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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
ENGENHARIA CIVIL
VISITA TÉCNICA AO EDIFÍCIO 215.COM
MATHEUS HENRIQUE GASPARINI B57408-9
ASSIS-SP
2018
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
ENGENHARIA CIVIL
VISITA TÉCNICA AO EDIFÍCIO 215.COM
MATHEUS HENRIQUE GASPARINI B57408-9
Atividades Práticas Supervisionadas – trabalho apresentado como exigência para a aprovação na disciplina de Atividades Práticas da Supervisionadas, do primeiro semestre letivo de 2018, do curso de Engenharia Civil, da Universidade Paulista, sob orientação dos professores do semestre.
ASSIS-SP
2018
RESUMO
	
	Este relatório tem por finalidade descrever uma simples visita do edifício 215.com que está em fase de construção, assim fazendo a descrição das técnicas construtivas dos elementos estruturais e a observação dos mesmos para assim entender de forma mais clara o desenvolvimento do cálculo de uma viga indicada pelo Professor Eng. Roberto Sergio Martins, desta forma podemos ter uma visão mais crítica sobre a construção e manutenção das obras, a qual devem estar de acordo com as leis e normas vigentes da época de sua construção, para serem utilizadas corretamente sem que aconteça nenhum dano para seus usuários.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Pilares do primeiro pavimento	7
Figura 2 - Tubulão	12
Figura 3 - Pilar sendo aprumado	13
Figura 4 - Processo de montagem das formas	14
Figura 5 - Gastalhos	15
Figura 6 - Pilares	16
Figura 7 - Pilar sendo aprumado	17
Figura 8 - Pilar sendo aprumado pelos colaboradores	17
Figura 9 - Pilares travados	18
Figura 10 - Vigas e lajes prontas	19
Figura 11 - Vigas e lajes após estarem prontas	20
Figura 12 - Esquema de montagem de viga	20
Figura 13 - Vigas	21
Figura 14 - Esquema de viga	22
Figura 15 - Laje vista por baixo	23
Figura 16 - Representação de contra-flexa	24
Figura 17 - Laje pré-moldada	24
Figura 18 - Laje maciça	25
Figura 19 - Laje de concreto protendido	26
Figura 20 - Foto do Autor na visita após a construção da primeira laje	28
Figura 21 - Foto do autor durante a primeira visita, antes da construção da primeira laje	29
Sumário
1	INTRODUÇÃO	4
2	JUSTIFICATIVA	5
3	OBJETIVO	6
3.1. Geral	6
3.2. Específico	6
4	. DESENVOLVIMENTO	7
4.1. Fundações	9
4.1.1	Fundações Superficiais	9
4.1.2	Fundações Profundas	10
4.1.3	Estacas	10
4.1.4	Tubulões	12
4.2. Pilares	13
4.3. Vigas	19
4.4. Lajes	22
5	CONCLUSAO	27
6	ANEXOS	28
7	REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS	30
INTRODUÇÃO
De uma forma geral, toda construção é iniciada para que esta possa atender a determinadas funções e finalidades previstas e a sua implantação envolve a utilização de diversos materiais e processos construtivos: o concreto armado, as alvenarias de tijolos ou blocos, as esquadrias metálicas ou de madeira, os revestimentos, o telhado, as instalações elétricas e hidráulicas, etc.
Em uma obra devem ser levados em consideração vários aspectos durante uma construção, dentre eles:
 • Projeto de Arquitetura aspectos ligados à estética e à funcionalidade da construção; 
• Projeto de Estruturas considerando aspectos relativos à sua segurança; 
• Projeto das Instalações que envolve as instalações elétricas e hidráulicas.
Neste presente relatório será focada a parte estrutural, fazendo referência aos elementos que fazem parte de toda estrutura do edifício e suas técnicas construtivas. Sendo muito importante tratar esse assunto devido a importância que a estrutura tem sob a segurança e estabilidade de um edifício ou de qualquer obra de concreto armado.
