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Aula 1 Aula Inaugural Profª Ana Luísa Vieira de Azevedo E-mail: aazevedo@unicarioca.edu.br 1 Sumário da Aula: a) A Disciplina Empreendedorismo; b) Formas de Avaliação; c) Recomendações aos Alunos. 2 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo a) A Disciplina Empreendedorismo (o Programa da Disciplina será disponibilizado no AVA) 3 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 4 Capacitar o aluno no processo reflexivo e de autodesenvolvimento, incentivando-o à formação de uma cultura empreendedora e à criação de uma visão moderna da concepção necessária à implantação de um negócio. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Objetivo da Disciplina 5 Unidade 1: O Perfil Empreendedor • Conceito de empreendedorismo e suas características; • Teorias de estudo do empreendedorismo; • O processo empreendedor. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Conteúdo da Disciplina Unidade 2: Criatividade Empreendedora • Conceito de criatividade; • Técnicas de desenvolvimento de criatividade; • O autoconhecimento do empreendedor; • Bloqueios mentais. 6 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Conteúdo da Disciplina Unidade 3: Processo Visionário • Conceitos de visão, missão e valores; • O desenvolvimento da visão. Unidade 4: Plano de Negócios • Conceito geral, definições, objetivos, benefícios e estrutura. 7 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Metodologia Utilizada • Leitura e análise do material de aula, de textos indicados, de estudos de caso e a utilização de recursos audiovisuais. • Serão realizadas atividades em grupo e individuais com a discussão de temas em fóruns, apresentação de trabalhos baseados em textos e/ou vídeos. • O Ambiente Virtual de Aprendizagem - AVA também será utilizado como ferramenta. b) Formas de Avaliação 8 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 9 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Avaliações Datas de Realização das Provas: AV1 – Período de 11/04 a 15/04 AV2 – Período de 13/06 a 17/06 AV3 – Período de 27/06 a 01/07 As fases de avaliação (AV1, AV2 e AV3) serão compostas da seguinte forma: - 1ª Avaliação (AV1) - Prova presencial, individual e sem consulta. Compõe 100% na nota. Abrange conteúdo ministrado até data da AV1. - 2ª Avaliação (AV2) - Prova Presencial, individual e sem consulta. Compõe 60% da nota da AV2 somada com a nota da Atividade Prática Supervisionada que compõe 40% da nota da AV2. Abrange todo o conteúdo da disciplina. - 3ª Avaliação (AV3) - Prova presencial, individual e sem consulta. Compõe 100% na nota. Mesmo conteúdo da AV2. 10 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Condições para Aprovação na Disciplina Critérios para Cálculo da Média Final: Para cálculo da média final na disciplina será descartada a menor nota dentre AV1, AV2 e AV3. A média final será a média obtida entre as duas notas restantes. Caso o aluno possua somente notas em duas avaliações, não haverá descarte e a média final será calculada entre as duas notas existentes. Caso o aluno possua apenas uma nota, será dividida por dois e calculada a média final. Critérios para Aprovação na Disciplina: Será aprovado o aluno com média final >= 7,0(sete). O aluno com média final inferior a 7,0 (sete) ficará reprovado na disciplina. 11 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Observações - Para o aluno com falta e sem nota na prova de AV2 e com nota em Atividade Prática Supervisionada (APS), sua nota da AV2 será somente a nota da APS. - Para o aluno com nota na prova de AV2 e sem nota em Atividade Prática Supervisionada (APS), sua nota da AV2 será somente a nota da prova. - Para o aluno com falta e sem nota na prova de AV2 e sem nota na APS, sua nota da AV2 será Zero. - Não será aplicada prova de segunda chamada, prova final ou qualquer outro tipo de procedimento que permita uma nova oportunidade de avaliação, que não seja AV1, AV2 ou AV3. c) Recomendações para os Alunos 12 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 13 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Recomendações para os Alunos • A frequência mínima exigida para aprovação na disciplina é igual ou maior que 75%. •Atenção ao prazo de entrega da Atividade Prática Supervisionada (APS). •O material disponibilizado no Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA servirá de base para a matéria que será cobrada nas avaliações. •O AVA será um importante canal de comunicação entre a professora e os alunos, com postagem de avisos, envio de mensagens, realização de atividades e inclusão de material. 14 Fiquem à vontade para tirar suas dúvidas durante as aulas! Sugestões também são bem-vindas! Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 15 Para Reflexão Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Qual a expectativa em relação à disciplina Empreendedorismo? Como imaginam que esta disciplina possa contribuir para a sua formação profissional? Aula 2 – Unidade 1 O Perfil do Empreendedor Profª Ana Luísa Vieira de Azevedo 1 Sumário da Aula: a) Contextualizando Empreendedorismo; b) Por quê ensinar Empreendedorismo; c) Definindo Empreendedorismo. 2 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo a) Contextualizando Empreendedorismo 3 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 4 “No caso brasileiro, a preocupação com a criação de pequenas empresas duradouras e a necessidade de diminuição das altas taxas de mortalidade desses empreendimentos são, sem dúvida, motivos para a popularidade do termo empreendedorismo, que tem recebido atenção especial por parte do governo e de entidades de classe”. (DORNELAS, 2012, p.1) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “O conceito de empreendedorismo tem sido muito difundido no Brasil, nos últimos anos, intensificando-se no final da década de 1990, mas tendo o período de 2000 a 2010 como um marco na consolidação do tema e de sua relevância para o país”. 5 Uma das consequências deste cenário foi o aumento no número de demissões. (DORNELAS, 2012, p.1-2) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Com problemas de estabilização da economia e da competitividade gerada pela globalização, muitas grandes empresas brasileiras tiveram de procurar alternativas para manter-se no mercado. Este aumento do índice de desempregos, fez com que muitos ex-funcionários, sem alternativa, decidissem abrir seu próprio negócio. Muitos ficaram na economia informal, motivados pela falta de crédito, pelo excesso de impostos e pelas ainda altas taxas de juros. 6 “Devem ser considerados também os que herdam os negócios dos pais ou parentes e que dão continuidade a empresas criadas há décadas”. (DORNELAS, 2012, p. 2) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Houve ainda aqueles motivados pela nova economia, a internet, que teve seu ápice de criação de negócios pontocom entre os anos de 1999 e 2000”. 7 (DORNELAS, 2012, p. 2) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Essa conjunção de fatores somados e o ímpeto do brasileiro em ser dono do próprio nariz, buscar a independência através do próprio negócio e da relevância das micro e pequenas empresas para a economia do país despertaram discussões a respeito do tema empreendedorismo, com crescente ênfase para pesquisas relacionadas ao assunto no meio acadêmico, e também com a criação de programas específicos voltados ao público empreendedor”. Um exemplo foi o caso do programa Brasil Empreendedor, do Governo Federal, criado em 1999 com o objetivo de capacitar mais de um milhão de empreendedores brasileiros na elaboração de planos de negócios. Outra iniciativa é o Programa Empreendedor Individual, instituído em 2008, voltado para formalização deempreendedores que mantinham seus negócios na informalidade. 8 (DORNELAS, 2012, p. 2-3) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Dados publicados pelo Sebrae em 2010 mostram que no período de 2000 a 2008 o número de micro e pequenas empresas passou de 4,1 milhões para 5,7 milhões. As micro e pequenas empresas representam: • 98% das empresas existentes no País; • 21% do PIB (Produto Interno Bruto); • 52% do total de empregos com carteira assinada; • 29,4% das compras governamentais; • 10,3 milhões de empreendedores informais; • 4,1 milhões de estabelecimentos rurais familiares; • 85% do total dos estabelecimentos rurais. 9 As micro e pequenas empresas têm fundamental importância para a economia nacional. Apesar dos índices de sobrevivência dessas empresas nos seus primeiros anos estarem melhores, o empreendedor precisa ficar atento ao seu ambiente de negócios. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DORNELAS, 2012) 10 (DOLABELA, 2008, p.62) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo A evolução do empreendedorismo no mundo pode ser acompanhada a partir de 1999 com os relatórios produzidos pelo projeto GEM (Global Entrepreneurship Monitor). Este projeto tem como objetivo medir a atividade empreendedora dos países e observar seu relacionamento com o crescimento econômico. “Desde 2000, o Brasil participa dessa pesquisa, feita sob a coordenação do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Paraná (IBQP-PR) e com o apoio do Sebrae”. 