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Psicomotricidade Aula

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Infância
As fases de desenvolvimento aqui apresentadas não devem ser tomadas como absoluta - cada criança tem um ritmo próprio de desenvolvimento, as vez s mais rápido, outras vezes mais lento, mas ainda dentro de um padrão considerado normal para sua idade. A vantagem de se conhecer as fases do desenvolvimento infantil é estar preparado para as mudanças que ocorrem no comportamento da criança e estimular seu desenvolvimento. 
O que influencia o crescimento do corpo e do cérebro? 
Princípios de Desenvolvimento 
 	O desenvolvimento ocorre da cabeça para a cauda. A cabeça de um bebê recém-nascido é desproporcionalmente grande. (princípio céfalo-caudal) 
 	Com um ano de idade, o cérebro tem 70% de seu peso adulto, enquanto o seu corpo tem de 10 a 20% do peso adulto. 
A cabeça torna-se proporcionalmente menor à medida que a criança cresce em altura e as partes inferiores do corpo desenvolvem-se. 
 	O desenvolvimento sensorial e motor ocorrem segundo o mesmo princípio: os bebês aprendem a utiliza as partes superiores do corpo antes de utilizar as inferiores. 
O termo desenvolvimento motor se refere à aquisição de habilidades de movimento, como agarrar, engatinhar, e andar. Atrasos e desenvolvimentos motores precoces são “normais”. 
Substituir os reflexos por ações voluntárias são considerados desenvolvimento motor precoce. 
O termo MATURAÇÃO se refere aos processos biológicos que se desdobram à medida que a pessoa cresce e contribuem para sequências metodológicas de mudanças provocadas pelo desenvolvimento, como a progressão pela qual um bebê passa a engatinhar, ao caminhar de maneira cambaleante e, por fim, ao andar de maneira segura
Segundo Esther Thelem (1995), o desenvolvimento motor é um processo contínuo de interação entre o bebê e o ambiente. Diferente do que se acreditava anteriormente de que o desenvolvimento fosse geneticamente programado. 
Desenvolvimento físico e motor 
No primeiro ano de vida crescem em média 25,5 cm e engordam cerca de sete quilos – aos 4 meses o peso de nascimento dobra e, ao fim de um ano, triplica. Os membros inferiores crescem rapidamente em proporção ao tronco. Os ombros e a cintura pélvica não crescem rapidamente. 
A criança apresenta um corpo retilíneo, esguio. 
O tecido ósseo é responsável por um significativo aumento de peso. Há aumentos proporcionais de músculo e tecido adiposo. 
Durante os primeiros cinco anos o aumento da massa muscular é responsável pela intensa energia da criança. 
O CRESCIMENTO DURANTE O PERÍODO DA PRIMEIRA INFÂNCIA É RELATIVAMENTO LENTO E CONSTANTE QUANDO COMPARADO AO CRESCIMENTO QUE SE OBSERVA NO PERÍODO INICIAL DA PRIMEIRA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA, ONDE O CRESCIMENTO É MUITO RÁPIDO. 
Aos 2 anos já anda bem, sobe e desce sozinha,corre, senta-se, começa a deixar a fralda, sabe usar garfo e colher, consegue desenhar círculos, vira uma página de cada vez, chuta bola, tenta se vestir sozinha faz torres com blocos de montar. 
A partir dos 3 anos corre bem, marcha, fica em um pé só, anda de costas, anda de velocípede, consegue desenhar cruzes, tenta desenhar pessoas, reconhece cores e letras sozinhas, calça meias e sapatos sozinhos, abotoa e desabotoa, fazem torres altas, consegue servir líquidos. 
Por volta de 4 anos pula em um pé só, desenha pessoas, corta com a tesoura, lava e seca o rosto, joga bola bem com as mãos, boa coordenação motora, ao subir escadas coloca um pé só em cada degrau. 
Aos 5 anos a criança já salta, pula, anda de patins, bom equilíbrio e controle muscular andam de patinete e bicicleta, desenham as primeiras letras, uma mão prevalece sobre a outra (destra ou canhota), dá laço no sapato, meninas com desenvolvimento muscular um ano a frente dos meninos. 
Teste de Avaliação do Desenvolvimento de Denver
É usado para acompanhar o desenvolvimento normal entre as idades de 1 mês e 6 anos e identificar as crianças que não estão desenvolvendo-se normalmente. O teste mede as habilidades motoras gerais (aquelas que utilizam os músculos maiores), como virar-se e pegar uma bola, e as habilidades motoras refinadas (que utilizam os músculos menores), como pegar um chocalho e copiar um círculo. Ele também avalia o desenvolvimento lingüístico (definição de palavras) e o desenvolvimento social e da personalidade (como sorrir espontaneamente e vestir-se sem auxílio).
