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REGENCIA VERBAL PARTE I

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LÍNGUA 
PORTUGUESA
Regência Verbal
Parte I
SINTAXE DE REGÊNCIA
A sintaxe de regência ocupa-se das relações
de dependência que as palavras mantêm na frase.
Regência é o modo pelo qual um termo rege outro
que o complementa. A regência pode ser verbal ou
nominal, conforme trate do regime dos verbos ou
dos nomes(substantivos e adjetivos).
Ex.: É homem propenso à cólera.
(propenso-termo regente é um nome): trata-se de
regência nominal
Assistimos ao desfile.
(assistimos- termo regente é um verbo) :trata-se
de regência verbal
Num período, os termos regentes
(substantivos, adjetivos, verbos) reclamam
outros (termos regidos ou subordinados) que
lhes completem o sentido.
Termo regente Termo regido
Amor a Deus.
Insisto em que vá.
Rico em virtudes.
Pronomes oblíquos átonos (objetivos)
Os pronomes objetivos substituem substantivos
da mesma função.
a) Os pronomes o,a,os,as usam-se como
objetos diretos dos verbos transitivos
diretos e dos transitivos diretos e indiretos.
Ex.: Estimo aquele colega. Estimo-o
Obrigou as filhas a trabalhar. Obrigou-as a
trabalhar.
b) Os pronomes lhe, lhes formam o objeto
indireto dos verbos transitivos indiretos e dos
transitivos diretos e indiretos.
Ex.: Obedece a teu superior. Obedece-lhe.
Perdoe ao pecador. Perdoe-lhe.
c) Certos verbos transitivos indiretos repelem os
pronomes lhe, lhes, sendo, por isso,
construídos com as formas retas
preposicionadas.
Ex.: Assistimos ao jogo. Assistimos a ele
Aspiro ao título. Aspiro a ele.
Viso à aprovação. Viso a ela.
REGÊNCIA VERBAL
As palavras de uma oração relacionam-se
entre si para formar um todo significativo. Essa
relação necessária que se estabelece entre
duas palavras, uma das quais serve de
complemento a outra, é o que se chama de
Regência. A palavra dependente denomina-se
Regida, e o termo a que ela se subordina,
Regente.
Há verbos que admitem mais de uma
regência, sem mudar de sentido.
Exemplos: 
Cumpriremos o nosso dever. = Cumpriremos 
com o nosso dever.
José não tarda a chegar. = José não tarda 
em chegar.
Esforcei-me por não contrariá-lo. = Esforcei-
me para não contrariá-lo.
Outros verbos, pelo contrário, assumem
outra significação, quando se lhes muda a
regência.
1. Aspirei o aroma das flores. = sorver,
absorver
Aspirei ao sacerdócio. = desejar,
pretender
2. Bonifácio assistiu ao jogo. = presenciar,
ver
O médico assistiu o enfermo. = prestar
assistência, ajudar
3. Olhe para ele. = fixar o olhar
Olhe por ele. = cuidar, interessar-se
.
Regência de alguns verbos:
1. abraçar: pede objeto direto
Ex.: Eu o abracei pelo seu aniversário.
2. agradar : pede objeto direto, quando significa
acariciar, fazer carinhos.
Ex.: O pai a agradava.
No sentido de ser agradável exige objeto
indireto.
Ex.: A resposta não lhe agradou.
3. ajudar: pede objeto direto ou indireto.
Ex.: Nós sempre os ajudamos nas dificuldades.
“Tendes vossos pais; ajudai-lhes a levar a sua cruz”
4. aspirar: pede objeto direto, quando significa sorver,
chupar, atrair o ar aos pulmões.
Ex.: Aspiramos o perfume das flores.
No sentido de ambicionar, desejar, pede objeto indireto.
Em tal caso não admite o seu objeto indireto
representado por pronome átono.
Ex.: Jamais aspirou a ela (e não: lhe aspirou)
5. assistir: pede objeto indireto iniciado pela
preposição a, quando significa estar presente a,
presenciar.
Em tal caso não admite o seu objeto indireto
representado por pronome átono.
Ex.: Ontem assistimos ao jogo.
Não pude assistir a ele. (e não: lhe assistir)
No sentido de ajudar, prestar socorro ou
assistência, servir acompanhar pede
indiferentemente objeto direto e indireto.
Ex.: O médico assistiu o doente. (objeto direto). O médico
o assistiu.
O médico assistiu ao doente. (objeto indireto). O médico
lhe assistiu.
Obs.: Este último emprego ocorre com mais frequência.
No sentido de morar, residir – emprego que é clássico e
popular – constrói-se com a preposição em:
“Entre os que assistiam em Madri...”
