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Capitulo 2 HISTORIA DA EXECUCAO PENAL TCC 25 09 18 com observações

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3 HISTÓRIA DA EXECUÇÃO PENAL
Elaborar um texto introdutório da capítulo para colocar aqui.
3.1 Conceito
Visando aplicar uma pena a quem cometesse um crime, a execução penal surgiu há séculos atrás, desde o Código de Hamurabi, vindo evoluindo com o passar do tempo. Passando pelo período Colonial no Brasil (1550 – 1822), não houve muito interesse nas execuções penais e no sistema penitenciário, pois o Brasil submetia-se ao ordenamento jurídico português. Já nas Ordenações Filipinas, a execução penal se dava na forma de penas de morte, corporais (em várias modalidades) e de degredo, restando à prisão como instrumento de constrangimento ao pagamento de dívidas ou de custódia do condenado que aguardava o cumprimento de sua pena. A vigência das Ordenações Filipinas em matéria penal avançou alguns anos sobre o próprio estado nacional brasileiro, até a promulgação do Código Criminal do Império em 1830, com os limites e alterações decorrentes da nova ordem constitucional e de algumas leis penais editadas naquele período. O Brasil teve sua primeira Constituição promulgada em 1924, por Dom Pedro I, Constituição esta que não previa dispositivos específicos sobre execução penal mais reconhecia a personalidade da pena. 	Comment by Ricardo: Elabora parágrafos de ate dez linhas 
Em 1930 sancionou-se o código penal do império que regulou alguns institutos, trazendo enfim a regularização das penas que privavam a liberdade e também outras modalidades de pena, como algumas delas, a de morte, com trabalho, banimento e açoites. As penas privativas de liberdade eram cumpridas em locais como fortalezas, ilhas e ate navios. Passado alguns anos, com a inauguração da Casa de Correção da Corte em 1950, foi editado o Dec. 678 de 1850, conhecida como a primeira prisão propriamente “penitenciária” aberta no Brasil.
 Segundo Roig (2005,p.45-59), este regulamento “pode ser considerado a matriz de nosso regramento carcerário, não apenas em razão de sua magnitude e extensão a outras unidades prisionais em território nacional, mas, sobretudo, por erigir um arcabouço penitenciário cujas permanências são sentidas até hoje”. 	Comment by Ricardo: Citação direta longa. Precisa estudar as nrmas de citação. 
. Após a proclamação da república em 1889 fez-se necessário a reforma do código penal, para que se adaptasse a nova realidade social, em 1890 foi editado um novo código que foi conhecido como o primeiro a adotar a prisão como pena principal. Este Código trazia em seu art. 43 os tipos de pena a ser adotado, que seria: a) prisão celular, como pena principal; b) banimento;  c) reclusão; d) prisão com trabalho obrigatório;  e) prisão disciplinar,  além de possível interdição, multa e suspensão ou perda de emprego público, abolindo a prisão perpétua e em seu art. 44 limitou em 30 anos a pena privativa de liberdade. Adotou parcialmente o sistema progressivo de cumprimento de pena, que valia apenas para as penas de prisão celular superiores há seis anos, art. 50 e instituiu a figura do livramento condicional que no Código vem como direito de graça. Fonte?
O surgimento deste código trouxe várias críticas de juristas, pois era considerado ultrapassado para a época, vindo a sofrer diversas complementações e modificações em seus textos, o que trouxe um emaranhado de leis que acabou dificultando sua aplicação. Fonte?
Surgiu a necessidade de uniformizar o tratamento à questão carcerária, pois existiam diversos regulamentos, cadê unidade tinha o seu. 
A primeira proposição em nosso país foi o Projeto de Código Penitenciário da República, elaborado em 1933 pela 14.ª Subcomissão Legislativa, composta por Cândido Mendes de Almeida, José Gabriel de Lemos Brito e Heitor Pereira Carrilho. Este Projeto conferiu ao Brasil a condição de pioneiro na defesa da tripartição dos Códigos em matéria penal. O Projeto possuía 854 artigos, divididos em 25 títulos, fortemente influenciados pela escola positiva e etiológica, com evidências positivistas e antropológicas ao longo de toda a obra, vindo no ano seguinte ser definida a competência da União para legislar sobre as normas do sistema penitenciário, vindo este a ser abandonado após a promulgação do dec. Lei 2.848, este decreto instituiu o Código Penal, que trazia inovações. Desde o preparo técnico dos agentes administrativos ate a atuação do judiciário. Surgindo assim o Livro IV do Código de Processo Penal de 1941, que disciplinava a execução da pena e da medida de segurança. Fonte?
Em 1956 foi constituída uma comissão para a elaboração de um novo código penitenciário, sendo apresentado em 1957 seu anteprojeto, que dividia a matéria em duas partes, a geral e a especial, porém esse projeto não foi enviado ao Congresso Nacional, contentando-se o Governo com a PL 636 DE 1951, que se transformou na lei 3.274, Lei das Normas Gerais de Regime Penitenciário. Fonte?
