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A utilização de fitoterapia nas desordens metabólicas. The use of herbal medicine in metabolic disorders. Álex da Silva Nascimento ¹,Desyree Souza da Silva¹, Maria Laura Homem de Bittencourt Fernandes Castro¹, Marina Figueiredo Ferreira de Souza², Tamara Stulbach² Autor de correspondência: Maria Laura Homem de Bittencourt Fernandes Castro. Telefone: 13 981059445. E-mail: marialaura.castro@gmail.com ¹Discente do Curso de Nutrição da Universidade Paulista UNIP Campus Santos-Rangel ²Docente do Curso de Nutrição da Universidade Paulista UNIP Campus Santos-Rangel Declaro que a presente pesquisa não possui conflito de interesse. Este artigo está relacionado com a área de Nutrição Clínica. NASCIMENTO, Alex da Silva; SILVA, Desyree Souza da; CASTRO, Maria Laura Homem de Bittencourt Fernandes; SOUZA, Marina Figueiredo Ferreira de; STULBACH, Tamara; A UTILIZAÇÃO DA FITOTERAPIA EM DESORDENS METABÓLICAS. Trabalho de conclusão do curso de Graduação em nutrição da Universidade Paulista, Instituto de ciências da saúde. 2021, Universidade Paulista UNIP. RESUMO Objetivo: Avaliar a aplicação dos fitoterápicos nas doenças metabólicas em relação às aplicações técnicas, preventivas, paliativas e tratamentos, melhoras e controles. Métodos: O presente trabalho consiste em uma revisão bibliográfica a respeito das melhoras e a efetividade de fitoterapia em seus tratamentos de forma complementar e ou paliativa, como também preventiva para uma melhor qualidade de vida. Foram utilizados métodos de pesquisa explicativa descritiva. Resultados: Estudos evidenciaram eficácia do Chá verde na redução do IMC e da circunferência da cintura, conferindo um potencial efeito protetor para as doenças cardiovasculares. Pôde-se observar a eficácia da alcachofra na redução dos níveis de gordura peritoneal e triacilgliceróis de ratos Wistar fêmeas, quando consumida por meio de infusão de chá de folhas e raízes. Porém, Novos experimentos necessitam serem realizados envolvendo a mensuração direta da quantidade calórica utilizada pelo metabolismo basal e em exercício ao ingerir a infusão, para que se possa realmente sugerir está no tratamento para a obesidade. Concluiu-se que a administração de vagens de P. vulgaris influenciou positivamente o conteúdo de colágeno e suas propriedades em ratos diabéticos com estreptozotocina. Conclusões: Avaliamos que para o tratamento de diabetes é o Phaseolus Vulgaris possui ação comprovada em experimentos em ratos. Bem como, no tratamento da obesidade pôde-se comprovar a eficácia da alcachofra na redução dos níveis de gordura peritoneal e triacilgliceróis de ratos Wistar fêmeas, quando consumida por meio de infusão de chá de folhas e raízes. Palavras chave: Fitoterápicos, doenças metabólicas. NASCIMENTO, Alex da Silva; SILVA, Desyree Souza da; CASTRO, Maria Laura Homem de Bittencourt Fernandes; SOUZA, Marina Figueiredo Ferreira de; STULBACH, Tamara; THE USE OF PHYTOTHERAPY IN METABOLIC DISORDERS. Conclusion of the undergraduate course in nutrition at University Paulist, Institute of Health Sciences. 2021, University Paulist UNIP. ABSTRACT Objective: Evaluate the application of herbal medicines in metabolic diseases in relation to technical applications, preventive, palliative and treatments, improvements and controls. Methods: The present work consists of a bibliographical review about the improvements and effectiveness of herbal medicine in its treatments in a complementary and/or palliative way, as well as preventive for a better quality of life. Descriptive explanatory research methods were used. Results: Studies have shown the effectiveness of green tea in reducing BMI and waist circumference, providing a potential protective effect against cardiovascular disease. It was possible to observe the efficacy of the artichoke in reducing the levels of peritoneal fat and triacylglycerols of female Wistar rats, when consumed through an infusion of tea with leaves and roots. However, new experiments need to be carried out involving the direct measurement of the caloric amount used by basal metabolism and in exercise when ingesting the infusion, so that one can really suggest it is in the treatment for obesity. It was concluded that the administration of P. vulgaris pods positively influenced the collagen content and its properties in diabetic rats with streptozotocin. Conclusions: We evaluated that for the treatment of diabetes, Phaseolus Vulgaris has proven action in experiments on rats. As well as, in the treatment of obesity, it was possible to prove the efficacy of artichoke in reducing the levels of peritoneal fat and triacylglycerols in female Wistar rats, when consumed through an infusion of tea with leaves and roots. Key words: Herbal medicines, metabolic diseases. 