No sentido de assistir o direito, caber pede objeto indireto
de pessoa:
Ex.: Não lhe assiste o direito de reclamar.
6. atender: pede objeto direto ou indireto.
Ex.: “Assevera D.Francisco M.de Melo que na
criação destes corpos consultivos D.João IV
atendera mais os desejos dos que aspiravam aos
lugares do que as próprias opiniões.”
“... e ambos capitães, sem atenderem às
promessas de Castela, partiram de Cádis”.
Obs.: Se o complemento é expresso por pronome
átono, a tradição da língua dá preferência às
formas o a, os, as em vez de lhe, lhes.
Ex.: “Não querem que el-rei o atenda.”
7. atingir: não se constrói com a preposição a em linguagem 
do tipo:
Ex.:A quantia atingiu cinco mil reais (e não: a cinco mil reais)
O progresso atingiu um ponto surpreendente.
8. chamar: no sentido de solicitar a presença de alguém, 
pede objeto direto.
Ex.: Eu chamei José. Eu o chamei.
No sentido de dar nome, apelidar pede objeto direto ou 
indireto e predicativo do objeto, com ou sem preposição.
Ex.: Chamavam-lhe tolo. Chamavam-lhe de tolo.
Nós o chamamos tolo. Nós o chamamos de tolo.
9. chegar: pede a preposição a junto à
expressão locativa:
Ex.: Cheguei ao Colégio com pequeno
atraso.
O emprego da preposição em, neste caso,
corre vitorioso na língua coloquial e já foi
consagrado entre escritores modernos.
Obs.: Em cheguei na hora exata, a
preposição em está usada corretamente
porque indica tempo, e não lugar.
10. conhecer: pede objeto direto.
Ex.: Todos conheceram logo o José.
Ela o conheceu no baile.
11. convidar: pede objeto direto.
Ex.: Não os convidaram ao passeio.
12. custar: no sentido de ser difícil, ser custoso,
tem por sujeito aquilo que é difícil.
Ex.: Custam-me estas respostas.
Se o verbo vem seguido de um infinitivo, este pode ou não
vir precedido da preposição a.
Ex.: Custou-me resolver estes problemas.
Custou-me a resolver estes problemas.
Na linguagem coloquial, o sujeito é a pessoa a quem o
fato é difícil.
Ex.: Custei resolver estes problemas.
13. esperar: pede objeto direto puro ou precedido da
preposição por, como posvérbio(marcando interesse).
Ex.: Todos esperavam Antônio.
Todos esperavam por Antônio. 
14. esquecer: pede objeto direto da coisa
esquecida.
Ex.: Não os esquecemos.
A coisa esquecida pode aparecer como sujeito e a
pessoa passa a objeto indireto.
Ex.: Esqueceram – nos os livros. / Esqueceu-te o
meu aniversário.
Esquecer-se, pronominal, pede objeto indireto
encabeçado pela preposição de.
Ex.: Esqueci-me dos livros.
15. implicar: no sentido de produzir como
consequência, acarretar, pede objeto direto.
Ex.: Tal atitude não implica desprezo.
São esses os benefícios que a recuperação
implica.
Obs.: Deve-se evitar o emprego da preposição
em neste sentido: Isso implicava em desprezo.
16. ir: pede a preposição a ou para junto à
expressão de lugar.
Ex.: Fui à cidade. / Foram para França.
Obs.: “Nem sempre é indiferente o emprego de a ou
para depois do verbo ir e outros que denotam
movimento. A preposição a ora denota a simples
direção, ora envolve a ideia de retorno. A preposição
para lança a atenção do nosso ouvinte para o ponto
terminal do movimento ou não condiciona a ideia de
volta ao local de partida. Nesta última acepção pode
trazer para a ideia de transferência demorada ou
definitiva para o lugar.”(Bechara, Evanildo)
Deve-se evitar a construção popular: Fui na academia.
17. morar: pede a preposição em junto à
expressão de lugar.
Ex.: Atualmente eu moro em Curitiba.
Com os verbos residir, situar e derivados, emprega-se a preposição em.
Ex.: João reside na Rua das Carmelitas. / Prédio
sito na Av. Marechal Deodoro.
18.Obedecer: pede objeto indireto.
Os alunos obedeceram ao professor.
Nós lhe obedecemos.
19. pagar: pede objeto direto do que se paga e
indireto de pessoa a quem se paga.
Ex.: Pagaram as compras(obj. dir.) ao
comerciante. (obj. ind.)
Pagamos-lhe a consulta.
20. perdoar: pede objeto direto de coisa
perdoada e indireto de pessoa a quem se perdoa.
Ex.: Eu lhe perdoei os erros.
Não lhe perdoamos.
