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EFEITO HIPOGLICEMIANTE DO EXTRATO ALCOÓLICO E INFUSÃO DE Bauhinia forticata EM RATOS COM DIABETES INDUZIDO COM ALOXANA MONOIDRATADA

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UNIÃO DE ENSINO DO SUDOESTE DO PARANÁ – UNISEP 
FACULDADE EDUCACIONAL DE FRANCISCO BELTRÃO – FEFB 
CURSO DE FARMÁCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANA CLAUDIA APARECIDA LOPES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFEITO HIPOGLICEMIANTE DO EXTRATO ALCOÓLICO E INFUSÃO 
DE Bauhinia forticata EM RATOS COM DIABETES INDUZIDO COM 
ALOXANA MONOIDRATADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FRANCISCO BELTRÃO - PR 
(2014)
ANA CLAUDIA APARECIDA LOPES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFEITO HIPOGLICEMIANTE DO EXTRATO ALCOÓLICO E INFUSÃO DE 
Bauhinia forticata EM RATOS COM DIABETES INDUZIDO COM ALOXANA 
MONOIDRATADA. 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
ao Curso de Farmácia da Faculdade 
Educacional de Francisco Beltrão FEFB - 
mantida pela União de Ensino do Sudoeste do 
Paraná – UNISEP, como requisito parcial para 
a obtenção do título de Bacharel em Farmácia. 
 
Orientador: Prof. Msc. Caroline Lermen 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FRANCISCO BELTRÃO - PR 
(2014)
 
 
ii 
DEDICATÓRIA 
 
 
Á Deus pela presença constante em minha vida, о qυе seria dе mіm sem а fé qυе еυ 
tenho nele. 
A meu pai que esteve presente em espirito em todos os momentos. 
A minha mãe, meu irmão, minha irmã е a toda minha família que, cоm muito carinho 
е apoio, nãо mediram esforços para qυе еυ chegasse аté esta etapa dе minha vida. 
Amo todos vocês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, 
lembrai-vos de que as grandes coisas do homem 
 foram conquistadas do que parecia impossível. 
(Charles Chaplin) 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Primeiramente а Deus qυе permitiu qυе tudo isso acontecesse, ао longo dе 
minha vida, е nãо somente nestes anos como universitária, mаs que еm todos оs 
momentos é o maior mestre qυе alguém pode conhecer. 
Ao meu pai Rubem que mesmo não estando presente em matéria na minha 
vida, sempre esteve presente em espirito, sei que quando sentia aquela força interior 
e inexplicável, era você me ajudando, quando sentia aquela brisa perto de mim, era 
você me abraçando, quando sentia aquela alegria imensa do mais uma etapa 
concluída, sei que você estava ali ao meu lado sorrindo. Sei que nos momentos de 
dificuldade você me deu força, paciência e sabedoria para que eu pudesse passar 
por mais essa fase da vida, esteve sempre iluminando o meu caminho e guiando os 
meus passos, e aonde você esta agora, sei que esta feliz com a minha vitória, eu te 
amo muito. 
A minha mãe Carme, eu só estou aqui hoje, porque tive esta heroína ao meu 
lado. Obrigada por toda a parceria com que me acompanhou e lutou junto comigo 
nessa longa jornada. Obrigada pelo incentivo e pela admiração desse curso que 
agora tenho o orgulho de concluir. Obrigado pelas inúmeras noites que me esperou 
acordada para ouvir, atenta, as novidades que a faculdade proporcionava a cada 
livro novo que eu lia; a cada trabalho entregue, ter comemorado junto comigo cada 
semana de prova concluída. Obrigada por estar ao meu lado e ter me apoiado nos 
momentos da pesquisa em que tudo parecia dar errado, ter me dado animo para 
seguir meu ideal. Obrigado mãe pelos sacrifícios que você fez em razão da minha 
educação. Você é minha base, meu alicerce, minha mãe, meu pai, minha amiga, 
minha companheira, minha conselheira, você é meu tudo, obrigada por ser MINHA 
mãe. Esta conquista também é sua, te amo incondicionalmente. 
Ao meu irmão Fernando e minha irmã Leticia pela paciência e carinho, pelo 
amor que me deram todo esse tempo, Amo vocês. 
Ao professor Rogerio Felix Blanco, que foi a primeira pessoa que acreditou no 
meu trabalho, me apoiando para que eu pudesse seguir essa pesquisa, pelo mestre 
e exemplo de pessoa que foi para mim. 
 
 
iv 
A minha orientadora, professora e amiga Caroline Lermen pela paciência, 
dedicação, sugestões, carinho. Por ter me acolhido como orientanda, por ter 
acreditado no meu potencial, ter confiado nos meus ideiais, ter me auxiliado nessa 
caminhada, que com sabedoria soube dirigir-me os passos e os pensamentos para o 
alcance de meus objetivos, pelo tempo gasto comigo sem medir qualquer esforço 
para me ajudar. Obrigado pela devoção, paciência e sabedoria. 
A Coordenadora do curso e professora Katiane Cella Gabriel, pelo convívio, 
pеlо apoio, pеlа compreensão е pela amizade. 
A professora Ieda Volkweis Langer, cujo caminho cruzou com o meu e à partir 
de então sempre foi um exemplo pra mim como profissional e como pessoa, 
obrigada pela cobrança, tudo isso me ensinou que podemos ser sempre melhores. 
A professora e amiga Fabíola Mundstock, pelo carinho e paciência para me 
ajudar, tirando minhas duvidas, e me auxiliando sempre que tive necessidade. 
Agradeço а todos оs professores pоr mе proporcionar о conhecimento nãо 
apenas racional, mаs а manifestação dо caráter е afetividade dа educação nо 
processo dе formação profissional, pоr tanto qυе sе dedicaram а mim, nãо somente 
pоr terem mе ensinado, mаs por terem mе feito aprender. А palavra mestre, nunca 
fará justiça аоs professores dedicados аоs quais sеm nominar terão оs meus 
eternos agradecimentos. 
A todos os meus amigos e colegas, pеlаs alegrias, tristezas е dores 
compartilhadas. Cоm vocês, аs pausas entre υm parágrafo е outro dе produção 
melhora tudo о qυе tenho produzido nа vida. 
A UNISEP, sеυ corpo docente, direção е administração qυе oportunizaram а 
janela qυе hoje vislumbro υm horizonte superior, eivado pеlа acendrada confiança 
nо mérito е ética aqui presentes. 
Obrigada a todos que direta ou indiretamente contribuíram para o meu 
sucesso, para essa vitória e para o meu crescimento! 
 
