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UNIVESIDADE FEDERAL DE PELOTAS CENTRO DAS ENGENHARIAS – CENG DISCIPINA DE GEOLOGIA APLICADA I AULA 3 - Introdução a Mineralogia MINERAL: A) substância de ocorrência natural ( geológicos); B) sólida; C) cristalina; D)geralmente inorgânica; E) com uma composição química específica definida. A) Substância de ocorrência natural – encontrada na natureza com origem à partir de processos geológicos de formação. À partir de líquidos magmáticos; Soluções termais; Precipitação química; http://dicionarioportugues.org/pt/magmatismo https://www.clicanoo.re/node/358735 https://www.youtube.com/watch?v=hfFq9RwDdtI http://e-porteflio.blogspot.com.br/2009/03/classificacao-das-rochas-sedimentares.html 1. CONCEITO DE MINERAL B) Sólido – possuem estrutura sólida homogênea. Substâncias líquidas e gasosas não são minerais porém quando adquirem características sólidas, como no caso de água congelada em ice berg, adquire um estado sólido em ambiente natural podendo ser considerado mineral. https://www.ethos3.com/2017/08/iceberg-theory-presentation-content/ https://digichem.org/2014/11/29/congelando-bolhas-de-sabao/ http://noticiasdefato.com.br/ C) Estrutura cristalina definida – ordenação dos átomos que compõem a estrutura em forma tridimensional ordenada . Sólidos com estrutura desordenada entre o arranjo dos átomos são classificados como VÍTREOS ou AMORFOS não sendo considerados minerais. http://www.opetroleo.com.br/o-que-e-petroleo/ http://slideplayer.com.br/slide/362998/ http://materialesti2.blogspot.com.br/p/estructura.html Petróleo Obsidiana D) Geralmente inorgânico – a formação dos minerais é inorgânica, excluindo compostos de matéria orgânica constituídas de carbono orgânico encontrada em organismos vivos ou mortos. https://www.epochtimes.com.br/extincao-de-dinossauros-e-mais-recente-afirmam-cientistas/#.WiiNWlWnHIV http://paleontologiadebuteco.blogspot.com.br/2013/08/ Camarasaurus Saurópode 𝐶𝑎5(𝑃𝑂4)3(OH) (apatita) – ossos e dentes Minerais biogênicos 𝐶𝑎𝐶𝑂3 (calcita, aragonita) – conchas e recifes http://mri.sourceforge.net/index.php?substancia&cod=9 http://www.cysy.com.br/meio-ambiente E) Composição química específica MINERALOGIA: ciência que estuda as propriedades, composição , maneira de ocorrência e gênese dos minerais. CRISTAL: formados quando há uma ambiente favorável (lento aquecimento). Os grupos de átomos (moléculas) se juntam em forma ordenada. É definido em uma geometria em que as faces são planas. Toda formação de CRISTAL é identificado como matéria mineral, mas nem todo mineral se apresenta em forma de cristais” ROCHA: agregado de minerais ocorrendo naturalmente. Portanto os MINERAIS compõem a estrutura principal das ROCHAS 1. CONCEITO DE MINERAL As rochas podem ser identificadas pelo mineral que as integra: MINERAL ESSENCIAL – minerais, ou grupo de minerais que caracterizam um tipo específico de rocha. Ex: GRANITO : constituido por quartzo e feldspatos MINERAIS ACESSÓRIOS: aqueles que revelam condições especiais de cristalização, podendo estar presentes ou não. Ex: GRANITO: ocorrência de Micas MINERAIS SECUNDÁRIOS: surgem na rocha após sua formação , ou seja, são formados da alteração de outros minerais. Ex: Minerais de argila (silicatos de alumínio no estado cristalin), silicatos não cristalinos, óxidos e hidróxidos de alumpinio e ferro 1. CONCEITO DE MINERAL 2. PROPRIEDADE DOS MINERAIS 2.1 ESTRUTURA ATÔMICA É o arranjo geométrico bem definidos dos átomos, ou seja, agrupamento que repetem nas três direções do espaço. ÁTOMOS Compostos por um núcleo, que possui maior massa e formado por :´ - Prótons (Z) (+) - -Nêutrons (N) que não possuem carga Ao redor desse núcleo encontra-se esferas Carregadas negativamente e definidas como Elétrons (E ) (-) 2.1 ESTRUTURA ATÔMICA As características químicas dos elementos são determinada principalmente pelo número de prótons n° de prótons = n° atômico (Z) n° de nêutrons (N) + Z = n° de massa (A) Os elétrons (E) segundo Bohr (1913) são arranjados em camadas ao redor do núcleo (K, L, M , O, P) composto por orbitas (s, p, d, f) Esses elétrons (E) possuem propriedade específica que são conhecidas