Escala de Denver II 
 Inclui normas revistas. Considera-e que uma criança tem atraso de desenvolvimento quando ela ainda não consegue fazer algo que 90% das crianças da mesma idade conseguem. 
O treinamento sistemático pode acelerar o desenvolvimento motor? 
Segundo Gessel, as crianças podem realizar certas atividades quando estão prontas, e o treinamento não oferece vantagem. Descobertas experimentais mais recentes indicam que treinamento precoce pode influenciar o caminhar. 
Desenvolvimento cognitivo: Consiste, em parte, em mudanças no modo como as crianças pensam sobre o mundo. 
Para Jean Piaget as crianças são participantes ativas na criação de sua própria interpretação do mundo. Segundo o autor existem quatro estágios básicos de desenvolvimento cognitivo: 
1) ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR 
2) ESTÁGIO PRÉ-OPERACIONAL 
3) ESTÁGIO OPERACIONAL-CONCRETO 
4) ESTÁGIO OPERACIONAL-FORMAL 
1) ESTÁGIO SENSÓRIO-MOTOR - DO NASCIMENTO AOS 2 ANOS 
Utilizam habilidades com as quais já nasceram – sugar e agarrar; 
Levam tudo à boca – sugar x não sugar; 
Agarram tudo que estiver ao seu alcance – barulho x não barulho; 
Permanência do Objeto – objetos que desaparecem do campo de visão simplesmente deixam de existir. Entre 18 e 24 meses conseguem imaginar o objeto se movimentando que depende da capacidade de formar representações mentais de objetos e manipular tais representações em sua cabeça. 
2) ESTÁGIO PRÉ-OPERACIONAL (dois a sete anos) 
O pensamento ainda está muito limitado às suas experiências físicas e perceptivas. 
Caracteriza-se pela capacidade de representação simbólica através do desenho, linguagem, jogos de fantasia (uma caixa de papelão vira um castelo)... 
Não pensam da mesma maneira que crianças mais velhas ou adultas são egocêntricas (têm dificuldade de ver as coisas do ponto de vista de outra pessoa ou se colocar no lugar dos outros. 
Não tem o sentido da necessidade, por isso é fantasioso e não lógico. Pela representação a criança age e representa a realidade. 
Está ligada à percepção, é mais observadora. 
A denominação de “intuitivo” apoia-se no fato de que a criança afirma sem provas ou justificativas as suas crenças (experiência do copo). 
As crianças adquirem a noção da existência de regras e começam a jogar com outras crianças jogos de faz - de- conta. 
Exemplos: Mostram-se para a criança, duas bolinhas de massa iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de massa continue igual, pois as formas são diferentes. Não relaciona as situações. (Ver slide) 
3) ESTÁGIO OPERACIONAL-CONCRETO ( sete a 11 anos) 
São mais flexíveis em relação ao seu pensamento. 
Levam em conta mais de uma dimensão de um problema ao mesmo tempo e tem mais facilidade para enxergar o ponto de vista de outra pessoa. 
Compreendem os princípios de conservação (quantidade, extensão, área e massa) – idéia de que o volume do líquido continua o mesmo independentemente do tamanho do recipiente que o contém. 
Compreende esquema de classificação. 
As crianças aprendem as regras dos jogos e jogam em grupos. Esta é a fase dos jogos de regras como futebol, damas, etc. 
Exemplos: Despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de "refazer" a ação. (Ver slide)
4) ESTÁGIO OPERACIONAL-FORMAL (adolescência a idade adulta) 
Nesta idade conseguem pensar de maneira abstrata. 
Formulam hipóteses, testam mentalmente e aceitam ou rejeitam de acordo com suas experimentações mentais. 
Vão além do “aqui e agora” – compreendem causa e efeito,
consideram as possibilidades, realidades, desenvolvem e utilizam regras e princípios gerais. 
CRÍTICAS À TEORIA DE PIAGET 
Embora Piaget nos forneça um caminho esquematizado do desenvolvimento cognitivo, os interesses e as experiências de cada criança podem influenciar tal desenvolvimento de maneiras não explicadas nessa teoria – ou seja, essa teoria não lida com a diversidade humana.

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