
Polícia Judiciária: incide sobre o próprio INDIVÍDUO a quem se atribui o ILÍCITO PENAL. 
E mais uma diferença:
Polícia Administrativa: na maioria das vezes atua PREVENTIVAMENTE (também atua repressivamente, por exemplo, quando fecha um estabelecimento comercial)
Polícia Judiciária: na maioria das vezes atua REPRESSIVAMENTE a partir do ilícito penal (também atua preventivamente evitando a prática de delitos) 
Qual o OBJETO E FINALIDADE do PODER DE POLÍCIA? 
É todo bem, direito ou atividade que possa afetar a coletividade 
É todo bem, direito ou atividade que possa colocar em risco a segurança das pessoas 
É todo bem, direito ou atividade que possa colocar em risco a segurança nacional 
Apenas os direitos materiais são protegidos pelo PODER DE POLÍCIA? 
Não. Também são protegidos: o patrimônio moral, espiritual, cultural da sociedade
Os bens e direitos protegidos pelo PODER DE POLÍCIA é nos dias atuais de grande amplitude. Exemplo: proteção à moral e aos bons costumes, a preservação da saúde pública, o controle das publicações, a segurança das construções, dos transportes, a segurança nacional.
Em que se funda o PODER DE POLÍCIA? 
Regulamentação pelo Poder Público 
Controle pelo Poder Público 
Contenção pelo Poder Público 
 
Quais os LIMITES do PODER DE POLÍCIA? 
CONCILIAR: Interesse social (conjugado com) direitos fundamentais do indivíduo
Ponto de EquilíbrioAgir com cautela nunca se servindo de meios mais energéticos que os necessários 
Quais os ATRIBUTOS do PODER DE POLÍCIA? 
São específicos para cada tipo de Polícia. No caso a Polícia Administrativa: 
Discricionariedade 
Autoexecutoriedade 
Coercibilidade 
Vejamos cada um dos atributos separadamente >>>>
Quais os ATRIBUTOS do PODER DE POLÍCIA? 
Discricionariedade 
Atenção: é controvertido na doutrina. 
1 – Traduz-se na livre escolha pela Administração da oportunidade e conveniência de exercer o poder de polícia, bem como de aplicar as sanções e empregar os meios conducentes e atingir o fim colimado, que é a proteção de algum interesse público. (Doutrina HELY) 
2 – Há casos em que a lei impõe o ato vinculado, prevendo requisitos diante dos quais a Administração tem que cumprir. Outros casos é ato discricionário porque a lei consente a Administração aprecie a situação concreta e decida se deve ou não conceder a autorização, diante do interesse público. (Doutrina DI PIETRO) 
3 – A Administração quanto aos atos a ela relacionados, dispõe de uma razoável liberdade de atuação podendo valorar a oportunidade e conveniência de sua prática, estabelecer o motivo e escolher, dentro dos limites legais, seu conteúdo. A finalidade do ato de polícia, como a finalidade de qualquer ato administrativo, é requisito sempre vinculado e traduz-se na proteção do interesse da coletividade. (VICENTE PAULO) 
Quais os ATRIBUTOS do PODER DE POLÍCIA? 
b)	Autoexecutoriedade
A Administração Pública pode tomar as providências que modifiquem imediatamente a ordem jurídica, IMPONDO DESDE LOGO AS OBRIGAÇÕES AOS PARTICULARES, com vistas ao interesse coletivo. 
É a prerrogativa de PRATICAR ATOS e COLOCÁ-LOS EM IMEDIATA EXECUÇÃO, sem dependência à manifestação judicial. 
Verificada a presença dos pressupostos legais do ato, a Administração Pública pratica-o imediatamente e o executa de forma integral. 
O exercício do PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA não depende de outro PODER para torná0lo efetivo. 
HÁ EXCEÇÕES.......
Quais os ATRIBUTOS do PODER DE POLÍCIA? 
b)	Autoexecutoriedade
HÁ EXCEÇÕES.......
Há atos que não autorizam a imediata execução pela Administração. 
Exemplo: Multas – cobrança é feita por via judicial. 
Quais os ATRIBUTOS do PODER DE POLÍCIA? 
Coercibilidade (ou IMPERATIVIDADE em algumas doutrinas)
Esta característica estampa o GRAU DE IMPERATIVIDADE de que se revestem os atos de polícia. 
Intrínseco a esta característica o PODER QUE TEM A ADMINISTRAÇÃO DE USAR A FORÇA, caso necessária. 
Esta característica é decorrente do ius imperii (Poder de Império) estatal. Por isso em algumas doutrinas usa-se o nome IMPERATIVIDADE no lugar de COERCIBILIDADE. 
Como ATUA a Administração Pública no exercício do PODER DE POLÍCIA (formas de atuação)? 
Através de atos normativos e atos concretos – através de decretos, regulamentos, portarias, resoluções, instruções e outros meios (licenças e autorizações) – RESTRINGE ou LIBERA direitos e bens. 