 
SUMÁRIO 
 
pág. 
 LISTAS DE FIGURAS............................................................................... 07 
 LISTAS DE QUADROS............................................................................. 08 
 LISTAS DE ABREVIAÇÕES..................................................................... 09 
 RESUMO................................................................................................... 10 
1.0 INTRODUÇÃO........................................................................................... 11 
2.0 OBJETIVOS.............................................................................................. 13 
2.1 Geral.......................................................................................................... 13 
2.2 Específicos................................................................................................. 13 
3.0 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................... 14 
3.1 Diabetes Mellitus........................................................................................ 14 
3.1.1 Classificação da Diabetes Mellitus............................................................ 15 
3.1.2 Diagnóstico laboratorial............................................................................. 16 
3.1.3 Tratamento................................................................................................. 17 
3.2 Aloxano...................................................................................................... 19 
3.3 Tratamento com plantas medicinais......................................................... 19 
3.1.3 Bauhinia forticata....................................................................................... 20 
4.0 MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................... 23 
4.1 Caracterização da pesquisa...................................................................... 23 
4.2Preparação do extrato alcoólico da planta seca e fresca.......................... 23 
4.3 Obtenção da infusão e das soluções de extrato seco e metformina......... 24 
4.4 Indução de diabetes................................................................................... 24 
4.5 Obtenção dos níveis glicêmicos................................................................ 25 
5.0 RESULTADOS E DISCUSSÃO................................................................ 26 
6.0 CONCLUSÃO............................................................................................ 31 
7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................... 32 
 ANEXOS.................................................................................................... 37 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
pag. 
Figura 01 Animais 7 dias após a indução do diabetes mellitus por aloxana 
monohidratada..................................................................................... 
 
26 
Figura 2 Perfil glicêmico dos animais no decorrer dos 30 dias de tratamento 
em mg/dL............................................................................................. 
 
27 
 
LISTA DE QUADROS 
pag. 
Quadro 01 Classificação e mecanismos de ação dos hipoglicemiantes 
orais............................................................................................... 
 
18 
 
 
LISTA DE ABREVIAÇÕES 
 
 
ALT - Alanina Aminotransferase 
AST - Apartato Aminotransferase 
CEP - Comitê de Ética em Pesquisa 
DM - Diabetes Mellitus 
DM 1 - Diabetes Mellitus tipo 1 
DM 2 - Diabetes Mellitus tipo 2 
GAD - Ácido Glutâmico 
GJ - Glicemia Jejum 
HbA1C - Hemoglobina Glicada 
MS - Ministério da Saúde 
OMS - Organização Mundial da Saúde 
RENISUS - Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse do Sistema Único 
de Saúde 
SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes 
SBEM - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia 
SUS - Sistema Único de Saúde 
TECPAR - Instituto de Tecnologia do Paraná 
TOTG – Teste de tolerância à glicose 
RESUMO 
 
 
LOPES, A.C. A Efeito hipoglicemiante do extrato alcoólico e infusão de 
Bauhinia forticata em ratos com diabetes induzido com aloxana monoidratada. 
2014. 38f. Francisco Beltrão. Trabalho de Conclusão do Curso em Farmácia da 
Faculdade de Educação – FAFB – União de Ensino do Sudoeste do Paraná – 
UNISEP – Francisco Beltrão-PR. 
 
 
O diabetes é uma doença crônica com múltiplos fatores, considerada um problema 
de saúde pública um dos mais graves problemas mundiais, e está associada com a 
grande morbidade, mortalidade e perda da qualidade de vida que a doença vem 
apresentando. Caracteriza-se por distúrbios no metabolismo de lipídios, carboidratos 
e proteínas. Diante disto, muitos métodos alternativos de tratamento vêm sendo 
procurados, como o uso de plantas medicinais. O objetivo deste trabalho foi verificar 
o efeito do extrato alcoólico e infusão (planta fresca e seca) de Bauhinia forticata 
(pata de vaca) sobre a glicemia de ratos diabéticos. Os animais foram divididos em 
seis grupos, todos os grupos diabéticos, porém cada um com tratamento 
diferenciado, sendo esses: metformina (M), extrato alcoólico da planta fresca (T1), 
extrato alcoólico da planta seca (T2), infusão da planta fresca (T3), infusão da planta 
seca (T4), e um grupo não tratado (C). O diabetes nos animais foi induzido com 
aloxano. Após a indução do diabetes, os animais apresentaram os níveis de glicose 
capilar variando de 193,0 a 220,0 mg/dL. Durante o experimento os animais 
apresentaram redução nos níveis de glicose capilar do 1º ao 30º dia de tratamento: 
grupo M de 200,6 para 180 mg/dL, grupo T1 de 201,8 para 180,4 mg/dL, grupo T2 
de 201,6 para 181,2 mg/dL, grupo T3 de 200,8 para 191,0 mg/dL, grupo T4 de 201,4 
para 191,6 mg/dL e o grupo C apresentou um aumento dos níveis glicêmicos de 
204,4 para 211,0 mg/dL. Com esses resultados, pode-se concluir que os animais 
diabéticos dos grupos tratados com extrato alcoólico T1 e T2 tiveram uma redução 
maior nos níveis de glicose, semelhante ao grupo metformina durante o tempo da 
experimentação, não podendo desconsiderar que os grupos tratados com infusão T3 
e T4 também tiveram uma redução, porém menos expressiva. 
 
Palavras-Chave: Diabetes, aloxano, pata de vaca, Bauhinia forticata. 
1.0 – INTRODUÇÃO 
 
 
 O Diabetes Mellitus (DM) atualmente é configurado como uma epidemia 
mundial, causando grande desafio pra os sistemas de saúde mundiais. O número de 
indivíduos diabéticos esta aumentando devido à crescente prevalência de 
obesidade, sedentarismo, estilo de vida pouco saudáveis, bem como a maior 
sobrevida dos pacientes com diabetes. 
 A doença acomete, aproximadamente mais de doze milhões de pessoas no 
Brasil, além de mais de trezentos e cinquenta milhões no mundo, e de acordo com a 
Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de casos deve duplicar nos 
próximos vinte anos. 
 O diabetes é uma doença crônica e complexa, com múltiplos fatores, e está 
associada com a grande mortalidade, morbidade e perca de qualidade de vida. É 
caracterizado por distúrbios no metabolismo de lipídeos, carboidratos e proteínas, 
geralmente ocasionados por defeitos na produção, secreção e ação do hormônio 
insulina, hormônio responsável pelo transporte da glicose até as células para formar 
energia. Esses defeitos são causados por patogenias específicas, como distúrbios 
na eliminação da insulina, destruição das células beta do pâncreas, resistência da 
ação de insulina, entre outros. Essas patologias podem ser desenvolvidas por uma 
doença autoimune, predisposição genética, gestação, fatores ambientais e má 
qualidade de vida. 
 Todos esses fatores desencadeiam em um efeito primário, principal e comum 
para todas as etiologias, o aumento dos níveis de glicose no sangue, pela 
deficiência absoluta ou relativa da insulina. Portanto, o açúcar adquirido na ingestão 
de alimentos, não é utilizado pela célula como energia, e acumula-se na circulação. 
 Trata-se de uma doença silenciosa, e o aumento dos níveis de glicose 
circulante faz com que ocorra o desenvolvimento de sérias complicações 
cardiovasculares e neuropáticas. É um dos maiores causadores de morte cardíaca, 
infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral, causando 
danos em longo prazo, como nos olhos, nervos e amputações dos membros 
inferiores. 
 
