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Síntese Orgânica Verde 1 INTRODUÇÃO Atualmente, vem surgindo diversas fontes de aproveitamento dos recursos naturais e uma grande preocupação com o meio ambiente. Terminologias como tecnologia limpa, processo limpo, síntese limpa e química verde, tem se tornado frequentes na literatura nos últimos anos. 2 INTRODUÇÃO 3 INTRODUÇÃO Síntese Orgânica é a ciência de construir moléculas a partir de átomos e de outras moléculas, usualmente mais simples. A molécula a ser construída é designada molécula alvo sintético, e é normalmente constituída por átomos dos elementos C, H, O, N, S, P, Cl, Br, I e B. A primeira substância orgânica obtida em laboratório foi a uréia, por Wöhler na Alemanha, em 1828 . 4 INTRODUÇÃO Um plano de síntese deve atender os requerimentos: - Reações químicas eficientes; - Brevidade; - Materiais de partida baratos ou de fácil obtenção; - Condições reacionais práticas e convenientes; - Ser adaptável para a síntese de outros membros da mesma família estrutural, quer seja alvo sintético um produto natural ou uma molécula não natural; - Flexibilidade para permitir modificações. 5 5 OBJETIVOS Apresentar conceitos e aspectos mais importantes que contribuem para uma síntese orgânica mais limpa e eficiente para o meio ambiente. 6 QUÍMICA VERDE A Química Verde é definida segundo a IUPAC, como o desenvolvimento e a aplicação de produtos e processos químicos para reduzir ou para eliminar o uso e a geração de substâncias perigosas. 7 Substâncias perigosas: aquelas que prejudicam de algum modo a saúde humana ou o meio ambiente. 7 QUÍMICA VERDE Os 12 princípios da Química Verde: 1- Evitar a produção de resíduos: é mais barato e eficiente evitar a formação de um resíduo do que tratá-lo após ter sido gerado em um processo. 2- Maximizar a economia de átomos: as reações químicas precisam ser planejadas de modo a maximizar a incorporação dos materiais de partida no produto final. 3- Reduzir toxicidade: métodos sintéticos e processos devem ser planejados de modo a gerar apenas substâncias que tenham pouca ou nenhuma toxicidade em organismos vivos ou efeito no meio ambiente. 8 Eficiência atômica igual a zero, ou seja, não formar resíduos, todos os reagentes transformados em produtos. 8 QUÍMICA VERDE 4- Desenvolver produtos seguros e eficientes: novos produtos devem ser desenvolvidos de modo que sejam mais seguros (baixa ou nenhuma toxicidade), causem baixo ou nenhum dano ao ambiente e tenham uma baixa persistência (elevada degradabilidade). 5- Eliminar/ melhorar solventes e auxiliares de reação: deve-se eliminar por completo, reduzir o uso e/ ou a periculosidade de solventes e outros auxiliares de reação. 6- Otimizar o uso de energia: deve ser feito de forma mais eficiente possível, seja por otimização de processos, uso de equipamentos mais eficientes. 9 reduzir o uso: por meio de otimização, reuso ou reciclagem Periculosidade: São consideradas atividades ou operações perigosas, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho. Solventes alternativos: reações sem solventes ou reações em água 9 QUÍMICA VERDE 7- Usar fontes renováveis: para possibilitar maior sustentabilidade do processo. 8- Evitar derivados e múltiplas etapas: o uso de protetores ou o acréscimo de etapas por meio da produção de derivados devem ser evitados. 9- Usar catalisadores: catalisadores reaproveitáveis, preferencialmente heterogêneos são preferíveis a reações feitas sem catálise. 10 10 QUÍMICA VERDE 10- Desenvolver produtos degradáveis: é necessário controlar o tempo de persistência de um material no ambiente, por meio de produtos mais degradáveis. 11- Monitorar/ controlar processos em tempo real: afim de evitar geração de subprodutos indesejáveis, desperdício de energia, materiais e outros elementos. 12- Desenvolver processos seguros: com o objetivo de reduzir o risco inerente, de modo a evitar danos extensivos. 11 11 SÍNTESE LIMPA A indústria química tem procurado adotar uma postura de redução, prevenção ou eliminação dos resíduos de processo. A reutilização dos resíduos também faz parte desta postura. Para a produção do dimetilcarbonato (DMC) utiliza-se um reagente muito tóxico e corrosivo, o fosgênio (COCl2). 12 O DMC tem sido utilizado como uma alternativa mais amena para o meio ambiente em processos de metilação, carbonilação ecarboximetilação 12 SÍNTESE LIMPA Como forma de síntese limpa, o CO2, não tóxico e barato, vem substituindo o fosgênio para a produção de DMC. 13 13 ARTIGO 14 ECONOMIA ATÔMICA Trost, em 1991, desenvolveu o conceito, digno de prêmio; Maior eficiência sintética; Toda massa dos reagentes incorporada nos produtos; Vantagens: menor geração de resíduo e uma utilização efetiva de matérias-primas limitadas; Utilização de catalisadores 15 15 ECONOMIA ATÔMICA Reação de Ritter: produção de t-butilamina Síntese limpa: catálise - Menor geração de resíduos, maior seletividade e não são corrosivas 16 16 ECONOMIA ATÔMICA Síntese do analgésico do ibuprofeno: 17 17 REDUÇÃO DE TOXICIDADE Policarbonato tradicional: termoplástico. Fosgênio Policarbonato verde: 18 18 SOLVENTES 50 ou mais: processos de extraçao, matéria prima para fabricação de produtos de diversas indústrias e pesquisas. Solventes ideias: baixa toxicidade, inflamibilidade e limites permitidos. Causa: maior custo com a recuperação e descarte. 