Exemplo: através de atos normativos: restrição as edificações (construções) / 
Através de atos concretos: Concessão de licença para construir. 
b) Através de determinações e consentimentos estatais – os atos de polícia tem DUPLA qualificação – a primeira de constituir determinada ordem pública e a segunda de consentir aos pedidos formulados pelos indivíduos determinada autorização. 
Exemplo: Lei 10.826/2003 – Estatuto do desarmamento. Autorização para compra de arma de fogo (art. 4º) e autorização para porte (art. 10). 
Como ATUA a Administração Pública no exercício do PODER DE POLÍCIA (formas de atuação)? 
c) Através de Atos de Fiscalização - não adiantaria deter o Estado o poder de impor restrições aos indivíduos se não dispusesse dos mecanismos necessários à fiscalização da conduta destes. Assim, o poder de polícia reclama AGENTES FISCALIZADORES da CONDUTA DOS INDIVÍDUOS. 
 FISCALIZAÇÃO se dá em dois momentos: preventivo (impedir o dano social) e repressivo (conduta ilegal do administrado). 
Exemplo: Construção clandestina em área pública. Sujeita à demolição, não sujeita à retenção, nem indenização por benfeitorias.
d) Através de sanções – é o ato punitivo que o ordenamento jurídico prevê como resultado de uma infração administrativa, suscetível de ser aplicado por órgãos da Administração. 
 Aplica-se a sanção administrativa quando o administrado comete: INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA (comportamento típico, antijurídico e reprovável idôneo a ensejar a aplicação de sanção administrativa. 
Atenção: SANÇÕES são aquelas que espelham uma PUNIÇÃO a alguém que tenha infringido a norma administrativa. Não se fala em sanção administrativa quando MEDIDAS ADMINISTRATIVAS forem tomadas de forma preventiva. 
Exemplo: Interdição de um estabelecimento. Pode ser ATO PUNITIVO pela prática de infração grave como pode ser MEDIDA ADMINISTRATIVA por falta do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, por exemplo. 
Atos oriundos do PODER DE POLÍCIA para serem LEGÍTIMOS precisam: 
Estarem revestidos dos mesmo requisitos DOS ATOS ADMINISTRATIVOS. 
São 5 (a lembrar da aula que tratamos dos ATOS ADMINISTRATIVOS): 
1 – competência 
2 – forma (da lei) 
3 – Objeto 
4 – Finalidade 
5 – Motivo 
Qual dos princípios administrativos É FUNDAMENTAL PARA O EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA? 
Princípio da PROPORCIONALIDADE – caso não haja proporcionalidade entre a MEDIDA ADOTADA e o FIM A QUE SE DESTINA incorrerá a autoridade administrativa em ABUSO DE PODER – E INVALIDAÇÃO PELA VIA JUDICIAL (PODENDO SER ATACADO POR MANDADO DE SEGURANÇA). 
10. Prescrição das medidas de Policia
PRESCRIÇÃO
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
LEI No 9.873, DE 23 DE NOVEMBRO DE 1999.
Estabelece prazo de prescrição para o exercício de ação punitiva pela Administração Pública Federal, direta e indireta, e dá outras providências.
Art. 1o  Prescreve em CINCO ANOS a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado.
§ 1o  Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, se for o caso.
5. Remuneração pelo Exercício do Poder de Polícia
Lembram-se da definição do PODER DE POLÍCIA no Código Tributário Nacional?
Art. 78. Considera se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público  concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
O PODER DE POLÍCIA SE REFERE AO PODER DE FISCALIZAÇÃO que a Administração Pública exerce sobre os administrados, não se confundindo com as atividades de manutenção da ordem ou segurança pública e nem com as da polícia judiciária. 
As taxas são tributos cujo fato gerador é configurado por uma atuação estatal específica, referível ao contribuinte, que pode consistir: no exercício regular do poder de polícia, ou na prestação ao contribuinte, ou colocação à disposição deste, de serviço público específico e divisível (art. 145, II, da CF e art. 77, do CTN
A receita com impostos financia os serviços públicos indivisíveis, enquanto as taxas financiam serviços públicos divisíveis. 
Ex. paga-se uma taxa para receber um alvará de funcionamento. 
paga-se uma taxa de coleta de lixodomiciliar (DIVISÍVEL: PESSOA(S) DETERMINADA(S))
5. Remuneração pelo Exercício do Poder de Polícia
Lembram-se da definição do PODER DE POLÍCIA no Código Tributário Nacional?
Art. 78. Considera se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público  concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
As taxas de serviço têm por fato gerador uma atuação estatal consistente na execução de um serviço público, específico e divisível, efetivamente prestado ou posto à disposição do contribuinte – Art. 145, II CF
As taxas de serviço só se justificam pelo exercício regular do poder de polícia na esfera de competência própria. 
O contribuinte da taxa será a pessoa que provoca a atuação estatal caracterizada pelo exercício do poder de polícia, ou a pessoa a quem seja prestada (ou à disposição de quem seja colocada) a atuação do Estado. 