JUSTIFICATIVA 
Seguindo a matéria de Estrutura de Concreto Armado ministrada pelo Professor Eng. Roberto Sergio Martins, foi definido que fosse elaborado um relatório de uma visita técnica de um edifício em fase de construção, descrevendo a execução e a técnica construtiva dos pilares, vigas e lajes, além de apresentar os cálculos dos esforços em uma viga que foi definida pelo professor. 
Na obra escolhida, o edifício 215.com, por se tratar de uma obra recém iniciada e um edifício em que costumo acompanhar por paixão a engenharia, tive o privilégio de observar a técnica e a execução já dos primeiros pavimentos.
Além de me proporcionar uma visão mais crítica no aprendizado com relação aos temas citados nesse relatório, o desenvolvimento de habilidades na capacidade de observação e análise dos diversos fenômenos físicos. Também desenvolvendo melhor o raciocínio lógico.
OBJETIVO
3.1. Geral 
O objetivo geral do trabalho é de proporcionar o desenvolvimento de habilidades que envolvam as disciplinas do curso durante o semestre e/ou as que já foram cursadas. Desenvolver a capacidade de observação e análise dos fenômenos físicos. Desenvolver o espírito crítico e o raciocínio lógico. 
3.2. Específico
O objetivo desta atividade é uma visita técnica ao edifício 215.com, que fica localizada na cidade de Assis/SP.
Nesta visita, além da observação e da concepção estrutural estudada foram feitos levantamento das medições necessárias e observação de sua estrutura, visando observar na prática o que realmente acontece para um melhor entendimento durante o momento do cálculo de uma viga ou de qualquer elemento estrutural. Este experimento tem o propósito de analisar situações práticas do cotidiano profissional.
. DESENVOLVIMENTO
O edifício 215.com, fica situado em Assis/SP, no momento está sendo construído o segundo piso do edifício, porem o mesmo terá 8 andares no final de sua construção.
Figura 1 – Pilares do primeiro pavimento
Fonte: Autor (2018)
Para aprofundamos o relatório da visita, gostaria de falar um pouco sobre estruturas e seus elementos estruturais, que são fatores relevantes no entendimento do relatório e na concepção estrutural da obra.
Podemos dizer que os materiais utilizados em uma construção podem ser divididos em dois grupos:
Partes que constituem a estrutura da construção, responsável pela resistência e estabilidade da construção (fundações, pilares, vigas e lajes); 
Partes que constituem o enchimento da obra, responsáveis pela forma e pelo aspecto da construção (as alvenarias, as esquadrias e os revestimentos).
Falando ainda sobre a estrutura, esta é composta de elementos lineares (vigas e pilares), bidimensionais (lajes) e tridimensionais (blocos de estacas das fundações). 
A estrutura se caracteriza po ser a parte mais resistente de uma construção e é ela que absorve e transmite os esforços exercidos ao solo, sendo todos elementos essenciais para a manutenção da segurança e da resistência de uma edificação. Uma estrutura é formada por elementos estruturais, que combinados dão origem aos sistemas estruturais.
 Sua finalidade é receber e transmitir os efeitos das ações sofridas para o solo. A execução de uma construção, seja ela de grande ou pequeno porte, implica obrigatoriamente na construção de uma estrutura suporte, que necessita de um projeto especifico, planejamento e execução adequada. 
Dessa maneira pode-se entender que “estrutura” é o conjunto de elementos que sustentam e dão estabilidade a uma construção. Este conjunto deve formar um todo perfeitamente combinado, de modo que resista a todos os esforços produzidos pelo peso próprio, peso de seus ocupantes, ventos e sobrecargas, pois a ruína de uma só dessas partes pode causar o estrago de toda obra.