4 INTRODUÇÃO A obesidade e uma patologia multifatorial considerada um dos maiores problemas de saúde pública, além de ser uma das doenças crônicas não transmissíveis que mais cresce epidemiologicamente no mundo. A obesidade é um fator predisponente à diminuição da longevidade (em média, 13 anos) e aumento da mortalidade. A associação com o Índice de Massa Corporal (IMC) revela que o risco de mortalidade e comorbidade, associados a doenças como Diabetes mellitus tipo 2, hipertensão, neoplasias, dislipidemia, doenças cardiovasculares, aumenta proporcionalmente ao aumento dessa medida. Estas comorbidades relacionam-se com o estado de inflamação crônica sistêmica de baixo grau observada na obesidade, resultado do aumento das concentrações plasmáticas de proteínas de fase aguda e de várias citocinas². Quando à reversão do estado inflamatório observado na obesidade, parece que a redução do IMC e consequente perda de tecido adiposo conduzem a uma redução de citocinas e quimosinas pró-inflamatórias e ao aumento de mediadores anti-inflamatórios, com redução concomitante do risco de patologias associadas². Diabetes mellitus é a mais frequente doença do metabolismo dos açucares. Trata-se de uma síndrome de etiologia múltipla, decorrente da falta de insulina e/ ou da incapacidade de ela exercer adequadamente seus efeitos, resultando em resistência insulínica. Caracteriza-se pela presença de hiperglicemia crônica, frequentemente, acompanhada de dislipidemia, hipertensão arterial e disfunção endotelial³. Considerando os complexos mecanismos relacionados ao desenvolvimento da obesidade e diabetes, o uso de fitoterápicos e compostos bioativos como complemento para o tratamento deve ser cuidadosamente planejado. Alguns fitoterápicos são capazes, por exemplo, de modular da expressão de genes que codificam proteínas envolvidas em mecanismos intracelulares de defesa contra processos oxidativos degenerativos de estruturas celulares como DNA e membranas, além de impedir a síntese de mediadores inflamatórios4. No brasil a prevalência de Síndrome Metabólica foi de 43%. Quanto ao gênero, a prevalência foi de 35% entre homens e 47% em mulheres, considerando que em 23% dos prontuários não havia dados suficientes para a classificação. Evidenciou-se que a síndrome metabólica atinge proporcionalmente mais as mulheres do que os 5 homens, ao passo que em relação à idade foi verificado maior prevalência da doença em indivíduos maiores de 60 anos5. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade é um dos principais problemas de saúde pública hoje no mundo. Estima-se que no ano 2025 haverá 700 milhões de obesos no mundo e cerca de 2,3 bilhões de pessoas com sobrepeso6. Isso tudo impacta financeiramente no país, os dados mostram que 17.320.339 de indivíduos adultos no país seriam diabéticos. Um total de 11.3 milhões de hospitalizações foram registradas em 2014, dos quais 8.6 milhões (76,2%) foram em adultos. Destas internações, 313.273foram por DM, correspondendo a 3,6% das internações totais e representando uma taxa de internação de 22,8/10.000 adultos. DM representou 41,9% das internações, seguido das doenças cardiovasculares atribuíveis ao diabetes (26,5%). As internações devido ao DM e condições relacionadas custaram R$463 milhões, representando 4,3% dos custos totais de hospitalizações no SUS (R$10.6 bilhões). A diferença entre as regiões do Brasil é bastante expressiva, variando o custo entre 18 milhões de reais para a Região Norte e 224 milhões de reais para a Região Sudeste. As taxas de hospitalização da população adulta foram de 3,5 e 3,8/10.000 para homens e mulheres (respectivamente) entre 20 a 44 anos, e 146 e 133,3 para a faixa etária de 75 anos ou mais. Quando considerado o número absoluto e a taxa de hospitalização bruta, as mulheres tiveram mais internações que os homens. No entanto, ao considerar as taxas ajustadas por idade, estas são mais elevadas para os homens (23,9/10.000 habitantes) quando comparadas às mulheres (21,9/10.000). Enquanto o custo médio de uma hospitalização de um indivíduo adulto foi de R$1.240,75 em 2014, o custo médio de uma hospitalização por diabetes e doenças