 
12 
 Diante de todas as complicações e o aumento desordenado de casos, o DM é 
um alvo interessante para a busca de novos métodos de tratamento, com a 
possibilidade de uso de varias espécies de plantas medicinais. 
 Estudos demonstram que há muito tempo a Bauhinia forticata, conhecida 
popularmente como pata de vaca, vem sendo utilizada para o tratamento de DM. 
Pacientes relatam o uso empírico da infusão com as folhas da planta, e estudos 
relatam o uso do extrato alcoólico das folhas para o tratamento de DM. Muitos 
fatores são citados para este efeito, mas o principal são os flavonoides presentes na 
planta. 
 Diante disso a Bauhinia forticata já está cadastrada na Relação Nacional de 
Plantas Medicinais de Interesse do Sistema Único de Saúde (RENISUS), porém pela 
falta de estudos relacionados á sua toxidade, eficácia e controle de qualidade, a 
planta ainda não pode ser prescrita como medicamento de receita livre. 
 Neste trabalho propõe-se investigar o efeito hipoglicemiante da infusão e 
extrato alcoólico das folhas da Bauhinia forticata, secas e in natura, em ratas 
hiperglicêmicas, induzidas com aloxana monohidrata, e por consequência verificar 
se a indução de diabetes por este agente químico é realmente eficaz.2.0 - OBJETIVOS 
 
 
2.1 - Geral 
 Avaliar o efeito hipoglicemiante do extrato alcoólico e infusão da Bauhinia 
forticata fresca e seca em ratos diabéticos induzidos por aloxana 
monohidratada. 
 
2.2 – Específicos 
 Preparar extrato alcoólico da planta seca e fresca. 
 Obter a infusão e as soluções do extrato seco e da metformina. 
 Induzir a diabetes nos ratos sadios, com aloxana monohidratada. 
 Verificar os níveis de glicemia dos ratos antes do início do tratamento, e 
medir os níveis de glicemia dos ratos diabéticos, por aparelho glicosímetro 
comercial durante o tratamento com a planta (30 dias). 
 Comparar os resultados obtidos do primeiro ao ultimo dia da pesquisa. 
 
 
3.0 - REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
3.1 - Diabetes mellitus 
 
 Diabetes Mellitus é uma doença crônica, uma desordem metabólica absoluta 
ou relativa, que apresenta como principal característica a deficiência na produção de 
insulina nas células beta do pâncreas, ou falha no reconhecimento e utilização da 
insulina produzida. Sendo assim, por consequência, desencadeia a elevação dos 
níveis glicêmicos (IDF, 2012; SALGUEIRO, 2013). 
 O Diabetes Mellitus afeta o metabolismo de carboidratos, gordura e proteínas, 
sendo apontada como uma das principais ameaças para a saúde humana no século 
XXI (NEGRI, 2005). 
 A insulina é um hormônio produzido e secretado pelas células beta do 
pâncreas em resposta ao aumento dos níveis de glicose circulante. A função mais 
importante da insulina é aumentar a captação da glicose pelos tecidos, 
principalmente muscular e adiposo. Esses tecidos apresentam em sua membrana 
plasmática das células, receptores insulínicos, que são sensibilizados e mobilizam 
transportadores intracelulares específicos para a captação da glicose 
(CAVALHEIRA, ZECCHIN; SAAD, 2002). 
 Os sintomas clássicos do diabetes são os “4 Ps”: Poliúria, devido ao aumento 
de produção de urina pelos rins; Polidispia, com a eliminação excessiva de líquidos o 
organismo necessita repor, ocasionando sede intensa; Perda de peso involuntária, 
devido a perda excessiva de calorias pela urina; Polifagia, para compensar a perda 
de calorias o individuo tem necessidade de alimentar-se constantemente (OLIVEIRA 
et al., 2004). 
 Além destes, outros sintomas também podem ocorrer como, fadiga, fraqueza 
e letargia, e também os sintomas á longo prazo, que são complicações 
microvasculares e macrovasculares. As microvasculares são retinopatias, 
nefropatias e neuropatias, mais frequentes em portadores de Diabetes Mellitus tipo 1 
(DM1). Já as macrovasculares, consiste em alterações ateroscleróticas, doença 
arterial coronariana, doença cerebrovascular, doença arterial periférica, mais 
relacionadas ao Diabetes Melittus tipo 2 (DM2) (SOUZA, 2007). 
 
 
15 
 Os principais fatores de risco para o DM segundo a Sociedade Brasileira de 
Diabetes (2008) são: idade superior a 45 anos, histórico familiar de DM, excesso de 
peso, sedentarismo, colesterol HDL baixo e triglicerídeo elevado, hipertensão 
arterial, doença coronariana, DM gestacional e o uso de medicações 
hiperglicemiantes. 
O diabetes além de ser um problema de saúde, torna-se também problema 
socioeconômico, pois mundialmente os custos diretos ao atendimento de diabetes 
variam de 2,5 a 15% dos gastos nacionais em saúde. Um indicador macroeconômico 
é que o DM cresce mais desordenadamente em países pobres e em 
desenvolvimento, resultando em um impacto de forma negativa, devido à 
morbimortalidade precoce, representando assim carga adicional à sociedade, com 
perda na produtividade no trabalho (BRASILIA, 2006). 
Segundo Shaw, Sicree e Zimmet (2010) existem cerca de 350 milhões de 
diabéticos no mundo, e estima-se que em 2030, haverá 439 milhões de pessoas 
com DM. No Brasil os dados mais recentes, relatam que existam mais de 12 milhões 
de pessoas com a doença. 
 
3.1.1 - Classificação de Diabetes Mellitus 
 
 Os tipos mais frequentes de diabetes são dois, o diabetes mellitus tipo 1 
(DM1) que compreende 10% do total, e diabetes mellitus tipo 2 (DM2) que 
compreende 90% dos casos. Outros tipos de diabetes são encontrados com menor 
frequência, e suas etiologias ainda não são bem definidas, como a diabetes 
gestacional (SBD, 2000). 
 A classificação atual do DM é baseada nos conhecimentos fisiopatológicos, 
incluindo quatro classes: Diabetes mellitus tipo1; Diabetes mellitus tipo 2; Diabetes 
mellitus gestacional e outros tipos específicos de diabetes. Mesmo com a 
diferenciação das etiologias, a consequência primaria é a mesma, aumentos dos 
níveis glicêmicos (SBEM, 2004). 
 O DM tipo 1 caracteriza-se como o tipo mais agressivo, desencadeia-se na 
infância e adolescência, causando emagrecimento rápido. Ocorre devido a 
destruição das células beta do pâncreas, por anticorpos contra ilhotas, contra 
insulina e/ou contra ácido glutâmico (GAD), conhecido como um processo auto 
imune. Porém pode estar associada a outras doenças autoimunes, tireoidite de 
 
 
16 
Hashimoto, doença de addison e miastenia grave. Resultando sempre em 
deficiência absoluta de insulina (LUCENA, 2007). 
 Já o DM tipo 2 Lucena (2007) e Brasilia (2006) classificam como uma doença 
mais lenta, diagnosticada na vida adulta. Causada principalmente pelo estilo de vida 
não saudável, pacientes com excesso de peso, distribuição central de gordura, 
sedentarismo, hipertensão e outras doenças bases. Diante da extrema utilização da 
insulina, ela perde sua afinidade com o receptor na célula do tecido, assim não 
podendo realizar sua função. Ocorre defeito na secreção da insulina e na receptação 
deste pela célula, sendo classificada como resistência a insulina. 
 DM gestacional é quando ocorre qualquer grau de tolerância à glicose 
detectada na gestação, isto devido ao aumento de hormônios contra reguladores da 
insulina, pelo estresse fisiológico sofrido na gravidez e a soma de outros fatores de 
risco (SBEM, 2006). 
 Outros tipos de diabetes podem ser observados em qualquer idade, e 
ocorrem devido a quaisquer outras etiologias não citadas acima, sendo os principais: 
defeitos genéticos das células betas, não ação da insulina, doenças de pâncreas 
exócrino, endocrinopatias, diabetes quimicamente induzida por drogas e outras 
síndromes genéticas. Como resultado a deficiência absoluta ou relativa de produção 
e/ou secreção de insulina (SBEM, 2004). 
 
