Buscar

livro mpu

Prévia do material em texto

35
CAPíTuLo
 QUESTÕES COMENTADAS
1. (MPE-SP – PROMOTOR DE JUSTIÇA – SP/2010)
Diferencie interesses ou direitos difusos dos coletivos.
os interesses ou direitos difusos e coletivos (no sentido estrito) são espécies de 
direitos transindividuais. Ambos são de natureza indivisível.
Todavia, enquanto os direitos difusos são titularizados por pessoas indeterminadas 
(ou indetermináveis), os direitos coletivos pertencem a um grupo, a uma classe ou a 
uma categoria de pessoas. Portanto, a primeira grande diferença é a titularidade.
outra diferença está no fato de que não existe relação jurídica base unindo os titu-
lares dos direitos difusos (estão ligados, apenas, por circunstâncias de fato) ao contrá-
rio do que ocorre com os direitos coletivos, cujos titulares apresentam algum grau de 
associação, entre si ou com uma mesma parte contrária, por uma relação jurídica base.
Direitos difusos genuínos são, por exemplo, o direito ao meio ambiente ecologi-
camente equilibrado e o direito à ampla informação do consumidor. o direito à infor-
mação é difuso, por dizer respeito a uma massa de consumidores que não pode ser 
determinada.
o direito à reserva de vagas para deficientes físicos em concurso público é coleti-
vo, assim como a pretensão de invalidar cláusula contratual que impõe o pagamento 
da taxa de conservação aos adquirentes de parcelas em loteamentos é de natureza 
coletiva, uma vez que beneficia todos os adquirentes, de forma indivisível.
Atenção!
Duas características chamam muito a atenção quando se pensa em direitos coleti-
vos no sentido estrito: o fato de que são direitos que pertencem a um grupo determi-
nável de pessoas e a existência de um vínculo associativo entre eles.
Eles também são transindividuais e indivisíveis.
Com relação aos direitos difusos, fique atento, sempre, às seguintes características:
a) são transindividuais;
b) são indivisíveis;
c) são titularizados por um número indeterminável de pessoas;
d) não há, entre os titulares, um vínculo associativo.
36
ANTÔNIO AUGUSTO JR.
os direitos difusos e coletivos, em função da característica da indivisibilidade, são 
considerados genuinamente coletivos. A indivisibilidade que se fala é a objetiva, isto é, 
não é possível decompor o direito de forma a atender, de maneira específica, cada um 
dos titulares.
os direitos individuais homogêneos é que não são genuinamente coletivos. Na 
verdade, são direitos individuais e divisíveis, isto é, passíveis de fracionamento.
os direitos coletivos diferem dos individuais homogêneos em função de os pri-
meiros apresentarem as características da indivisibilidade e do vínculo associativo, ca-
racterísticas que não estão presentes nos últimos.
 ◉ DOUTRINA TEMÁTICA
a) Kazuo Watanabe: “A tutela coletiva abrange dois tipos de interesses ou direitos de 
natureza coletiva: a) os essencialmente coletivos, que são os ‘difusos’, definidos no inc. i 
do parágrafo único do art. 81, e os ‘coletivos’ propriamente ditos, conceituados no inc. 
ii do parágrafo único do art. 81; b) os de natureza coletiva apenas na forma em que 
são tutelados, que são os ‘individuais homogêneos’, definidos no inciso iii do parágrafo 
único do art. 81. o legislador preferiu defini-los para evitar que dúvidas e discussões 
doutrinárias, que ainda persistem a respeito dessas categorias jurídicas, possam impedir 
ou retardar a efetiva tutela dos interesses ou direitos dos consumidores e das vítimas 
sou seus sucessores” (Código brasileiro de defesa do consumidor, São Paulo: Forense 
universitária, 1993, p. 503).
