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Aula 05 Reabilitação Aquática de Pacientes com Disfunções Musculoesqueléticas da Coluna

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Reabilitação Aquática de Pacientes 
com Disfunções 
Musculoesqueléticas da Coluna 
Vertebral
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
ESCOLIOSE
Definição: 
Desvio lateral da coluna, podendo ser
Estrutural ou verdadeira e funcional. Rotação
do corpo vertebral e por consequência com o
arco costal, tendo a presença da Giba ou
Gibosidade sendo visualizada no teste de
flexão da coluna.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
ESTRUTURAL
• Características: perda da flexibilidade da coluna (não
há retificação).
• Alterações morfológicas: rotação do corpo da
vértebra para o lado convexo e o processo espinhoso
para o lado côncavo.
• Na região torácica observa-se uma rotação das
costelas do lado convexo da escoliose formando uma
proeminência ou uma giba (visível na radiografia,
lado do corpo vertebral mais alto) costal.
• Teste: flexão de tronco.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Escoliose em S lombar, sendo primaria a maior costela.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
CAUSAS
• Idiopática = sem causa aparente.
• Congênita: vértebra em forma de cunha, falha
na segmentação da coluna vertebral, espinha
bífida e união congênita das costelas.
• Doenças Mesenquimáticas: Gigantismo.
• Doenças musculares: poliomielite, paraplegia,
paralisia cerebral, etc.
• Neurofibromatose: tumores nos nervos.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
• Enfermidades reumáticas (Espondilite
anquilosante, artrite reumática )
• Alterações no metabolismo ósseo: raquitismo
( alteração do paratormônio e calcitonina ).
• Doença de Paget: osteogênese imperfeita
• Tumores ósseos.
• Hérnia de disco.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
ESCOLIOSE FUNCIONAL
• A coluna apresenta flexibilidade e o paciente
consegue retificar a escoliose quando inclina-
se para o lado convexo. Durante a flexão de
tronco observa-se a simetria de dorso, não
ocorrendo rotação de vértebra e costelas.
Vício, má postura.
• Não apresenta Giba.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
CAUSAS
• Postura incorreta.
• Diferenças nos comprimentos dos membros
inferiores.
• Óssea: fratura mal consolidada.
• Desequilíbrio muscular (abdutores e
adutores).
• Escoliose antálgica (sacroileíte).
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
AVALIAÇÃO PELO MÉTODO DE COBB
• Calcular o ângulo da curvatura escoliótica.
Traça uma linha na margem superior da
primeira vértebra desviada e uma linha na
margem inferior da última.
Método de Cobb
• É usado para medir o grau de curvatuda da
escoliose. Pega a primeira vertebra superior 
que desviou e traça uma linha na sua margem
superior. Depois pega-se a ultima vertebra que 
desviou e trace uma linha na sua margem
inferior. A intersecção das linhas formam o 
ponto.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Classificação:
• 0 a 100: fisiológico
• 10 a 200: grupo I
• 21 a 300: grupo II
• 31 a 500: grupo III
• 51 a 750: grupo IV
• 76 a 1000: grupo V
• 101 a 1250: grupo VI
• Acima de 126: grupo VII
Escala realizada em graus, e tem indicação
cirúrgica de 450 em diante.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
DESCRIÇÃO DA ESCOLIOSE
• C1 A C6 – ESCOLIOSE CERVICAL
• C7 A T1 – ESCOLIOSE CERVICOTORÁCICA
• T2 A T11 – ESCOLIOSE TORÁCICA
• T12 A L1 – ESCOLIOSE TORACOLOMBAR
• L2 A L5 – ESCOLIOSE LOMBAR
• Classificação válida para escoliose em C.
Espondilólise e Espondilolistese
• São patologias da vértebras lombares. Ocorre 
fratura e deslocamento anterior da vértebra.
• Para a espondilólise não evoluir para 
espondilolistese o paciente deve ter sua 
musculatura forte e alongada.
• Pode ser resultado de uma fratura aguda, fratura 
de fadiga (atletas), alterações hormonais da 
gravidez.
• Apresentam dor durante a rotação ou extensão 
da coluna lombar.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
• No caso da espondilolistese observa-se
deslocamento anterior do corpo vertebral,
processo articular superior, pedículo e do
canal vertebral, enquanto que o processo
articular inferior, a lâmina e o processo
espinhoso deslocam-se posteriormente.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Espondilolistese 
Existem 2 tipos:
• Espondilolistese verdadeira: aquela que vem
acompanhada de lise.
• Pseudo Espondilolistese: aquela que não vem
acompanhada de lise.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
• Graus de escorregamento:
• Grau I: de 0 a 25%
• Grau II: de 26 a 50%
• Grau III: de 51 a 75%
• Grau IV: de 76 a 100%
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Sinais clínicos:
• Dores lombares, principalmente no
movimento de extensão de tronco.
• Lordose acentuada.
• Flexão de quadril e joelhos (encurtamento dos
isquiostibiais).
• Rotação pélvica.
• Retificação do sacro.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
HÉRNIA DISCAL
Características:
• Os ligamentos longitudinais dão suporte para
o disco intervertebral.