11 “Um país empreendedor oferece oportunidades e infraestruturas para ajudar o empreendedor a criar e administrar o próprio negócio”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.6) 12 (DORNELAS, 2012, p. 3) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Mesmo havendo uma evolução recente no índice de sobrevivência das micro e pequenas empresas, o empreendedor precisa ficar atento ao ambiente de negócios, que ainda não é dos mais convidativos no Brasil, o empreendedor deve sempre buscar se desenvolver de forma contínua, pois a concorrência aumenta conforme melhoram as condições para se empreender. 13 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo De acordo com os relatórios do GEM, as principais barreiras para a propagação do empreendedorismo no Brasil são: • políticas governamentais que impõem alta carga tributária, elevados encargos trabalhistas e excesso burocrático- regulatório; • sistema educacional insuficiente, tanto para preparação de mão de obra quanto para desenvolvimento do espírito e das habilidades do empreendedorismo entre os estudantes; e, • a forte cultura de buscar um emprego na esfera pública e nas grandes empresas privadas. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.6-8) b) Por que ensinar Empreendedorismo? 14 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 15 O papel do empreendedor foi sempre fundamental na sociedade. Então, por que o ensino do empreendedorismo está se intensificando agora? O que é diferente do passado? Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DORNELAS, 2012) 16 (DORNELAS, 2012, p. 8) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “O que é diferente é que o avanço tecnológico tem sido de tal ordem, que requer um número muito maior de empreendedores”. “A economia e os meios de produção e serviços também se sofisticaram, de forma que hoje existe a necessidade de se formalizarem conhecimentos, que eram apenas obtidos empiricamente no passado”. “A ênfase em empreendedorismo surge muito mais como consequência das mudanças tecnológicas e sua rapidez, e não apenas como mais um modismo”. “A competição na economia também força novos empresários a adotar paradigmas diferentes”. 17 (DORNELAS, 2012, p. 9) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo O momento atual é marcado pelo empreendedorismo, “pois são os empreendedores que estão eliminado barreiras comerciais e culturais, encurtando distâncias, globalizando e renovando os conceitos econômicos, criando novas relações de trabalho e novos empregos, quebrando paradigmas e gerando riqueza para a sociedade”. “A chamada nova economia, a era da internet e das redes sociais, mostrou recentemente, e ainda tem mostrado, que boas ideias inovadoras, know-how, um bom planejamento e, principalmente uma equipe competente e motivada são ingredientes poderosos que, quando somados no momento adequado, acrescidos do combustível indispensável à criação de novos negócios – o capital – podem gerar negócios grandiosos em curto espaço de tempo”. 18 Razões Alta taxa de mortalidade infantil das empresas. Há uma tendência maior de falência do que de sucesso. (DOLABELA, 2008, p.49) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Necessidade da percepção da importância da PME (Pequena e Média Empresa) para o crescimento econômico. “A criação de empresas é indispensável ao crescimento econômico e ao desenvolvimento social”. 19 Razões Mudança nas relações de trabalho. “As empresas precisam de profissionais que tenham visão global do processo, que saibam identificar e satisfazer as necessidades do cliente”. (DOLABELA, 2008, p.49) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo O ensino precisa estar compatível com a organização da economia mundial na atualidade. 20 Razões Exigência de um alto grau de empreendedorismo no mercado de trabalho. Não basta o domínio da tecnologia, os colaboradores de uma empresa precisam também conhecer o negócio, saber escutar os clientes e atender suas necessidades, identificar oportunidades, e sobretudo, buscar e gerenciar os recursos para viabilizá-las. (DOLABELA, 2008, p.49) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 21 Razões Preocupação com os aspectos éticos que envolvem as atividades empreendedoras para a sociedade e a economia. Debate no ambiente acadêmico do relacionamento do empreendedor com o meio ambiente e com a comunidade. (DOLABELA, 2008, p.49) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 22 Qual a importância do Empreendedorismo para a sociedade? • “O empreendedor é o responsável pelo crescimento econômico e pelo desenvolvimento social. Por meio da inovação, dinamiza a economia. • O conceito de empreendedorismo trata não só de indivíduos, mas de comunidades, cidades, regiões, países. • O empreendedorismo é a melhor arma contra o desemprego. • Segundo Timmons (1994), ‘o empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século 21 mais do que a revolução industrial foi para o século 20’.” (DOLABELA, 2008, p.24) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 23 Qual a importância do Empreendedorismo para o indivíduo? • “Geração de autonomia, auto-realização, busca do sonho. • Indispensável para qualquer tipo de atividade profissional.” (DOLABELA, 2008, p.24) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 24 Busca-se a compreensão do processo empreendedor, seus fatores críticos de sucesso e o perfil de empreendedores de sucesso. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DORNELAS, 2012) c) Definindo Empreendedorismo 25 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 26 “É uma livre tradução que se faz da palavra entrepreneurship, que contém as ideias de iniciativa e inovação”.* * (DOLABELA, 2008, p.24) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Para “Schumpeter (1949), ‘o empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos emateriais’”.** ** (DORNELAS, 2012, p.28) “Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam à transformação da ideia em oportunidades”.** 27 O empreendedor é aquele que transforma a ideia em algo concreto, possuindo uma visão futura da organização. Ele percebe uma oportunidade e cria meios (nova empresa, área de negócio, etc.) para persegui-la. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DORNELAS, 2012) 28 “Em qualquer definição de empreendedorismo encontram-se, pelo menos, os seguintes aspectos referentes ao empreendedor: 1. Tem iniciativa para criar um novo negócio e paixão pelo que faz. 2. Utiliza os recursos disponíveis de forma criativa, transformando o ambiente social e econômico onde vive. 3. Aceita assumir os riscos calculados e a possibilidade de fracassar.” Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DORNELAS, 2012, p.28) 29 “Abrir empresas, ou empreendedorismo empresarial, é uma das infindáveis formas de empreender.” Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DOLABELA, 2008, p.24) “Podem ser empreendedores também o pesquisador, o funcionário público, o empregado de empresas.” “Podem e devem ser empreendedores os políticos e governantes.” “As ONGs e o terceiro setor estão repletos de empreendedores.” 30 “Os empreendedores podem ser voluntários (que têm motivação para empreender) ou involuntários (que são forçados a empreender por motivos alheios à sua vontade)”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DOLABELA, 2008, p.25) “Não se considera empreendedor alguém que, por exemplo, adquira uma empresa e não introduza nenhuma inovação (quer na forma de vender, quer na de produzir ou na maneira de tratar os clientes), mas somente gerencie o negócio”. 31 O empreendedor empresarial pode ser entendido como: • “indivíduo que cria uma empresa, qualquer que seja ela; • pessoa que compra uma empresa e introduz inovações, assumindo riscos, seja na forma de administrar, seja na forma de vender, fabricar, distribuir ou fazer propaganda dos seus produtos e/ou serviços, agregando novos valores; • empregado que introduz inovações em uma organização, provocando o surgimento de valores adicionais”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DOLABELA, 2008, p.25) 32 A natureza do empreendedorismo nos diz que: “Empreendedorismo não é um tema novo ou modismo: existe desde sempre, desde a primeira ação humana inovadora”. (DOLABELA, 2008, p.24) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “O empreendedor está em qualquer área. Não é somente a pessoa que abre uma empresa”. “Não é um fenômeno apenas econômico, mas sim social”. “Não é um fenômeno individual, não é um dom que poucos têm”. 33 A natureza do empreendedorismo nos diz que: “O ambiente favorável ao desenvolvimento empreendedor (em comunidades ou empresas) não pode prescindir de elevadas doses de democracia (e não de autocracia), cooperação (e não somente de competição) e relações sociais estruturadas em rede (e não hierarquizadas)”. (DOLABELA, 2008, p.24-25) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Não é possível determinar com certeza se uma pessoa vai ou não ser bem-sucedida como empreendedora”. 34 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Global Entrepreneurship Monitor (GEM) (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.2-3) “O GEM é um estudo internacional que compara diversos países, inclusive o Brasil, a partir de um conjunto vasto de dimensões. O GEM resulta da colaboração de entidades em diversos países, a saber: África do Sul, Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, China, Cingapura, Croácia, Dinamarca, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Inglaterra, Islândia, Irlanda, Itália, Jamaica, Japão, Letônia, México, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça, Tailândia e Venezuela. O relatório do GEM visa: (a) medir e avaliar as diferenças entre os países quanto à atividade empreendedora, (b) identificar os fatores que determinam o nível de atividade empreendedora e (c) identificar as políticas públicas necessárias à promoção do empreendedorismo.” 35 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo SEBRAE (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.9) 36 Referências Utilizadas DORNELAS, José. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. FERREIRA, Manuel Portugal; SANTOS, João Carvalho; SERRA, Fernando A. Ribeiro. Ser Empreendedor: pensar, criar e moldar a nova empresa. São Paulo: Saraiva, 2010. Aula 3 – Unidade 1 O Perfil do Empreendedor Profª Ana Luísa Vieira de Azevedo 1 Sumário da Aula: a) O que leva alguém a se tornar empreendedor? b) Diferenças entre o Empreendedor, o Administrador e o Empregado; c) Mitos Empreendedor d) Características Empreendedor. 2 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo a) O que leva alguém a se tornar empreendedor? 3 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 4 O que leva os indivíduos a se tornarem empreendedores? Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “O empreendedor é definido em termos de comportamentos e atitudes, não de traços de personalidade ou de outras características inatas”. “Ninguém nasce empreendedor nem com genes empreendedores”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.25) “Além de motivações próprias, sobre a forma como querem dirigir a vida, há também fatores exógenos, como a necessidade de rendimentos complementares ou uma situação de desemprego, que conduzem ao empreendedorismo”. 5 “O empreendedorismo resulta, além das condições nacionais, das percepções dos indivíduos, da necessidade, da existência de oportunidades no mercado e das suas competências e conhecimentos para explorar as oportunidades”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.12) 6 Aspectos que podem influenciar o “ser empreendedor” Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo • Ambiente educacional; • Personalidade do indivíduo; • Ambiente familiar na infância; • Histórico profissional; • Experiências passadas; • Situação profissional atual e perspectivas de mudança; • Situação familiar. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.26) 7 “Não podemos prever quem tem características para se tornar empreendedor, mas podemos ver quais as características que temos e trabalhar/ desenvolver as competências que ainda nos faltam para ser empreendedor”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.25-26) b) Diferenças entre o Empreendedor, o Administrador e o Empregado 8 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 9 Empreendedor X Administrador Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “O empreendedor de sucesso possui características extras, além dos atributos do administrador, e alguns atributos pessoais que, somados a características sociológicas e ambientais, permitem o nascimento de uma nova empresa”.* “O empreendedor é um administrador, mas com diferenças consideráveis em relação aos gerentes ou executivos de organizações tradicionais, pois os empreendedores são mais visionários que os gerentes”. ** * (DORNELAS, 2012, p.22-23) **(DORNELAS, 2012, p.25) “Quando a organização cresce, os empreendedores geralmente têm dificuldades de tomar as decisões do dia a dia dos negócios, pois se preocupam mais comos aspectos estratégicos com os quais se sentem mais à vontade”. ** 10 Empreendedor X Administrador Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “O gerente é voltado para a organização de recursos, enquanto o empreendedor é voltado para a definição de contextos”. “O empreendedor de sucesso tem ainda uma característica singular, que é o fato de conhecer como poucos o negócio em que atua, o que requer tempo e experiência”. “Outro fator que diferencia o empreendedor de sucesso do administrador comum é o constante planejamento a partir de uma visão de futuro”. (DORNELAS, 2012, p.25) 11 E quando o empreendedor assume as funções, os papéis e as atividades do administrador de forma a complementar a ponto de saber utilizá-los no momento adequado para atingir seus objetivos? Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DORNELAS, 2012, p.25) 12 Empreendedor X Administrador Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Nesse caso, o empreendedor estaria sendo um administrador completo, que incorpora, as várias abordagens existentes sem se restringir a apenas uma delas e interage com o seu ambiente para tomar as melhores decisões”. (DORNELAS, 2012, p.25) 13 Síndrome do Empregado Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo É dependente, no sentido de que necessita de alguém para se tornar produtivo. Descuida de outros conhecimentos que não sejam voltados à tecnologia do produto ou à sua especialidade. Domina somente parte do processo. (DOLABELA, 2010, p.71-73) Não é auto-suficiente, exige supervisão e espera que alguém lhe forneça o caminho Não busca conhecer o negócio como um todo: a cadeia produtiva, a dinâmica dos mercados, a evolução do setor. 14 Síndrome do Empregado Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DOLABELA, 2010, p.71-73) Não se preocupa com o que não existe ou não é feito; tenta entender, especializar-se e melhorar somente o que existe. Não se preocupa em transformar as necessidades dos clientes em produtos/serviços. Não é pró-ativo. Não saber ler o meio ambiente externo: ameaças, oportunidades. Raramente é agente de inovações, não é criativo, não gera mudanças e não muda a si mesmo. Não se preocupa em formar a sua rede de relações, estabelece baixo nível de comunicações. Tem medo do erro, (que é punido em nosso sistema de ensino e em nossa sociedade) e não o toma como fonte de aprendizagem. 15 Síndrome do Empregado Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Estas características que marcam a “síndrome do empregado” representam o antônimo de empreendedor. Nem sempre há uma relação de oposição entre a figura do empregado e do empreendedor, existe o que podemos chamar de intraempreendedor. Intraempreendedor, ou empreendedor corporativo, é o empregado que nos dias atuais contribui decisivamente para o sucesso da empresa. (DOLABELA, 2010, p.73) 16 O intraempreendedorismo Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Assim, o empreendedorismo também pode ocorrer dentro de organizações já existentes. O que chama-se de intraempreendedorismo. “Na verdade, todas as empresas têm algum nível de empreendedorismo interno, ainda que em algumas seja um nível muito baixo, possivelmente porque a cultura de empresa ou o estilo de liderança não incentivem a colaboração dos trabalhadores”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.26) 17 O intraempreendedorismo Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “É possível que, pelo menos em parte, a empresa consiga promover o intraempreendedorismo nos seus colaboradores se conseguir criar mecanismos de estímulo individuais e coletivos”. Os intraempreendedores são aqueles funcionários que possuem qualidades como criatividade, inovação e integração. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.26) Ressalta-se que tanto o empreendedor como o intraempreendedor precisam de planejamento e flexibilidade para obtenção do sucesso profissional. É preciso saber onde se está e para onde se deseja ir, adequando-se sempre a realidade, quando necessário. b) Mitos Empreendedor 18 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 19 “É interessante ainda destacar alguns mitos sobre os empreendedores. Existem vários, mas três em especial devem ser analisados com mais atenção”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DORNELAS, 2012, p.25) 20 Mitos sobre os empreendedores Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DORNELAS, 2012, p.28) a) Características Empreendedor 21 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 22 “Há alguns aspectos marcantes que nos permitem compreender ao que nos referimos quando falamos de empreendedor e empreendedorismo”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.24) 23 “Podemos apontar alguns traços principais sobre quem é empreendedor”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Esses são aspectos em grande medida comportamentais, como novidade, organização, criação, criatividade, riqueza e risco”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.6) Traços dos empreendedor 24 Traços dos empreendedor 1. “O empreendedor é o que toma a iniciativa para criar algo novo e de valor para o próprio empreendedor e para os clientes; 2. O empreendedor tem de despender o seu tempo e esforço para realizar o empreendimento e garantir o seu sucesso; 3. O empreendedor recolhe as recompensas sob a forma financeira, de independência, reconhecimento social e de realização pessoal; 4. O empreendedor assume os riscos de insucesso do empreendimento, quer sejam riscos financeiros, sociais ou psicológicos/ emocionais”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.25) 25 Empreendedores de Sucesso Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DORNELAS, 2012, p.23) 26 (DORNELAS, 2012, p.24) 27 (DORNELAS, 2012, p.24) 28 (DOLABELA, 2008, p.31-32) Empreendedores de Sucesso 29 Empreendedores de Sucesso (DOLABELA, 2008, p. 32) 30 Referências Utilizadas DORNELAS, José. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. FERREIRA, Manuel Portugal; SANTOS, João Carvalho; SERRA, Fernando A. Ribeiro. Ser Empreendedor: pensar, criar e moldar a nova empresa. São Paulo: Saraiva, 2010. DOLABELA, Fernando. Sonhos e riscos bem calculados. São Paulo: Saraiva, 2010. Aula 4 – Unidade 1 O Perfil do Empreendedor Profª Ana Luísa Vieira de Azevedo 1 Sumário da Aula: a) Processo Empreendedor; b) Processo Empreendedor em Empresas de Base Tecnológica; c) Síntese Ser Empreendedor. 2 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo a) Processo Empreendedor 3 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 4 “A decisão de se tornar um empreendedor ocorre por fatores externos, ambientais e sociais, a aptidões pessoais ou a um somatório de todos estes fatores, que são críticos para o surgimento e o crescimento de uma nova empresa”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DORNELAS, 2012, p.31) 5 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “O processo empreendedor inicia-se quando um evento gerador desses fatores possibilita o início de um novo negócio”. (DORNELAS, 2012, p.31) Fatores que influenciam no processo empreendedor 6 Fases do Processo Empreendedor Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 1. Identificar e avaliar a oportunidade; 2. Desenvolver o plano de negócios; 3. Determinare captar os recursos necessários; e, 4. Gerenciar a empresa criada. (DORNELAS, 2012, p.33) 7 Fases do Processo Empreendedor Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DORNELAS, 2012, p.33) Angels corresponde a figura do investidor pessoa física, que prefere arriscar em novos negócios a deixar todo o seu dinheiro aplicado nos bancos. 8 Fases do Processo Empreendedor Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Embora as fases sejam apresentadas em forma sequencial, nenhuma delas precisa ser completamente concluída para que se inicie a seguinte”. “Por exemplo, ao se identificar e avaliar uma oportunidade (fase 1), o empreendedor deve ter em mente o tipo de negócio que deseja criar (fase 4)”. “Muitas vezes ocorre ainda outro ciclo de fases antes de se concluir o processo completo”. (DORNELAS, 2012, p.34) “É o caso em que o empreendedor elabora um primeiro plano de negócios e, em seguida, ,apresenta-o para um capitalista de risco, que faz várias críticas e sugere ao empreendedor mudar toda a concepção da empresa antes de vir procurá-lo de novo”. “Nesse caso, o processo chegou até a fase 3, e voltou novamente para a fase 1, recomeçando um novo ciclo sem ter concluído o anterior”. 9 “ O empreendedor não deve desanimar diante dessa situação que é muito frequente”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DORNELAS, 2012, p.34) 10 Fases do Processo Empreendedor Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Gerenciar a empresa parece a fase mais fácil, pois as outras já foram feitas. Mas não é bem assim. Cada fase do processo empreendedor tem seus desafios e aprendizados.” “Às vezes, o empreendedor identifica uma excelente oportunidade, elabora um bom plano de negócios e ‘vende’ a sua ideia para investidores que acreditam nela e concordam em financiar o novo empreendimento. Quando é hora de colocar as ações em prática, começam a surgir os problemas. Os clientes não aceitam tão bem o produto, surge um concorrente forte, um funcionário-chave pede demissão, uma máquina quebra e não existe outra para repor, enfim, problemas vão existir e precisarão ser solucionados”. (DORNELAS, 2012, p.35) 11 Fases do Processo Empreendedor Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Aí é que entra o estilo de gestão do empreendedor na prática, que deve reconhecer suas limitações e saber, antes de qualquer coisa, recrutar uma excelente equipe de profissionais para ajudá-lo a gerenciar a empresa, implementando ações que visem a minimizar os problemas, e identificando o que é prioridade e o que é crítico para o sucesso do empreendimento”. (DORNELAS, 2012, p.35) 12 Precisa-se de cautela e jogo de cintura. O processo empreendedor leva tempo e não obedece a regras definidas, é preciso ter paciência e flexibilidade. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (CHIAVENATO, 2007, p.15) b) Processo Empreendedor em Empresas de Base Tecnológica 13 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 14 Processo Empreendedor em Empresas de Base Tecnológica Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Quando se fala em inovação, a semente do processo empreendedor, remete-se naturalmente ao termo inovação tecnológica”. “Nesse caso, existem algumas peculiaridades que devem ser entendidas para que se interprete o processo empreendedor ligado a empresas de base tecnológica.” “As inovações tecnológicas têm sido o diferencial do desenvolvimento econômico mundial”. (DORNELAS, 2012, p.32) 15 Processo Empreendedor em Empresas de Base Tecnológica Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “É muito comum o empreendedor achar que o domínio da tecnologia é a fator mais importante para o sucesso de uma empresa”. “Principalmente para aqueles que abrem empresas de base tecnológica”.* “O foco deve ser o negócio como um todo, e não a ideia ou produto”.* É preciso ter talento (pessoas), tecnologia (ideias), capital (recursos) e know-how (conhecimento).** **(DORNELAS, 2012, p.32) *(DOLABELA, 2008, p.54) 16 Processo Empreendedor em Empresas de Base Tecnológica Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “O talento empreendedor resulta da percepção, direção, dedicação e de muito trabalho dessas pessoas especiais, que fazem acontecer. Onde existe esse talento, há a oportunidade de crescer, diversificar e desenvolver novos negócios. Mas talento sem ideias é como uma semente sem água. Quando o talento é somado à tecnologia e as pessoas têm boas ideias viáveis, o processo empreendedor está na iminência de ocorrer. Mas existe ainda a necessidade de um combustível essencial para que finalmente o negócio saia do papel: o capital. O componente final é o know-how, ou seja, o conhecimento e a habilidade de fazer convergir para um mesmo ambiente o talento, a tecnologia e o capital que fazem a empresa crescer”. (DORNELAS, 2012, p.32) 17 “Quando o talento é somado à tecnologia e ao capital e o empreendedor tem ideias viáveis, a formulação química está pronta para proporcionar resultados favoráveis”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (CHIAVENATO, 2007, p.22) a) Síntese Ser Empreendedor 18 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 19 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Empreendedor é aquele que percebe uma oportunidade e cria meios (nova empresa, área de negócio, etc.) para persegui-la. O processo empreendedor envolve todas as funções, ações, e atividades associadas com a percepção de oportunidades e a criação de meios para persegui-las. (DORNELAS, 2012) 20 Perigos mais comuns nos novos negócios Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (CHIAVENATO, 2007, p.16) 21 Principais características que um empreendedor deve possuir ou desenvolver: Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (CHIAVENATO, 2007, p.18) 22 Perfil do Empreendedor Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo • Iniciativa • Visão • Coragem • Firmeza • Decisão • Atitude de Respeito Humano • Capacidade de Organização • Capacidade de Direção (DORNELAS, 2012) 23 Habilidades do Empreendedor Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DORNELAS , 2012, p.29-30) Técnicas: Envolve saber escrever, ouvir as pessoas e captar informações, ser um bom orador, ser organizado, saber liderar e trabalhar em equipe e possuir know-how técnico na sua área de atuação. Gerenciais: Incluem as áreas envolvidas na criação e gerenciamento da empresa (marketing, administração, finanças, operacional, produção, tomada de decisão, planejamento e controle). Características pessoais: Ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ter ousadia, persistente, visionário, ter iniciativa, ser orientado a mudanças, coragem, humildade e ter paixão pelo que faz. 24 Referências Utilizadas DORNELAS, José. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo: Saraiva, 2007. Aula 5 – Unidade 2 Criatividade Empreendedora Profª Ana Luísa Vieira de Azevedo 1 Sumário da Aula: a) Oportunidades e Ideias; b) Criatividade; c) Fontes de Novas Ideias; d) Métodos de Geração de Novas Ideias; e) Bloqueios à Criatividade. 2 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo a) Ideias e Oportunidades 3 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 4 Há uma grandediferença entre ideia e oportunidade. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DOLABELA, 2008, p.60) 5 *(DOLABELA, 2008, p. 60) Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “A confusão entre ideia e oportunidade é muito comum entre os empreendedores iniciantes”.* “Para ser bem sucedido, o empreendedor deve ter uma boa ideia de negócio, porque, de início, uma boa ideia facilitará o sucesso”.** “Contudo, uma boa ideia não é condição suficiente para se ter sucesso como empreendedor”.** ** (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.47) Ideia e Oportunidade 6 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Uma oportunidade é o conjunto de circunstâncias favoráveis que cria a necessidade de um produto ou serviço”. “Uma ideia é um pensamento, impressão ou noção, que pode ter, ou não, as qualidades de uma oportunidade”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.50) Ideia e Oportunidade 7 “Atrás de uma oportunidade sempre existe uma ideia, mas apenas um estudo de viabilidade, que pode ser feito por meio do Plano de Negócios, indicará seu potencial de transforma-se em bom negócio”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DOLABELA, 2008, p.60) 8 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “A tendência para se ficar entusiasmado com as próprias ideias e subestimar a dificuldade de as implementar, os recursos necessários – humanos, físicos ou financeiros -, a regulamentação a cumprir etc. é normal”. “Para que uma ideia seja uma oportunidade têm de se ser verificados alguns requisitos em termo de funcionalidade, preço, qualidade, durabilidade, valor adicionado (benefício) ao cliente e momento (timing) para levá-la ao mercado”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.50) Ideia e Oportunidade 9 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo É preciso considerar que: (a) “o tempo despendido ao analisar uma ideia não é tempo desperdiçado, mesmo que a decisão seja não avançar com ela, até porque novas ideias podem surgir desse processo de pesquisa e reflexão”; (b) diferentes empreendedores podem olhar a mesma ideia e a mesma oportunidade por ângulos distintos, podendo haver diferentes conclusões sobre sua viabilidade, bem como várias formas de satisfação a essa necessidade. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.50) Ideia e Oportunidade 10 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Assim, é importante que o empreendedor faça uma análise genérica inicial da ideia para perceber se há efetivamente uma oportunidade: • O que está criando essa oportunidade? • Durante quanto tempo as condições que criam a oportunidade irão se manter? • Qual é a necessidade real para o produto/ serviço? • Qual é o público-alvo? • Como se pode chegar ao público-alvo? •Qual a sensibilidade ao preço e quanto o produto/serviço vale para os clientes? • Onde está a concorrência? Os concorrentes não estão satisfazendo a necessidade em que sentido?” (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.50-51) Ideia e Oportunidade 11 “Embora todas essas questões sejam no futuro alvo de tratamento mais pormenorizado, nesta análise genérica inicial o empreendedor pode entender as dificuldades que, previsivelmente, encontrará e como adaptar- se a potenciais desvantagens ou ameaças”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.50-51) b) Criatividade 12 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 13 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Além de a ideia estar relacionada com a oportunidade, está também associada à criatividade”. “Criatividade é o processo de geração de algo novo”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.51) Definição Criatividade “Criatividade está na gênese das ideias”. “É a capacidade de olhar para as mesmas coisas, as mesmas necessidades ou problemas que outras pessoas, mas de uma forma diferente, de um ângulo diverso”. 14 Criatividade representa a geração de uma nova ideia, enquanto a inovação pode ser definida como a transformação de uma nova ideia em uma nova empresa, produto, serviço, processo, ou em um novo método de produção. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo c) Fontes de Novas Ideias 15 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 16 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “É a criatividade que permite ao empreendedor gerar novos negócios, ao combinar e recombinar partes que já existem, criando novos modelos; ao identificar novos segmentos e necessidades no mercado, novos produtos e serviços; ao adicionar valor a ofertas já existentes para criar uma base de diferenciação”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.52) Fontes de Novas Ideias “Portanto, uma das formas de germinar a criatividade é olhar de forma diferente para um problema, situação ou necessidade. Em outras palavras, olhar para as ofertas existentes e procurar o que outros ainda não detectaram.” 17 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “A criatividade é encorajada e fomentada pela abertura de pensamento, contato com pessoas e locais diferentes, convívio, leitura, estudo e trabalho, vontade de aprender e procura por informação”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.51-52) Fontes de Novas Ideias “As redes de relacionamento são também boas fontes de novas ideias na medida em que nos transmitem dados e informações que desconhecemos.” “As ideias podem surgir de múltiplas fontes e em contextos distintos”. “Mas também podemos gerar ideias iniciando um processo consciente e deliberado de procura destas”. 18 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.52-54) Fontes de Novas Ideias 1. Identificação de necessidades; 2. Observação de deficiências; 3. Observação de tendências; 4. Derivação da ocupação atual; 5. Procurar por novas aplicações; 6. Hobbies; 7. Imitação do sucesso do outro; 8. Os canais de distribuição; 9. Adaptação e resposta a regulamentações governamentais; 10. Esforços do próprio empreendedor em pesquisa e desenvolvimento. d) Métodos de Geração de Novas Ideias 19 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 20 “Como gerar ideias? Há um conjunto de métodos que podem ser usados para gerar ideias, desde as populares ‘caixas’ para recolher sugestões – de colaboradores, clientes e fornecedores-, técnicas de grupos de discussão (focus groups), à técnica de brainstorming.” Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.59) 21 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Técnica usada para gerar rapidamente um grande número de ideias e soluções para problemas, explorando a criatividade dos indivíduos que participam em dinâmicas de grupo organizadas”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.59) Brainstorming “Em geral, uma sessão de brainstorming envolve um grupo de pessoas e deve ser orientada para um tópico específico”. “Foca a criatividade, e não a avaliação de ideias”. 22 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.59) Brainstorming Regras: a) proibir as críticas e os comentários negativos a ideias e a membros; b) encorajar o pensamento livre, a criatividade, a irreverência e a improvisação; c) gerar dinâmica na sessão e incentivar o maior número possível de ideias; d) encorajar ou, pelo menos, permitir que se salte de assunto para assunto e de aspecto para aspecto, mesmo que esse saltitar seja desordenado; e) permitir junções, melhorias e reformulações, por uns, de ideias lançadas por outros. 23 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “O empreendedor pode recorrer a grupos de discussão ou focus groups para gerar novasideias de produtos/serviços e de negócios”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.60) Grupos de Discussão (ou focus groups) Esta técnica reúne, em geral, de cinco a 15 pessoas, que são previamente selecionadas com base nas suas caraterísticas comuns para discutirem um determinado assunto. “Esses grupos são conduzidos por um moderador que lidera o grupo, estimula uma discussão aberta e detalhada, usando técnicas de dinâmica de grupos para capturar uma perspectiva do que as pessoas sentem sobre um certo assunto”. 24 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Os questionários são, com frequência, usados para recolher informações de uma amostra de indivíduos”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.60) Os questionários (surveys) “Permitem a confidencialidade dos dados e podem ser usados para atingir um elevado número de indivíduos mesmo que se encontrem geograficamente dispersos ou afastados”. “Propiciam o surgimento de ideias de novos negócios, produtos ou serviços, uma vez que permitem fazer perguntas específicas para obtenção de respostas direcionadas”. 25 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “A observação direta dos clientes ao usar um certo produto ou serviço nas suas compras, ou dos trabalhadores ao executarem uma determinada tarefa ou qualquer aspecto do dia a dia, pode permitir a obtenção de muita informação relevante e gerar novas ideias”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.61) Observação Direta “Pela observação, podemos conhecer necessidades, identificar preferências, detectar lacunas que podem ser oportunidades para um novo negócio”. “Permite obter, em primeira mão, informações reais”. “É importante reconhecer que a presença de um observador pode influenciar o comportamento do cliente, e o resultado obtido está limitado ao período de tempo em que a pesquisa decorre”. 26 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “A análise de inventário de problemas pode ser usada para a geração de novas ideias de produtos de forma idêntica à dos grupos de discussão (focus groups)”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.62) Análise de Inventário de Problemas “Em vez de estimular a geração de novas ideias, os participantes recebem uma lista de problemas relativos a uma determinada categoria de produtos”. “É mais fácil relacionar produtos conhecidos com problemas identificados para se conseguir chegar a uma ideia de um novo produto do que gerar uma ideia integralmente nova para um novo produto”. É preciso precaução, porque a ideia a que o grupo chegou pode não ser uma nova oportunidade de negócio. 27 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Nesse método, uma nova ideia é desenvolvida a partir de um conjunto de questões que é usado pelo empreendedor para guiar a discussão sobre um assunto”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.62) Método do Check-list “Não há regras específicas para a elaboração da lista, esta depende do assunto ou problema, podendo conter questões como as seguintes”: • Que outras formas de utilização podem haver para o produto/serviço? • Que adaptações podem ser feitas para competir com empresas existentes? • Que características podemos imitar? 28 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “O procedimento consiste em escrever uma palavra relacionada com o problema, depois outra, e assim por diante, procurando com cada nova palavra adicionar algo de novo e, assim, criar uma cadeia de ideias que levem à emergência de uma nova ideia de produto ou negócio”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.62) Método de Livre Associação “Método simples e barato que os empreendedores poderão usar para gerar novas ideias”. 29 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Os participantes pensam no problema, no seu dia a dia, e escrevem possíveis soluções e ideias”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.62-63) Método de Anotações Coletivas “É distribuído a cada participante um bloco de notas com alguns dados pertinentes sobre o problema”. “Ao fim de um determinado tempo, um dos participantes faz um resumo e elabora uma lista com todas as ideias e sugestões. Essa lista é, então, discutida pelo grupo para selecionar e melhorar as ideias”. e) Bloqueios à Criatividade 30 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 31 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Bloqueios à Criatividade Bloqueios mentais são obstáculos que nos impedem de perceber corretamente o problema ou conceber uma solução. Pela ação destes bloqueios nos sentimos incapazes de pensar algo diferente, mesmo quando nossas respostas usuais não funcionam mais. Alguns bloqueios são criados por nós mesmos: temores, percepções, preconceitos, experiências, emoções, etc. Outros são criados pelo ambiente: tradição, valores, regras, falta de apoio, conformismo, entre outros. (ADAMS, 1994) 32 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Bloqueios à Criatividade Os bloqueios mentais podem ser classificados em cinco categorias: 1) Bloqueios culturais; 2) Bloqueios ambientais; 3) Bloqueios intelectuais e de expressão; 4) Bloqueios emocionais; 5) Bloqueios de percepção. (ADAMS, 1994) 33 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Bloqueios Culturais Barreiras geradas por pressões da sociedade, cultura ou grupo a que pertencemos. São adquiridos através da exposição a um determinado conjunto de padrões culturais. Eles nos levam à rejeição do modo de pensar de pessoas ou grupos diferentes. (ADAMS, 1994) Bloqueios Ambientais Resultantes das condições e do ambiente de trabalho (físico e social). Algumas pessoas podem ter um ambiente especial no qual sejam mais eficientes em atividades de criação. É absolutamente necessário que haja uma atmosfera de incentivo, confiança e honestidade para que as pessoas explorem ao máximo sua capacidade criativa. 34 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Bloqueios Intelectuais e de Expressão Inabilidade para formular e expressar com clareza problemas e ideias. É extremamente importante a utilização de informações corretas e adequadas. Um bloqueio de intelecto que impeça a pessoa frente a problemas e adquirir informações relevantes pode ser desastroso. Bloqueios Emocionais Resultantes do desconforto em explorar e manipular ideias. Este tipo de bloqueios nos impedem de comunicar nossas ideias a outras pessoas. Expressar uma nova ideia, e especialmente o processo de convencimento pode desencadear algum tipo de temor. 35 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Bloqueios de Percepção Obstáculos que nos impedem de perceber claramente o problema ou a informação necessária para resolvê-lo. Inabilidade para ver o problema sob diversos pontos de vista. (ADAMS, 1994) 36 Referências Utilizadas DORNELAS, José. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. FERREIRA, Manuel Portugal; SANTOS, João Carvalho; SERRA, Fernando A. Ribeiro. Ser Empreendedor: pensar, criar e moldar a nova empresa. São Paulo: Saraiva, 2010. ADAMS, James L. Idéias Criativas: como vencer seus bloqueios mentais. Rio de Janeiro: Ediouro, 1994. Aula 6 – Unidade 3 Processo Visionário Profª Ana Luísa Vieira de Azevedo 1 Sumário da Aula: a) Definição de Visão, Missão e Valores; b) O Processo Visionário; c) Elementos de Suporte; d) A importância do Feedback. 2 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo a) Definição de Visão, Missão e Valores 3 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo4 “Os fundadores de uma empresa – os empreendedores – devem ter uma visão clara de qual a área de negócio em que a empresa quer atuar, o seu posicionamento no mercado e no setor, os fatores de diferenciação, a sua estratégia e forma de atuação”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.118) 5 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “É preciso ter uma ideia clara de visão – a imagem que a empresa tem de si e do seu futuro”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.118) Visão, Missão e Valores “Os fundadores de uma empresa – os empreendedores – devem ter uma visão clara de qual a área de negócio em que a empresa quer atuar, o seu posicionamento no mercado e no setor, os fatores de diferenciação, a sua estratégia e forma de atuação”. 6 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Visão “É um mapa que guia o futuro da empresa na sua orientação futura em termos de tecnologia- produto-cliente, nos mercados geográficos a perseguir, nas capacidades e competências a desenvolver, bem como no tipo de gestão que a empresa procura criar”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.118) Visão, Missão e Valores 7 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Exemplos de Visão: (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.118) Visão, Missão e Valores 8 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Missão “É a tradução da estratégia da empresa, que expressa o propósito da sua própria existência”. “Em outros termos, a missão reflete a resposta a três questões: ‘Quem somos?’, ‘O que fazemos?’ e ‘Por que fazemos?’”. “Ou de outra forma, a missão expressa a finalidade, a estratégia, os valores e os padrões de atuação da empresa”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.119) Visão, Missão e Valores 9 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Exemplos de Missão: (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.119) Visão, Missão e Valores 10 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Valores “Princípios éticos que orientam a atuação da empresa”. (FERREIRA;SANTOS; SERRA, 2010, p.119) Visão, Missão e Valores 11 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Exemplo Unicarioca: Visão, Missão e Valores Visão Ser um Centro Universitário de referência na Educação Superior, com foco na formação do aluno, funcionando com profissionais qualificados, infraestrutura adequada e modelos pedagógicos críticos e ativos, contribuindo para a melhoria da Educação e para o desenvolvimento sustentável da sociedade carioca e do País. Missão Formar profissionais éticos e competentes para o mercado de trabalho, oferecendo serviços educacionais acessíveis e de qualidade, valorizando a empregabilidade dos egressos e contribuindo para o desenvolvimento sustentável da sociedade carioca e do País. Valores Ética Competência Inclusão Social Qualidade Responsabilidade Socioambiental Educação Transformadora Gestão democrática e participativa b) O Processo Visionário 12 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 13 “A teoria visionária de L. J. Filion (1991) nos ajuda a entender como se forma uma ideia de produto e quais as condições para que esta surja”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DOLABELA, 2008, p.38) 14 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo De acordo com esta teoria “as pessoas motivadas a abrir uma empresa vão criando, no decorrer do tempo, baseadas na sua experiência, ideias de produtos”. O Processo Visionário “Tais ideias, a princípio, emergem em estado bruto e refletem ainda um sonho, uma vontade não muito definida”. (DOLABELA, 2008, p.38) “Ou seja, ainda não sofreram um processo de validação, podem ainda não ser um produto”. 15 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Para aprofundar-se em sua ideia emergente (ou ideias), o futuro empreendedor procura pessoas com as quais possa obter informações para aprimorá-la, testá-la, verificar se é um bom negócio”. O Processo Visionário “Procura também ler sobre o assunto, participar de feiras, eventos”. (DOLABELA, 2008, p.38) “São as Relações na teoria de Filion”. 16 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Ao obter tais informações, o empreendedor nascente vai alterando a sua ideia inicial, agregando novas características, mudando alguma coisa, descobrindo ou inventando novos processos de produção, distribuição e vendas”. O Processo Visionário “É um processo contínuo de conquista de novas relações”. (DOLABELA, 2008, p.38) “E, ao modificar o produto vai atrás de novas pessoas, de livros, revistas, feiras etc”. “E esse processo é circular, na medida em que tais relações irão contribuir para melhorar o produto, alterando-o...e assim por diante”. 17 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Para Filion, essas ideias iniciais são visões emergentes”. O Processo Visionário “Esse é o processo de formação da visão”. (DOLABELA, 2008, p.38-39) “Prosseguindo em sua busca, vai chegar um dia em que o empreendedor sente que encontrou a forma final do produto e já sabe para quem vai vendê-lo”. “Nesse momento, ele deu corpo à sua visão central”. “Visões emergentes levam a novas relações, que, por sua vez, contribuem para aprimorar a visão emergente inicial (o produto)”. “Novas relações são estabelecidas até que seja atingida a visão central, que pode ser fruto de uma ou várias visões emergentes”. 18 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo O Processo Visionário (DOLABELA, 2008, p. 39) Filion se refere ainda à visão complementar, “que trata da gerência da empresa, de organização e controle das diversas atividades administrativas, financeiras, de pessoal etc”. “Por meio da visão complementar se criará a estrutura para que o produto seja vendido aos clientes da forma mais eficaz possível, gerando os resultados esperados (viabilidade, consolidação, crescimento, altos lucros)”. 19 “As ideias (visões emergentes) alteram-se constantemente, compondo o ciclo da visão, novas relações, nova visão. Até chegar à visão central, em que o produto estará completamente definido – assim como a empresa -, ocorrerão muitas mudanças na concepção do produto, nas formas de comercialização, na embalagem etc. ”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DOLABELA, 2008, p.38) c) Elementos de Suporte 20 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 21 Para empreender a pessoa deve ativar e desenvolver o que Filion chama de “elementos de suporte”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DOLABELA, 2010, p.47) 22 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Elementos de Suporte É o que Filion chama de Energia. (DOLABELA, 2008, p. 39) “O alvo não é o trabalho em si, mas o resultado que dele advém”. “Para desenvolver o processo de formação de visão, o empreendedor tem que se apoiar em alguns elementos além das Relações já descritas”. “Mas tem que trabalhar intensamente, sempre voltado para os resultados”. 23 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Elementos de Suporte “Deve ainda ter a capacidade de convencer as pessoas de que sua ideia é ótima e de que todos vão se beneficiar dela”. (DOLABELA, 2008, p. 39) “Enfim, deve saber persuadir terceiros a ajudá-lo a realizar seu sonho”. “É o que Filion chama de Liderança”. “Deve o empreendedor ser uma pessoa com autonomia, autoconfiança”. “Precisa acreditar que pode mudar as coisas, que é capaz de convencer as pessoas de que pode conduzi-las para algum ponto no futuro”. “Filion chama a isso de Conceito de si”. “E, lógico, é exigido de tal pessoa conhecimento do setor emque vai atuar”. 24 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Elementos de Suporte (DOLABELA, 2010, p. 47) Os elementos de suporte são: Conceito de si; Conhecimento do ambiente; Rede de Relações; Liderança; Planejamento; Identificação de Oportunidades. 25 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Conceito de si (DOLABELA, 2010, p. 47) “Quase sempre ele está vinculado a modelos, pessoas com as quais o indivíduo se identifica”. “É a forma como a pessoa se vê, a imagem que tem de si mesma”. “A autoimagem irá influenciar fortemente o desempenho do indivíduo”. “No conceito de si estão contidos os valores de cada um, sua forma de ver o mundo, a motivação”. “E mais importante, o autoconhecimento”. 26 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Conceito de si (DOLABELA, 2010, p. 47) “O autoconhecimento é essencial também para a formação de uma equipe”. “Por meio dele posso saber o que quero fazer, o que posso, o que sei e, principalmente, o que não sei, buscando, assim, pessoas que possam fazer o que eu não farei”. “O conceito de si muda em função das relações que estabelecemos, do trabalho que desenvolvemos, da visão que construímos, do nosso mundo afetivo, das nossas conquistas e dos nossos fracassos”. “O indivíduo precisa saber quem é para ter consciência do que vai criar”. 27 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Conhecimento do Ambiente (DOLABELA, 2010, p. 47-48) “Como desenvolver uma visão sem a compreensão do setor?” “Conhecer o ambiente do sonho, o setor, significa saber tudo sobre ele: tecnologia, mercado, ambiente (legal, demográfico, político, social, econômico), mas, sobretudo, entender como funciona o negócio, qual a sua dinâmica”. “Como identificar uma oportunidade real sem conhecer a área de negócios na qual se pretende atuar?” “Abrir uma empresa em um setor desconhecido é aventura, e não empreendedorismo”. 28 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Rede de Relações (DOLABELA, 2010, p. 48) “Também são consideradas na participação em congressos e feiras, assim como as informações obtidas em livros, pesquisas, revistas, jornais etc”. “Como conhecer o setor?” “Por meio da rede de relações que constituem o fator mais influente na evolução da visão”. “As relações podem ser de vários níveis: pessoas da família, amigos, conhecidos, redes sociais”. “O empreendedor estabelece relações com base na sua visão”. “Segundo Filion (1991), o velho ditado ‘dize-me com quem andas e te direi quem és’, pode, nesse caso, ser mudado para ‘dize-me com quem queres andar e te direi que empreendedor serás’”. 29 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Liderança (DOLABELA, 2010, p. 48) “A liderança significa a capacidade de comunicar seu sonho (futuro desejado) e seduzir pessoas para apoiá-lo”. “Ao desenvolver uma visão bem elaborada, com base nos seus conhecimentos do setor e nas suas habilidades para realizá-la, o empreendedor consegue atrair pessoas que colaborem com ele”. “A liderança pode ser vista como a capacidade do empreendedor de convencer apoiadores (sócios, colaboradores, financiadores, fornecedores, clientes) de que é capaz de conduzi-los a uma situação favorável no futuro”. 30 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Planejamento (DOLABELA, 2010, p. 49) Para planejar uma empresa utiliza-se o Plano de Negócios. “Ele ajuda o empreendedor a organizar as suas ideias e a identificar caminhos a serem seguidos, ou seja, descreve o planejamento do sonho em todas as suas etapas e seus detalhes”. “O Plano de Negócios é obrigatório para quem vai abrir uma empresa – seja um carrinho de pipoca ou uma fábrica de automóveis –, pois descreve todos os elementos necessários ao seu funcionamento”. 31 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Planejamento (DOLABELA, 2010, p. 49) “Trata-se de um instrumento de minimização de riscos; não fazê-lo significa dar espaço indevido a fatores que podem comprometer o sucesso do empreendimento”. “Mesmo os empreendedores que hoje têm sucesso e não planejaram a sua empresa são unânimes em dizer que teriam evitado erros e poupado muito tempo e dinheiro se tivessem feito um Plano de Negócios”. 32 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Identificação de Oportunidades (DOLABELA, 2010, p. 49-50) “Oportunidades significam necessidades não satisfeitas ou parcialmente satisfeitas”. “Saber identificá-las, apresentar algo novo que possa atendê- las (inovação) e saber transformá-las em um negócio de sucesso constitui a essência do trabalho do empreendedor”. d) A importância do Feedback 33 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 34 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo A Importância do Feedback “Um denominador comum entre empreendedores de sucesso é o desejo de saber como estão indo e em que ponto estão”. De acordo com Timmons (1994), “essa sede de saber é fruto da consciência aguda de que o feedback pessoal é vital para melhorar seu desempenho e suas chances de sucesso”. (DOLABELA, 2008, p. 90-91) Apesar de poder gerar “sentimentos de ansiedade, tensão, revolta, injustiça e tantos outros que provoca, essa oportunidade é ímpar porque, por meio do feedback, tem-se a possibilidade de exercitar a autoconsciência e de tomar decisão sobre mudanças desejáveis em cada forma de conduta, principalmente naquelas a que se referiu o feedback”. 35 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo A Importância do Feedback “Ao dar feedback é importante que ele: Seja aplicável; Seja neutro; Seja específico; Tenha comunicação direta; Seja objetivo; Tenha forma adequada. (DOLABELA, 2008, p. 91) 36 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo A Importância do Feedback “Ao receber feedback , sua conduta deverá: Ser receptiva; Demonstrar disposição para ouvir; Expressar aceitação; Revelar confiança no transmissor; Analisar o transmissor. (DOLABELA, 2008, p. 91) 37 Referências Utilizadas Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. DOLABELA, Fernando. Sonhos e riscos bem calculados. São Paulo: Saraiva, 2010. FERREIRA, Manuel Portugal; SANTOS, João Carvalho; SERRA, Fernando A. Ribeiro. Ser Empreendedor: pensar, criar e moldar a nova empresa. São Paulo: Saraiva, 2010. Aula 7 – Unidade 4 Plano de Negócios Profª Ana Luísa Vieira de Azevedo 1 Sumário da Aula: a) Plano de Negócios: conceito e aplicação; b) Estrutura do Plano de Negócios; c) Observações Plano de Negócios. 2 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo a) Plano de Negócios: Conceito e Aplicação 3 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo 4 “Quando se fala em empreendedorismo, remete-se naturalmente ao termo plano de negócios (business plan)”. Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DORNELAS, 2012, p.93) 5 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “O plano de negócios é parte fundamental do processo empreendedor”. Plano de Negócios: Conceito e Aplicação “Empreendedores precisam saber planejar suas ações e delinear as estratégias da empresa a ser criada ou em desenvolvimento”. O plano de negócios representa a principal ferramenta com a qual o empreendedor pode estabelecer os rumos do seu negócio. (DORNELAS, 2012, p.93) 6 Mas por que é tão importante planejar? Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo (DORNELAS, 2012, p.94) 7 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Diversas pesquisas sobre a causado alto índice de mortalidade das empresas indicam a falta de planejamento como a principal causa para o insucesso, seguida de deficiências de gestão (gerenciamento de fluxo de caixa, vendas/ comercialização, desenvolvimento de produto etc.), políticas de apoio insuficientes, conjuntura econômica e fatores pessoais (problemas de saúde, criminalidade e sucessão). Plano de Negócios: Conceito e Aplicação “Apesar dos fatores externos ao negócio serem críticos, como é o caso das políticas de apoio, as duas principais causas de falência também resumem-se ao planejamento e correta gestão do negócio, que é decorrente de um bom planejamento”. (DORNELAS, 2012, p.95) 8 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Não existe fórmula mágica para aumentar a eficiência na administração do negócio. Plano de Negócios: Conceito e Aplicação “O que se aconselha aos empreendedores é a capacitação gerencial contínua, a aplicação dos conceitos teóricos para que adquiram a experiência necessária, e a disciplina no planejamento periódico das ações que devem ser implementadas na empresa”. (DORNELAS, 2012, p.95) “Resumindo, existe uma importante ação que somente o próprio empreendedor pode e deve fazer pelo seu empreendimento: planejar, planejar e planejar”. 9 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Não basta apenas sonhar, deve-se transformar o sonho em ações concretas, reais, mensuráveis”. Plano de Negócios: Conceito e Aplicação “Para isso, existe uma simples, mas para muitos tediosa, técnica de transformar sonhos em realidade: o planejamento”. (DORNELAS, 2012, p.96) Pesquisas indicam que muito do sucesso de um empreendedor é creditado ao planejamento correto do seu negócio e a realização de uma análise criteriosa do empreendimento antes de colocá-lo em prática. 10 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo De acordo com Pinson e Jinnett (1996) pode se destacar pelo menos três fatores críticos relativos ao conceito de planejamento: 1. “Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder gerenciá-lo e apresentar sua ideia a investidores, bancos, clientes etc.”. 2. “Toda entidade provedora de financiamento, fundos e outros recursos financeiros necessita de um plano de negócios da empresa requisitante para poder avaliar os riscos inerentes ao negócio”. 3. “Poucos empresários sabem como escrever adequadamente um bom plano de negócios”. Plano de Negócios: Conceito e Aplicação (DORNELAS, 2012, p.96) 11 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “O cuidado a ser tomado é o de escrever um plano de negócios com todo o conteúdo que se aplica a esse documento e que não contenha números recheados de entusiasmo ou fora da realidade”. Plano de Negócios: Conceito e Aplicação “Nesse caso, pior que não planejar é fazê-lo erroneamente e, pior ainda, conscientemente”. (DORNELAS, 2012, p.97) “Essa ferramenta de gestão pode e deve ser usada por todo e qualquer empreendedor que queira transformar seu sonho em realidade, seguindo o caminho lógico e racional que se espera de um bom administrador”. “É evidente que apenas razão e raciocínio lógico não são suficientes para determinar o sucesso do negócio”. 12 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Mas existem alguns passos, ou atividades rotineiras, que devem ser seguidos por todo empreendedor”. Plano de Negócios: Conceito e Aplicação “A arte estará no fato de como o empreendedor traduzirá esses passos realizados racionalmente em um documento que sintetize e explore as potencialidades de seu negócio, bem como os riscos inerentes a ele”. (DORNELAS, 2012, p.97) “Isso é o que se espera de um plano de negócios”. 13 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Que seja uma ferramenta para o empreendedor expor suas ideias em uma linguagem que os leitores do plano de negócios entendam e, principalmente, que mostre viabilidade e probabilidade de sucesso em seu mercado”. Plano de Negócios: Conceito e Aplicação “O plano de negócios é uma ferramenta que se aplica tanto no lançamento de novos empreendimentos quanto no planejamento de empresas maduras”. (DORNELAS, 2012, p.97) “É preciso ter em mente que esta ferramenta deve ser o cartão de visitas do empreendedor, mas também pode ser seu cartão de desqualificação”. 14 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Uma tradição a ser quebrada é achar que o plano de negócios, uma vez concebido, pode ser esquecido”. Plano de Negócios: Conceito e Aplicação O mercado está em constante mutação. “A concorrência muda, o mercado muda, as pessoas mudam”. (DORNELAS, 2012, p.98) “O plano de negócios é uma ferramenta dinâmica, que deve ser atualizada constantemente, pois o ato de planejar é dinâmico e corresponde a um processo cíclico”. 15 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Todo plano de negócios deve ser elaborado e utilizado seguindo algumas regras básicas, mas que não são estáticas e permitem ao empreendedor utilizar sua criatividade ou o bom senso, enfatizando um ou outro aspecto que mais interessa ao público-alvo do plano de negócios em questão”. Plano de Negócios: Conceito e Aplicação (DORNELAS, 2012, p.98) “No caso das empresas que já se encontram em funcionamento, ele deve mostrar não apenas aonde a empresa quer chegar (situação futura), mas também onde a empresa está no momento, apresentando os valores dos seus atuais indicadores de desempenho”. 16 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “Outra característica importante é que ele não deve estar apenas focado no aspecto financeiro”. Plano de Negócios: Conceito e Aplicação (DORNELAS, 2012, p.98) “Indicadores de mercado, de capacitação interna da empresa e operacionais são igualmente importantes, pois estes fatores mostram a capacidade da empresa de ‘alavancar’ os seus resultados financeiros no futuro”. “Resumindo, é importante que o plano de negócios possa demonstrar a viabilidade de se atingir uma situação futura, mostrando como a empresa pretende chegar lá”. 17 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo “O plano de negócios é o documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa”. Plano de Negócios: Conceito e Aplicação (DORNELAS, 2012, p.99) “Sua elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento, e, ainda permite ao empreendedor situar- se no seu ambiente de negócios”. 18 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Com o plano de negócios é possível: • “Entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio”. • “Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas”. • “Monitorar o dia a dia da empresa e executar ações corretivas quando necessário”. • “Conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, incubadoras, investidores, capitalistas de risco etc.”. • “Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a empresa”. • “Estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o público externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações etc.).” Plano de Negócios: Conceito e Aplicação (DORNELAS, 2012, p.99) 19 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Principais públicos-alvo de um plano de negócios: Mantenedores de incubadoras (por exemplo, Sebrae, universidades e prefeituras); Parceiros; Bancos; Investidores; Fornecedores; Ambiente Interno da empresa; Clientes; Sócios. Plano de Negócios: Conceito e Aplicação (DORNELAS, 2012, p.99-100) 20 Prof. Ana Luísa Vieira de Azevedo Plano de Negócios: Conceito e Aplicação
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