3.1.2 - Diagnóstico laboratorial 
 
 O diagnóstico para DM pode ser realizado com a análise dos resultados de 
três exames indispensáveis. Glicemia em jejum (GJ), onde sua dosagem é realizada 
no plasma ou sangue do paciente, depois de 8 a 12 horas de jejum sólido. Teste de 
tolerância a glicose (TOTG), para a realização deste, o paciente recebe 75g de 
dextrose via oral e a glicose será dosada 0 á 120 minutos após a ingestão. 
Hemoglobina glicada (HbA1C), dosagem no sangue do paciente que pode identificar 
os níveis glicêmicos de ate 120 dias anteriores ao dia do exame, e este é muito 
utilizado pelos médicos para acompanhar a glicemia dos pacientes (BRASIL, 2006). 
 Dentro da classificação para diagnóstico de distúrbios do excesso de glicose, 
existem quatro categorias. 1) Glicemia nomal, quando a GJ for inferior a 100mg/dL, o 
TOTG inferior a 140 mg/dL e a HbA1C inferior a 5,7%, sendo o paciente 
caracterizado como normal, sem qualquer tipo de distúrbio relacionado a glicose. 2) 
 
 
17 
Glicemia alterada, o paciente apresenta GJ 100-125 mg/dL, o TOTG inferior a 140 
mg/dL e a HbA1C 5,7-6,4%, este deve entrar em estado de alerta, se não apresenta 
um estilo de vida saudável pode ser um forte concorrente a desencadear diabetes. 
3) Tolerância diminuída a glicose, quando o GJ inferiora 100 mg/dL, o TOTG entre 
140-199 mg/dL e a HbA1C 5,7-6,4%, este paciente também deve ficar em alerta, 
pois uma tolerância a glicose pode ser a porta de entrada para diabetes. 4) 
Diabetes, níveis de GJ superiores a 126 mg/dL, TOTG acima de 200 mg/dL e a 
HbA1c superior a 6,5%, quando apresentar estes valores o paciente deve ser 
encaminhado ao médico, pois já é diagnosticado como DM (SOUZA et al., 2012). 
 
3.1.3 - Tratamento 
 
 Quando o paciente é diagnosticado com DM 2, a primeira recomendação é a 
alteração dos hábitos de vida, incentivando uma vida mais saudável, antes mesmo 
de iniciar a medicação. O paciente deve ser instruído para mudança de vida, como: 
1) ajuda nutricional e elaboração de uma dieta ideal, que corresponda a necessidade 
do paciente e com redução de carboidratos, gorduras e açúcares. 2) indicação de 
atividades físicas leves e regularmente. 3) interrupção do uso de álcool, cigarro e 
drogas. 4) assistência aos cuidadores e a familiares, explicações sobre a doença e a 
importância da aderência correta ao tratamento. O tratamento medicamentoso 
somente é iniciado quando essas etapas não resultarem no efeito esperado e os 
níveis glicêmicos não diminuírem (OLIVEIRA; MILECH, 2006). 
 No DM 1, indica-se também a aderência ao estilo de vida mais saudável como 
auxiliar no tratamento, porém é necessário o uso de insulinoterapia, já que o 
paciente não tem produção deste hormônio. Normalmente a terapia insulínica 
intensiva, com varias aplicações diária ou a bomba de difusão, promovem níveis 
adequados de glicose. Um dos maiores problemas do DM 1 é que a dose de insulina 
pode ser excessiva e causar hipoglicemia, o que também pode ser grave e causar 
danos a saúde do paciente (PIRES; CHACRA, 2008; SILVA; RIBEIRO; CARDOSO, 
2006). 
 No DM gestacional a melhor escolha, além dos hábitos saudáveis, é o uso da 
insulina humana em comparação com a animal, visto que a primeira é menos 
imunogênica e previne a formação de anticorpos que ultrapassam a barreira 
placentária (DODE; SANTOS, 2009). 
 
 
18 
 Na escolha dos hipoglicemiantes orais deve ser levado em consideração os 
aspectos individuais de cada paciente, como: idade, peso, níveis glicêmicos, 
aspectos clínicos de resistência e deficiência de insulina. Atualmente, existem muitos 
hipoglicemiantes orais que são utilizados, porém os mais utilizados são cinco 
classes que serão explicadas e diferenciadas diante de seu mecanismo de ação no 
Quadro 1 (SBD, 2007). 
 
Quadro 1 - Classificação e mecanismos de ação dos hipoglicemiantes orais. 
Medicamento Mecanismo de ação 
Sulfoniluréias 
(Glibenclamida, 
Clorpromamida, Glimepirida, 
Repaglinida e Nateglinda). 
Estimulam a secreção de insulina, ligando-se ao 
receptor especifico das células beta pancreáticas, 
fechando os canais de potássio (K) dependentes de 
ATP, e despolarizando a célula. 
Biguanidas (Metformina). Aumentam a sensibilidade da insulina nos tecidos 
periféricos, aumentando a captação de glicose nos 
tecidos, principalmente no fígado. Diminuindo a 
produção hepática de glicose e a absorção de 
carboidratos no intestino delgado. 
Inibidores da alfa-glicosidase 
(Ascarbose). 
Agem no intestino por inibição competitiva das 
enzimas alfa-glicosidase retardando a digestão e a 
absorção de carboidratos, diminuindo a entrada de 
glicose no sangue. 
Glinidas (Repaglinida e 
Nateglinida). 
Ligam-se aos receptores das células beta diferente 
dos receptores das sulfonilureias, despolarizam a 
membrana pela entrada de cálcio (Ca), estimulando 
a secreção de insulina na presença de glicose. 
Tiazolidinadionas 
(Pioglitazona, Troglitazona e 
Rosiglitazona). 
Aumentam a sensibilidade à ação da insulina no 
tecido muscular, hepático e adiposo, e também a 
diminuição da gliconeogênese. 
Fonte: (SBEM – TRATAMENTO MEDICAMENTOSO, 2004; BRASILIA, 2006; LUCENA, 2007; SBD, 
2000; OLIVEIRA, 2008). 
 