 
No caso dos serviços que ensejam a cobrança de taxa, sua necessária divisibilidade pressupõe que o Estado os destaque ou especialize. Assim, a partir do momento em que o Estado se aparelha para executar o serviço, está atendida a exigência de especificação. 
5. Remuneração pelo Exercício do Poder de Polícia
Lembram-se da definição do PODER DE POLÍCIA no Código Tributário Nacional?
A taxa é um tributo, sendo desta forma, objeto de uma obrigação instituída por lei. 
Características da taxa: 
efetividade, potencialidade, especificidade e divisibilidade. 
Caso falte qualquer das características acima, NÃO CONFIGURA TAXA E SIM QUALQUER OUTRO TRIBUTO. - Art. 79 CTN
Atenção: NÃO CONFUNDIR – Taxa com TARIFA ou PREÇO PÚBLICO - é uma obrigação contratual. O preço público é uma obrigação assumida voluntariamente, ao contrário da taxa de serviço, que é imposta pela lei a todas as pessoas que se encontrem na situação de usuários de determinado serviço público. 
Exemplo: Pedágio da Linha Amarela – Tarifa (preço público é o outro nome para tarifa). 
As taxas: 
Se submetem ao regime de Direito Público (no caso Tributário). 
Arrecadam receita derivada (derivam de alguma ATIVIDADE) 
Só podem ser arrecadadas por pessoa jurídica de Direito Público. 
Obedecem aos princípios tributários. 
Não admite rescisão. 
Tem cobrança compulsória. 
Caso Concreto:
João, comerciante experimentado, fundado na livre iniciativa, resolve pedir à administração do município Y que lhe outorgue o competente ato para instalação de uma banca de jornal na calçada de uma rua. 
Considerando a situação narrada, indaga-se: 
Pode o Município Y se negar a outorgar o ato, alegando que considera desnecessária a referida instalação? Fundamente. 
b)	Pode o município Y, após a outorga, rever o ato e o revogar? Neste caso é devida indenização a João? Fundamente. 
c)	Caso o ato de outorga previsse prazo para a duração da utilização do espaço público, seria devida indenização se o Poder Público resolvesse cancelar o ato de outorga antes do prazo? Fundamente.
Caso Concreto:
A resposta deve abordar (indicação de gabarito) 
Tem o direito negar. Ato discrionário (conceituar). 
Pode revogar a qualquer tempo. Tipo do Ato: precário (conceituar). Indenização não cabe fundamentar. 
Se a Administração deu prazo. Deve cumprir. Revogação de ato com prazo determinado pela própria Administração enseja indenização por prejuízos. (fundamentar).
ANALISES DE CASOS CONCRETOS ACERCA DA MATÉRIA (JURISPRUDÊNCIAS E NOTÍCIAS)
Supremo Tribunal Federal STF - AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO : RE 392224 SP
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINARIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE LOCALIZAÇÂO E FUNCIONAMENTO. PODER DE POLÍCIA. LEGITIMIDADE.
Ementa
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINARIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. TAXA DE LOCALIZAÇÂO E FUNCIONAMENTO. PODER DE POLÍCIA. LEGITIMIDADE.
1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de ser legítima a instituição de taxa de localização e funcionamento pelo município, em decorrência de seu poder de polícia. Entendimento reafirmado em sede de repercussão geral, no RE 588.322, da relatoria do ministro Gilmar Mendes.
2. Agravo regimental desprovido.
STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 1290541 RJ 2011/0260311-5 (STJ)
Jurisprudência•Data de julgamento: 13/12/2011
Ementa: ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. PODER DE POLÍCIA. VEÍCULOUTILIZADO NA PRÁTICA DE CONTRABANDO. PENA DE PERDIMENTO. NECESSIDADEDE PROCESSO ADMINISTRATIVO E COMPROVAÇÃO DE MÁ-FÉ. 
Trata-se de ação proposta pelo rito ordinário objetivando anulação de ato administrativo que determinou a perda de perdimentode veículo de propriedade da parte autora em decorrência deapreensão de mercadorias. 
Os órgãos julgadores não estão obrigados a examinar todas as teses levantadas pelo jurisdicionado durante um processo judicial,bastando que as decisões proferidas estejam devida e coerentemente fundamentadas, em obediência ao que determina o art. 93 , inc. IX , daConstituição da República vigente. 
Isto não caracteriza ofensa aoart. 535 do CPC . Precedentes. 3. Quanto ao mérito, o Tribunal a quo consignou (fl. 103): "[d]efato, não há como se comprovar o envolvimento da empresa-autora naprática do descaminho, não se vislumbrando indícios suficientes deque o proprietário do veículo é o responsável pelas mercadoriastransportadas sem cobertura fiscal". 4. O Tribunal de origem manteve-se fiel à jurisprudência desta CorteSuperior, segundo a qual não cabe a aplicação da pena de perdimentode bens quando não forem devidamente comprovadas, por meio deregular processo administrativo, a responsabilidade e a má-fé doproprietário de veículo na prática do ilícito. 5. Recurso especial não provido.
STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 1182274 SP 2010/0030611-6 (STJ)
Jurisprudência•Data de julgamento: 16/12/2010
Ementa: ADMINISTRATIVO. PODER DE POLÍCIA. FÁRMACIA. DROGARIA.COMERCIALIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS E CORRELATOS. NATUREZA VINCULADA.VENDA DE PRODUTOS DIVERSOS. IMPOSSIBILIDADE. 1. As razões do recorrente consubstanciam-se na impossibilidade decomercialização de produtos diversos de medicamentos e seuscorrelatos em drogarias e farmácias. 2. Esta assertiva coaduna-se com a jurisprudência desta Corte, quejá estabeleceu que "a licença para funcionamento de farmácia oudrogaria constitui ato de natureza vinculada, sendo vedada autilização das dependências desses estabelecimentos para fim diversodo previsto no licenciamento (Lei 5.991 , arts. 21 e 55 ). Portanto,não há plausibilidade jurídica da utilização desses estabelecimentospara vender alimentos ou utilitários domésticos.". 3. Recurso especial provido
STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 1275585 PR 2011/0148816-5 (STJ)
Jurisprudência•Data de julgamento: 06/12/2011
Ementa: ADMINISTRATIVO. PODER DE POLÍCIA. COMPROVAÇÃO DE CAPACIDADE TÉCNICAE APTIDÃO PSICOLÓGICA SOMENTE PARA A AQUISIÇÃO E REGISTRO DE ARMA DEFOGO. DISTINÇÃO DOS REQUISITOS PARA O PORTE. 1. Na origem, trata-se de mandado de segurança impetrado por RosaneFrossard Rodrigues contra ato praticado pelo Secretário de Estado daJustiça e da Cidadania, consistente no indeferimento de seu pedidoadministrativo para que fosse atestada a sua capacidade técnica e asua aptidão psicológica para manuseio de arma de fogo, sem as quaisnão pode portar a pistola, marca Tauros, Calibre 380, quelicitamente adquiriu e que está registrada em seu nome. 2. No que tange à alegada contrariedade aos arts. 6º do Estatuto doDesarmamento e 36 do Decreto n. 5.123 /2004, diante de supostausurpação de competência concorrente do Estado do Paraná de legislaracerca do tema, sabe-se que a distribuição de competêncialegislativa entre os entes da federação se cuida de matériaconstitucional e, no caso, especificamentedo art. 24 da CR/88 .3 . É cediço que o Superior Tribunal de Justiça não tem a missãoconstitucional de interpretar dispositivos da Lei Maior. Cabe taldever ao Supremo Tribunal Federal, motivo pelo qual não se podeconhecer da questão relativa à suposta usurpação de competência deum ente político por outro por meio deste recurso especial.4. Quanto à alegada contrariedade ao arts. 4º e 10 da Lei n. 10.826 /2003 e 16, § 2º, do Decreto n. 5.123 /2004, o recorrentepretende não exclusivamente manter a arma no interior de suaresidência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seulocal de trabalho, mas o porte daquela, embora tenha comprovado,conforme premissa de fato fixada pela origem, tão somente acapacidade técnica e a aptidão psicológica imprescindíveis àaquisição e registro de arma de fogo.5. De fato, a simples aquisição e o registro de arma de fogo de usopermitido não se confundem com o porte, porquanto a capacidadetécnica e a aptidão psicológica são exigidos de forma diversa e emsituações...
STF - AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO AI 721577 RJ (STF)
Jurisprudência•Data de julgamento: 20/03/2012
Ementa: Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. TAXA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. PODER DE POLÍCIA. LEI 9.782 /99. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedente : AI 613.553 , decisão monocrática, da Relatoria do E. Min. Março Aurélio, DJe 04.12.2006, com trânsito em julgado em 08.01.2007. 2. In casu, o acórdão recorrido assentou: “TRIBUTÁRIO – TAXA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – LEI Nº 9.782 /99. I- A Lei nº 9.782 /99, ao definir o Sistema de Vigilância Sanitária e criar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, estabeleceu a Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária a ser cobrada, por aquele ente público, de pessoas físicas e jurídicas que fabricam, distribuem e vendem produtos e prestam serviços elencados no art. 8º do mencionado diploma legal. II- A Taxa de Vigilância Sanitária, cobrada em função do poder de polícia exercido pela ANVISA, não tem base de cálculo semelhante a outra espécie tributária, ou seja, o faturamento, pois, no caso, este elemento é considerado apenas para efeito de enquadramento fiscal, levando em conta o tamanho da empresa, até porque a taxa é cobrada em valor fixo, não importando o lucro ou faturamento efetivo alcançado pelo contribuinte. III –Não existe afronta ao art. 145 , § 2º da CF/88 , uma vez que a graduação segundo a capacidade econômica do contribuinte, prevista no texto constitucional , diz respeito a impostos, espécie de tributo não vinculado, e a taxa é um tributo estritamente vinculado ao exercício do poder de polícia pela Administração Pública. IV – Não existe violação ao princípio da igualdade, posto que a vigilância em torno de produtos fumígenos é bem mais onerosa do que de outros produtos, inclusive as bebidas, visto os malefícios causados pelo tabagismo ao ser humano, que estão enumerados no art. 2º da Resolução RDC...