Sendo assim, falaremos separadamente de cada elemento que faz parte da estrutura. Como dito anteriormente uma estrutura é composta por elementos estruturais, estes são:
Fundações
Pilares
Vigas
Lajes
4.1. Fundações
As fundações são utilizadas para receber as ações que chegam aos pilares e transmiti-las ao solo. Estas podem ser divididas em fundações superficiais e fundações profundas.
Fundações Superficiais
Fundações rasas ou superficiais são aquelas em que a carga da estrutura da edificação é transmitida ao solo pelas pressões distribuídas pela base da fundação.
A seguir alguns tipos de fundaçõesrasas:
Sapatas isoladas: possuem formato retangular e podem trabalhar a flexão. São indicadas quando o terreno possui resistência necessária para resistir as ações a ele submetido através de pontos isolados;
Sapatas corridas: quando o terreno não possui capacidade de suporte para as cargas que são aplicadas através de pontos isolados, nesse caso há necessidade de se aumentar a área de contato entre o solo e a fundação, desse modo se entende a fundação por toda a parede, através da sapata corrida;
Radiers: se consiste na fabricação de uma placa de concreto armado com o objetivo de distribuir a carga em toda a superfície de contato com o solo e são indicados quando não é possível o uso de estacas ou quando não se consegue chegar a uma camada mais resistente de solo. 
Fundações Profundas
Fundações profundas são definidas como aquelas em que as cargas são transmitidas ao solo pela da resistência de ponta, pela resistência de fuste, ou pelas duas segundo a NBR 6122/1996.
O tipo de fundação utilizada em uma edificação ou obra especial é definido através do estudo do solo por meio de uma sondagem do terreno e sua correlação com as cargas exercidas. Este tipo de fundação é indicado quando o solo superficial apresenta baixa resistência as cargas que a ele serão transmitidas, ou estão sujeitos a processos erosivos, e também, quando existe a possibilidade da realização de uma escavação próxima da obra. De acordo com a NBR 6122/1996, se enquadrando na definição apresentada acima, se destacam os seguintes elementos:
Estacas
Tubulões
Estacas
Estacas são elementos estruturais que tem a finalidade de transmitir os esforços para o solo, essa transferência de carga pode ser feita através do fuste da estaca ou através de sua ponta, ou pelos dois em conjunto. Existe diversos tipos diferentes de estacas, cada qual com finalidades específicas para cada solo e ocasião. 
Os blocos podem ser apoiados em uma, duas, três, ou teoricamente para um número qualquer de estacas. Podem ser utilizadas isoladamente ou em grupo e podem ser pré-moldadas ou executadas in loco.
 Os tipos mais usuais de estacas são:
Estacas pré-moldadas: as estacas pré-moldadas caracterizam-se por serem cravadas no terreno por percussão, podendo ser constituídas por um único elemento estrutural ou pela associação de dois desses materiais, quando será então denominada de estaca mista. Pelo tipo do processo executivo este tipo de estacas classifica-se como estacas de grande deslocamento;
Estacas injetadas: é um tipo de fundação profunda que é perfurada através de injeção sob pressão de um produto aglutinante, geralmente é usado calda de cimento ou argamassa de cimento e areia;
Estacas tipo hélice contínua: este foi o tipo de fundação escolhida para o empreendimento 215.com segundo o mestre de obras, esta é executada por meio de trado contínuo e injeção de concreto sob pressão, através da haste central do trado enquanto ao mesmo tempo é feito a sua retirada do terreno;
Estacas escavadas mecanicamente com trado helicoidal: a partir de uma escavação feita no terreno pelos colaboradores utilizando um trado mecânico que depois de perfurado o solo, é inserido o concreto, geralmente feito in loco. Esse tipo de estaca é caracterizado como uma estaca que não provoca deslocamento no solo;
Estaca tipo Strauss: utilizando uma piteira em um tripé, é feita a perfuração do solo com várias penetrações para atingir o nível desejado, algumas vezes utilizando de água para ajudar na perfuração, são introduzidas as armaduras e posterior concretagem in loco;
Estacas tipo broca: tipo de fundação que possui normalmente diâmetro variando entre 15 e 25 cm e profundidade de até 6,0 m. Sendo mais indicadas em obras que possuem pequenas cargas devido as limitações que envolvem o seu processo executivo;
Estaca tipo Franki: estaca perfurada por meio da cravação um tubo que possui sua ponta fechada no terreno através de golpes de um pilão, formando uma base alargada, que é obtida introduzindo-se no terreno material granular e continuando com os golpes.