 
19 
3.2 - Aloxano 
 
 A aloxana monohidratada é um agente químico, que apresenta citotoxidade 
especifica para a célula beta do pâncreas. Essa droga causa insuficiência insulínica 
primaria no pâncreas, provocando uma reposta trifásica nos níveis de glicose 
durante as primeiras horas, e depois estabelece diabetes permanente (LERCO et al., 
2003). 
 Contudo Lima et al., (2001) classifica a aloxana como uma pirimidina, e relata 
que suas propriedades diatogênicas com ação seletiva e destrutiva das células beta 
do pâncreas, estão relacionadas a formação de radicais superóxidos e hidroxila 
(radicais livres) que são tóxicos específicos para essas células, ocasionando sua 
destruição e morte definitiva. E em outro momento cita que estudos mencionam que 
a inibição da secreção de insulina por aloxana é causada por uma interferência com 
as proteínas citoplasmáticas que contém sulfidril e dissulfide. 
 Para que ocorra o estabelecimento do diabetes, existem duas etapas. A 
primeira etapa é seguida da administração, pode-se observar uma hiperglicemia 
inicial pela resposta adrenérgica, diminuição dos níveis plasmáticos de insulina, e 
aumento dos níveis de glucagon e cortisol. Na segunda etapa observa-se uma 
hipoglicemia associada ao aumento dos níveis plasmáticos de insulina, atribuída à 
liberação desta pela destruição das células beta, resultando em diabetes 
permanente após 7 dias da administração (MAZZANTI et al., 2003). 
 
3.3- Tratamento com plantas medicinais 
 
 O conhecimento do homem primitivo não pode ser deixado de lado, pois 
desde os tempos antes de cristo o homem explora a natureza, principalmente 
plantas e animais para se alimentar, medicar, construir abrigos e roupas. As plantas 
têm sido utilizadas como medicamento desde os primórdios, e acredita-se que mais 
de 70% dos medicamentos derivados de plantas foram desenvolvidos com base nos 
conhecimentos folclóricos (SANTOS; NUNES; MARTINS, 2012). 
 O Conselho Nacional de Saúde já em 1975 referia-se à importância da 
medicina alternativa, mencionando que a medicina popular era constituída por 
praticas paralelas à medicina oficial dominante. Sendo assim a Organização Mundial 
da Saúde (OMS) em reconhecimento a importância do uso de fitoterápicos sugeriu 
 
 
20 
ser uma alternativa para países em desenvolvimento devido ao seu baixo custo 
(REZENDE; COCCO, 2002). 
 Nacionalmente a Politica Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicas e o 
Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos dentro do Sistema Único 
de Saúde (SUS), apresentam objetivos em comum, visando a garantia e segurança 
ao uso de plantas medicinais e fitoterápicos (BRASIL, 2006; BRASIL, 2008). 
 Diante desses fatos o Ministério da Saúde (MS) visando ampliar o espectro de 
fitoterápicos que atualmente são financiados pelo Governo Federal, divulgou em 
2009 a Relação Nacional de Plantas Medicinais de interesse do SUS (RENISUS), 
para direcionamento das pesquisas com 71 espécies vegetais com potencial 
farmacológico (BRASIL, 2009). 
 No tratamento de DM diversos fitoterápicos e espécies vegetais vem sendo 
utilizados para tratar os sintomas, revelando-se uma alternativa diante do alto custo 
dos fármacos sintéticos, porém, esse uso baseia-se apenas em dados empíricos, e 
pode causar uma série de reações adversas e efeito tóxico (NEGRI, 2005). Neste 
ponto a OMS esta desempenhando um papel ativo, incentivando a investigação 
sobre a segurança, eficácia e qualidade de drogas vegetais (OMS, 2002). 
 Segundo Volpato et al. (2002) e Negri (2005) um grande espectro de plantas 
tem efeito hipoglicemiante confirmado experimentalmente, contudo, inúmeras não 
foram validadas como medicinais, via protocolo científico relativo a controle de 
qualidade e grau de toxidade,assim a maioria não pode ser aceita como 
medicamento ético de prescrição livre. 
 
3.3.1 - Bauhinia forticata 
 
 A Bauhinia forticata, popularmente conhecida como pata de vaca, é a espécie 
que apresenta o maior número de estudos relacionados à atividade hipoglicemiante. 
É considerada pela comunidade rural, a pata de vaca verdadeira, sendo muito usada 
em forma de chás e outras preparações fitoterápicas. Muitos estudos como de 
Carnella (1942), ressaltava que o extrato de B. forticata devia ser administrado, não 
somente para o tratamento de DM, com também para distúrbios endócrinos (SILVA; 
CECHINEL-FILHO, 2002). 
 Antes da produção de insulina exógena e dos hipoglicemiantes orais, o uso 
de plantas medicinais era a principal forma de controle de diabetes, pois existem 
 
 
21 
importantes fontes de substâncias potencialmente terapêuticas (DORNAS et al., 
2009). 
 Dentre as espécies vegetais utilizadas como medicinais e que desempenham 
o interesse para produzir fitoterápicos, encontra-se a Bauhinia forticata, que se 
destaca pela sua relevância terapêutica para o tratamento de DM e por ser 
encontrada na RENISUS de 2009 divulgada pelo MS (MARQUES et al., 2013). 
 Segundo Rodrigues et al. (2012) em uma pesquisa realizada na região sul do 
Brasil, a planta mais utilizada pra o DM, pelo seu potencial hipoglicemiante é B. 
forticata. 
 Esta planta pertence ao gênero Bauhinia, família Caesalpinieideae e 
subfamília Fabeaceae (SILVA et al., 2012). As plantas do gênero Bauhinia 
consistem em cerca de 300 espécies e são espécies nativas da América do Sul, 
principalmente da Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia e Brasil, sendo que no 
Brasil, são encontradas principalmente nas regiões do Rio de Janeiro a Rio Grande 
do Sul (PIZZOLATTI et al., 2003). 
 Juliane (1929), demostrou através de ensaios realizados em pacientes 
diabéticos os primeiros relatos da atividade antidiabética de B. forticata (LIMA, 
2009). A partir de então os extratos aquosos de suas folhas, raízes e caules, tem 
sido muito utilizado ao longo do tempo em diversos países (SILVA et al., 2012). 
 Diante deste, muitos estudos científicos foram realizados para avaliar a 
propriedade hipoglicemiante e antidiabética da planta. Assim muitos compostos 
extraídos já foram isolados e identificados, porém ainda pouco se sabe sobre a 
atividade farmacológica da maioria dessas substâncias (SILVA; CECHINEL-FILHO, 
2002). 
 Marques et al. (2012), relata que a composição química das folhas de B. 
forticata apresentam flavonoides, alcaloides, mucilagens, óleos essenciais, taninos, 
catecois, esteroides, heterosideos cianogênios e saponinas, como também 
substancias de caráter antioxidante. 
 Conforme Sousa et al. (2004), um dos mais de 33 flavonoides que são 
encontrados na planta, é a canferitrina, responsável pela atividade hipoglicemiante. 
Ele sugere então que o mecanismo possa estar relacionado com a inibição do 
catabolismo da insulina, reabsorção de glicose pelos rins e/ou estimulo de captação 
de glicose pelos tecidos periféricos. 
 