(19/02/2018 – Folha de São Paulo) 
Relatora de decreto quer que militares tenham poder de polícia no Rio 
Laura Carneiro (MDB-RJ) apresentará texto da intervenção federal na Câmara 
A relatora do decreto de intervenção federal no Rio de Janeiro a deputada Laura Carneiro (MDB/RJ) vai propor ao presidente Michel Temer que os militares que atuem no Estado tenham poder de polícia. 
O documento pode ser votado ainda nesta segunda-feira (19) na Câmara dos Deputados – e depois segue ao Senado – para permitir ou vetar a permanência da intervenção no Rio de Janeiro. 
A medida é uma tentativa de evitar um limbo jurídico que permitiria, em tese, que estes militares sejam julgados pela Justiça comum e não pela Justiça Militar caso cometam alguma irregularidade durante as ações militares. 
PERGUNTA-SE: QUE TIPO DE PODER DE POLÍCIA TRATA A MATÉRIA? 
Neste caso poder de polícia judiciária (atua com base no Código Penal). Diferente do Poder de Polícia Administrativo, que ora estudamos hoje. O Poder de polícia administrativo tem como fundamento as normas de Direito Administrativo. 
Página da Prefeitura do Rio de Janeiro 
Guarda Municipal do Rio de Janeiro - GM-Rio
A GUARDA NA LEGISLAÇÃO
31/05/2011 15:19:00 
Constituição Federal
As atribuições das Guardas Municipais estão traçadas no Capítulo III da Constituição Federal (de 5 de outubro de 1988), que trata da segurança pública. O parágrafo 8º do artigo 144 estabelece que os municípios poderão criar Guardas Municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.(...)
 
Constituição Estadual
A criação de Guardas Municipais é também autorizada no parágrafo 1º do artigo 183 da Constituição Estadual do Rio de Janeiro. Esse artigo estabelece que as Guardas devem agir na proteção do patrimônio municipal, colaborando na segurança pública junto a órgãos estaduais: Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
Continua....
Página da Prefeitura do Rio de Janeiro 
continuação 
Lei Orgânica do Município 
Na esfera municipal, o artigo 30 da Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro fundamenta-se na Constituição Federal e determina a instituição de Guardas Municipais especializadas, que não façam uso de armas. Esta lei estabelece as funções institucionais da Guarda Municipal do Rio de Janeiro:
a) Proteger seus bens, serviços e instalações;
b) Organizar, dirigir e fiscalizar o tráfego de veículos em seu território;
c) Assegurar o direito da comunidade de desfrutar ou utilizar os bens públicos, obedecidas as prescrições legais;
d) Proteger o meio ambiente e o patrimônio histórico, cultural e ecológico do município;
e) Oferecer apoio ao turista nacional e estrangeiro.
 
Lei de Criação da Empresa Municipal de Vigilância / Guarda Municipal 
A Guarda Municipal do Rio de Janeiro foi criada pela Lei 1.887, de 27/07/92, com alterações determinadas pela Lei Municipal 2.612, de 23/12/97, que estabelece suas funções institucionais:
 
Artigo 1º - Fica o Poder Executivo autorizado a criar a Guarda Municipal do Rio de Janeiro e a Empresa Municipal de Vigilância.
PODE UMA “EMPRESA PÚBLICA” TER PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA? OU SEJA, FISCALIZAR, IMPOR SANÇÕES, MULTAR ETC.? 
Não. Pois uma Empresa Pública pode ser instituída com natureza jurídica de direito público ou privado. A questão é, sendo empresa, visa lucratividade. Não poderia neste caso ter PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA, incompatível com sua natureza jurídica. 
SOLUÇÃO dada pela Prefeitura do Rio de Janeiro no exemplo em que criou a Empresa Municipal de Vigilância . Transformou a Empresa Pública de Vigilância em AUTARQUIA, pessoa jurídica de direito público, instituída por lei e sem fins lucrativos, conforme abaixo: 
Autarquia
Em 15 de outubro de 2009 entrou em vigor a Lei Complementar nº100 que extinguiu a Empresa Municipal de Vigilância S.A. e criou a autarquia denominada Guarda Municipal na estrutura da administração indireta da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro com as seguintes funções institucionais:
FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL  MUNICIPAL
        A fiscalização ambiental no Município do Rio de Janeiro é atribuição da Coordenadoria de Fiscalização Ambiental (CFA) da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC). Esta Coordenadoria é parte integrante da Coordenadoria Geral de Controle Ambiental (CGCA) da SMAC, juntamente com as coordenadorias de licenciamento e de monitoramento ambiental.
 
A CFA atua de forma descentralizada, sendo composta por quatro Gerências Técnicas Regionais e por duas bases da Patrulha Ambiental, atendendo às reclamações de crimes ambientais e de poluição sonora.