como spins Núcleo Metais Alcalinos Não Metais Elementos Terras Raras (ETR) Metais Alcalino Terrosos Metais de Transição Halogênios Gases Nobres Metalóides 2.1.1 TABELA PERIÓDICA Em 1870 foi reconhecido que se os elementos forem arranjados em ordem crescente de número atômico, haverá uma repetição periódica das suas propriedades químicas, 2.1.2 ABUNDÂNCIA DOS ELEMENTOS NA CROSTA TERRESTRE (% peso) http://www.habitacaosaudavel.com.br/2015/ 2.1.3 LIGAÇÕES QUÍMICAS Consiste em qualquer força de atração entre dois ou mais átomos ou íons. As ligações químicas envolvidos na formação de um mineral determinam em grande parte as suas propriedades químicas e físicas. ÍONS : perda ou ganha de elétron entre átomos CÁTIONS – íons positivamente carregados ( perda de elétrons) ANIONS – íons negativamente carregados (ganho de elétron) LIGAÇÕES : no estado sólido os átomos são estreitamente rodeados por outros átomos vizinhos. as forças de ligações são elétricas e determinan as propriedades físicas e químicas dos cristais 2.1.4 ELETRONEGATIVIDADE Habilidade de um átomo ou molécula apresenta em atrair elétrons no seu orbital externo. ALTA ELETRONEGATIVIDADE – elementos receptores de elétrons BAIXA ELETRONEGATIVIDADE – elementos doadores de elétrons A diferença de eletronegatividade condiciona o tipo de ligações químicas possíveis entre os elementos. 2.1.5 TIPOS DE LIGAÇÕES 2.1.5.1 LIGAÇÕES IÔNICAS – cátions (+) atraem ânions (-) Ocorre entre átomos distantes na tabela periódica. São ligações mais fracas q covalentes e mais fortes que as metálicas, assim: - formam minerais solúveis em 𝐻2O - moderada dureza e densidade dos minerais - alta temperatura de fusão - tendem a formas cristais com alta simetria - pobres condutores de calor e eletricidade 2.1.5.2 LIGAÇÕES COVALENTES – elétrons (-) são compartilhados Ocorre entre átomos idênticos ou muito próximos na tabela periódica. São ligações mais fortes, assim: - maior dureza dos minerais e temperatura de fusão - minerais relativamente insolúveis - cristais com estrutura de baixa simetria - Pobres condutores de calor e eletricidade 2.1.5.3 LIGAÇÕES METÁLICAS Ocorrem quando os elétrons (-) de valência movem-se livremente pela estrutura. São ligações comuns em minerais que contém metais de transição como Cu, Fe, Au, Zn. São ligações fracas , portanto: - formam minerais de baixa dureza - normalmente muito maleáveis e dúcteis - bons condutores de calor e eletricidade - solúveis em ácidos - tendem a formas cristais com alta simetria IÔNICA COVALENTE METÁLICA As ligações na maioria dos minerais não são puramente iônicas, covalentes ou metálicas anfibólio olivina coríndon halita diamante sulfetos sulfosais Ouro, cobre, prata galena 2.2.1 ESTRUTURA CRISTALINA Ânions são geralmente maiores que cátions A estrutura de um mineral é determinada pela maneira como os ânions estão arranjados e como os cátions se encaixam entre si. Tamanho dos íons na forma emque são comumente encontrados nos minerais formadores de rocha. Fonte: Para entender a Terra. 2.2 PROPRIEDADES MORFOLÓGICA A formação da estrutura cristalina é composta por uma rede definida por um agrupamento periódico regular de pontos no espaço. Compõem-se por uma base de átomos ligados a cada ponto da rede (unidade estrutural) : REDE + BASE = ESTRUTURA CRISTALINA CELA UNITÁRIA É a estrutura mínima de um cristal quem melhor enfoque a sua simetria e que possua o maior número de ângulos retos possíveis, ou maior número de ângulos iguais ou de retas iguais. A cela consiste num pequeno grupo de átomos que formam um MODELO REPETITIVO ao longo da estrutura tridimensinal. Utiliza-se para especificar um dado arranjo de pontos em um retículo cristalino. SISTEMA CRISTALINO Para o estudo e classificação dos sistemas cristalinos utiliza-se o sistema cartesiano de representação tridimensional com três eixos no espaço. As variações lineares e relações angulares entre estes eixos resultará nos sete sistemas cristalinos conhecidos. Os três eixos cartesianos sã denominados a, b e c e o ângulo entre as partes positivas desses eixos α (alfa), β (beta), γ (gama) , sendo que alfa se situa entre +b e +c, beta, entre +a e +c, e gama