21. presidir: pede objeto direto ou indireto com a
preposição a.
Ex.: Tu presidiste a reunião. (objeto direto)
Tu presidiste à reunião. (objeto indireto)
Pode-se dizer ainda: Tu presidiste na reunião.
Ninguém lhe presidiu.
Ninguém presidiu a ela.
22. preferir: pede a preposição a junto ao seu objeto
indireto.
Ex.: Prefiro o cinema ao teatro.
Prefiro estudar a ficar sem fazer nada.
Erra-se empregando-se depois deste verbo
alocução do que.
Ex.: Prefiro estudar do que ficar sem fazer nada.
Recomenda-se que não se construa este verbo
com os advérbio : mais e antes: prefiro mais,
prefiro antes.
23. proceder: no sentido de iniciar, executar
alguma coisa, pede objeto indireto com a
preposição a.
Ex.: O juiz vai proceder ao julgamento.
24. querer: no sentido de desejar pede objeto
direto.
Ex.: Eu quero uma casa no campo.
*Significando querer bem, gostar, pede objeto
indireto de pessoa.
Ex.: Despede-se o filho que muito lhe quer.
25. responder: pede, na língua padrão, objeto
indireto de pessoa ou coisa a que se responde, e
direto do que se responde.
Ex.: “O marido respondia a tudo com as
necessidades políticas.”(M. DE ASSIS, Memórias
Póstumas, 210)
“Não respondera Cristina senão termos
agradecidos à escolha...” (CAMILO, O bem e o
Mal, 99)
O objeto indireto pode ser representado por
pronome átono.
Ex.: Vou responder-lhe.
26. satisfazer: pede objeto direto ou indireto.
Ex.: Satisfaço o seu pedido.
Satisfaço ao seu pedido.
27. servir: no sentido de estar ao serviço de alguém,
pôr sobre a mesa uma refeição, pede objeto direto.
Ex.: Este criado há muito que o serve..
Ela acaba de servir o almoço.
No sentido de prestar serviço, pede objeto indireto
com a preposição a.
Ex.: Sempre servia aos amigos.
No sentido de ser de utilidade, pede objeto
indireto iniciado por a ou para ou representado
por pronome (átono ou tônico)
Ex.: Isto não lhe serve; só serve para ela.
No sentido de oferecer alguma coisa a alguém:
Ex.: Ela nos (obj.indir.) serviu gostosos
docinhos.(obj.dir.)
28. socorrer: no sentido de prestar socorro pede objeto
direto de pessoa.
Ex.: Todos correram para socorrê-lo.
Pronominal, com sentido de valer-se, pede objeto indireto
iniciado pelas preposições a ou de .
Ex.: Socorreu-se ao empréstimo.
Socorremo-nos dos amigos nas dificuldades.
29. suceder: no sentido de substituir, ser o sucessor de,
pede objeto indireto.
Ex.: D.Pedro I sucedeu a D.João VI.
Nós lhe sucedemos na presidência do Clube.
30. ver: pede objeto direto.
Ex.: Nós o vimos na cidade.
31. visar: no sentido de mirar, dar o visto em alguma
coisa, pede objeto direto.
Ex.: Visavam o chefe da rebelião.
O inspetor visou o diploma.
No sentido de pretender, aspirar, propor-se, pede de
preferência objeto indireto iniciado pela preposição a.
Ex.: Estas lições visam ao estudo da linguagem.
Observações importantes:
1. Os verbos transitivos indiretos não admitem
voz passiva. Não são aceitas pela norma culta as
construções:
Ex.: O filme foi assistido por nós. Corrija-se:
Nós assistimos ao filme.
Altos cargos são aspirados por todos. Corrija-
se: Todos aspiram a altos cargos
Obs.: Estas construções passivas tendem as ser
usadas com mais frequência e algumas delas já
se toleram nos meios cultos.
Pagar: Os operários foram pagos.
Responder: As cartas serão respondidas.
Obedecer: O professor deve ser obedecido.
Assistir: A missa foi assistida por todos.
Apelar: A sentença foi apelada.
Perdoar: Os devedores seriam perdoados.
Aludir: Todas essas coisas poderão ser aludidas
por ele.
2.A norma culta não aceita o mesmo complemento
para verbos de regências diferentes.
São incorretas as frases, tipo:
Ex.:Assisti e gostei do filme.
Deve-se dizer: Assisti ao filme e gostei dele. ou
Gostei do filme a que assisti.
3. O pronome relativo pode funcionar com
complemento de verbo. Neste caso estará sujeito à
regência do verbo do qual é o complemento.
Ex.:Este é o curso a que aspiro. ( aspiro a quê? a
que = ao curso)

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