Os procedimentos de fiscalização ambiental da SMAC seguem a legislação ambiental vigente e consistem basicamente em vistorias e aplicação das sanções administrativas previstas em Lei, tais como notificações, advertências, multas, interdições ou embargosem empreendimentos ou atividades causadores de crimes ambientais e de poluição sonora.
3) Quais os tipos de reclamação que a CFA atende?
R: São atendidas às reclamações relativas aos itens abaixo listados:
Extração Mineral - Fiscalização de remoção e movimentação de terra, implosão de pedras, desconfiguração do terreno ou captação de água.
Danos à Flora: Fiscalização de danos à flora provocados por: atividade irregular, construção irregular, desmatamento, corte / sacrifício de árvore, aterro e retirada e comércio ilegal de flora silvestres.
 Danos à fauna: Fiscalização de caça e captura de animais silvestres, comércio ilegal de animais silvestres, pesca, animais em cativeiro e resgate de animais (*).
Poluição: Fiscalização de poluição atmosférica, hídrica, do solo e sonora (**).
Notícia
A Justiça de Araçatuba (SP) proibiu que profissionais da Guarda Municipal da cidade possam ter os mesmos poderes que a Polícia Militar do município. A decisão foi tomada com base em uma ação do Ministério Público que considera o poder de polícia para a Guarda Municipal uma prática inconstitucional.
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De acordo com a Justiça, há quase dois anos uma lei federal permitiu que os guardas municipais de todo o país abordassem pessoas suspeitas na rua, fizessem investigações de crimes e desempenhassem essas e outras funções que são realizadas pela polícia. A partir de agora, a decisão determina que a corporação deixe de realizar os trabalhos.
Para a Vara da Fazenda Pública de Araçatuba, a Guarda Municipal deve voltar a responder apenas pela proteção de bens e serviços do município. Caso a sentença não seja cumprida, a prefeitura pode ter que pagar multa. A prefeitura de Araçatuba informou que já está cumprindo a decisão.
Guarda Municipal: são órgãos integrantes da ordem pública municipal. NÃO TEM PODER DE POLÍCIA JUDICIÁRIA E NEM PODER DE POLÍCIA ADMINISTRATIVA. A Guarda Municipal caso observe infração à ordem pública deve atuar em conjunto com os agentes fiscalizadores municipais e com as polícias corporativas (Polícia Militar e Polícia Civil). 
Conhecem o CÓDIGO DE POSTURAS do nosso Município?
Todo município possui. 
É um bom exemplo do PODER DE POLÍCIA do ente municipal. Porque: 
Já é por si só PODER DE POLÍCIA pois é um ATO NORMATIVO do poder municipal que restringe e libera direitos. 
Caso munícipe caso não cumpra as determinações do código de posturas sofrerá certamente o PODER DE POLÍCIA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA MUNICIPAL que, usando a COERCIBILIDADE, AUTOEXECUTORIEDADE E DISCRICIONARIEDADE tomará medidas para restabelecer a ordem pública. 
O poder público municipal fiscaliza o cumprimento do código de posturas e o descumprimento gera fiscalização, multas, sanções e até isenções, conforme se observa em vários artigos. 
Vamos conhecer alguns desses artigos? 
DECRETO Nº 29.881, DE 18 DE SETEMBRO DE 2008
CONSOLIDA AS POSTURAS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais; e, CONSIDERANDO a necessidade de rever e atualizar as normas relativas ao exercício das atividades econômicas no Município;
CONSIDERANDO a necessidade de reunir e consolidar a legislação de posturas municipais; e,
CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar as leis que substituíram ou complementaram os diversos Regulamentos da Consolidação das Posturas Municipais, aprovado pelo Decreto 1.601/78; DECRETA:
(...) 
I - Livro I - Posturas Referentes ao Licenciamento e Funcionamento de Atividades Econômicas.
Regulamento nº 1 - Do Licenciamento e Funcionamento das Atividades Econômicas exercidas em áreas particulares.
Regulamento nº 2 - Da Autorização e Exercício das Atividades Econômicas Exercidas em Área Pública.
Regulamento nº 3 - Da Exibição e Exploração de Publicidade.
DECRETO Nº 29.881, DE 18 DE SETEMBRO DE 2008
CONSOLIDA AS POSTURAS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Regulamento nº 1 - Sobre Fogos de Artifício.
Regulamento nº 2 - Da Proteção Contra Ruídos.
Regulamento nº 3 - Das Pipas, Papagaios, Pandorgas e Semelhantes.
Regulamento nº 4 - Da Construção de Canteiros Jardinados e/ou Colocação de Dispositivos Especiais nos Passeios dos Logradouros Públicos.
Regulamento nº 5 - Da Construção, Manutenção e Conservação de Calçadas e dos Logradouros Públicos.
Regulamento nº 6 - Da Conservação e Manutenção de Terrenos não Edificados.
Regulamento nº 7 - Da Defesa dos Cursos de Água.
ETC... 