 
22 
 Já Pepato et al. (2002), sugere que a atividade antidiabética seja pela inibição 
da gliconeogênese e redução de hormônios contra regulatórios, mecanismo 
semelhante as biguanidas. Outro resultado considerado importante é o obtido por 
Cazarolli et al. (2006), referente ao efeito do canferol, pois diferente da canferitrina, 
esse composto não resultou na diminuição da glicemia, demonstrando que a 
presença dos açúcares ligados a aglicona é essencial para a atividade. 
 Estudos mais recentes relatam que a diminuição dos níveis glicêmicos pela 
planta é devido a inibição da alfa-glicosidase, que é a enzima responsável por 
catalisar a glicose no processo final da digestão, essa ação pode ser decorrente da 
presença de derivados quercetinicos (FERRERES et al., 2012). 
 Silva e Cechinel-Filho (2002) indicam que a dose letal (DL50) do extrato bruto 
de B. forticata administrado em ratos intraperitoneal, é em 2,85 g/Kg. Porém por via 
oral, não foi observado qualquer ação toxica nas doses de 0,5 a 5,0 g/Kg, mas nas 
doses acima de 2,7 g/Kg foi possível observar alguns efeitos na musculatura lisa e 
sistema nervoso central. 
 Durante o tratamento oral com o decocto das folhas de B. forticata, em ratos 
normoglicêmicos e hiperglicêmicos por 33 dias, não foi verificado toxidade tecidual, 
isso foi observado devido ao monitoramento de biomarcadores, sendo eles: amilase 
pancreática, creatina quinase muscular, lactato desidrogenase muscular e hepático, 
bilirrubinas do ducto biliar e hepáticas e enzima conversora das angiotensinas renal 
e de microcirculação renal (PEPATO, 2004). 
 Contudo nos estudos de Picoli, (2006), após o tratamento oral em ratos 
normoglicêmicos por 30 dias, a infusão das folhas da planta apresentou danos 
hepáticos, pois resultou em um aumento de níveis séricos da enzima aspartato 
aminotransferase (AST), porém os níveis de alanina aminotransferase (ALT) não 
tiverem aumento. 
 Sabendo que os flavonoides são os compostos majoritários no vegetal, 
diversos fatores podem modificar a rota metabólica e alterar a composição para a 
produção de medicamentos, alterações ambientais como: sazonalidade, ritmo 
circadiano, radiação, temperatura, atitude e umidade (GOBBO-NETO; LOPES, 
2007). 
4.0 - MATERIAL E MÉTODOS 
 
 
4.1 - Caracterização da pesquisa 
 
Inicialmente a pesquisa é de caráter descritivo, exploratório e bibliográfico. 
Descritivo, pois apresenta correlações do assunto estudado. Exploratório, pois 
necessita de pesquisa e busca todas as opiniões sobre o determinado fenômeno. E 
por fim bibliográfica, pois descreve o que os outros autores já classificaram e 
determinaram sobre o assunto (VERGARA, 2000). 
 Em um segundo instante, devido à abordagem metodológica utilizada no 
trabalho, esta pesquisa foi classificada como experimental de caráter quantitativa, 
seguida de uma análise qualitativa, devido o embasamento científico utilizado, 
tratando-se de uma pesquisa que consiste em determinar um objeto de estudo físico, 
e após selecionar as variáveis capazes de influenciá-lo vir a definir as formas de 
controle e observação dos efeitos produzidos (GIL, 2009). 
Este trabalho foi realizado após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa 
da União de Ensino do Sudoeste do Paraná (CEP-UNISEP), através do certificado 
de aprovação n° 0001/2014. 
 
4.2 - Preparação do extrato alcoólico da planta seca e fresca 
 
As folhas da Bauhinia forticata, foram colhidas no mês setembro de 2013, na 
comunidade de Linha Poço Preto, na cidade de Renascença-PR para a preparação 
do extrato alcoólico da planta. 
O material biológico coletado foi transferido para o Laboratório de fitoquímica 
da Unisep Campus de Francisco Beltrão, onde foi separado, limpo, e as folhas foram 
devidamente selecionadas e higienizadas. Posteriormente, partes das folhas foram 
secas em estufa à 25ºC, até obter peso constante. A outra parte foi utilizada in 
natura para a obtenção do extrato alcoólico. 
No preparo do extrato alcoólico, foram utilizadas 100g de folhas frescas, 
trituradas e colocadas em um cartucho para a extração em soxhlet, com 300 mL de 
álcool absoluto. A extração foi realizada por esgotamento da planta, foram 
aproximadamente 12 horas de extração. Posteriormente foi realizada a retirada do 
 
 
24 
solvente, utilizando para isto um evaporador rotativo. Após a concentração, restou 
somente um extrato seco que foi armazenado em frasco âmbar e mantido em 
temperatura ambiente. Esse mesmo procedimento foi realizado para as folhas secas 
(SOUZA et al., 2007). 
 
4.3 - Obtenção da infusão e das soluções de extrato seco e da metformina.A infusão e as soluções dos extratos secos e da metformina necessitavam ser 
feitas diariamente, minutos antes da administração nos animais. 
A infusão foi obtida com o aquecimento de água a 100º C e depois a planta 
era colocada dentro do recipiente por 5 minutos. Para todas as soluções foram 
utilizadas dosagem padrão utilizando 1g para 10 mL de água (p:v). 
 
4.4 - Indução da diabetes 
 
Os animais utilizados foram ratas da linhagem Wistar, obtidos do Biotério 
Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR), com peso entre 82 a 103g, os quais 
foram alojados em gaiolas de polipropileno, com cama de maravalha trocada 
diariamente, respeitando sempre o ciclo de 12 horas de claro e 12 horas de escuro. 
Os animais foram alimentados com ração e água potável á vontade, por um período 
de adaptação de 7 dias. A dieta dos animais foi à mesma para todos os grupos 
pesquisados. 
Após este período, as ratas foram mantidas em jejum por um período de 24 
horas para indução do diabetes pelo Aloxano (Aloxano Monohidratdo Sigma – 
Aldrich, A7413 – 10G) ®. 
A solução de aloxana monoidratada foi preparada minutos antes da aplicação 
por meio da diluição do fármaco em solução salina 0,9%, em uma concentração de 
60mg/mL. O preparo da solução foi realizado em ambiente escuro, utilizando frasco 
âmbar envolvido por papel alumínio para evitar contato com a luz, visto que o 
composto é fotossensível. Além disso, após a diluição, o frasco foi mantido 
refrigerado até o momento da aplicação. Os animais receberam única dose de 
60mg/kg de aloxana via intraperitoneal (OLIVEIRA, 2012). 
Após a administração de aloxana por 24 horas a única fonte hídrica dos 
animais foi solução de glicose a 10%, e 1 hora após receberam alimentação. 
 