Tubulões
Os tubulões são também elementos estruturais destinados a transmitir as ações solicitantes ao solo, que acontecem pelo atrito do fuste com o solo e da superfície da base, o tubulão pode ser a céu aberto ou se necessário executado com auxílio de ar comprimido.
Inicialmente executa-se parte da estaca em concreto na superfície, sendo a mesma oca, de forma a permitir a passagem de uma pessoa. Após concluído este primeiro estágio a estaca é escorada. Na sequência, a terra é retirada de sua base, por um operário que penetra no seu interior. É retirado o escoramento, permitindo que a estaca penetre no solo, pois não existe mais sustentação na sua base. Depois da descida da mesma, todo o processo é repetido.
 
Figura 2 - Tubulão
 Fonte: <www.pedreirao.com.br>
Caso a escavação atingir o lençol d'água, uma campânula é fixada no topo do tubulão, injetando-se ar comprimido. Nesta campânula existe uma "chaminé" com válvulas, por onde se faz a retirada de terra, com a utilização de um balde. Continua-se assim a escavação (abaixo do nível da água) sob ar comprimido, de modo a impedir que a água penetre no tubo. Quando atingida a cota da escavação, é realizado o alargamento da base e a concretagem, que também são feitos sob efeito de ar comprimido.
4.2. Pilares
Segundo a NBR 6118 item 14.4.1.2, os pilares são definidos como “elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as forças normais de compressão são preponderantes.” Estes elementos recebem as ações das vigas e lajes, e posteriormente são transmitidas às fundações. 
Figura 3 - Pilar sendo aprumado
 Fonte: Autor (2017)
Estes elementos verticais, são os principais responsáveis pela estabilidade global de um empreendimento, fazendo parte do sistema de contraventamento junto com as vigas e lajes. Sendo considerado de grande importância dentre os elementos estruturais, tanto do aspecto ligado a segurança do quanto do ponto de vista da capacidade de resistência do edifício.
No edifício em estudo foram construídos um total de 34 pilares por pavimento.
A execução da montagem das fôrmas e escoramento de pilar pode ser dividida em:
Marcação, transferência dos eixos e execução dos gastalhos;
Montagem da fôrma devidamente travada e aprumada;
Concretagem.
A imagem a seguir ilustra o processo de montagem das formas de pilares:
Figura 4 - Processo de montagem das formas
Fonte: www.escolaengenharia.com.br (2018)
Inicialmente, os eixos devem ser transferidos para a laje em execução, tomando os cuidados necessários para que fiquem precisos. Deve-se também transferir o nível de referência para a laje em execução.
Figura 5 - Gastalhos
Fonte: Autor (2018)
Após a marcação dos eixos, esticam-se linhas para facilitar sua visualização e procede-se então à execução dos gastalhos, durante esse processo a laje deve estar livre e devemos evitar o trânsito de pessoas não envolvidas na tarefa. O gastalho deve ser bem fixado, solidarizado com a laje. Em seguida os carpinteiros e a equipe fazem a montagem das formas em cima das marcações dos gastalhos.