b) Kazuo Watanabe: “Na conceituação dos interesses ‘difusos’, optou-se pelo critério 
da indeterminação dos titulares e da inexistência entre eles de relação jurídica base, no 
aspecto subjetivo, e pela indivisibilidade do bem jurídico, no aspecto objetivo” (Código 
brasileiro de defesa do consumidor, São Paulo: Forense universitária, 1993, p. 504-505).
c) Consuelo Yatsuda moromizato Yoshida: “o direito positivo elegeu basicamente dois 
critérios para caracterizar e diferenciar as três modalidades de direitos e interesses meta 
ou transindividuais: 1) um critério objetivo, relativo à indivisibilidade ou divisibilidade 
do objeto (bem jurídico); e 2) um critério subjetivo, referente à indeterminabilidade ou 
determinabilidade dos titulares, que estão ligados por ‘circunstâncias de fato’, por uma 
‘relação jurídica-base’ ou pela ‘origem comum’: são os elementos comuns que justificam 
e possibilitam a tutela jurisdicional coletiva” (“Direitos e interesses individuais homogê-
neos: a “origem comum” e a complexidade da causa de pedir. implicações na legitimi-
dade ad causam ativa e no interesse de agir do ministério Público”, in Revista da Facul-
dade de Direito da PUC / SP, São Paulo: método, 1º semestre de 2001, p. 92).
 ◉ JURISPRUDÊNCIA TEMÁTICA
a) 2ª Turma do STJ (rEsp nº 1.192.281-SP, rEL. miN. mAuro CAmPBELL mArQuES):
“ProCESSuAL CiViL. ADmiNiSTrATiVo. AÇÃo CiViL PÚBLiCA. LEGiTimiDADE ATiVA Do 
miNiSTÉrio PÚBLiCo. imPuGNAÇÃo DE CLáuSuLA CoNTrATuAL QuE imPÕE o PA-
GAmENTo DA TAXA DE CoNSErVAÇÃo AoS ADQuirENTES DE PArCELAS Em LoTE-
AmENToS. CoNFiGurAÇÃo. 1. No presente caso, pelo objeto litigioso deduzido pelo 
ministério Público (causa de pedir e pedido), o que se tem é o pedido de tutela contra 
exigência dirigida globalmente a todos os adquirentes de parcelas de um loteamento: 
a declaração da nulidade de cláusula contratual que impõe o pagamento da taxa de 
37
CAPíTuLo
conservação aos adquirentes de parcelas nos loteamentos Terras de Santa Cristina – 
Glebas II e III, implantados na forma da Lei nº 6.766⁄79 e situados na cidade de Itaí, no 
Estado de São Paulo, bem como a condenação da ora recorrida à não inserção da refe-
rida cláusula nos contratos futuros. Não se buscou reparação da repercussão dessa exi-
gência na esfera jurídica particular de cada um dos adquirentes (devolução da cobrança 
indevidamente cobradas), hipótese em que haveria tutela de interesses individuais ho-
mogêneos. 2. Atua o ministério Público, no caso concreto, em defesa do direito indivi-
sível de um grupo de pessoas determináveis, ligadas por uma relação jurídica base com 
a parte contrária, circunstâncias caracterizadoras do interesse coletivo a que se refere 
o art. 81, parágrafo único, II, da Lei nº 8.078⁄90. E o art. 129, inc. III, CR⁄88 é expresso 
ao conferir ao Parquet a função institucional de promoção da ação civil pública para a 
proteção dos interesses difusos e coletivos. 3. É patente, pois, a legitimidade ministerial 
em razão da proteção contra eventual lesão ao interesse coletivo dos adquirentes de 
parcelas de loteamento. 4. recurso especial provido”.
b) informativo nº 0547
Período: 8 de outubro de 2014.
