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A Enfermagem no Brasil Prof. Roberto Albuquerque Periodização 1. Organização da Enfermagem sob o controle de ordens religiosas; 2. Desenvolvimento da educação institucional e das práticas de saúde pública; 3. Processo de profissionalização da Enfermagem. 1. A organização da Enfermagem na sociedade brasileira; 2. O desenvolvimento da educação em Enfermagem no Brasil; 3. A Enfermagem no Brasil moderno; 4. Os desafios da Enfermagem contemporânea. A Organização da Enfermagem na Sociedade Brasileira • Sociedade colonial: brancos europeus; negros africanos; indígenas nativos. • Grupos sociais: classe superior; classe dominada; classe flutuante. • Ações de saúde: vinculadas ais rituais místicos, realizados nas próprias tribos pelos pajés e feiticeiros, e as práticas domésticas desenvolvidas pelas mulheres índias para o cuidado com crianças, velhos e enfermos. A Colonização • Cada nação indígena possuía crenças e rituais religiosos, mas todas acreditavam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados – ritos realizados pelos pajés; • Pajelança: evocação dos deuses da floresta dos ancestrais para ajudar na cura – amuletos, superstições, repouso, jejum, uso do calor. • Chegada do colonizador europeu e do negro africano: tuberculose, febre amarela, varíola, malária, hanseníase, DST – epidemias e extinção dos nativos. • Durante a colonização: o Estado português teve forte ligação com a Igreja – salvação das almas, conversão dos índios ao catolicismo – jesuítas. “ ” Nesse contexto, a assistência aos doentes é, então, prestado pelos religiosos em enfermarias construídas nas proximidades dos colégios e conventos. Posteriormente, voluntários e escravos também passam a executar essa atividade nas Santas Casas de Misericórdia, fundidas a partir de 1543. Todas atendiam aos doentes pobres e soldados. “ ” A Enfermagem era doméstica e empírica; mais instintiva que técnica. Na maioria eram do sexo masculino. O Desenvolvimento da Educação em Enfermagem no Brasil • Década de 20: a questão saúde passa a constituir um problema econômico- social – epidemias de doenças infectocontagiosas; outros países tinham medo de abarcar no Brasil. • Governo assume a assistência à saúde – Oswaldo Cruz (1904) introduz a Diretoria-Geral de Saúde Pública e em 1920 cria o Departamento Nacional de Saúde Pública. • 1890: Escola de Enfermagem Alfredo Pinto (UFRJ) – moldes franceses – assistência hospitalar – aulas ministradas por médicos. • I Guerra (1914): Cruz Vermelha prepara voluntárias para trabalhar na guerra; • 1923: Fundação Rockfeller e Carlos Chagas– projeto de organização do serviço de Enfermagem de Saúde Pública no Brasil, sob orientação de enfermeiras norte-americanas – Escola de Enfermagem Anna Nery (modelo nightingaliano); moças ricas, nível alto de escolaridade – imagem elitizada da Escola - Enfermeiras padrão. • Decreto 20.109 de 15/06/31 – todas as escolhas de Enfermagem deveriam seguir o padrão da Escola Anna Nery. • Criação da ABEn –Associação Brasileira de Enfermagem. • 1940: escola incorpora-se à Universidade do Brasil; 1961 exige-se curso secundário completo; 1963 primeiros passos em direção ao nível superior. O Desenvolvimento da Educação em Enfermagem no Brasil A Enfermagem no Brasil Moderno • Da década de 1930 à 1960 • Da década de 1970 a 1980 • Década de 1990 - atualmente 1930 - 1960 • Ascensão do governo Getúlio Vargas (1930); • Governo Kubitscheck (década de 1950); • Golpe militar de 1964; • Industrialização; Falta de infraestrutura urbana; tecnologia industrial e indústria farmacêutica; Medicina curativa; • Enfermeiros concentrados basicamente na área hospitalar; educação em Enfermagem dá mais ênfase na área hospitalar • Surgimento do novo hospital – necessidade de gerenciamento de Enfermagem; • Privatização do setor de saúde; • Proliferação dia cursos técnicos de Enfermagem – setor privado de ensino; 1930 - 1960 • Fragmentação e subdivisão do trabalho de Enfermagem; pirâmide da profissão; divisão de função – dificuldade de reconhecimento social; • Alienação da Enfermagem entre o saber e o fazer; 1970 - 1980 • Crescente demanda do setor privado na saúde; • Movimentos de contestação e mobilização popular na área da saúde; • 12/09/78 – Alma-Ata (Rússia) – Conferência Internacional sobre Atenção Primária de Saúde: promoção da saúde e alcance de metas como educação em saúde, medidas preventivas, alimentação, abastecimento de água potável, saneamento básico, imunização e prevenção de endemias. • Especialização no âmbito da Enfermagem; • Lei 7498/86 – Lei do Exercício Profissional da Enfermagem; • Constituição Federal –Art. 195, 196, 197, 198, 199 e 200. Década de 1990 • Sucateamento da rede pública de saúde; • Mais de 80% da prestação de saúde vindo da iniciativa privada; • Prática da medicina de grupo e dependência dos Planos de Saúde; • Programa de Saúde de Família/Estratégia de Saúde da Família; Os Desafios da Enfermagem Contemporânea "Os enfermeiros precisam repensar o seu papel, evitando o envolvimento com atividades exclusivamente burocráticas ou que não são de sua competência, para que possam se envolver no cuidado direto ao paciente, melhorando dessa forma a qualidade da assistência prestada". Os Desafios da Enfermagem Contemporânea • Lidar com novos problemas e situações; • Exercício da cidadania; • Direito de ser diferente; • Novas formas de comunicação e informação; • Repensar a prática profissional – superar o mecanicismo; • Centrar-se nos aspectos científicos, tecnológicos e humanístico; • O SER enfermeiro; • Prática baseada em evidências; • Aperfeiçoamento de instrumentos de gestão do SUS; • Educação X Qualidade.
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