Figura 6 - Pilares
Fonte: Autor (2018)
Em seguida é colocada a armação, não esquecendo os espaçadores, são posicionadas as galgas e distanciadores, que impedirão o estrangulamento da seção do pilar e logo após a montagem dos distanciadores, fecha-se a última face da fôrma, travando todas as laterais usando tensores. A seguir algumas fotos dos colaboradores da obra ajustando os pilares no térreo da obra durante uma visita técnica:
Figura 7 - Pilar sendo aprumado
Fonte: Autor (2017)
Figura 8 - Pilar sendo aprumado pelos colaboradores
Fonte: Autor (2017)
Figura 9 - Pilares travados
Fonte: Autor (2018)
Após o fechamento da fôrma, procede-se ao ajuste do escoramento dos pilares, sendo assim, as faces montadas devem ser niveladas, verifica-se o prumo dos painéis em todas as faces, utilizandoum prumo de face. Se necessário, é feito o ajuste das escoras (metálicas ou de madeira), levando o conjunto para a posição correta, após tudo conferido e aprumado, é autorizada a concretagem e após a cura necessária a equipe segue para construção dos outros elementos.
4.3. Vigas
Vigas são “elementos lineares em que a flexão é preponderante” segundo a NBR 6118, 14.4.1.1. 
Elemento linear é aquele em que o comprimento longitudinal é no mínimo três vezes a maior que sua dimensão da seção transversal, sendo também denominado como “barra”. Em alguns casos, estas são concretadas junto com as lajes e devem estar bem travadas e pregadas para que não abram durante a concretagem e vibração do concreto.
Figura 10 - Vigas e lajes prontas
Fonte: Autor (2018)
A montagem das vigas parece simples, porém não se deve cometer deslizes durante sua construção. A viga é montada sobre o escoramento, que deve estar muito bem alinhado e nivelado, evitando que a viga forme desníveis. Abaixo uma imagem ilustrativa, demonstrando a viga do empreendimento 215.com pronta e já executada a laje do primeiro piso e após um esquema de montagem:
Figura 11 - Vigas e lajes após estarem prontas
Fonte: Autor (2018)
Figura 12 - Esquema de montagem de viga
Fonte: www.pedreirao.com.br (2018)
Como toda peça de concreto armado, antes deve-se fazer a forma das vigas, que podem ser metálicas ou de madeira. No edifício 215.com estão sendo utilizadas formas de madeira. Após pregadas as tampas laterais e o fundo das caixas, são verificados se estão bem pregadas, alinhadas (aprumadas) e niveladas, além de verificar se estão bem seladas para não vazar a nata do concreto.
Após esse processo, são colocados os espaçadores de ferragem, para que ela não fique em contato com o painel do fundo e dos laterais e assim seja garantido o recobrimento do concreto. A armadura é colocada dentro da forma, as barras de aço das vigas devem ser amarradas ao aço sobressalente das colunas e devem estar bem presos.
Figura 13 - Vigas
Fonte: Autor (2018)
Um ponto muito importante é que não se deve passar nenhum tipo de duto, no meio das vigas, a não ser que esse duto esteja previsto no projeto. Caso contrário a resistência é prejudicada e a estrutura pode ser danificada.
.
Figura 14 - Esquema de viga
Fonte: blogpraconstruir.com.br (2018)
Depois de tudo posicionado e conferido é feita a concretagem. Durante a aplicação deve ser observado se o concreto está homogêneo.
Após a secagem e cura do concreto, este deverá ser homogêneo e não possuir furos ou fissuras para que a umidade não atinja as barras de aço, uma vez feitas as vigas, o próximo passo é construir a laje.
4.4. Lajes
A laje é uma superfície de concreto armado, dimensionada para suportar e distribuir as cargas para as vigas, quando se trata de uma laje forro. No caso do edifício em estudo, as lajes que estão em construção durante o momento são lajes piso, que são projetadas para suportar e distribuir as cargas que os moveis e as pessoas andando exercem sobre a mesma. Suas dimensões são também projetadas pelo engenheiro durante a elaboração do projeto estrutural.