Quarta Turma
DirEiTo ProCESSuAL CiViL E Do CoNSumiDor. TuTELA DE iNTErESSES iNDiViDuAiS 
HomoGÊNEoS, CoLETiVoS E DiFuSoS Por umA mESmA AÇÃo CoLETiVA. Em uma 
mesma ação coletiva, podem ser discutidos os interesses dos consumidores que pos-
sam ter tido tratamento de saúde embaraçado com base em determinada cláusula de 
contrato de plano de saúde, a ilegalidade em abstrato dessa cláusula e a necessidade 
de sua alteração em consideração a futuros consumidores do plano de saúde. o CDC 
expõe as diversas categorias de direitos tuteláveis pela via coletiva. Com efeito, as tute-
las pleiteadas em ações civis públicas não são necessariamente puras e estanques – ou 
seja, não é preciso que se peça, de cada vez, uma tutela referente a direito individual 
homogêneo, em outra ação, uma tutela de direitos coletivos em sentido estrito e, em 
outra, uma tutela de direitos difusos, notadamente em ação manejada pelo ministério 
Público, que detém legitimidade ampla no processo coletivo. Sendo verdadeiro que um 
determinado direito não pertence, a um só tempo, a mais de uma categoria, isso não 
implica afirmar que, no mesmo cenário fático ou jurídico conflituoso, violações simultâ-neas de direitos de mais de uma espécie não possam ocorrer. Nesse sentido, tanto em 
relação aos direitos individuais homogêneos quanto aos coletivos, há – ou, no mínimo, 
pode haver – uma relação jurídica comum subjacente. Nos direitos coletivos, todavia, a 
violação do direito do grupo decorre diretamente dessa relação jurídica base, ao passo 
que nos individuais homogêneos a relação jurídica comum é somente o cenário remoto 
da violação a direitos, a qual resulta de uma situação fática apenas conexa com a rela-
ção jurídica base antes estabelecida. Assim, eventual negativa indevida do plano de saú-
de pode gerar danos individuais, concretamente identificáveis em posterior liquidação. 
mas essa recusa é antecedida por uma relação jurídica comum a todos os contratantes, 
que podem ou não vir a sofrer danos pela prática abusiva. A mencionada relação jurí-
dica base consiste exatamente no contrato de prestação de serviços de saúde firmado 
entre uma coletividade de consumidores e a administradora do plano, razão pela qual 
se pode vislumbrar o direito coletivo, e não exclusivamente um direito individual ho-
mogêneo. Vale dizer, portanto, que há uma obrigação nova de indenizar eventuais da-
nos individuais resultantes da recusa indevida em custear tratamentos médicos (direitos 
individuais homogêneos), mas também há outra, de abstrata ilegalidade da cláusula 
contratual padrão, e que atinge o grupo de contratantes de forma idêntica e, portanto, 
38
ANTÔNIO AUGUSTO JR.
indivisível (direitos coletivos em sentido estrito). Por outra ótica, eventual ajuste da cláu-
sula ilegal refere-se a interesses de uma coletividade de pessoas indeterminadas e inde-
termináveis, traço apto a identificar a pretensão como uma tutela de interesses difusos. 
rEsp 1.293.606-mG, rel. min. Luis Felipe Salomão, julgado em 2/9/2014.
c) informativo nº 0546
Período: 24 de setembro de 2014.