relacionadas foi aproximadamente 19% maior, atingindo R$1.478,75 reais. Entre as internações atribuíveis ao DM, as internações devido a doenças renais (R$2.803) e cardiovasculares (R$2.675) foram as que apresentaram maior custo médio. O custo médio de hospitalização foi significativamente maior em homens em todas as faixas etárias e para todos os grupos de diagnóstico, com exceção de neoplasias selecionadas, provavelmente por causa dos custos de câncer de mama incluídos neste grupo7. Este estudo apresentou uma visão geral detalhada das internações atribuíveis ao DM no Brasil considerando a perspectiva do SUS. Compreender os custos do 6 diabetes e suas principais complicações são cruciais para aumentar a conscientização e permitir a avaliação de estratégias para reduzir sua prevalência e seu impacto. Por isso é que abordaremos a fitoterapia nessas doenças metabólicas para mostrar a prevenção de nível primário, como também tratamento paliativo e controle de forma natural e não somente após desenvolver uma dessas doenças ter que tratar com medicação. A fitoterapia pode ajudar a controlar a homeostase do organismo. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a adequação dos fitoterápicos na obesidade e na diabetes, identificar os fitoterápicos mais prescritos, avaliar os fitoterápicos no controle da obesidade como moduladores de apetite ou aceleradores do metabolismo, avaliar qual melhor fitoterápico para o tratamento de diabetes, avaliar qual melhor fitoterápico para o tratamento de obesidade. MATERIAIS E MÉTODOS Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, desenvolvida por meio de um levantamento bibliográfico, fundamentado na análise de artigos científicos disponíveis, nas bases de dados Sacie-lo, Bireme, Medline, Lilacs e PubMed, de Junho a novembro de 2021. Os descritores utilizados para obter informações sobre fitoterápicos no processo de emagrecimento foram: fitoterapia, obesidade, diabetes, phytotherapy, obesity, diabetes. Além dessas palavras chaves, utilizou-se uma busca específica para os seguintes fitoterápicos Phaseolus Vulgaris, Camelia Sinensis e Cynara Scolymus de acordo com os descritores em ciências da saúde (DeCs). Como critério de inclusão, foram escolhidos trabalhos que relacionavam os fitoterápicos com a obesidade e diabetes. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os Fitoterápicos mais citados e utilizados, bem como a atuação dos mesmos mediante a obesidade e diabetes, estão relacionados na tabela a seguir: Quadro 1- Fitoterápicos e seus modos de ação e indicação. Fonte: Os autores, 2021. Fitoterápicos estudados Modulador do apetite Acelerador do metabolismo Inibidor de enzimas Indicado para diabetes Indicado para obesidade Camellia sinensis; Sim Sim Não Não Sim Cynarascolymus; Não Não Sim Não Sim Phaseolusvulgaris; Não Não Sim Sim Sim 7 Camellia Sinensis Popularmente conhecida como chá verde, pertencente à família Teácea e é de origem chinesa, embora seja cultivada em diversos países, sendo considerada uma das bebidas mais consumidas do mundo, na forma de chá. Está entre os fitoterápicos usados para a perda de peso mais investigados e consumidos no mundo. O extrato seco das folhas contém compostos chamados de “catequinas”, que são da classe dos polifenóis, substâncias produzidas pela planta que lhe confere diversos mecanismos de defesa. Estas catequinas atuam na obesidade aumentando o gasto energético das células (termogênese) e reduzindo a digestão de macronutrientes (carboidratos e gorduras), por inibir a ação de enzimas digestivas de origem pancreática8. Para Silva e Lima 9 o chá verde atua sobre a perda de peso também apresenta efeitos benéficos no controle dos distúrbios da obesidade como diabetes, além de apresentar propriedades antioxidantes. Entretanto o seu uso excessivo pode promover efeitos adversos. Já para Pires et al 10 O chá verde é capaz de reduzir o índice de massa corporal, a gordura corporal, a circunferência da cintura, a gordura visceral, o peso corporal e as pregas cutâneas devido ao aumento do metabolismo, catabolismo de gorduras, redução do apetite. Inibe a peroxidação lipídica e altera a concentração de LDL. Porém, o consumo diário pode desencadear disfunção hepática, problemas gastrointestinais como irritação gástrica e constipação, diminuição do apetite, insônia, nervosismo, hiperatividade, hipertensão e aumento dos batimentos cardíacos. Os autores11 afirmam que, para que o chá verde tenha eficácia contra