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http://www.fau.usp.br/cursos/graduacao/arq_urbanismo/disciplinas/aut0192/Aula_Aut-0192- drenagem.pdf Estruturas Hidráulicas de Águas Pluviais Na ocupação urbana de uma área deve-se levar em conta: a) A Topografia da área. Evitar urbanizar áreas excessivamente escarpadas ou áreas com declividade superior a 30%; b) A geologia da área; c) O traçado das ruas será o grande elemento definidor do sistema de esgotamento pluvial; d) O sistema pluvial abrange calhas das ruas, galerias, escadarias, rampas até a chegada das águas aos córregos, riachos e rios; e) O traçado correto da cidade Objetivo: • evitar erosões do terreno; • evitar erosões do pavimento; • eliminar pontos baixos sem escoamento; • chegada ordenada das águas aos cursos de água da região; A urbanização de uma área significa na prática: · Retirar considerável parte de sua vegetação (que a protegia da ação erosiva das águas pluviais); · Abrir ruas, fazendo-se cortes e aterros; · Criar platôs para as edificações; · Edificar nos lotes; · Pavimentar ruas . Colocar gente na área O que se vê por aí: Um tipo de urbanização que respeita as características topográficas e geológicas da área; Projetos com obras de proteção (muros de arrimos, canalização de córregos, complexo sistema pluvial); Projetos que não atendem às vocações do terreno e não têm obras de contenção; Os rios e riachos sempre têm enchentes periódicas. Só ocorrem inundações quando a área natural de passagem da enchente de um rio foi ocupada. Plano Diretor: a) estimativa da vazão de projeto; b) definição de outras estruturas hidráulicas (por exemplo, reservatório de cabeceira para contenção, amortecimento ou retardamento de cheias). Planejamento de macro-drenagem: O planejamento adequado do sistema de macro-drenagem é fundamental para um bom plano de desenvolvimento urbano, evitando-se inundações mais sérias e obras de alto custo das galerias de águas pluviais. Planejamento de micro-drenagem O bom funcionamento do sistema de drenagem inicial, depende essencialmente da execução cuidadosa das obras (pavimentos das ruas, guias e sarjetas, e galerias das águas pluviais), além de manutenção permanente, com limpeza e desobstrução das bocas de lobo e das galerias antes das épocas chuvosas. As ruas devem ser dimensionadas levando-se em conta, também, seu funcionamento como condutor hidráulico (as ruas secundárias admitem inundações mais frequentes, por exemplo, que as vias expressas). Principais Elementos do Sistema Pluvial: Calha viária das ruas - é o primeiro canal condutor das águas pluviais. Componentes da calha viária: • Guias - função é definir os limites do passeio e do leito carroçável; • Sarjetas - usadas para fixar as guias e formar o piso de escoamento de água; • Rasgos e Sarjetões - para captar água em pontos baixos; • Boca de Lobo; • Caixas de grelha junto ao meio fio; • Canaletas de topo e de talude; • Bocas contínuas de captação; • Poço de visita escadas hidráulicas; • Escadas hidráulicas. Fundamentos do Sistema de Drenagem: O sistema de drenagem urbana e, portanto de prevenção de inundações, fundamenta-se não só em planos, projetos e obras, mas também em legislação e medidas que compreendem: 1. Códigos, leis e regulamentos sobre edificações, zoneamento, parcelamento e loteamento do solo e também códigos sanitários. 2. Fiscalização da administração pública nas áreas urbanizadas e edificadas, bem como planos de reurbanização das áreas deterioradas 3. Declaração de utilidade pública e desapropriação de áreas ociosas, ou assoladas por inundações frequentes. Esses dispositivos são particularmente importantes quando se referem às baixadas constituídas por planícies sedimentares marginais aos cursos de água, como são inundados durante as cheias, a sua ocupação deve ser restringida através dos seguintes meios: Zoneamento com delimitação clara das áreas frequentemente inundadas. Fixação de cotas aquém das quais a ocupação é desaconselhada ou mesmo vedada; Restrição de acesso ás áreas sujeitas a inundações; Restrição por parte de órgãos públicos de financiamento, para empreendimentos de ocupação das baixadas; Impedimentos à expansão de outros serviços públicos; água, esgotos, iluminação pública, etc. Estudo de áreas alternativas para os empreendimentos em cogitação; Fixação de incentivos fiscais para que os terrenos inundáveis permaneçam ociosos.