 
25 
4.5 - Obtenção dos níveis glicêmicos 
 
Os animais que sobreviveram à indução, após 7 dias do procedimento, foram 
submetidos a um jejum de 12 horas, para verificação do nível glicêmico com o 
aparelho glicosímetro portátil (G-tech), sendo coletada uma gota de sangue da 
cauda dos animais. 
Os animais que receberam a injeção de aloxano e apresentaram glicemia 
superior a 180mg/dL foram considerados diabéticos, já os animais que apresentaram 
glicemia abaixo de 180mg/dL foram excluídos do experimento. 
Os animais diabéticos foram divididos em seis grupo de 5 animais cada, todos 
os grupos são diabéticos, o que diferencia cada um é o tratamento recebido, sendo 
(C) grupo controle tratado somente com o veiculo das soluções, (M) tratado com 
solução de metformina, hipoglicemiante oral mais utilizado, (T1) tratado com o 
extrato alcoólico seco da planta fresca, (T2) tratado com o extrato alcoólico seco da 
planta seca, (T3) tratado com infusão da planta fresca, (T4) tratado com a infusão da 
planta seca, todas as soluções administrada sempre na mesma dose 1g/kg de peso 
do animal. 
Diariamente os animais foram submetidos a 12 horas de jejum sólido para 
que antes de administração do tratamento fosse realizado o teste de glicemia capilar 
com o aparelho glicosímetro portátil (G-tech), acompanhando assim a evolução ou 
não dos animais, o experimento foi realizado durante um período de 30 dias. 
5.0 – RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 
Após a indução do DM por aloxana monohidratada no total de 40 ratas, 4 
animais não foram considerados diabéticos sendo assim descartados da pesquisa, 
pois não obtiveram o valor de glicemia superior a 180 mg/dl. 6 dos animais entraram 
em óbito, e os demais foram considerados diabéticos, estes resultados são 
demostrados na figura 01 e posteriormente separados nos seis grupos. 
 
Figura 01 - Animais 7 dias após a indução do diabetes mellitus com aloxana monohidratada. 
 
 CAVALLI et al., (2007) utilizaram dose de 42mg/kg dos animais por via 
endovenosa, porém somente 28 dos 60 animais, desencadearam diabetes mellitus. 
Isso justifica o que Oliveira (2012) cita que a dose a ser administrada do animal na 
maioria das vezes é mais importante do que a via de administração da mesma, ou 
seja, quanto maior a dose da aloxana, maior o seu efeito toxico ao pâncreas, 
desencadeando destruição elevada de células, e o diabetes mellitus. 
 SILVA (2013) utilizou o dobro da dose do atual estudo, sendo 120mg/kg do 
animal, por via intraperitoneal, teve 13 óbitos dos 21 animais, e 7 que 
desencadearam o diabetes mellitus. Os óbitos são resultados da pancreatite 
desenvolvida pelo agente químico ou pela hiperglicemia elevada, o que alguns 
animais não suportam, pode também ser resultado da morte das células beta do 
pâncreas, que levam a uma liberação excessiva de insulina, resultando em 
hipoglicemia severa, que pode levar o animal ao coma e morte. 
 
 
27 
No decorrer dos 30 dias de tratamento, foi determinado o perfil glicêmico dos 
grupos, apresentado na Figura 02, e os resultados completos com a média por grupo 
no Anexo 01. 
 
Figura 02 - Perfil glicêmico dos animais no decorrer dos 30 dias de tratamento em mg/dL, C 
– controle, M – metformina, T1- extrato alcoólico da planta fresca, T2 – extrato alcoólico da 
planta seca, T3 – infusão da planta fresca e T4 infusão da planta seca. 
 
 Na interpretação dos resultados pode-se observar que no grupo controle, 
tratado somente com solução fisiológica, os níveis glicêmicos mantiveram-se acima 
de 200 mg/dL. Isso comprova a manutenção da doença, certificando-se que a 
indução do diabetes foi correta, e se obtiver redução da glicemia, será devido ao 
tratamento. 
Além dos níveis de glicose elevados observados nos animais após a indução 
de diabetes, outros sinais clínicos foram observados nos 30 dias de experimento, 
como: polifagia, polidispia, e poliúria, sinais característicos do DM. No grupo C esses 
sinais continuaram durante todo o tratamento, observando também a perda de peso 
dos animais, diferente dos grupos M, T1 e T2 que apresentaram aumento de peso 
normal, e redução dos sinais clínicos, assim como a redução dos níveis de glicose. 
Nos grupos T3 e T4 o aumento de peso já não foi tão significativo, e não ocorreu 
redução dos sinais clínicos. 
 No grupo M, tratado com metformina, medicamento hipoglicemiante oral mais 
utilizado pelos pacientes diabéticos (SANTOS et al., 2010), obteve-se a diminuição 
dos níveis de glicemia de 200,6 para 180 mg/dL, ou seja, uma redução de 10%. 
Quando este é comparado com o grupo T1, tratado com o extrato alcoólico da planta 
 
 
28 
fresca, e o T2, tratado com o extrato alcoólico da planta seca, observou-se uma 
diminuição de 201,8 para 180,4 mg/dL, redução de 11% e de 201,6 para 181,2 
mg/dL, redução de 11%, respectivamente. Tais resultados demonstram uma redução 
na taxa de glicemia semelhante entre o medicamento químico e os extratos de 
planta seca e fresca. 
 Sabe-se que quando é retirada a água de uma planta como no caso da 
secagem, junto com a evaporação da mesma, pode-se arrastar o princípio ativo, 
principalmente quando este tem afinidade de polaridade com a água (BARBOSA et 
al., 2001). Pode-se dizer que isso não ocorreu no presente trabalho, pois as plantas 
secas e frescas apresentaram resultados semelhantes. 
 Souza et al. (2007), testou o extrato alcoólico de duas espécies de Bauhinia, 
sendo elas a Bauhinia forficata e Bauhinia variegata na concentração de 1g/kg do 
animal, que recebiam glicose na dose de 2g/kg, realizando a curva glicêmica do 
animal em 30, 60, 90 e 120 minutos após o tratamento. Os resultados obtidos foram 
diferentes do atual estudo, pois a B. forticata, não apresentou redução tão 
significativa dos níveis de glicose, diferente da outra espécie que apresentou 
resultados mais significativos, porém os dois foram inferiores ao estudo atual. 
 Mesmo a concentração de extrato sendo a mesma,o método de indução de 
diabetes foi diferenciado, o que pode ter resultado na divergência entre os 
resultados para o extrato de B. forficata. Os animais foram submetidos a uma 
ingestão de grande quantidade de glicose por via oral e posteriormente o tratamento 
com o extrato, o que pode ter levado a uma interferência na absorção. 
 Lino et al. (2004), realizaram o tratamento com extrato alcoólico nas 
concentrações de 200 e 400 mg/kg em ratos diabéticos induzidos por aloxano. Após 
os 7 dias de tratamento intenso, os resultados foram satisfatórios apresentando 
redução de 42 e 55% nas doses respectivamente, quando comparados com o grupo 
controle. Esses resultados são semelhantes aos desta pesquisa, pois mesmo as 
concentrações de extrato utilizadas sendo inferiores, o tratamento foi mais intensivo, 
o que pode ter efeito mais rapidamente. 
 Em contra partida os resultados obtidos para o T3 (tratado com infusão da 
planta fresca) e o T4 (tratado com a infusão da planta seca) mostraram uma 
diminuição de 200,8 para 191 mg/dL, redução 5% e 201,4 para 191,6 mg/dL redução 
de 5%, respectivamente. Embora esse resultado seja inferior ao obtido nos grupos 
T1 e T2, são considerados satisfatórios quando comparados com o grupo controle. 
 