Para dar apoio a laje durante a construção são utilizadas placas de madeira, como o madeirite, ou também podem ser utilizadas chapas metálicas, ambas necessitam de escoramento (metálicos ou de madeira), para que durante sua construção não forme barrigas e fique devidamente nivelada.
Figura 15 - Laje vista por baixo
Fonte: Autor (2018)
Também é feita a contra-flecha durante a execução da laje, que nada mais é que o deslocamento de cerca de 2 cm do centro da laje para cima formando uma “barriga”. Desta forma, quando as escoras forem retiradas, a laje ficara na sua devida posição sem fissuras. Para evitar o surgimento de fissuras na laje, durante os 7 dias de cura, deve-se manter a laje úmida.
Figura 16 - Representação de contra-flexa
Fonte: www.meiacolher.com (2018)
De modo geral as lajes são adequadas aos cômodos e posicionadas sobre as vigas. Dentre os tipos de lajes, os mais comuns são: pré-moldada, maciça com concreto armado ou protendido. A seguir falaremos um pouco sobre cada tipo de laje.
Laje pré-moldada:
As lajes pré-moldadas são as mais comuns e podem ser utilizadas em vãos de até 12m. 
Figura 17 - Laje pré-moldada
Fonte: blogpraconstruir.com.br (2018).
Depois de posicionadas as vigotas e os enchimentos, são colocadas as malhas de aço. Após tudo montado e conferido é realizada a concretagem para unir os materiais.
Laje maciça:
A laje maciça é indicada para vãos de 4 até 7 metros. Basicamente esse tipo de laje é composto de malhas de aço e um concreto de alta resistência.
Figura 18 - Laje maciça
Fonte: blogpraconstruir.com.br (2018)
Na construção de uma laje maciça com concreto armado, os processos e procedimentos são basicamente os mesmos da laje pré-moldada.
Laje maciça com concreto protendido:
A laje de concreto protendido é indicada para construções onde fica necessário um maior o aproveitamento da área, como por exemplo salões de festas e estacionamentos.
Figura 19 - Laje de concreto protendido
Fonte: blogpraconstruir.com.br (2018)
Este tipo de laje utiliza uma tela com cabos de aço. Segundo o mestre de obras dentro de 3 dias após colocar o concreto, os cabos de aço são tensionados com um macaco hidráulico e consequentemente a laje tem sua resistência aumentada devido a tensionamento dos cabos de aço.
CONCLUSAO
Ao final desta visita técnica foi adquirido grande conhecimento e um olhar mais técnico e crítico de como fazer a construção e a vistoria das diferentes peças estruturais que fazem parte de uma estrutura de concreto armado, e tendo um amplo conhecimento de como são feitas as construções de grande porte de concreto armado.
Ressaltando que um estudo sempre deve ser previamente feito, para um melhor rendimento e economia do tempo, recursos e mão de obra disponível consequentemente economia de capital e aumento de lucros.
Satisfazendo assim todas as minhas expectativas sobre a visita técnica realizada e adicionando conhecimento acadêmico e prático para minha formação.
ANEXOS
Figura 20 - Foto do Autor na visita após a construção da primeira laje
Fonte: Autor (2018)
Figura 21 - Foto do autor durante a primeira visita, antes da construção da primeira laje
Fonte: Autor (2017)
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15696:2009: fôrmas e escoramentos para estruturas de concreto – projeto, dimensionamento e procedimentos executivos. Rio de Janeiro, 1994.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 6118:2014: versão corrigida 2014 – projeto de estruturas de concreto – procedimento. Rio de Janeiro,2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS.NBR 6122/1994: – projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro,1994.
Concretagem. Disponível em: < http://escolaengenharia.com.br>. Acesso em 6 de março de 2018.
Esquema montagem de viga passo a passo. Disponível em: < https://pedreirao.com.br>. Acesso em: 20 de abril de 2018.
Etapas da construção laje. Disponível em: < http://blogpraconstruir.com.br>. Acesso em: 15 de maio de 2018.

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