obesidade, este deve estar associado a uma dieta alimentar e a exercícios físicos regulares. Senger 12 avaliou 45 idosos, sendo 84,4% do sexo feminino. A média de idade foi 72 anos. O chá verde, incorporado à dieta habitual de idosos com SM, demonstrou eficácia na redução do IMC e da circunferência da cintura, conferindo um potencial efeito protetor para as doenças cardiovasculares. Bolin 13 teve como objetivo principal de seu estudo avaliar uma relação entre as mudanças metabólicas induzidas por uma dieta obeso gênica e a indução de células termogênicas / bege em camundongos obesos tratados com o chá verde, e teve como resultado a identificação de mudanças metabólicas promovidas pela ingestão de chá 8 verde que induzem ao gasto energético e comprometem o destino final da célula adiposa, ainda em etapas iniciais do processo de adipogênese, com modulações que envolvem a via do PPAR g, associado à ativação de um ciclo fútil e indução do fenótipo bege. Essas mudanças resultam em uma estratégia eficaz de combate à obesidade e suas comorbidades. Cynara Scolymus Apresenta efeito colerética, colagoga, hepatoestimulante, hipocolesterolêmica e diurética. As partes usadas são as folhas, e seu princípio ativo é extraído dos álcoois ácidos: málico, glicérico, glicólico, cítrico, lático e succinico, metil-acrílico; lactonassesquiterpenicas aiargas: cinaratriol, geosheimina, cinaropicrina, dihidrocinaropicrina, cinarolidina, rossheimina, grosulfeimina e outros. Sua principal indicação é o tratamento da obesidade, quando acontece simultaneamente uma redução da secreção biliar14. Para Bravim, Santos e Pereira 15 ao final do trabalho, pôde-se comprovar a eficácia da alcachofra na redução dos níveis de gordura peritoneal e triacilgliceróis de ratos Wistar fêmeas, quando consumida por meio de infusão de chá de folhas e raízes. Porém, Novos experimentos necessitam serem realizados envolvendo a mensuração direta da quantidade calórica utilizada pelo metabolismo basal e em exercício ao ingerir a infusão, para que se possa realmente sugerirestá no tratamento para a obesidade. No estudo de Bett 16 , 40 Camundongos Swiss machos receberam dieta Normolipídica (controle) ou dieta hiper lipídica (obeso). Após seis semanas, os grupos foram divididos em Controle + Salina, Controle + Extrato de Alcachofra, Obeso + Salina e Obeso + Extrato de Alcachofra. Os animais receberam, uma vez ao dia, solução salina ou extrato de alcachofra 1,6g/kg. Quando o experimento completou dez semanas, os animais foram pesados e submetidos a morte indolor, a gordura mesentérica e o fígado foram retirados e pesados. O dano oxidativo a lipídeos, proteínas e ao DNA foi avaliado no tecido hepático. O peso corporal, peso da gordura mesentérica e peso do fígado dos animais que receberam a dieta hiper lipídica foi significativamente maior que do grupo controle, onde o extrato de alcachofra reduziu apenas o acúmulo de gordura mesentérica. Em relação aos parâmetros bioquímicos, animais alimentados com dieta hiper lipídica obtiveram um aumento significativo da peroxidação lipídica e presença de dano no DNA, onde o extrato de alcachofra reverteu o dano ao DNA e apresentou uma diminuição dos níveis de peroxidação 9 lipídica. Nesse sentido O extrato de alcachofra não alcançou efeito satisfatório perante o peso corporal e do fígado, porém, reduziu o peso da gordura mesentérica e reverteu danos a lipídeos e ao DNA. Phaseolus Vulgaris Pertencente à família Fabaceae, é amplamente consumida pela população como alimento na variedade branca e crua, devido ao componente ativo a faseolamina, inibidora da atividade da alfa--amilase (responsável pela hidrólise de carboidratos) e, consequentemente, reduzindo a biodisponibilidade intestinal de carboidratos, vem sendo consumido como produto emagrecedor17. Mudanças nas propriedades estruturais e funcionais do colágeno causadas pela glicação avançada podem ser importantes para a etiologia das complicações tardias do diabetes. investigar a influência da administração oral de extrato de vagem aquoso (200 mg / kg de peso corporal) de Phaseolus vulgaris no conteúdo de colágeno e nas características do tendão da cauda da estreptozotocina. ratos diabéticos. A administração de P. vulgaris por 45 dias a ratos diabéticos com estreptozotocina reduziu significativamente o acúmulo e a reticulação de colágeno. O efeito do P. vulgaris foi comparado ao da glibenclamida, um medicamento de referência administrado a ratos diabéticos com