DECRETO Nº 29.881, DE 18 DE SETEMBRO DE 2008
CONSOLIDA AS POSTURAS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Art. 33 É proibida a exposição, por estabelecimentos em geral, de quaisquer mercadorias nas ombreiras, janelas, marquises, fachadas ou vãos de porta e no passeio fronteiro à loja, inclusive na área de afastamento ou recuo.
§ 1º A proibição de exposição de mercadorias nas ombreiras, janelas, fachadas ou vãos de porta não se aplica aos estabelecimentos situados nas áreas das IX à XXII Região Administrativa.
(...) 
§ 3º Fica permitida a exposição de mercadorias em bancas colocadas nas calçadas fronteiras aos estabelecimentos, afastadas no máximo 1 (um) metro da testada, nos seguintes logradouros:
I - Calçadão de Campo Grande, assim definido o trecho da Rua Coronel Agostinho situado entre a Rua Cesário e Melo e a Rua Aurélio de Figueiredo;
II - Estrada do Portela, entre Av. Ministro Edgar Romero e Rua Dagmar da Fonseca;
III - Rua Dagmar da Fonseca;
(...) 
DECRETO Nº 29.881, DE 18 DE SETEMBRO DE 2008
CONSOLIDA AS POSTURAS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Art. 40 Não será permitido o licenciamento em favela das seguintes atividades:
I - Armazenagem classificada no inciso I do art. 31 do Decreto nº 322/76
II - Assistência médica e veterinária com internação
III - Comércio de produtos inflamáveis
IV - Distribuidora de gás
V - Indústria classificada no inciso I do art. 75 do Decreto nº 322/76
VI - Posto de serviço e revenda de combustíveis e lubrificantes
VII - Supermercado com área superior a 500 m² (quinhentos metros quadrados). (Redação dada pelo Decreto nº 35.388/2012)
Parágrafo único. As atividades que estejam submetidas às normas e regulamentos específicos para fins de licenciamento e alvará deverão ser aprovadas pelos órgãos competentes. (Redação acrescida pelo Decreto nº 31.122/2009)
(...) 
DECRETO Nº 29.881, DE 18 DE SETEMBRO DE 2008
CONSOLIDA AS POSTURAS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Art. 100 As infrações específicas cometidas por casas de diversão serão apenadas com as seguintes multas:
I - funcionar além do horário permitido: R$ 457,88 (quatrocentos e cinqüenta reais e oitenta e oito centavos);
II - obstruir, de qualquer forma, durante o funcionamento, portas, passagens ou corredores de circulação: R$ 457,88 (quatrocentos e cinqüenta reais e oitenta e oito centavos);
III - não manter em perfeito estado os equipamentos preventivos contra incêndio, as instalações de ar condicionado, as dependências sanitárias e outras: R$ 915,76 (novecentos e quinze reais e setenta e seis centavos);
IV - permitir o ingresso de pessoas além do limite permitido: R$ 915,76 (novecentos e quinze reais e setenta e seis centavos);
V - não manter durante o funcionamento as indicações de saída iluminadas e visíveis: R$ 457,88 (quatrocentos e cinqüenta reais e oitenta e oito centavos).
(...) 
DECRETO Nº 29.881, DE 18 DE SETEMBRO DE 2008
CONSOLIDA AS POSTURAS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Art. 101 A inobservância de plantão obrigatório de farmácias e drogarias, quando determinado pela Secretaria Municipal de Fazenda, será apenada com multa no valor de R$ 91,57 (noventa e um reais e cinqüenta e sete centavos).
Art. 102 A exposiçãode mercadorias em locais proibidos ou em desacordo com os limites previstos no art. 33 e parágrafos deste Regulamento será apenada com multa de R$ 45,78 (quarenta e cinco reais e setenta e oito centavos) a R$ 457,88 (quatrocentos e cinqüenta reais e oitenta e oito centavos), aplicada em dobro nas reincidências.
Art. 103 A execução de serviços profissionais e mecânicos em veículos em vias públicas sujeitará o infrator a multa de R$ 45,78 (quarenta e cinco reais e setenta e oito centavos) a R$ 457,88 (quatrocentos e cinqüenta reais e oitenta e oito centavos), aplicada em dobro nas reincidências.
Art. 104 A não-realização dos serviços de limpeza do passeio e a falta de colocação do recipiente de lixo previsto no art. 36, parágrafo único, deste Regulamento será apenada com a multa de R$ 228,94 (duzentos e vinte e oito reais e noventa e quatro centavos).
(...)
DECRETO Nº 29.881, DE 18 DE SETEMBRO DE 2008
CONSOLIDA AS POSTURAS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Art. 106 A ocorrência de qualquer infração, irregularidade ou ato que ponha em risco a incolumidade pública em decorrência da utilização de serviços de segurança pelos estabelecimentos sujeitará o infrator às seguintes penalidades:
I - advertência;
II - multa correspondente ao valor da Taxa de Licença para Estabelecimento cobrada para a concessão inicial do alvará, dobrada a cada reincidência, até o limite de R$ 3.663,08 (três mil, seiscentos e sessenta e três reais e oito centavos);
III - interdição do estabelecimento por prazo de 24 a 72 horas;
IV - cancelamento do Alvará de Licença para Estabelecimento.