Terceira Turma
DirEiTo Do CoNSumiDor E ProCESSuAL CiViL. rESTiTuiÇÃo DE TEB Em SEDE DE 
AÇÃo CiViL PÚBLiCA AJuiZADA Por ASSoCiAÇÃo CiViL DE DEFESA Do CoNSumi-
Dor. Em sede de ação civil pública ajuizada por associação civil de defesa do consu-
midor, instituição financeira pode ser condenada a restituir os valores indevidamente 
cobrados a título de Taxa de Emissão de Boleto Bancário (TEB) dos usuários de seus 
serviços. Com efeito, os interesses individuais homogêneos não deixam de ser também 
interesses coletivos. Porém, em se tratando de direitos coletivos em sentido estrito, de 
natureza indivisível, estabelece-se uma diferença essencial diante dos direitos individu-
ais homogêneos, que se caracterizam pela sua divisibilidade. Nesse passo, embora os 
direitos individuais homogêneos se originem de uma mesma circunstância de fato, esta 
compõe somente a causa de pedir da ação civil pública, já que o pedido em si consiste 
na reparação do dano (divisível) individualmente sofrido por cada prejudicado. Na hi-
pótese em foco, o mero reconhecimento da ilegalidade da TEB caracteriza um interesse 
coletivo em sentido estrito, mas a pretensão de restituição dos valores indevidamente 
cobrados a esse título evidencia um interesse individual homogêneo, perfeitamente tu-
telável pela via da ação civil pública. Assentir de modo contrário seria esvaziar quase 
que por completo a essência das ações coletivas para a tutela de direitos individuais 
homogêneos, inspiradas nas class actions do direito anglo-saxão e idealizadas como 
instrumento de facilitação do acesso à justiça, de economia judicial e processual, de 
equilíbrio das partes no processo e, sobretudo, de cumprimento e efetividade do direito 
material, atentando, de uma só vez, contra dispositivos de diversas normas em que há 
previsão de tutela coletiva de direitos, como as Leis 7.347/1985, 8.078/1990, 8.069/1990, 
8.884/1994, 10.257/2001, 10.741/2003, entre outras. rEsp 1.304.953-rS, rel. min. Nancy 
Andrighi, julgado em 26/8/2014.
 ◉ QUESTÕES DE CONCURSOS RELACIONADAS
01. (UFPR – Defensor Público – PR/2014) Assinale a alternativa correta.
a) os direitos difusos são transindividuais e seus titulares formam uma categoria ligada por 
uma relação jurídica base.
b) A classificação tripartite estabelecida pelo CDC tem como critérios identificadores, no plano 
processual, o pedido e a causa de pedir.
c) os direitos coletivos stricto sensu são transindividuais e possuem como característica a in-
determinação absoluta de seus titulares.
d) Nos direitos individuais homogêneos, a lesão e a satisfação do dano são uniformes com 
relação a todos os possíveis titulares.
e) A legitimidade da Defensoria Pública encontra limitação apenas quanto à tutela dos direitos 
difusos.
  Resposta: “b”.
39
CAPíTuLo
02. (Vunesp – Defensor Público – MS/2014) A tutela dos direitos coletivos em sentido amplo 
poderá ser exercida quando se tratar de
a) direitos difusos, assim entendidos, os transindividuais de natureza indivisível, de que sejam 
titulares pessoas indeterminadas ou não, ligadas por circunstâncias de fato.
b) direitos coletivos em sentido estrito, assim entendi dos, os transindividuais, de natureza in-
divisível, de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a 
parte contrária por uma relação jurídica base.
c) direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum ou 
não, que afetem grande quantidade de pessoas.
d) direitos individuais heterogêneos, assim entendidos aqueles decorrentes de infração come-
tida pelo agente do ato, que afetem pessoas no âmbito nacional.
  Resposta: “b”.
03. (FCC – Defensor Público – AM/2013) São hipóteses de causas de interesses difusos, cole-
tivos e individuais homogêneos, respectivamente,
a) instituição de reserva legal em área particular, convenção coletiva que viola direito dos tra-
balhadores de uma empresa de montagem de veículos e recall de veículo do tipo A.
b) área de preservação permanente em bem público, área de preservação permanente em 
loteamento e área de preservação permanente em propriedade particular individual.
c) propaganda enganosa veiculada em jornal de pequena circulação, regularização de lotea-
mento clandestino e poluição sonora do bairro X.
d) poluição causada por indústria multinacional, poluição causada por indústria nacional e po-
luição causada por indústria municipal.
e) regularização de loteamento clandestino, poluição de córrego na cidade Y e cláusula abusi-
va em contrato de adesão de financiamento da instituição financeira Z.