19 19 SOLVENTES - Barato, não inflamável, não tóxico e não polui o ambiente. Porém, muitos compostos orgâncos são insloúveis em água e baixa incompatibilidade de intermediários, reagentes e catalisadores. - Não necessita de proteção/desproteção de grupos funcionais com hidrogênio ácido, por exemplo. ÁGUA COMO SOLVENTE 20 20 SOLVENTES - Acilação e sulfonação de aminas e alquilação de cetonas: ÁGUA COMO SOLVENTE 21 21 SOLVENTES Supercrítico quando sua pressão e temperatura ultrapassam os valores críticos. Propriedades intermediárias entre gases e líquidos: ótimos processos de variação de pressão e temperatura. Ex.: dióxido de carbono maior polaridade com adição de pouco metanol. Água condições supercríticas a polaridade é menor (substâncias orgânicas mais solúveis). SOLVENTES SUPERCRÍTICOS 22 22 SOLVENTES Famosos usos: descafeinação de grãos de café por CO2; indústrias de alimentos e cosméticos (ausência de resíduos tóxicos); hidrogenação catalítica de precursores de vitamina usando CO2 supercrítico. - Síntese de 2-butanol: SOLVENTES SUPERCRÍTICOS 23 23 SOLVENTES As mléculas de um cristal estão arranjadas de forma regular e mais juntas. Reações aceleradas por aquecimento, agitação, maceração... - Transferência de metileno: REAÇÕES NO ESTADO SÓLIDO 24 24 SOLVENTES Um dos reagentes é líquido. - Reação de Friedel-Crafts de acilação e alquilação: REAÇÕES SEM SOLVENTES - Sem solventes e irradiação de microondas: maiores rendimentos, menor formação de subprodutos e tempo reacionais menores. 25 25 FONTES RENOVÁVEIS Ácido adípido: efeito acidulante. 26 26 APLICAÇÕES DA QUÍMICA VERDE Esta transformação consiste na reação entre um composto carbonílico e outro contendo o grupo metileno ativado, resultando na formação do aduto com uma ligação dupla carbono-carbono. 27 APLICAÇÕES DA QUÍMICA VERDE Ácido malônico ácidos acrílicos beta-substituídos Podendo formar ácidos acrílicos beta-substituídos quando o ácido malônico é empregado. O ácido de Meldrum é um derivado cíclico do ácido malônico, muito empregado em síntese orgânica. 28 APLICAÇÕES DA QUÍMICA VERDE Há relatos da condensação de Knoevenagel entre aldeídos e o ácido de Meldrum formando os respectivos arilidenos ; PORÉM são utilizados rotas sintéticas que : São catalisadas por bases como piridina, amônia ou etóxido de sódio. Uso de solventes orgânicos, ou mistura de piperidina e acido acético glacial em benzeno com remoção de água. 29 APLICAÇÕES DA QUÍMICA VERDE Condições e tempo e temperaturas otimizados para usar água como solvente Solução verde 30 APLICAÇÕES DA QUÍMICA VERDE Vários produtos a partir da condensação “verde” 31 APLICAÇÕES DA QUÍMICA VERDE Procedimento de obtenção do óleo essencial do cravo-da-índia (Syzygium aromaticum), rico em eugenol - valioso tanto in natura quanto como fonte de intermediários químicos Otimizações de etapas reacionais; e principalmente : 32 APLICAÇÕES DA QUÍMICA VERDE Aproveitamento dos resíduos sólidos da hidrodestilação do cravo da índia Furfural ( insumo químico) Intermediário químico muito versátil em síntese orgânica 33 APLICAÇÕES DA QUÍMICA VERDE Intermediários preparados a partir do Furfural 34 APLICAÇÕES DA QUÍMICA VERDE Aproveitamento do resíduo sólido; o qual seria descartado Procedimento para a síntese de furfural 35 APLICAÇÕES DA QUÍMICA VERDE Massa de furfural em função de diferentes amostras de cravo (10 g), tempo de maceração e solvente de extração. Tempo maior de maceração Éter etílico Tempo menor de maceração Diclorometano 36 APLICAÇÕES DA QUÍMICA VERDE Óleo essencial e furfural obtidos da mesma amostra (10 g) do cravo-da-índia. 37 CONSIDERAÇÕES FINAIS Melhor aproveitamento de recursos naturais e uma menor poluição para o meio ambiente; Vem gradualmente sendo executada no meio acadêmico e industrial; Necessidade de novas rotas e tecnologias para aplicação da economia atômica, reações em água, sem solventes, solventes supercríticos, irradiação por microondas. 38 38 CONSIDERAÇÕES FINAIS Panorama da química verde no Brasil 39 39 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- Sanseverino, A.M. SÍNTESE ORGÂNICA LIMPA. Instituto de Química - Departamento de Química Orgânica - Universidade Federal do Rio de Janeiro. Química Nova, 23(1) (2000). 2- Spiro, T. G., Stigliani, W. M. Química Ambiental, 2ª edição, São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009, p.320-326. 3- Cunha, S., Santana, L.L.B. Condensação de Knoevenagel de aldeídos aromáticos com ácido de meldrum em água: uma aula experimental de química orgânica verde. Quím.Nova, Vol. 35, No.3,642-647,2012. 4- Cunha, S., Lustosa, D. M., Conceição, N.D. Biomassa em aula prática de química orgânica verde: cravo-da-índia como fonte simultânea de óleo essencial e de furfural. Quím.Nova, Vol. 35, No.3,638-641,2012. 40 40 OBRIGADO! 41
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