§ 1º Na aplicação das sanções, serão considerados:
I - a natureza e a gravidade da infração;
II - os danos causados à segurança pública e à integridade física e moral do consumidor ou usuário;
III - os antecedentes do estabelecimento.
DECRETO Nº 29.881, DE 18 DE SETEMBRO DE 2008
CONSOLIDA AS POSTURAS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
Art. 110 Os supermercados e mercadinhos que não disponobilizarem balanças eletrônicas para uso dos consumidores serão apenadas com multa no valor de R$ 2.289,42 (dois mil, duzentos e oitenta e nove reais e quarenta e dois centavos), que será dobrada cumulativamente a cada reincidência.
Art. 117 Os estabelecimentos responsáveis pelo gotejamento na via pública dos aparelhos de ar-condicionado ficam sujeitos à:
I - multa no valor de R$ 228,94 (duzentos e vinte e oito reais e noventa e quatro reais);
II - multas diárias no valor de R$ 457,88 (quatrocentos e cinquenta e sete reais e oitenta e oito centavos), se a irregularidade não for sanada no prazo de trinta dias após a primeira multa.
Art. 122 A falta do laudo de vistoria técnica de suas máquinas sujeitará os estabelecimentos que operam com máquinas de videogame, fliperama e videokê às seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa diária no valor de R$ 100 (cem reais);
III - cassação do alvará de funcionamento
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Art. 138 Fica proibida a concessão de alvará para os estabelecimentos onde se realiza bronzeamento artificial.
Art. 139 Fica suspensa a concessão de Alvará de Licença para Estabelecimento para o exercício das seguintes atividades:
I - comercialização de ouro, metais nobres, cautela de penhores da Caixa Econômica Federal e de fundição de metais nobres no Município do Rio de Janeiro;
II - agências funerárias;
III - ferro-velho.
Parágrafo Único - O disposto no "caput" não se aplica aos estabelecimentos relacionados no inciso I desse artigo que se encontrem devidamente licenciados e requeiram alvará para abertura de filial.
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ANEXO 
Art. 6º Os documentos de autorização e os alvarás conterão, entre outras, as seguintes informações, observadas as particularidades de cada caso:
I - nome da pessoa física ou jurídica;
II - a descrição ou endereço do local autorizado;
III - a descrição da atividade de comércio ou prestação de serviços autorizada;
IV - o equipamento autorizado;
V - o nome do auxiliar, se houver;
VI - número da inscrição municipal;
VII - número do processo de concessão;
VIII - restrições;
IX - isenção da taxa, se for o caso.
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ANEXO 
Capítulo VIII
DOS PROCEDIMENTOS DE AUTORIZAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DO COMÉRCIO AMBULANTE
Art. 43 O pedido inicial de autorização, mencionando a mercadoria a ser vendida ou o serviço a ser prestado e o local de atuação pretendido deve ser instruído com os seguintes documentos:
I - comprovante de residência há mais de dois anos no Município, sendo aceitas para tal fim guias de pagamento de luz, telefone, título de eleitor, ou outros meios comprobatórios que abranjam esse período;
II - documento que ateste ser a pessoa portadora de necessidades especiais, quando esta não for notória, expedido por autoridade competente;
III - documento de identidade e CPF;
IV - duas fotos três por quatro;
V - declaração da Secretaria de Estado de Justiça quando for o caso de egresso do sistema penitenciário;
VI - certificado de propriedade quando se tratar de veículo motorizado ou trailer;
VIII - prova de ter sido o veículo ou unidade vistoriado pelo órgão sanitário competente 
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ANEXO 
SEÇÃO II
DAS AUTORIZAÇÕES
Art. 124 Os pedidos de autorização de matrículas para cada categoria de feirante serão protocolizados na Coordenação de Controle Urbano da Secretaria Municipal de Fazenda e instruídos com os seguintes documentos:
I - prova de identidade;
II - certificado sanitário;
III - prova de inscrição e atestado de produção, fornecidos por órgão oficial competente, e título de propriedade ou arrendamento, quando se tratar de feirante-produtor;
IV - prova de inscrição no órgão tributário estadual competente, quando for o caso;
V - outros, a critério do órgão municipal competente.
VIII - prova de ter sido o veículo ou unidade vistoriado pelo órgão sanitário competente 
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TÍTULO XI
DAS ISENÇÕES
Art. 177 Estão isentos da taxa:
I - os vendedores ambulantes de jornais, revistas e bilhetes de loteria;
II - os que venderem nas feiras-livres, exclusivamente, os produtos de sua lavoura e os de criação própria - aves e pequenos animais - desde que exerçam o comércio pessoalmente por uma única matricula;
III - os deficientes físicos;
IV - os menores de dezoito anos;
V - as pessoas com idade superior a 60 (sessenta) anos, que, comprovadamente, não exerçam outra atividade econômica;
VI - as doceiras denominadas "baianas".
VII - os eventos declarados de interesse cultural, turístico, desportivo ou social, por ato do Prefeito.

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