  Resposta: “a”
04. (Cespe – Defensor Público – RR/2013) A respeito da teoria constitucional dos direitos 
difusos e coletivos e dos interesses público, privado, difusos, coletivos e individuais homo-
gêneos, assinale a opção correta.
a) Embora a legislação apresente diferenças entre os interesses difusos e os interesses indivi-
duais homogêneos, a doutrina aponta que, na prática, a distinção é inviável, em razão de 
ambas as espécies originarem-se de circunstâncias de fato comuns.
b) A CF prevê, como instrumentos para a tutela dos direitos coletivos latu sensu, apenas a ACP 
e a ação coletiva.
c) A distinção entre interesse público primário (o bem geral) e interesse público secundário (o 
modo pelo qual a administração vê o interesse público) é, atualmente, juridicamente irrele-
vante, pois, na sociedade moderna, qualquer interesse público coincide com o interesse da 
sociedade.
d) os interesses difusos não são mera subespécie de interesse público, pois, embora possa 
haver coincidência entre interesses de um grupo indeterminável de pessoas e interesses do 
Estado ou da coletividade, isso nem sempre acontece.
e) A única diferença entre interesse difuso e interesse coletivo em sentido estrito é a origem 
da lesão.
  Resposta: “d”
40
ANTÔNIO AUGUSTO JR.
05. (Defensor Público/AM – 2013 – FCC) São hipóteses de causas de interesses difusos, cole-
tivos e individuaishomogêneos, respectivamente,
a) instituição de reserva legal em área particular, convenção coletiva que viola direito dos tra-
balhadores de uma empresa de montagem de veículos e recall de veículo do tipo A.
b) área de preservação permanente em bem público, área de preservação permanente em 
loteamento e área de preservação permanente em propriedade particular individual.
c) propaganda enganosa veiculada em jornal de pequena circulação, regularização de lotea-
mento clandestino e poluição sonora do bairro X.
d) poluição causada por indústria multinacional, poluição causada por indústria nacional e po-
luição causada por indústria municipal.
e) regularização de loteamento clandestino, poluição de córrego na cidade Y e cláusula abusi-
va em contrato de adesão de financiamento da instituição financeira Z.
  Resposta “A”
2. (MPE-MS – PROMOTOR DE JUSTIÇA – MS/2008)
 Disserte sobre o atual microssistema brasileiro de tutela jurisdicional dos interes-
ses difusos, coletivos e individuais homogêneos.
o direito brasileiro, na era moderna, era regido por Códigos.
A codificação do direito foi baseada em vários princípios, especialmente o da ge-
neralidade, segundo o qual o Código deveria reger um aspecto bastante amplo da 
vida das pessoas (a vida civil ou penal, p. ex.) e o da completude, segundo o qual o 
Código seria um sistema fechado e apto a solucionar todos os problemas.
Também está por trás da ideia de codificação a crença de que a lei seria a fonte 
formal do direito, principal ou única.
Todavia, os Códigos, pela generalidade de suas normas, foram perdendo espaço 
na regulação da vida das pessoas, sobretudo pela edição de inúmeras leis especiais.
Por isso, os Códigos, de normas gerais, acabaram se transformando em normas 
subsidiárias, só aplicáveis quando inexiste uma lei específica ou, então, para comple-
mentar alguma lacuna da lei especial.
Percebe-se, também, que nos Códigos há predominância de um tipo de regra-
mento (civil, penal ou administrativo), enquanto que as leis especiais são híbridas, 
apresentando dispositivos civis, penais, administrativos...
Assim, o direito assistiu ao nascimento de inúmeros microssistemas normativos, 
materiais e processuais, que foram editados para reger determinado setor da vida das 
vidas (não toda a vida civil, p. ex.), com regras e princípios próprios.
Nesse contexto, vale destacar que a tutela jurisdicional dos direitos transindividu-
ais (difusos, coletivos e individuais homogêneos) é regida por um microssistema, o 
microssistema da tutela coletiva.
Portanto, existe um microssistema processual que rege as ações coletivas. Não 
existe um Código de Processo Coletivo, embora já tenha sido apresentada proposta 
legislativa nesse sentido.

Continue navegando