entre +a e +b. 2.3 PROPRIEDADES FÍSICAS Dureza: consiste na resistência ao risco. É dada pela escala empírica de MOHS. A variação de dureza nessa escala não é gradativa nem proporcional. A dureza é uma função de : - composição química - estrutura cristalina http://mineralandchile.blogspot.com.br/2015/04/dureza-de-los-minerales.html TRAÇO: propriedade de o mineral de deixar um risco de pó, quando precionado sobre uma superfície não polida de cerâmica branca. CLIVAGEM: propriedade de os minerais se partirem em determinados planos ou já apresentarem esses planos, de acordo com suas direções de fraqueza. Dividem-se em: Proeminente Perfeita Distinta Indistinta FRATURA: Quando os minerais não se partem em planos, mas segundo uma superfície irregular. Conchoidal (Concavidades ± profunda) Plana Irregular TENACIDADE: É a resistência ao choque de um martelo, ou ao corte de uma lâmina de aço. Quebradiços ou friáveis: reduzem-se a pó qdo submetidos à pressão. Ex: calcita Sécteis: podem ser cortados por uma lâmina. Ex: gipsita Maleáveis: redutíveis a lâminas pelo martelo. Ex: ouro FlLEXIBILIDADE: Propriedade que os minerais possuem de sofrerem deformações Def. Elástica: Deixa de existir quando retirado o esforço Ex: mica Def. Plástica: Permanece após a retirada do esforço. Ex: talco Peso Específico: (Densidade) G = 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 y𝑑 𝑜 𝑚𝑖𝑛𝑒𝑟𝑎𝑙 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 y𝑑 𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑡𝑖𝑙𝑎𝑑𝑎 𝑎 4°𝐶 Fatores que influenciam no peso específico: a) natureza dos átomos Peso Atômico > G > b) estrutura atômica diamante compacto (3,5) grafita menor no. de átomos (2,2) 2.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS De acordo com sua composição química, os minerais podem ser classificados em: OXIDOS, SILICATOS, SULFATOS, CARBONATOS , SULFETOS ÓXIDOS - Hematita 𝐹𝑒2𝑂3 - Magnetita 𝐹𝑒3𝑂4 - Espinélio 𝑀𝑔𝐴𝑙2𝑂4 https://www.cristaisaquarius.com.br/comprar-pedra-e-l/h/hematita http://skywalker.cochise.edu/wellerr/mineral/magnetite/crystals7.htm https://www.cristaisaquarius.com.br/comprar-pedra-e-l/h/espinélio SILICATOS NEOSSILICATOS Zircão Olivina Granada SOROSILICATOS Epidoto Melilita Torveilita Hemimorfita Lowsonita CICLOSSILICATOS Turmalina Berilo Cordierita Dioptasa INOSSILICATOS Piroxêncio Anfibólio Piroxenoide Anfiboloide TECTOOSSILICATOS Quartzo Tridimita Cristobalita Feldspato Zeolita Escapolito FILOOSSILICATOS Cloritas Micas Talco Pirofilita Serpentinas Caolinita SULFATOS - Gipso 𝐶𝑎𝑆𝑂4 - Anidrita 𝐶𝑎𝑆𝑂4 . 2 𝐻2O - Barita 𝐵𝑎𝑆𝑂4 https://www.youtube.com/watch?v=jTK6ILaTPVA https://www.cristaisaquarius.com.br/raro-anidrita-8-cm http://spaceamigos.com/2420466/que-tipo-de-rocha-e-o-cristal-barita CARBONATOS - Calcita 𝐶𝑎𝐶𝑂3 - Aragonita 𝐶𝑎𝐶𝑂3 - Dolomita (Ca,Mg)𝐶𝑂3 http://marioananda.blogspot.com.br/2013/09/calcita-optica.html https://www.greenme.com.br/usos-beneficios/5674-dolomita-beneficios-para-saude https://www.cristaisaquarius.com.br/aragonita-mexicana-natural-239g SULFETOS - Pirita 𝐹𝑒𝑆2 - Calcopirita 𝐶𝑢𝐹𝑒𝑆2 https://www.cristaisaquarius.com.br/pirita-com-esfarelita-904 https://portuguese.alibaba.com/product-detail/chalcopyrite.html 3.UTILIDADE DOS MINERAIS NA INDÚSTRIA - Metalurgia - Construção civil : cobre (redes elétricas), silicatos e carbonatos para cimento, argilas para tijolos, cerâmicas, vidros, esmalte. - Agricultura e setor alimentício: fertilizantes, corantes comestíveis, sal de cozinha. - Indústria química e farmacêutica: remédios, abrasivos, lubrificantes, produtos de higiene, aparelhos ópticos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LEIN, C.; DUTROW, C. S. 2008. Manual of mineralogy (after J.D.Dana). New York: John Wiley & Sons, 23 ed., 704 p. + CD-Rom MACKENZIE, W, S.; ADAMS, A. E. 2001. A colour atlas of rocks and minerals in thin section. Manson publishing, 6 ed. MACKENZIE, W. S.; ADAMS, A. E. 1998. Color atlas of carbonate sediments and rocks under the microscope. John Wiley Professio, 184 MACKENZIE, W. S.; DONALDSON, C. H.; GUILFORD, C. 1999. Atlas of igneous rocks and their textures. John Willey Professio, 8 ed
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