Buscar

Apresentação O mito da objetividade jornalística (1)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

O mito da objetividade jornalística
Raízes da noção de objetividade
1830 – Marco do início dos jornais diários produzidos por empresas capitalistas que visavam o lucro.
Invenção da ideia de notícia cotidiana – voltada para o apartidarismo e para a factualidade.
Surgimento dos conceitos básicos para a produção de notícias comerciais: objetividade e neutralidade. 
1896 – The New York Times – Ideia de Jornalismo sério
Objetividade: um conceito ideológico
Noção de objetividade – orienta e legitima o exercício profissional. Ideia de que as afirmações de uma pessoa sobre o mundo podem ser confiáveis se forem submetidas a regras estabelecidas pela comunidade de profissionais. 
Precisamos desmistificar este conceito, procurando mostrar que o debate em torno do “bom jornalismo” está deslocado, girando em torno de questões técnicas que ocultam o caráter político da atividade.
Ideia de objetividade é ideológica e prejudica olhar o exercício profissional. 
Objetividade: um conceito ideológico
O que deve ser o “bom jornalismo? 
A concepção de objetividade sustenta a ideia de “bom jornalismo”. 
Alguns defendem a “postura profissional”para mascarar o modo de produção da notícia, o processo de escolha que determina o que sai e o que não sai no jornal e os critérios de edição.
 Outros defendem o “profissionalismo” como forma de combate e de limitar o poder da empresa na manipulação da informação.
Objetividade: um conceito ideológico
O problema é a procura de argumentos técnicos para enfrentar um problema político e ético, ocultando o papel que o jornalismo desempenha na construção social da realidade.
Crítica à noção de objetividade
Não existe um conhecimento absolutamente objetivo do mundo, dada a importância da subjetividade na observação da realidade. 
Isso indica que o jornalismo não é o discurso da realidade (como diz ser), mas um discurso sobre a realidade.
Desse modo, haverá vários discursos sobre um mesmo fato, e essas interpretações fazem toda a diferença. 
O Globo
O Globo
Folha de S. Paulo
Folha de S. Paulo
O Globo
Jornal A Tarde
Folha de s. paulo
Portal G1
O Globo
Rolezinho derruba movimento no Shopping Leblon 
Lojistas e funcionários estimam que o número de clientes estava ontem 60% abaixo do normal
O Globo
Crítica à noção de objetividade
Além do mais, a existência do jornalismo como instituição e seu enraizamento nas práticas sociais influenciam decisivamente a criação de eventos, gerando os pseudoacontecimentos. 
Jornal O Dia
Gazeta on line
O Globo
O Globo
Meia Hora
Meia Hora
Objetividade e neutralidade
	
	O jornalismo legitima-se o mediador “neutro” definido pelo conceito de “quarto poder”.
	O Jornalismo acredita que produz a “verdade” dos fatos que divulga - e que supostamente “falam por si”, escondendo os procedimentos que dão a esses fatos o status de notícia.
Quando se fala em objetividade, tem-se em mente apenas o texto, ignorando-se não apenas o processo de seleção das informações ali contidas mas o fato de que um jornal é um conjunto de elementos verbais e não-verbais que interagem para a produção de sentido. 
Assim, nada se diz sobre a “objetividade” de fotos e ilustrações, muito menos da edição.
Objetividade e neutralidade
Objetividade e neutralidade
fins comerciais do Jornalismo
Pressões de mercado sustentam que os jornalistas usem o “profissionalismo” contra o “comercialismo”, no que seria uma estratégia de defender a objetividade como forma de afirmar e demarcar seu espaço profissional.
Os jornalistas “defendem que, se todos os repórteres reunirem e estruturarem os ‘fatos’ de um modo descomprometido, imparcial e impessoal, os prazos serão respeitados e os processos de difamação evitados”. Isso pode livrar os jornalistas de processos judiciais. 
fins comerciais do Jornalismo
O jornalista de hoje abandonou, em parte, o ideal de mudar o mundo para tornar-se um profissional de mercado.
 O grande marco dessa nova realidade foi a descaracterização dos confrontos entre jornalistas e patrões. 
fins comerciais do Jornalismo
Profissionalismo é uma palavra-de-ordem do empresariado, amparado no discurso vitorioso da técnica, que encobre as relações de poder e “justifica” a manipulação sutil.
A notícia cada vez mais é assumida como mercadoria.
fins comerciais do Jornalismo
Folha de S. Paulo - primeira empresa que assumiu explicitamente o jornalismo como negócio, construindo uma racionalidade própria para o desempenho dessa atividade nos moldes capitalistas.
Essa estratégia se reorientou a partir do Projeto Folha, em 1984, quando se inaugurou a “era dos manuais”, resultando no enquadramento ou na exclusão de repórteres e desencadeando uma busca obsessiva pela objetividade.
fins comerciais do Jornalismo
Em seu último manual de redação, de 1992, a Folha se apresenta como um jornal que “se enraíza nas forças de mercado e adota uma atitude de independência em face a grupos de poder”. 
Deixa claro que “considera notícias e ideias como mercadorias a serem tratadas com rigor técnico”.
objetividade jornalística pode não existir, mas aproximar-se dela é dever do profissional.
fins comerciais do Jornalismo
Existência do publijornalismo – imprensa incorpora mecanismos da publicidade e do entretenimento.
Imprensa: interesses públicos e privados
Uma ambigüidade central cruza a grande imprensa: ela desempenha uma função pública, mas é uma empresa privada. 
É incompatível a busca de rentabilidade por parte da empresa jornalística com a função de informar e ser um espaço minimamente democrático de debate.
Todos os grandes órgãos da imprensa dos EUA, por exemplo, pertencem a grandes conglomerados que possuem vínculos com os mais diferentes tipos de indústrias - das telecomunicações à produção de armas para o Pentágono - e, obviamente, com o Estado e suas distintas políticas.
Publijornalismo
Publijornalismo
Publijornalismo
BRF - US$ 14,9 bilhões
TIM - US$ 12,8 bilhões
Gerdau - US$ 10,9 bilhões
Pão de Açúcar - US$ 10,8 bilhões
JBS - US$ 9,8 bilhões
CSN - US$ 7,1 bilhões
Cemig - US$ 7,1 bilhões
Natura - US$ 6,7 bilhões
Cosan - US$ 6,2 bilhões
Embraer - US$ 6,1 bilhões
Publijornalismo

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando