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1. O filme "Tarzan", baseado no livro de mesmo nome escrito por Edgar Rice Burroughs, em 1912, contribui para a construção e difusão de uma imagem sobre o continente africano. Qual? A África Selvagem A África dos contrastes sociais. A África das guerras A África decadente A África Negra 2. A África possui uma característica natural que faz com que ela seja chamada "continente espelho". essa característica é: O tipo de solo, especialmente o do Deserto do Saara que reflete a luz solar provocando uma claridade muito grande durante o dia. A aparência da água de seus rios e mares, muito cristalina. Além das florestas características da zona equatorial, seus outros cinco tipos de vegetação. O formato do continente que se espelha ao formato da América do Sul A relação entre as diferentes vegetações com os diferentes climas, que cortam o continente de forma horizontal, ordenados a partir da linha do Equador. 3. O ensino de África deve partir de algumas bases importantes como: que a África é um grande e poderoso continente maltratado pela história que a África era um continente bucólico, em que o homem vivia em seu estado natural até a chegada dos homens brancos que os Africanos e todos os negros são iguais e precisam se unir. demonstrar que somos todos africanos e lá é o berço da humanidade que precisamos devolver a África para história, começando por afirmar que não existe uma África. 4. Ao longo do século XX, a História Ocidental passou por diversas mudanças, sendo a principal delas o alargamento das fontes documentais, ou seja, das ferramentas do historiador. Ainda que a escrita seja a principal forma de acessar o passado, os historiadores do século XX ampliaram seu diálogo com outras disciplinas, EXCETO Arqueologia Sociologia Antropologia Linguística Filosofia 5. "Para o povo Nuer, que vive na região centro-oeste da África, (...) o relógio diário é o gado, o círculo das tarefas pastoris, fundamentalmente a sucessão de tarefas e suas relações mutuas. Assim, se as atividades dependem dos corpos celestes e das mudanças físicas, estas só são significativas em relação às atividades sociais. (...) Tudo isso é corroborado pela falta de um termo ou de uma expressão equivalente ao vocábulo "tempo", encontrado nos idiomas ocidentais. Desse modo, não há como falar de tempo como algo concreto, que pode ser perdido, economizado e assim por diante.". Sobre as noções de Tempo, é correto afirmar: As comunidades tribais desconsideram a passagem do Tempo, pois são sociedades sem história. Em sociedades tribais, a exemplo da africana, são desconhecidas noções de sucessão do tempo. Culturas diferentes têm noções de temporalidade e de historicidade diferentes Temporalidade é uma noção a-histórica, sendo, portanto, semelhante em sociedades tradicionalistas. A temporalidade é determinada por fatores naturais, daí sua similaridade em diferentes sociedades. 6. Em relação ao momento em que homens e mulheres se colocaram como seres históricos no mundo, é correto afirmar: as pesquisas arqueológicas vêm apontando que a história humana teve início há um milhão de anos, em várias regiões do globo terrestre, simultaneamente. entre 4 e 6 milhões de anos atrás, surgiram na África os primeiros antepassados do ser humano com os quais teve início a história da humanidade a invenção da escrita, da roda e do fogo é o que caracteriza os povos considerados com história, que se estabeleceram às margens do Nilo, há milhares de anos. o elemento preponderante no reconhecimento dos homens e mulheres como seres históricos é invenção da linguagem, há cerca de 2 milhões de anos, no continente europeu. a história da humanidade teve início há um milhão de anos na região conhecida na Antiguidade como Mesopotâmia, quando se inventou a escrita 7. Por que sabemos tão pouco sobre a história da África? Segundo o antropólogo Kabengele Munanga, as razões são: Falta efetiva de história e cultura no continente africano Ausência de interesse por parte dos africanos em divulgar sua história Inexistência de historiadores na África interessados em produzir e divulgar a história africana Preconceitos, ignorância e uma questão ideológica ligada ao interesse colonizador. Falta de fontes para se estudar a história da África 8. A imagem difundida da África é a de uma região homogênea, de florestas densas, habitada por animais selvagens e tribos formadas por homens e mulheres negros que viviam muito distantes do denominado ¿mundo civilizado¿. Uma das maneiras de começarmos a desconstruir essa imagem é conhecendo a geografia do continente, sua diversidade climática e vegetativa. Assim, entre os tipos de vegetação que NÃO se encontra na África é possível destacar: Desértica Tundra Oásis Savanas Mediterrânea 9. O diálogo da História com outras disciplinas, especialmente ao longo do século XX, foi fundamental para ampliar o conhecimento sobre a história e a cultura do continente africano. Sobre esse aspecto, podemos considerar: I. As relações entre a História e a Antropologia são de grande valia para a interpretação das diferentes culturas africanas; II. O uso dos métodos arqueológicos é importante para análise da cultura material das diferentes sociedades; III. O diálogo da História com a Sociologia se mostra eficaz na identificação dos grupos sociais que se encontram num nível de desenvolvimento mais avançado e aqueles que ainda estão em estágio mais primitivo. Apenas a afirmativa I está correta. Apenas as afirmativas I e II estão corretas Apenas as afirmativas I e III estão corretas Apenas a afirmativa II está correta. Apenas a afirmativa III está correta 10. Muitos estereótipos foram criados a respeito do continente africano, inclusive um personagem de histórias e filmes que ajudou a reforçar uma imagem que já era difundida sobre a África: a África dos leões, girafas, zebras, rinocerontes, entre outras coisas. Assinale, abaixo, o nome do personagem dessas histórias em quadrinhos: Homem de Ferro. Homem Aranha Hulk. Tarzan. Pantera Negra. 11. Quando falamos de tradição em relação à história africana, referimo-nos à uma tradição tal que nenhuma tentativa de penetrar a história e o espírito dos povos africanos terá validade a menos que se apoie nessa herança de conhecimentos de toda espécie, pacientemente transmitidos de boca a ouvido, de mestre a discípulo, ao longo dos séculos. Esse trecho se refere à: História oral. Pesquisa sociológica. Pesquisa antropológica. História escrita. Pesquisa arqueológica. 12. Com relação aos estereótipos sobre o continente africano e às histórias do personagem Tarzan, leia, com atenção, as afirmativas abaixo: I. Por diversas razões, a África de Tarzan continua presente até os dias de hoje. Um exemplo disso é o fato de muitas crianças em idade escolar avançada (e por vezes até adultos) não saberem precisar se a África é um país ou um continente. II. Os tempos da África de Tarzan ficaram definitivamente para trás. Hoje, é do conhecimento de todos que a África é um continente diversificado, com várias culturas e sociedades diferenciadas. III. Ainda que a África possua florestas densas e seja habitada por leões, macacos e elefantes, caracterizá-la unicamente como uma grande selva seria um erro ao mesmo tempo geográfico e histórico. Assinale, abaixo, a opção que contém as afirmativas corretas. As afirmativas I e III estão corretas. As afirmativas II e III estão corretas. As afirmativasI e II estão corretas. Somente a afirmativa II está correta. As afirmativas I, II e III estão corretas. 13. O termo África Branca pode ser considerado: equivocado, pois dá uma noção de unidades que não existem equivocada pois apesar de islâmicas os grupos eram morenos, não brancos. como uma boa forma de diferenciar a áfrica negra e islâmica um dado aceito pela historiografia pois isola a África em duas partes equivocada pois o norte da África é negro e o sul é branco 14. Sobre a sociedade egípcia antiga, é possível afirmar: I. O soberano do Egito era o faraó, uma espécie de Deus na terra. II. Os nobres cuidavam de assuntos administrativos, tributários e religiosos menores. III. Os soldados eram figuras importantes na história do Egito graças à interferência nos assuntos políticos e religiosos. IV. A principal força do Egito eram seus trabalhadores, escribas, artesãos, comerciantes e agricultores. As afirmativas I e III estão corretas. As afirmativas I e IV estão corretas. AS afirmativas III e IV estão corretas AS afirmativas II e III estão corretas. As afirmativas I e II estão corretas 15. Qual fator geográfico possibilitou o desenvolvimento da civilização egípcia na antiguidade? O clima subtropical e o alto índice pluviométrico (índice de chuvas) o território egípcio, favorecendo a agricultura na região. A presença do deserto do Saara que favoreceu o estabelecimento de aldeias na região. A existência do rio Nilo que possibilitou a prática da agricultura em suas margens, a pesca e o uso de suas águas para diversas finalidades. A existência de uma densa floresta tropical no nordeste do continente africano. A existência de cidades que já apresentavam um certo desenvolvimento econômico, facilitando o controle de determinados fenômenos da natureza. 16. Sobre o papel dos escribas no Egito Antigo, é possível afirmar: Para se tornar um escriba, bastava nascer em uma família nobre. Graças ao seu trabalho, hoje conhecemos um pouco da História do Egito. Os escribas dominavam o alfabeto persa. Eram os responsáveis pelos cultos religiosos do Reino Por saberem ler e escrever, detinham o poder político nas cidades do Reino. 17. O Reino de Kush foi um dos mais promissores da África Antiga, tendo dominado o Egito em períodos importantes além de ser uma saída estratégica para o Oceano índico, ainda que com grandes disputas. Estamos nos referindo aos: Zimbábue Songai Ganeses Nagôs Núbios 18. A principal atividade econômica do reino Kush era: Comércio Mineração Criação de animais Artesanato Agricultura 19. Napata foi uma cidade, na margem oeste do rio Nilo, cerca de 400 km ao norte de Cartum, capital do atual Sudão. Sobre a civilização Núbia, marque a resposta INCORRETA: Os núbios nunca se relacionaram com a civilização egípcia, preferindo negociar com os hebreus e assírios. Em 750 a.C, Napata foi uma cidade desenvolvida, enquanto o Egito ainda estava sofrendo de instabilidade política. O Rei Kashta atacou o Alto Egito. Sua política foi seguida por seus sucessores Piye e Shabaka (721-707 aC), que finalmente trouxe todo o Vale do Nilo para o controle cushita no segundo ano do seu reinado. Shabaka também lançou uma política de construção de monumentos, no Egito e Núbia. Em geral, os reis de Kush governaram o Alto Egito durante cerca de um século e todo o Egito por cerca de 57 anos; Em 1075 a.C, o Sumo Sacerdote de Amon em Tebas, capital do antigo Egito, tornou-se poderoso o suficiente para limitar o poder do faraó somente sobre o Alto Egito. Este foi o início do Terceiro Período Intermediário (1075 a.C-664 a.C). A fragmentação do poder no Egito permitiu que os núbios recuperassem a autonomia. Eles fundaram um novo reino, Kush, centrado em Napata; Desde época das dinastias, os egípcios tinham sido interessados na Núbia, uma região muito rica em ouro. Os egípcios logo controlaram o comércio, de modo que o Egito se tornou uma potência imperialista na Núbia; Napata começou atingindo seu auge após Tantamani ter voltado da guerra contra os assírios. Sua economia era essencialmente baseada no ouro. O Egito era um aliado econômico importante. Em 660 aC, os Núbios começaram a explorar ouro, inaugurando o a Idade do Ferro Africana; 20. A dificuldade do entendimento da expansão banta está relacionada em primeiro lugar aos motivos que geraram seus movimentos. Entre as principais linhas são: Grupos que saem do Saara durante o período de seca e partem para as savanas para ocupar a região. É difícil definir quem são os grupos bantos, mas são claramente ceramistas e tem a origem na África do sul. Os grupos bantos partiram do Norte em direção ao sul em uma violenta expansão militar. É complexo definir o grupo formador e sua origem, no entanto, eram grupos de caçadores e coletores que conseguem uma expansão graças aos desenvolvimentos tecnológicos do grupo. Não pode se afirmar que exista uma expansão banta, é um termo inventado pela historiografia para grupos que a linguística identifica como próximos, em especial pela linha religiosa hebraica. 21. A religiosidade era uma das características definidoras das sociedades da África Subsaariana. Com relação as práticas religiosas das sociedades subsaarianas é correto afirmar que: Embora cada comunidade acreditasse em um deus ou em deuses próprios, as formas por meio das quais os membros desses grupos entravam em contato com o divino era muito semelhante. Embora as sociedades da África Subsaariana fossem essencialmente monoteístas e acreditassem numa única divindade, cada uma venerava esse deus de maneira diversa. Assim como os as sociedades do Norte da África, os povos subsaarianos viam seus reis como figuras divinas, descendentes em linha direta dos criadores do universo. Até a chegada do cristianismo trazido pelos europeus todos os povos subsaarianos compartilhavam as mesmas três divindades: Ogum, Xangô e Oxumaré, aos quais cultuavam em grandes templos construídos no centro das comunidades. Até se iniciar o contato com os muçulmanos, todos povos da África Subsaariana não só compartilhavam a crença nos mesmos deuses, como mantinham a prática regular de realizar sacrifícios humanos. 22. Sobre a África subsaariana, antes do século XV, podemos afirmar: I. Era composta de sociedades sem escrita e, portanto, sem história; II. Era composta de diversas sociedades com organizações diferentes, indo desde aldeias de agricultores e criadores até verdadeiros impérios bem estruturados; III. A escravidão só passou a existir a partir da expansão marítima europeia do século XV; IV. Houve um processo de islamização de vários reinos do Sudão, a partir do século VII, embora a maioria de suas populações permanecesse com suas religiões tradicionais. São corretas as opções: II e IV III e IV I e IV I e III I e II 23. Podemos afirmar a respeito da Expansão Bantu que: I Ocorreu graças ao aumento populacional e ao desmatamento decorrentes da pesca farta e do cultivo de gêneros alimentícios. II Consistiu em dois grandes processos migratórios em busca de novas terras na região centro-sul do continente africano. III Foi um movimento migratório provocado por conflitos étnicos na região localizada ao norte do continente africano. IV Ocorreu em função da epidemia de doenças tropicais que assolou o território centro-oeste da África. As afirmativas I e II estão corretas Apenas a afirmativa III está correta Apenas a afirmativa IV está correta Apenas a afirmativaI está correta Apenas a afirmativa II está correta 24. Alberto da Costa e Silva ao discutir a expansão dos bantos, sinaliza que um dos grandes motivos de sua vitória foi o desenvolvimento tecnológico. As duas leituras principais neste sentido falam na: as armas de fogo, desenvolvidas primeiro na África e o uso de fogo como arma desenvolvido no sul da África o desenvolvimento da metalurgia e da alvenaria, construindo reinos sólidos. força da organização das armas alcançado pelos bantos e as ferramentas destes grupos que permitiu o desenvolvimento agrícola. força das armas e o desenvolvimento da escrita em tabletes de argila. A enxada, principal forma de agricultura e a picareta que permitiu grandes extrações de ouro. 25. "A fala é considerada como a materialização ou exteriorização das vibrações das forças... Lá onde não existe a escrita ..., o homem está ligado à palavra que profere. Está comprometido por ela. Ele é a palavra, e a palavra encerra um testamento daquilo que ele é. A própria coesão da sociedade repousa no valor e no respeito pela palavra.". Em sociedades tradicionais africanas: Os mais novos detêm a liderança comunitária, onde as novas tecnologias exercem um papel preponderante. O ancestral é uma referência grupal isolada e a tradição perde-se no tempo a cada nova geração. O conhecimento é a própria palavra, é ela que transmite os conhecimentos de uma geração para outra. A palavra atribuída ao ancestral comum, ao mais velho, é sempre desconsiderada e sem valor nas relações sociais. A palavra só tem algum significado quando atrelada a relações sociais contratuais. 26. Uma das principais instituições das chamadas sociedades tradicionais africanas era a família, pois era ela que primeiro definia o pertencimento dos indivíduos no grupo. Acerca da noção de família na África Subsaariana, é correto afirmar que: A organização familiar africana era bastante semelhante ao modelo europeu. Ao filho primogênito cabia manter a linhagem ¿ e as posses ¿ do patriarca. Enquanto os outros filhos, ao se casar, saiam de casa e davam início a uma nova estrutura familiar totalmente independente. As famílias africanas eram extensas, formadas não só pela mãe, pai e seus filhos, mas também pelos avós, tios, sobrinhos, netos e primos que tinham um ancestral em comum. As famílias africanas eram relativamente pequenas, se comparadas com as famílias europeias, principalmente em função da alta mortalidade infantil decorrente do baixo desenvolvimento das técnicas de medicina. As famílias africanas, principalmente as mais ricas, procuravam manter suas posses através de casamentos consanguíneos, ou seja, casavam irmãos com irmãs, o que também contribuía para o fortalecimento dos laços familiares. Somente eram considerados membros de uma mesma família, os descendentes em linha direta, ou seja; pais, filhos, netos e bisnetos, e mesmo assim a famílias eram muito numerosas em função da alta taxa de natalidade. 27. As principais riquezas do reino africano de Gana são: Ouro, prata e diamantes. O ouro, o sal e o controle do comércio transaariano (do Deserto do Saara). O óleo de palma, a noz de cola e o ébano. A prata, o mercúrio e a pimenta. Os escravos. 28. Defina o papel dos Almorávidas no processo de islamização do continente africano. Recolher impostos dos fiéis para fortalecer o islamismo economicamente no continente africano. Converter os "infiéis" apenas por meio da palavra, tendo por base o Corão. Estabelecer contatos comerciais entre diferentes povos o que facilitou a disseminação do islamismo na África. Traduzir a palavra de Alá para as diferentes línguas locais facilitando a conversão. Levar a palavra de Alá para regiões distantes com o apoio das armas. 29. A expansão Almorávida foi marcada pela: Pela intensidade da conversão ao Judaísmo. Pela violência com os Cristãos. Pela disposição de buscarem ouro como fundamento de sua economia. Pela intensidade do discurso religioso. Pela aceitação das religiões Africanas. 30. Entre os motivos da decadência de Gana no século XI podemos destacar: A diminuição das atividades comerciais, levando ao enfraquecimento da cobrança de impostos e ao consequente desmantelamento da estrutura econômica. A crise na atividade mineradora. A desestruturação militar do reino que não pode impedir o esfacelamento do território. O enfraquecimento do poder do Caia manga, ocasionando uma desestruturação política e territorial. A chegada dos almorávidas e a mudança estrutural econômica com maior parte das zonas agrícolas transformada em pasto. 31. Graças à grande quantidade de ouro, Gana, também conhecido como o "país do ouro" chegou ao conhecimento dos europeus graças aos relatos feitos pelos muçulmanos árabes. Sobre a estrutura política do reino de Gana é correto afirmar que: O rei era a figura central, auxiliado por uma nobreza que o entendia como um ser divinizado. O rei era a figura central, auxiliado por sacerdotes que lhes garantia o poder sobre a população graças aos poderes mágicos atribuídos a essas figuras, O rei era apenas um fantoche, comandado pelos sacerdotes. Era a nobreza que, junto com os sacerdotes, governavam o reino. O rei só era consultado em momentos de crise. O rei era apenas um fantoche, comandado pelas famílias extensas que compunham a nobreza. 32. A conquista da cidade de Audaghost representa o máximo esplendor do Reino de Gana. Observe a descrição dessa importante cidade africana, situada num oásis e importante entroncamento de rotas comerciais pelo Deserto do Saara: "O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara Ocidental e de vinte e três reis negros que lhe pagam tributo; seu império se estende sobre o equivalente a dois meses de viagem de norte a sul e de leste a oeste. Conta com um exército de cem mil guerreiros montados sobre camelos de raça. Possui muita importância como centro islâmico, pois é dotada de uma mesquita-catedral e de numerosas mesquitas menores. O bem-estar desta povoação, a formigar de transações, rodeada de hortas, em que abundam os pepinos, as palmeiras e também uma grande quantidade de figueiras, estabelece uma cortina de proteção contra o calor do deserto A criação de carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um simples mitkal (ouro em pó) podem-se comprar pelo menos dez carneiros. Encontra se muito mel que vem do país dos negros. As gentes vivem desafogadamente e possuem muitos bens. O seu mercado é sempre muito animado. A multidão é tão densa, o calor tão forte, que mal se ouve o que o vizinho diz. As compras são pagas em ouro em pó, pois não existe moeda de prata. Encontram-se belas construções e casas muito elegantes. A população é na maioria berbere. A comida preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma beleza proverbial. " O reino africano de Gana era conhecido na língua soninque, povo dominante do país, como Uagadu, que significa "O País dos Rebanhos." Marque a alternativa abaixo, retirada do texto acima, que justifica o nome Uagadu: O rei de Audaghost é o soberano dos berberes do Saara Ocidental e de vinte e três reis negros que lhe pagam tributo. Nenhuma das frases justifica claramente o nome do reino, uma vez que o conteúdo é político não econômico. A comida preparada pelas mulheres é deliciosa, e as moças da terra têm uma beleza proverbial. Conta com um exército de cem mil guerreiros montados sobre camelos de raça. A criação de carneiros e de bois é aí particularmente próspera. Por um simples mitkal (ouro em pó) podem-secomprar pelo menos dez carneiros. 33. "As primeiras informações a respeito do reino de Gana foram encontradas na obra do escritor árabe Al-Fazari, no século VIII. Esse autor relata que, no Marrocos, Gana já era conhecida como a terra do ouro desde o século VIII, por conta da existência de reservas desse metal e do comércio estabelecido com o Norte da África, que trocava, entre outros produtos, o ouro por sal." MATTOS, Regiane Augusto de. História e cultura afro-brasileira. São Paulo: Contexto, 2008. Com relação ao reino de Gana (séc VIII-XIII), assinale a alternativa INCORRETA: O território do reino de Gana localizava-se na região ocidental do continente africano, entre o deserto do Saara e os rios Níger e Senegal. O reino de Gana entra em declínio no ano de 1240 e, em seguida, foi dominado e anexado pelo Império do Mali. O reino de Gana beneficiou-se com o comércio transsaariano e a produção de ouro possibilitou, durante muito tempo, a manutenção de uma relação comercial superavitária com outras regiões. O reino de Gana conseguiu desenvolver grande independência econômica com relação aos outros territórios africanos, dada a sua enorme produção de ouro, possibilitando, inclusive, a diminuição de importações de produtos de outras regiões. A maioria das informações sobre o reino de Gana advém de narrativas feitas por comerciantes e escritores árabes daquele período. Explicação: O reino de Gana, mesmo com seu desenvolvimento econômico, era dependente da importação de escravos e de produtos manufaturados produzidos em outras regiões da África. 34. Quando tratamos de rota saariana precisamos entender que é: é necessário entender que é uma rota comercial poderosa e que estão inseridos Europa, África, Oriente e Américas. é necessário entender que é conjugação das práticas sociais africanas, seu comércio e trocas, com as trocas de mercadores nômades e a inserção dos centros islâmicos. é o domínio do islão levando bens para todo o mundo, apesar que naquele momento o Saara era na verdade uma grande floresta, passando pela desertificação só muito posteriormente. o domínio pleno do Islão não África É o domínio europeu criando uma importante rota de escravos mais rápida e eficiente no Norte na África. 35. A organização islâmica na África foi: fácil pois a religião islâmica foi facilmente aceita difícil pois Roma, que era a senhora do norte da África criou grande resistência rápida pelo atraso local difícil pois eram áreas de floresta e os árabes não estavam acostumados cheia de idas e vindas, uma vez que as expedições não foram contínuas e os berberes reagiam constantemente 36. Sobre a islamização no continente africano, é possível afirmar: I. Com os grandes reinos e cidades, as relações dos muçulmanos se iniciaram por meio do contato direto com os chefes do poder. II. o comércio foi a porta de entrada do islamismo nas cidades de Ifé e Benin. III. A realeza do Império Mali se converteu ao islamismo e sob o governo de Mansa Musa inúmeras mesquitas e escolas muçulmanas foram construídas em todo o império. AS afirmativas I, II e III estão corretas. Nenhuma das afirmativas estão corretas. As afirmativas II e III estão corretas. As afirmativas I e II estão corretas. As afirmativas I e III estão corretas. 37. Os iorubás, também conhecidos como yoruba, são um dos maiores grupos étno- linguísticos da África Ocidental, composto por 30 milhões de pessoas em toda a região. Qual é a resposta INCORRETA? Milhares de iorubas escravizados foram desembarcados no Brasil, fecundando a cultura e a história do nosso país. Uma explicação plausível sobre a gênese do povo ioruba seria as diversas migrações através das regiões entre o Lago Chade e o Níger. As comunidades iorubas que se desenvolveram principalmente no sudeste da atual Nigéria constituíram um dos grandes centros civilizatórios da Guiné e chegaram a influenciar outras civilizações da região, como o reino de Benin. As lendas contam que Ilé-Ifé teria sido o próprio berço da humanidade. Ali Todos os povos e reinos descenderiam do deus-rei Odudua, fundador da cidade sagrada. Outra lenda diz que Odudua seria o condutor de uma gente vinda do Leste. Constituem o menor grupo étnico na Nigéria, com aproximadamente 21% da sua população total. A maioria dos iorubás vive em grande parte no sudoeste da Nigéria; também há comunidades de iorubás significativas no Benin, Togo, Serra Leoa, Cuba e Brasil. Os iorubás são o principal grupo étnico nos estados de Ekiti, Kwara, Lagos, Ogun, Ongo, Osun e Oyo. Um número considerável de iorubas vive na República do Benin, ainda podendo ser encontradas pequenas comunidades no campo, em Togo, Serra Leoa, Brasil e Cuba. 38. O imperador do Mali, Mansa Musa, ficou mundialmente conhecido no século XIV, pois: Foi o único imperador do Mali a recusar a islamização. Foi o primeiro imperador da África Subsaariana a se converter ao islamismo. Foi o imperador do Mali que fez a peregrinação à Meca de forma humilde, tendo, inclusive, que fazer um empréstimo com um importante mercador de Alexandria (atual Cairo). Foi o imperador do Mali que fez a peregrinação à Meca de forma faustosa, levando consigo milhares de escravos e toneladas de ouro. Foi o primeiro imperador da África Subsaariana a fazer a peregrinação à Meca. 39. "A coisa mais importante é a família. Após a família é a linhagem ou grande família. Após a linhagem é o clã ou grande conjunto de linhagens. E só depois vem o Estado, seja a cidade-estado, seja o Império, seja o Reino. [...] curiosamente, elas também tinham um deus. E o deus encarnava no chefe." [Alberto da Costa e Silva] Alberto da Costa e Silva oferece uma explicação sem a qual não é possível compreender a história do continente africano. Na passagem acima se refere especificamente a: Organização social e política, extremamente hierárquica, dos diferentes povos africanos, antes da colonização europeia, na qual o chefe político também exercia o poder religioso, como o Império Monomopata. Sistematização cultural das sociedades africana, antes da colonização europeia, fundamentada na transmissão oral dos saberes e fazeres entre os membros das famílias de geração para geração. Organização social e política das diferentes sociedades africanas, após a chegada dos europeus ao continente, na qual o poder político tendia a ser mais forte nas estruturas familiares, a exemplo das cidades-estado do Índico. Estruturação econômica das diferentes sociedades africanas, antes da colonização europeia, baseada nas atividades voltadas para subsistência distribuídas entre os diferentes membros das famílias, a exemplo do Império Songhai. Estruturação sócio-econômica dos diferentes grupos sociais espalhados pelo continente africano, depois da chegada dos europeus, fundamentada no poder dos líderes políticos que também detinham o poder divino, como o Reino do Congo. 40. A dignidade de Mansa Musa impressionou muito. Embora falasse bem o árabe, só comunicava por intermédio de um intérprete. Mas esta dignidade foi posta a dura prova quando lhe pediram que se prostrasse perante o sultão do Cairo. Recusou energicamente: "Como poderia fazer uma coisa dessas?", exclamou. KI-ZERBO, A História da África Negra, p. 171. Sobre a religiosidade do Império do Mali à época de Mansa Musa é correto afirmar que: Toda a população mantinha-se animista, daí a recusa do Imperador ao encontrar o sultão do Cairo. Parte da nobreza converteu-se ao islamismo, mas, a maior parte da população manteve sua crença no cristianismo ortodoxo. Somente o Mansa Musa converteu-seao islamismo após o contato com o sultão do Cairo. Toda população havia se convertido ao islamismo. Parte da nobreza converteu-se ao islamismo, mas, a maior parte da população manteve suas práticas tradicionais. 41. Sobre o Império Songhai, é correto afirmar: O comércio e a vida na cidade foram uma das principais características do Império Songhai. Sua principal atividade econômica era a agricultura. Dividia-se em três grandes grupos sociais: os agricultores, os militares e os comerciantes. Localizava-se às margens de rio Nilo, no Nordeste africano. O rei da Dinastia Za Aliamen converteu-se ao cristianismo, entretanto, a maioria da população continuou a praticar sua antiga religião, o islamismo. 42. "O chefe gozava do monopólio das pepitas de ouro. O quadro principal da vida era, com efeito, a grande família que dispunha de um campo comunitário não longe das ladeias, anunciadas a distância por imensos embandeiro plantados no dia da fundação." KI- ZERBO. História da África Negra, pp. 165-166. Sobre a estrutura econômica do Império do Mali é correto afirmar que: A estrutura econômica estava pautada na extração de ouro. A estrutura econômica estava pautada na produção agrícola em larga escala. A estrutura econômica estava pautada na produção agrícola familiar, ainda que a criação de gado tivesse importância. A estrutura econômica estava pautada no comércio transaariano. A estrutura econômica estava pautada na produção agrícola familiar, ainda que a extração de ouro tivesse importância. 43. O Império Mali foi um estado da África Ocidental, perto do rio Níger, que dominou esta região nos séculos XIII e XIV. Sobre tal reino, qual é a alternativa INCORRETA: o império alcançou o auge no início do século XIV, durante o governo de Mansa Musa, que se converteu ao Islão. Em sua peregrinação a Meca, esse soberano fez-se acompanhar de uma comitiva com 15 mil servos, cem camelos e expressiva quantidade de ouro dominou a região do Maghreb, até serem derrotados pelos cruzados em 756, por Pepino, o Breve O império controlava as rotas comerciais transaarianas da costa sul ao norte. Os principais produtos comercializados eram: ouro, sal, peixe, cobre, escravos, couro de animais, noz de cola e cavalos de três impérios consecutivos, este foi o mais extenso territorialmente, comparado com o de Songhai e do Gana o Império Mali sucumbiu finalmente ante o assalto combinado das tribos tuaregues do Norte e dos Mossinos, do Sul, durante os anos de 1400. 44. Uma das formas de se perceber a influência política e religiosa de Ifé junto a Benim é perceptível no fato de: O soberano de Benim possuía apenas poder simbólico, sendo o poder político e religioso exercido apenas pelo soberano de Ifé. Os soberanos de Ifé escolhiam os chefes políticos, que também eram os chefes religiosos, do Benim entre seus familiares diretos. Benim pagar tributos religiosos a Ifé com base no mito de origem no umbigo do mundo e descendência em Ododua. Benim submeter seus chefes políticos à escolha do soberano de Ifé Somente o chefe político e divino de Ifé ter poderes em Benim podendo cobrar impostos e liderar exércitos. 45. Sobre a organização social e econômica do Benin é possível afirmar: As mulheres, maioria da população, eram responsáveis pelo cultivo do inhame, base da alimentação do Obá. A produção do amendoim, do melão, do dendê e dos feijões ficava a cargo dos homens e das crianças. O Sal era usado como moeda no sistema monetário do Benin. A agricultura fértil se apresentava como base da economia. Abaixo do Obá havia uma nobreza responsável pelo controle das finanças. 46. "Ifé e Benim tornaram-se célebres em todo o mundo pela descoberta de obras-primas de bronze (latão) ou de terracota (...) Tratam-se de terracotas ou de latões produzidos pela técnica de cera perdida" KI-ZERBO. História da África Tradicional, p. 208. A grande notoriedade das obras de arte encontradas em Ifé e no Benim devem-se: À técnica de cera perdida, utilizada apenas nessa parte do continente. À herança greco-romana dos artistas iorubás. Todas as alternativas anteriores Aos materiais utilizados na construção dessas obras de arte, inexistentes no restante do continente africano. Ao sentido atribuído a essas obras que, estavam mito preocupadas em fazer um retrato fidedigno da figura representada. 47. "Tida como o centro espiritual dos iorubás, Ifé talvez tenha, durante muito tempo, recebido tributo e homenagem de vários outros estados cujas dinastias reclamavam a descendência de Odudua e mantinham possivelmente certa forma de vassalagem em relação ao 'Oni'". COSTA E SILVA, Alberto da. "A enxada e a lança". p. 482 Oni de Ifé era um representante de Odudua junto às cidades-estados dele descendentes. Além de seu poder religioso, assumia a responsabilidade de: I - escolher todos os líderes das cidades- estados tidas como "descendentes de Odudua". II - Receber tributos religiosos das cidades-estados. III - Controlar a agricultura e o comércio de Ifé. Apenas as afirmativas II, e III estão corretas Apenas a afirmativa III está correta Apenas a afirmativa I está correta Apenas a afirmativa II está correta Todas as afirmativas estão corretas 48. De acordo com o mito de origem, a cidade-estado de Ifé era sagrada para os povos iorubás porque: Aquela localização havia sido o local de nascimento do mais importante rei iorubá. Aquela localização demarcava uma área muito irrigada por diversos rios, o que facilitaria a vida humana, Aquela localização marcava a vitória dos iorubás sobre os povos circunvizinhos. Aquela localização demarcava o local inicial da islamização dos iorubás. Aquela localização havia sido escolhida por Ododua para o início do mundo. 49. Um dos aspectos que pode ser destacado como ponto de articulação entre Benin e Ifé é: A economia de Ifé era dependente das atividades agrícolas de Benin Benin fez parte do território de Ifé. A economia de Benin era dependente das atividades comerciais de Ifé. A unidade política do Benin consolidou-se sob o governo de um Obá legitimado pelo Oni de Ifé. O Poder político e militar era o mesmo nas duas cidades-estados 50. Segundo Luca Caregnato, "O rei tinha uma função de destaque social no reino [...]". A respeito do manicongo, pode-se afirmar que: Seu poder foi conquistado através de campanhas militares Representava o poder divino dos deuses tradicionais africanos, sem ter nenhuma ingerência nos assuntos políticos do reino. Seu poder era restrito à riqueza e ao prestígio junto à sociedade Detinha um poder apenas simbólico, uma vez que o poder político era exercido pelas lideranças regionais. Exercia forte poder político e religioso sobre o Reino. 51. "Acreditava-se que apenas os chefes das "Candas" e o "Manicongo" detinha o poder sobrenatural conhecido como "cariapemba". Para não correr o risco de perder o trono, o Manicongo": Permitia a liberdade religiosa entre as diferentes Candas de modo a manter o controle mediante a cobrança de impostos. Concentrava os recursos dos impostos em suas mãos para criar relação de dependência das Candas em relação seu poder central. Manipulava a cariapemba a seu favor no sentido de perpetuar seu poder por vias religiosas. Mantinha uma esposa em cada uma das Candas garantindo vínculos pessoais e às vezes familiares com seus chefes Mantinha as doze tradicionais Candas sob seu poderio militar 52. Sobre a aristocracia do Reino do Congo, é possível destacar: I- Habitava nas "Lubatas",tradicionais comunidades de aldeia. II- Era detentora de tudo o que produzia. III- Era grande proprietária de escravos. As afirmativas I, II e III estão incorretas Apenas as afirmativas I e III estão corretas Apenas as afirmativas I e II estão corretas Apenas as afirmativas II e III estão corretas As afirmativas I, II e III estão corretas 53. É possível afirmar que a organização social do Congo teve como principais características: I- Os povos de origem "bantu" entre suas primeiras populações. II- A poligamia como prática social e estruturadora das famílias. III- As famílias extensas e de linhagens como base da organização social do Reino. Todas as afirmativas estão equivocadas. Todas as afirmativas estão corretas Apenas a afirmativa I está correta Apenas a afirmativa III está correta Apenas a afirmativa II está correta 54. Assinale a alternativa correta. Na costa do Atlântico, um grande reino se tornaria uma das sociedades mais conhecidas da África, sobretudo depois da conversão de sua realeza ao cristianismo a partir dos últimos anos do século XV. A afirmação anterior se refere ao: Reino de Angola Reino do Mali Reino de Gana Reino do Congo Reino da Núbia Explicação: A conversão do Rei do Congo é um dos episódios mais relevantes da história africana do século XV 55. Assinale a alternativa correta dentre as possíveis razões para a decadência do Reino do Congo à partir do século XVII, podemos citar: A guerra entre os congoleses e os zulus, estimulada pelos europeus interessados nas jazidas de ouro do Transvaal. A conversão do manicongo ao cristianismo, ainda no século XV, e a criação do comércio de africanos escravizados para as Américas O esgotamento das reservas de nzimbo: as conchas do litoral atlântico utilizadas como moedas no reino do congo. A conversão do Rei do Congo ao islamismo e sua submissão ao Sultão do Mali. A disputa pelo poder político entre o manicongo e os feiticeiros, que além dos poderes sobrenaturais também eram ferreiros. 56. Podemos caracterizar as "Lubatas" como: Áreas rurais habitadas principalmente por camponeses e artesãos cuja produção devia ser entregue aos governadores de província. Áreas urbanas voltadas para o comércio de subsistência de produtos agrícolas e artesanais Comunidades de aldeia com maior poder político e econômico voltadas para o comércio. Cidades onde se concentravam as atividades comerciais para os povoados vizinhos, base da economia do Reino. Regiões mineradoras controladas pelo Manicongo que cobrava impostos pela sua exploração 57. Sobre a decadência dos Xonas, no Zimbábue, no século XV, podemos elencar entre os motivos: I. O crescimento descontrolado da população. II. A seca de alguns rios próximos. III. O aparecimento da mosca tsé tsé. Nenhuma das afirmativas estão corretas. Apenas as afirmativas I e III estão corretas. Apenas as afirmativas II e III estão corretas. Apenas as afirmativas I e II estão corretas. As afirmativas I, II e III estão corretas. 58. " Os barcos iam e voltavam de acordo com as monções: de dezembro a fins de fevereiro, no inverno, elas sopravam em direção norte-nordeste; e de abril a setembro, deslocam-se no rumo inverso, partindo do sul-sudoeste. Mais para baixo, as viagens ao Extremo Oriente e a África eram ajudadas pela corrente sul-equatorial, que percorre uma grande elipse no centro do Índico." COSTA e SILVA, A. A Enxada e a Lança, p. 307. Sobre a economia desenvolvida pelas cidades do litoral Índico até meados do século XVI, é correto afirmar que: Embora estrategicamente localizadas, a principal atividade econômica dessas cidades era a agricultura de subsistência. Tais cidades eram verdadeiros entrepostos na venda de africanos escravizados para o mundo Asiático. Tais cidades eram a porta de entrada do Império Monomotapa para o comércio feito com o Oceano Índico. Tais cidades eram verdadeiros entrepostos comerciais do comércio realizado no Oceano Índico. Tais cidades eram dependentes do comércio feito entre o lado ocidental do continente a outras regiões banhadas pelo Oceano Índico. 59. " No interior da Rodéia atual, na savana escalvada da Maxonalândia, semeada de afloramentos de granito peneplanados, perto de Forte Vitória, levanta-se um conjunto de ruínas monumentais: é o grande Zimbábue. Como efeito, a palavra Zimbabwe significa " a grande casa de pedra" (...) e a região pulula de ruínas deste gênero." KI-ZERBO. História da África Negra, p. 239. Sobre os Zimbábues é correto afirmar que: Os Zimbábues eram os palácios dos imperadores xonas. Os Zimbábues serviam para separar a área rural e a área urbana do Império Monomotapa Até hoje não há indícios que comprovem o real sentido dos zimbábues. Os Zimbábues eram templos religiosos, utilizados para os sacrifícios cometidos pelos xonas. Os Zimbábues serviam para separar e proteger as aldeias xonas. 60. A base econômica do Império Monomotapa era: Agricultura e criação de gado. Comércio Mineração Todas as respostas estão corretas. Cobrança de tributos 61. Sobre as cidades do Índico, é possível afirmar: Eram cidades que desenvolviam diferentes atividades econômicas e lugar de trocas culturais. Tinha população muito fiel às tradições locais, não recebendo bem as contribuições culturais dos forasteiros. Por serem litorâneas, viviam exclusivamente das atividades ligadas ao mar, como a pesca e a navegação. Viviam exclusivamente da agricultura e da pecuária. Eram lugares onde imperava o desenvolvimento do comércio, especialmente o marítimo, sem espaço para as demais atividades econômicas. 62. Sobre o impacto da descoberta do ouro no Grande Zimbábue, é possível afirmar: Ampliou as relações comerciais entre a África e a Europa. Contribuiu para a decadência do Grande Zimbábue. Foi responsável pela diminuição do território Xona. Intensificou as atividades rurais ligada à agricultura e à criação de animais. Incrementou o comércio com a Costa Oriental Africana. 63. Sobre o Império Monomotapa, podemos afirmar: O rei monomotapa aparecia em público com roupas de seda bordadas a ouro, além de inúmeros braceletes e colares. O controle das minas auríferas ficava nas mãos do Conselho que assessorava o monomotapa. A corte monomotapa fixava sua morada na capital do Império. A figura central do Império era o rei que acumulava poderes políticos e divinos. A sociedade era formada por diferentes cidades cujos habitantes viviam exclusivamente do comércio. 64. Assinale a alternativa correta A Partir do século XV, navegadores europeus começaram a explorar as costas da África Ocidental. O pioneirismo dessas explorações coube aos: Portugueses, que conquistaram Ceuta em 1415. Ingleses, que estabeleceram feitorias nas costas de Serra Leoa em 1433. Espanhóis, que ocuparam as Ilhas Canárias e Cabo Verde em 1419. Franceses, que estabeleceram entrepostos comerciais no Senegal em 1406. Genoveses, que construíram fortalezas nas costas da Eritréia, em 1405. 65. (...) O assunto sobre os intercâmbios é vasto e complexo, e sugere inúmeros temas de pesquisa. Por outro lado, sua importância (...) prende-se ao fato de que ele ajuda a concretizar não só a ideia de unidade histórica como o dinamismo cultural do continente africano, apresentando intercâmbios entre diversas organizações políticas de complexidade e extensão variáveis (...), afastam a ideia de um continente cindido em duas partes incomunicáveis, aomesmo tempo em que superam a ideia da homogeneização da África subsaariana (...). Apontam, também, a articulação entre colonialismo e racismo, aliás, par dicotômico constante na história da humanidade. Nota: cindido = separado, dividido. Segundo a autora, o estudo sobre os intercâmbios na África subsaariana, embora seja vasto e complexo, deixa à mostra as raízes: da ideia de que, antes da chegada dos portugueses, existia na África povos que viviam em ¿tribos¿ ou ¿etnias¿ em estágio Cultural civilizado. das justificativas para a arbitrariedade e opressão presentes nas relações estabelecidas entre ocidentais e africanos desde o século XV. do movimento político-ideológico do pan-africanismo, cujos desdobramentos fazem-se ainda presentes em todos países do continente africano. da existência de uma África branca com características mais próximas das ocidentais e uma África negra, separadas pelo deserto do Saara. dos diferentes tipos de escravidão desenvolvidos no continente africano a partir do empobrecimento das classes de mercadores no século XIV. 66. Em meados do século XVIII a região do Golfo da Guiné, na África Ocidental, estava sendo sacudida pelo intenso movimento expansionista do Reino do Daomé. As cidades costeiras, como Uidá, e do interior, como Abeokuta, caíam uma após a outra nas mãos dos governantes daomeanos. Motivados pelo aumento do comércio negreiro com o Atlântico e pelo enfraquecimento de outros reinos da região, como Oyo, a expansão militar-comercial do Daomé mudaria a configuração étnica do tráfico e, de certa forma, permitiria, conjugada a outros elementos, a redefinição dos critérios identitários de alguns grupos da própria região. De acordo com parte da historiografia especializada1 na história da região seria neste momento que apareceriam os primeiros indícios da construção de uma identidade em comum entre os iorubás. É evidente que muitas das características comuns às populações da área florestal do Golfo da Guiné, que se estende da margem leste do rio Ogum até a margem oeste do rio Níger, como as práticas materiais ligadas à agricultura e ao comércio, às formas de organização política, social e linguística, à legitimação de dinastias, às tradições históricas ou cosmológicas, eram compartilhadas há muito tempo por vários grupos ou reinos da área. Porém, o ato de se reconhecer e serem reconhecidos como iorubás, passou a ser uma ação percebida somente a partir do final do século XVIII. Ao longo do século XIX, a presença britânica - comercial, missionária e política - na região acabou por potencializar tal referência. Para outros historiadores (Matory, 1994a e Verger, 1997a e b) a relação com as sociedades islamizadas da região das savanas como os haússas ou as de Kanem-Bornu, poderia também ter reforçado tal diferenciação identitária. Podemos afirmar que: As identidades africanas foram transformadas pela presença dos árabes, em que grupos diversos buscavam em sua tradição ancestral formas de resistir a senhores aliados aos califas do norte e seu sistema escravista. As identidades africanas ficaram inalteradas pela presença dos europeus, em que grupos diversos e espalhados em suas tribos eram pouco impactados pela presença europeia. As identidades africanas foram pouco afetadas pela presença dos europeus, em que grupos diversos buscavam em sua tradição ancestral formas de resistir a senhores aliados a europeus e aos mercadores da costa. As identidades africanas foram transformadas pela presença dos europeus, em que grupos diversos buscavam em sua tradição ancestral formas de se integrar aos novos colonizadores, buscando melhores posições sociais. As identidades africanas foram transformadas pela presença dos europeus, em que grupos diversos buscavam em sua tradição ancestral formas de resistir a senhores aliados a europeus e aos mercadores da costa. 67. "Na África, antes da chegada dos Europeus], o escravo já existia como elemento de troca. Mas o escravo doméstico africano não tinha nada a ver com o que o que era exportado para o Atlântico. Nas aldeias africanas não se vendiam os próprios cidadãos, membros da comunidade. No Congo, por exemplo, até o século XVII, todos os escravos que saíam eram de outras regiões. Existia, portanto, um processo de escravidão doméstica, em que na segunda, terceira geração, o escravo era assimilado à família. Quando veio o mercado mundial e a demanda negreira, o processo se degradou de tal forma que se vendiam até os próprios filhos.". A leitura do texto permite compreender que: A escravidão nunca foi um fator socioeconômico preponderante nas sociedades africanas, que praticamente não utilizavam esse sistema de trabalho. com a chegada dos europeus ao continente africano, a demanda por escravos decresceu devido aos argumentos religiosos utilizados pelos invasores contra a escravidão. a escravidão sempre era feita dentro das próprias sociedades, com pessoas escravizando membros da própria família como forma de enriquecimento. a prática da escravidão foi iniciada somente com a chegada dos europeus no continente africano, que utilizavam os africanos como mão-de-obra barata. embora a escravidão já existisse, a chegada dos europeus fez com que aumentasse o número de escravos na África, principalmente com a expansão do tráfico negreiro para as colônias europeias na América. 68. "Em certo sentido, a especificidade da África Atlântica decorre de seu contato tardio com os europeus. Tal regionalização originou-se da expansão ultramarina europeia, em áreas compreendidas entre a Alta Guiné - ou mais precisamente, Senegâmbia - e Angola.". No que se refere à expansão marítima e comercial portuguesa na África podemos afirmar, COM EXCEÇÃO DE: a exploração do tráfico negreiro no litoral africano pelos portugueses foi viabilizada graças ao envolvimento de chefes tribais que forneciam os cativos em troca de mercadorias. as bulas papais dum diversas (1452), Romanus Pontifex (1455), Inter caetera (1456) apoiaram a exploração marítima portuguesa no litoral africano e conferiram legitimidade religiosa ao domínio dos povos que viviam fora da cristandade; a expansão da cultura da cana-de-açúcar, sob regime de plantation no interior das terras africanas, tornou possível o financiamento das expedições marítimas em direção às Índias; apesar da busca do ouro não ser a única razão para a expansão portuguesa em África, os portugueses obtiveram vantagens comerciais ao desviar o comércio transaariano de ouro através das feitorias de Arguim e da região da Senegâmbia; as frequentes viagens das caravelas pelo litoral e a construção das feitorias viabilizaram o comércio de escravos em costas africanas, o que tornou esta atividade uma fonte de financiamento da expansão lusa em direção ao sul do continente; 69. Sobre a chegada dos portugueses ao continente africano, é correto afirmar: Foi motivada, principalmente, pelo interesse no comércio de cativos para as Américas. Não teve nenhum impedimento, por parte dos africanos, para o acesso às minas de ouro e outras riquezas cobiçadas. Foi pacífica, com o estabelecimento de relações comerciais e através da conversão religiosa de líderes africanos. Foi marcada pela imediata submissão dos povos africanos que viviam na costa do continente. Acabou por intensificar e ampliar o comércio de escravos já existente no continente africano. 70. Com relação à escravidão africana e às transformações ocorridas a partir do século XVI, é correto afirmar que: Todas as alternativas acima estão corretas. a escravidão africana se insere numa reorganização do modo de produção e, por isso passa a ser pautada pela demanda dasáreas de produção de gêneros tropicais. a escravidão africana coexistiu no mesmo grau observado na chamada escravidão moderna ou contemporânea. Nenhuma das alternativas acima está correta. A demanda do continente europeu por escravos africanos gerou o maior impacto proporcional, quando comparado com o impacto gerado por outros continentes. 71. "Nada mais temos a dizer da Ásia e Europa. Passemos então à África. Quase só podemos falar de suas costas, porque o interior nos é desconhecido. As costas da Barbária, onde está implantada a religião maometana, já não são povoadas quanto no tempo dos romanos, pelas razões que acima te expus. Quanto às da Guiné, devem ter sido terrivelmente dizimadas nestes duzentos anos em que seus régulos ou chefes de aldeia têm vendido seus súditos aos príncipes da Europa para que os transportem a suas colônias da América. O curioso é que essa mesma América, que todos os anos recebe novos habitantes, também está deserta ao retirar proveito algum da contínua sangria da África. Os escravos, deportados para um clima distinto do seu, morrem aos milhares. Os trabalhos nas minas, onde estão constantemente ocupados tanto os nativos da América quanto os estrangeiros, as exalações malignas que dali saem, o azougue que continuamente se utiliza, tudo isso os extermina de maneira implacável. Nada pode ser tão extravagante quanto impor a morte a um número incontável de homens a fim, de retirar ouro e prata das entranhas da terra: dos metais absolutamente inúteis e que, se constituem riqueza, é apenas porque foram escolhidos para representá-la.". Montesquieu, importante pensador iluminista, em sua obra "As Cartas Persas", publicada em 1721, faz uma contundente crítica das práticas escravistas nas colônias europeias na América. Com base no documento, assinale a opção que melhor traduz o contexto histórico descrito pelo autor: o colapso do tráfico negreiro no Atlântico implicou em um avanço das redes mercantis negreiras no Mar Mediterrâneo, abastecidas por traficantes árabes que monopolizavam o comércio na região; iniciou-se a utilização da mão-de-obra indígena na América à medida que ocorre um decréscimo demográfico na África após um longo período de escravidão no continente; houve uma crise do sistema colonial europeu, uma vez que o tráfico negreiro declinou no século XVIII em razão da acentuada queda demográfica no continente africano. a colonização europeia na América se encontrava em colapso à medida que se aprofundava a exploração de ouro e prata no continente latino-americano; a escravidão negra foi um dos pilares da colonização europeia na América, sendo viabilizada pela ação de mercadores europeus, associados aos reinos africanos comprometidos com o tráfico negreiro; 72. "Quando alguém mencionava, no Brasil dos séculos XVIII e XIX, um africano, o mais provável é que estivesse a falar de um escravo, pois nessa condição amargava a maioria dos homens e mulheres que, vindos da África, aqui viviam. Mas podia também referir-se a um liberto, ou seja, a um ex-escravo. Ou a um emancipado, isto é, um negro retirado de um navio surpreendido no tráfico clandestino. Ou, o que era mais raro, a um homem livre que jamais sofrera o cativeiro. Escravos, libertos, emancipados ou livres, poucos estranhariam as paisagens brasileiras, porque muitas vezes semelhantes às que tinham deixado na África e que se haviam tornado ainda mais parecidas, graças à circulação entre o Índico e o Atlântico de numerosas espécies vegetais, como a mandioca, o milho, o inhame, o quiabo, o coco, a manga, o ananás, o tamarindo, o tabaco, a maconha, o caju e a jaca. Por isso, vir da África para o Brasil era como atravessar um largo rio.". O autor do texto acima, o embaixador e historiador Alberto da Costa e Silva, é um dos principais estudiosos, em nosso país, da história e das culturas do continente africano. Assinale a alternativa que apresenta uma interpretação correta sobre o trecho acima destacado: De acordo com o autor, era possível um africano livre em terras brasileiras, sem jamais ter sofrido o cativeiro. Contudo, esta era uma condição rara, que ocorria somente em áreas coloniais portuguesas onde existiam plantations, extensas áreas de monocultura cuja finalidade era a produção de gêneros tropicais para a exportação; Segundo Costa e Silva, as intensas trocas culturais entre Brasil e África, forjadas no bojo do tráfico negreiro e do comércio colonial português, alteraram as respectivas paisagens daquelas duas regiões: hábitos, tradições, alimentos e vegetais influenciaram um e outro lugar, tornando os semelhantes. No caso específico dos alimentos e vegetais, essa troca possibilitou a criação de um tipo de agricultura familiar, em pequenas propriedades, que produziam víveres para o mercado interno da América Portuguesa. a afirmação de Alberto da Costa e Silva, ¿vir da África para o Brasil era como atravessar um largo rio¿, pode ser compreendida como uma metáfora sobre as intensas relações culturais entre o Brasil e a costa atlântica africana, vínculos estes que se dissiparam com o fim do tráfico negreiro intercontinental, determinado pela Lei Eusébio de Queirós, aprovada pelo Parlamento brasileiro em 1850; o autor apresenta as possibilidades de ¿ser africano¿ na América Portuguesa. Entre elas, a condição de liberto era a mais comum, tendo em vista que a riqueza gerada pela mineração, ao longo do século XVIII, proporcionou aos africanos escravizados maiores chances de adquirirem a alforria; Os emancipados eram os africanos que, escravizados na África, eram libertados durante a travessia do oceano Atlântico por militares ingleses da Royal Navy ¿ a Marinha Real Inglesa ¿ que, respaldados pelo Slave Trade Suppression ou Aberdeen Act, apreendiam os negreiros, navios que transportavam cativos do continente africano para o Brasil; 73. Vossas Altezas devem ficar satisfeitas, pois em breve terão feito deles cristãos e lhes terão instruído nos bons costumes de seu reino. (Cristóvão Colombo, 1492.) Porém o melhor fruto, que dela [da terra] se pode tirar, me parece que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza nela deve lançar. (Pero Vaz de Caminha, 1500.) Levar a luz e a civilização aos lugares escuros do mundo. (Um inglês referindo-se à África, 1897.) Analisando-se os textos, é correto afirmar que: enquanto no século XVI a catequese justificava a colonização da América, no XIX, os europeus usavam a missão civilizadora, levando o ¿progresso¿, mas não integrando os povos dominados. a expansão colonial europeia na América, África e Ásia, respectivamente nos séculos XVI e XIX, apoiava-se em teorias racistas, corroborando o evolucionismo e a inferioridade do outro. a ideia de que os europeus tinham o dever de civilizar os povos africanos e asiáticos implicou o abandono da postura eurocêntrica anteriormente adotada na conquista e colonização da América. o ¿fardo do homem branco¿ serviu para legitimar a partilha da África na Conferência de Berlim, como já servira na colonização da América no século XVI, desprezando-se os povos autóctones em ambos os casos. o traço fundamental do colonialismo do século XIX assemelhava-se ao ideal de evangelização cristã presente no século XVI: africanos e indígenas deveriam ser catequizados. 74. "Nós conquistamos a África pelas armas, temos direito de nos glorificarmos, pois após ter destruído a pirataria no Mediterrâneo, cuja existência no século XIX é uma vergonha para a Europa inteira, agora temos outra missão não menos meritória, de fazer penetrar a civilização num continente que ficou para trás.". A partir da citação acima e de seus conhecimentosacerca do tema, examine as afirmativas abaixo. I. A ideia de levar a civilização aos povos considerados bárbaros estava presente no discurso dos que defendiam a política imperialista. II. Aquela não era a primeira vez que o continente africano era alvo dos interesses europeus. III. Uma das preocupações dos países, como a França, que participavam da expansão imperialista, era justificar a ocupação dos territórios apresentando os melhoramentos materiais que beneficiariam as populações nativas. IV. Para os editores da Revue Scientifique (Revista Científica), civilizar consistia em retirar o continente africano da condição de atraso em relação à Europa. Somente as afirmativas II e IV estão corretas. Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. Somente as afirmativas I e III estão corretas. Todas as afirmativas estão corretas. Somente a afirmativa IV está correta. 75. Sobre o tráfico de escravos é correto afirmar: Era praticado entre portugueses e muçulmanos apenas, ampliando-se posteriormente para o Atlântico, Mediterrâneo e Índico. Embora não fosse muito lucrativo, foi uma forma de compensar a falta de acesso dos europeus às minas de ouro e às riquezas naturais do continente. Envolvia uma rede de agentes, entre os quais, mercadores e membros das elites africanas que muito lucravam com o comércio de cativos. Foi iniciado pelos europeus após chegada ao continente africano, no século XV. Tinha, entre as suas condições, a guerra santa, ou seja, o africano que resistisse à conversão ao catolicismo, tornava-se escravo e era comercializado.
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