estreptozotocina. Concluiu-se que a administração de vagens de P. vulgaris influenciou positivamente o conteúdo de colágeno e suas propriedades em ratos diabéticos com estreptozotocina 18 . Administração oral de 200 mg / kg de extrato aquoso de Phaseolus vulgarisvagens (PPEt) para animais diabéticos por 45 dias resultou em uma diminuição significativa na glicose no sangue, hemoglobina glicosilada e aumento significativo na hemoglobina total e insulina plasmática. Da mesma forma, a administração oral de PPEt a animais normais resultou em um efeito hipoglicêmico significativo. As atividades da hexoquinase hepática, glicose 6-fosfatase, frutose-1,6- bifosfatase e glicose-6-fosfato desidrogenase, uma enzima lipogênica, foram medidas no fígado de animais normais e experimentais. As atividades da enzima lipogênica e da hexoquinase diminuíram significativamente, enquanto as atividades das enzimas gliconeogênicas aumentaram significativamente no fígado diabético. Tanto a PPEt quanto a glibenclamida reverteram as atividades dessas enzimas para níveis próximos ao normal. PPEt foi mais eficaz do que a glibenclamida 19 . 10 CONCLUSÃO Através deste trabalho conseguimos avaliar a ação dos fitoterápicos na obesidade e na diabetes, identificamos que os fitoterápicos mais prescritos são Phaseolus Vulgaris, Camelia Sinensis e Cynara Scolymus. Foram avaliados os fitoterápicos no controle da obesidade como moduladores de apetite ou aceleradores do metabolismo. Avaliamos que o fitoterápico Phaseolus Vulgaris para o tratamento de diabetes possui ação comprovada em experimentos em ratos. Bem como, no tratamento da obesidade pôde-se comprovar a eficácia da alcachofra na redução dos níveis de gordura peritoneal e triacilgliceróis de ratos Wistar fêmeas, quando consumida por meio de infusão de chá de folhas e raízes. Em camundongos Swiss machos, o extrato de alcachofra reduziu apenas o acúmulo de gordura mesentérica. Em relação aos parâmetros bioquímicos, animais alimentados com dieta hiper lipídica obtiveram um aumento significativo da peroxidação lipídica e presença de dano no DNA, onde o extrato de alcachofra reverteu o dano ao DNA e apresentou uma diminuição dos níveis de peroxidação lipídica. Nesse sentido o extrato de alcachofra não alcançou efeito satisfatório perante o peso corporal e do fígado, porém, reduziu o peso da gordura mesentérica e reverteu danos a lipídeos e ao DNA. O extrato seco das folhas do chá verde, contém compostos chamados de “catequinas”, que são da classe dos polifenóis. Estas catequinas atuam na obesidade aumentando o gasto energético das células (termogênese) e reduzindo a digestão de macronutrientes (carboidratos e gorduras), por inibir a ação de enzimas digestivas de origem pancreática. Foram identificas mudanças metabólicas promovidas pela ingestão de chá verde que induzem ao gasto energético e comprometem o destino da célula adiposa, ainda em etapas iniciais do processo de adipogênese, com modulações que envolvem a via do PPAR g, associado à ativação de um ciclo fútil e indução do fenótipo bege. Essas mudanças resultam em uma estratégia eficaz de combate à obesidade e suas comorbidades. 11 AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus por toda força, ânimo e coragem que nos ofereceu para ter alcançado nossa meta. À Universidade queremos deixar uma palavra de gratidão por ter nos recebido de braços abertos e com todas as condições que nos proporcionaram dias de aprendizagem muito ricos. Aos professores reconhecemos um esforço gigante com muita paciência e sabedoria. Foram eles que nos deram recursos e ferramentas para evoluir um pouco mais todos os dias. É claro que não podemos esquecer da nossa família e amigos, porque foram eles que nos incentivaram e inspiraram através de gestos e palavras a superar todas as dificuldades. A todas as pessoas que de uma alguma forma nos ajudaram a acreditar em nós queremos deixar um agradecimento eterno, porque sem elas não teria sido possível. 12 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 1- Buzzato CR, Miotto DG, Silva FB, Petry C, editors. Interações e semelhanças, a humanidade em harmonia com a natureza. IV Seminário Regional de Plantas Bioativas e de Homeopatia [Internet]. Ano de publicação 2019 citado em 10/03/2021. Disponível em: https://www.upf.br/_uploads/Conteudo/seminario-plantas- bioativas/Anais%20Semin%C3%A1rio%20Plantas%20Bioativas%20(3)%20(1).pdf 2-Ramalho R, et al. 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