• Forame intervertebral ou forame de
conjugação: é através desse forame que saem
as raízes sensitivas e motoras para formar o
nervo espinhal.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
• Ânulo fibroso: possui camadas internas e
externas, sendo que a região anterior é mais
grossa e a posterior é a mais fina, tendo como
função de resistência, elasticidade e
amortecedora.
• Núcleo pulposo: localiza-se no centro do ânulo,
exceto nos discos da região lombar, onde se
localiza mais posteriormente.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Etiologia
• Obesidade
• Idade: pela diminuição da concentração de água
e proteoglicanos, responsáveis pela hidratação do
disco.
• Degeneração
• Postura incorreta
• Deformidades posturais
• Fatores biomecânicos, movimentos bruscos e
repetitivos em regiões de maior movimento.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Classificação
• Disco protuso
• Disco prolapso
• Disco extruso
• Disco seqüestrado
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Disco Protuso
• Quando há uma deformidade no disco
causado pela projeção do núcleo no sentido
posterior, no entanto não há rompimento da
camada interna e externa do ânulo fibroso.
Disco Prolapso
• Quando a deformidade do disco é mais
acentuada por causa do rompimento da
camada interna do ânulo fibroso, tendo
compressão de nervo e medula.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Disco Extruso
• Quando há rompimento da camada interna e
externa do ânulo, provocando uma projeção da
hérnia mais acentuada. Nesse caso a hérnia fica
sob o ligamento longitudinal posterior, fazendo a
pressão aumentar no local. Em alguns casos os
ligamentos podem se romper, aliviando a pressão
e a dor do paciente.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Disco Seqüestrado
• Quando ocorre uma fragmentação do núcleo,
podendo se propagar para o canal medular.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
ESTENOSE LOMBAR
• Definição: estreitamento do canal vertebral,
canal radicular ou forame intervertebral,
levando a compressão de raízes nervosas.
Geralmente está relacionada com as doenças
osteodegenerativos, principalmente quando
ocorre osteófitos no corpo da vértebra e
degeneração das facetas.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Quadro Clínico
• Dores irradiadas
• Diminuição da mobilidade articular
• Síndrome da cauda eqüina: que pode levar a
uma paresia ou paralisia dos membros
inferiores e alterações das funções viscerais
pélvicas.
• Claudicação neurológica caracterizada pelo
aumento das dores dos membros inferiores
durante a marcha.
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Lombalgia e Lombociatalgia
Causas:
• Escoliose
• Espondilolise
• Espondilolistese
• Sacralização de L5
• Lombarização de S1 
• Traumatismos lombosacrais• Hérnia de disco
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
• Tumores
• Osteoporose e doença de Paget
• Enfermidades reumáticas
• Sacroileíte
• Alterações posturais
PATOLOGIAS DA COLUNA VERTEBRAL
Sinais Clínicos
• Dor localizada ou irradiada
• Cefaléias mediante a tensão da duramáter
• Paresia
• Movimentos limitados.
Exercícios de Estabilização da Coluna
• Andar para frente, para os lados e para trás. Com 
o paciente mantendo a postura. Com o aumento 
da velocidade, aumenta o esforço exigido para 
estabilização.
• Usar luvas, prancha (caminhando).
• Sentar na prancha equilibrando.
• Padrões de FNP.
• Fortalecimento de MMII (em todas as direções).
• Esqui cross- country.
Atividades para Aumentar ADM e 
Flexibilidade
• Marcha para frente com luvas nas mãos, 
fortalece bem a coluna.
• Coluna neutra.
• Exercício de flexionar os joelhos a 90 graus.
• Não fazer alongamentos excessivos.
• Alongamento de músculos posteriores da 
coxa.
• Alongamento global.
Atividades para Aumentar a Força e 
Resistência Musculares
• Em lesão ou disfunção vertebral o fortalecimento 
abdominal e paravertebral é de importância 
primordial.
• Também devemos fortalecer a musculatura do 
quadril, extremidade inferior, extremidade 
superior, cintura escapular e a musculatura do 
tronco.
• FNP.
• Induzir com cuidado rotações em lesões da 
coluna.
Fortalecimento Rotacional
• O terapeuta inicia o fortalecimento rotacional por 
meio de pequenas rotações de tronco sem e 
depois com equipamento de resistência. 
• Na fase aguda das lesões da coluna e em 
osteoporoses muito avançadas evitar esses 
movimentos.
• A diminuição de carga (redução do impacto) nas 
estruturas vertebrais, minimização do edema em 
casos cirúrgicos e simulação de atividades mais 
precocemente do que em terra são algumas das 
vantagens do tratamento hidroterápico.
Treinamento Cardiovascular
• Monitorar a intensidade do exercício é 
essencial para o treinamento cardiovascular 
adequado.
• Podemos usar os estilos de nado, todas as 
caminhadas, corrida, trote, bicicleta...
Gestantes
• A dor lombar é considerada normal em gestantes, não 
patológica.
• Exercícios de estabilização e fortalecimento lombar, 
fortalecimento de MMSS e MMII, alongamentos e 
exercícios de fortalecimento de períneo são também 
adaptados em água para essas pacientes.
• Redução de edema nas extremidades.
• A queixa da dor é muitas vezes pela mudança no 
centro de gravidade, com o peso aumentado na região 
anterior. E também pela frouxidão ligamentar devido a 
alterações hormonais.

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