 
29 
 Esse menor efeito da planta quanto utilizada em forma de infusão deve-se a 
forma de preparação, pois se sabe que na infusão utiliza-se água como solvente, e 
essa não tem a capacidade de extrair todos os componentes da planta. Também, 
neste método a temperatura não é tão elevada, chegando no máximo a 100ºC, o 
que diminui a quantidade de compostos extraídos. Já no extrato alcoólico, utiliza-se 
como solvente o álcool etílico, capaz de levar a planta a exaustão retirando todos os 
seus componentes (MACIEL, PINTO, VEIGA, 2002). 
 Soares, Costa, Cecim (2000), realizaram 2 experimentos, sendo o primeiro 
com ratos diabéticos com hiperglicemia moderada, os quais receberam a infusão de 
B. forticata ad libitum, apresentando diminuição dos níveis glicêmicos em 19,9%. No 
segundo estudo, utilizando ratos diabéticos com hiperglicemia severa, estes 
receberam o mesmo tratamento, porém por 40 dias e foi observada uma redução de 
6,8%. O estudo apresenta resultados mais expressivos pelo fato que os animais 
ingeriam de única fonte hídrica a infusão da planta, as concentrações não eram 
controladas, e possivelmente a ingestão de principio ativo diariamente eram maiores 
que o presente estudo, e o tratamento utilizado pelos autores foi mais intensivo. Mas 
comprova que a infusão tem efeito hipoglicemiante, no atual estudo as 
concentrações foram mais brandos, devido a isso os resultados foram menores. 
 Em estudo realizado por Damasceno (2000), utilizando ratas diabéticas 
prenhas, estas foram tratadas com a infusão de B. forticata em doses crescentes 
nos 20 dias de tratamento. Porém os resultados obtidos não foram satisfatórios, visto 
que não apresentaram redução nos níveis glicêmicos. Sendo estes resultados 
confirmados por Volpato (2001) onde testou a infusão da B. forticata em ratas 
diabéticas e não diabéticas prenhas, com as mesmas doses em 20 dias de 
tratamento. Observando que as não diabéticas não apresentaram mudanças nos 
níveis glicêmicos. 
 O fato da não redução dos níveis de glicose nos dois estudos acima citados 
possivelmente seja relacionado a inúmeros fatos, dentre eles o principal é o estado 
de gravidez das ratas. Compreendendo que nessa fase torna-se mais difícil a 
redução da glicose, e o tempo em que foi administrada a concentração máxima foi 
curto, o que poderia ter sido prolongado e talvez apresentando resultados no perfil 
glicêmico. Porém pode-se observar que além de ajudar na diminuição de anomalias 
possivelmente pelo seu feito antioxidante, também não apresentou efeito toxico ao 
feto (VOLPATO 2001). 
 
 
30 
 O estudo mais recente com a utilização de infusão da B. forticata, foi realizado 
com pacientes diabéticos. Sendo que o grupo aderiu ao uso da infusão da planta 
como tratamento coadjuvante sem quaisquer mudanças de hábitos, e comparando 
com um grupo não tratado. Os que utilizaram a infusão diariamente apresentaram 
uma redução de 6% na glicemia, sendo que o grupo não tratado não apresentou 
alterações significativas nos níveis glicêmicos (MORAES et al., 2010). Este estudo 
utilizou cobaias humanas, porém apresentou resultados semelhantes a este 
experimento, que foi de 5% tanto para o grupo T3 como para o T4. 
 
 
 
6.0 – CONCLUSÃO 
 
 
Após a realização desta pesquisa é possível concluir que os animais 
submetidos à indução por aloxano apresentaram níveis glicêmicos elevados e 
constantes o que comprovaram o diabetes, demonstrando desta forma a eficácia do 
procedimento. 
Os animais diabéticos tratados com extrato alcoólico da planta seca e fresca 
apresentaram em média uma diminuição dos níveis de glicose semelhante à 
redução dos animais tratados com metformina, o que evidencia que no presente 
estudo o extrato alcoólico da planta teve efeito hipoglicemiante semelhante ao 
medicamento químico. Já os animais diabéticos tratados com infusão da planta seca 
e fresca, tiveram efeito menor, porém significativo quando comparados com o grupo 
controle, tratado somente com solução fisiológica. 
Pode-se evidenciar também que nessa planta a retirada da água para a 
secagem não interfere na quantidade de principio ativo, visto que tanto a planta seca 
como a fresca apresentaram resultados muito semelhantes. 
Os resultados obtidos neste estudo também mostram que a planta Bauhinia 
forticata, tem efeito sobre ratos diabéticos induzidos por aloxano. Contudo mais 
estudos devem ser realizados, pois a planta não apresentou a normalização da 
glicemia e sim a redução. Estudos de segurança e toxidade também são importantes 
quando se propõe a síntese de um medicamento fitoterápico. 
 
 
 
7.0 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
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ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
ANEXO 01 
 
 
 
 
 
DIAS C M T1 T2 T3 T4 
1º 204,4 200,6 201,8 201,6 200,8 201,4 
2 º 203,8 200,8 201,8 201,6 200,8 201,4 
3 º 203,0 201,6 201,8 200,2 200,8 201,8 
4 º 203,8 201,0 201,0 199,8 200,6 202,0 
5 º 204,4 200,6 201,2 200,2 200,4 202,0 
 6 º 205,0 200,2 200,6 199,8 200,2 201,8 
7 º 205,2 200,0 200,0 199,2 200,2 201,6 
8 º 205,2 199,2 199,4 198,6 199,8 201,4 
9 º 205,4 198,6 198,8 197,8 199,4 201,0 
10 º 205,6 197,8 198,0 197,2 199,0 200,6 
11 º 205,8 197,0 197,4 196,6 198,6 200,2 
12 º 206,0 196,2 196,6 196,6 198,4 199,8 
13 º 206,2 195,3 195,8 195,4 198,0 199,4 
14 º 206,0 194,4 195,0 194,4 197,6 199,0 
15 º 206,4 192,4 193,2 192,3 197,2 198,6 
16 º 206,2 190,4 191,2 191,2 196,6 198,0 
17 º 206,0 189,6 190,2 190,3 196,0 197,4 
18 º 206,4 188,2 189,0 189,2 195,4 196,8 
19 º 206,8 187,0 187,6 187,5 194,8 196,2 
20 º 207,0 185,8 186,2 186,4 194,2 195,4 
21 º 207,0 184,6 185,0 185,0 193,6 194,8 
22 º 207,0 184,0 184,4 184,8 193,2 194,4 
23 º 207,0 183,2 184,0 184,2 192,3 194,2 
24 º 208,4 182,6 183,4 183,6 192,4 193,4 
25 º 208,6 182,2 183,0 183,2 192,2 193,0 
26 º 209,0 182,0 182,4 182,6 192,0 192,8 
27 º 210,6 181,6 182,0 182,2 191,6 192,4 
28 º 211,0 181,2 181,6 181,6 191,2 192,0 
29 º 211,0 180,6 181,0 181,2 191,0 191,6 
30 º 211,0 180,0 180,4 181,2 191,0 191,6

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