Em 1963 Roberto Lyra elaborou uma terceira proposição que ele chamou de Código das Execuções Penais, composto por 240 artigos distribuídos em 14 capítulos, este Código estabelecia normas gerais do regime de cumprimento das penas e medidas de segurança, direitos e deveres do preso, assistência ao sentenciado, medidas de segurança não detentivas, assistência ao egresso, entre outras relevantes questões, transformando o juízo da execução em universal, capaz de executar as sentenças em todos os seus termos e efeitos, com competência sobre todos os presos e internados. Fonte?
Em 1969 foi instituído um novo Código Penal, chamado de Hungria, mais este Código foi modificado pela Lei 6.016 de 1973 e foi revogado pela Lei 6.578 de 1978. Em 1981 foi criada uma comissão para a elaboração de um anteprojeto para a Lei de Execução Penal. 
Criada em 11 de julho de 1984, a Lei n 7.210 (Lei de Execução Penal) traz conjunto de regras execucionais, criadas com o intuito de efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado, como preceitua em seu artigo 1º. Tendo assim o Estado o direito de punir o criminoso, punição que tem a intenção de impossibilitar o surgimento de novos delitos.
A referida legislação trouxe ao ordenamento jurídico brasileiro, referenciais no tocante a natureza jurídica da pena, objeto e forma de aplicação da execução de sentença, abordou sobre os regimes de cumprimento de pena, tipos de sanções, além de dispor acerca dos direitos e deveres do preso e informações sobre estabelecimentos prisionais presentes no território nacional.
De acordo com Marcão (2012, p.?): 
A Lei de Execução Penal ainda está bem, muito embora mereça pequenos retoques pontuais, o que naturalmente decorre da dinâmica da vida em sociedade. O grave problema é o grande distanciamento, o verdadeiro abismo que há entre o ideal normativo e a realidade prática, algo que não se resolve com outra lei ou mudanças na lei vigente, mas com a força produtiva de uma nova cultura, capaz de um olhar atualizado sobre a questão carcerária; com a ideação e a implantação de políticas públicas inteligentes e efetivas, que se relacionem definitiva e eficazmente com os princípios e garantias constitucionais, ideal do qual nos encontramos a anos-luz.``
Comentar a citação e fazer ligação com o próximo tópico 
3.2 Natureza Juridica 
De inicio, na doutrina de Montesquieu, tinha-se a idéia de que a natureza jurídica da execução penal tinha caráter administrativo, sendo hoje um instituto complexo, por ser considerado pelo Código de Processo Penal Brasileiro de caráter misto que fica a cargo das autoridades penitenciárias e àquela a solução dos incidentes da execução (MIRABETE, 2007).
Para Ricardo Antonio Andreucci (Ano, (p. 276), a corrente que defende ser jurisdicional, “a fase executória tem o acompanhamento do Poder Judiciário em toda sua extensão, sendo garantida, desta forma, a observância dos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa”. Já para a corrente que acredita ser administrativa, “a execução penal tem caráter administrativo, não incidindo, portanto, os princípiosatinentes ao processo judicial”	Comment by Ricardo: Citação direta longa; Colocar na norma. 
Diz Marcão (ano, p.23) que de sua inegável natureza jurisdicional decorre a necessidade de observância aos princípios e garantias Constitucionais incidentes, dentre os quais merecem destaque: legalidade; publicidade; oficialidade; imparcialidade do juiz; devido processo legal; ampla defesa; contraditório; e duplo grau de jurisdição.
Elaborar parágrafo de ligação
3.3 As Penas E Os Regimes
Como já se sabe, a pena é conseqüência imposta aos atos que infringem as leis penais, imposta pelo Estado. O estudo sobre as penas está ligado diretamente ao Direito Penal e a Lei de Execuções Penas.
Rogério Greco (2005, p.543) disserta sobre o conceito de pena, sustentando que:
A pena é conseqüência natural imposta pelo Estado quando alguém pratica uma infração penal. Quando o agente comete um fato típico, ilícito e culpável, abre-se a possibilidade para o Estado de fazer valer o seu ius puniendi” 
Dito o conceito de pena, é cabível apresentar as teorias e finalidade das penas. Para Capez (ano?) as finalidades da pena são explicadas por três teorias. São elas: a teoria absoluta, a teoria relativa e a mista. A teoria absoluta tem por finalidade punir o autor de uma infração penal. A pena é a retribuição do mal injusto, praticado pelo criminoso, pelo mal justo previsto no ordenamento jurídico (punitur quia peccatum est). A teoria relativa tem um fim prático e imediato de prevenção geral ou especial do crime (puniturne peccetur). A teoria mista tem a dupla função de punir o criminoso e prevenir a prática do crime, pela reeducação e pela intimidação coletiva (punitur quia peccatum est et ne peccetur).
Nas características, as penas regem-se os princípios: Fonte?
da legalidade, que diz que a pena deve estar prevista e lei, pois não há crime sem lei anterior que o defina. (CP, art. 1º, e CF, art. 5º, XXXIX). 
Anterioridade, onde a lei já deve estar em vigor na época do ato infracional cometido. (CP, art. 1º, e CF, art. 5º, XXXIX).
Personalidade, onde a pena não pode passar da pessoa do condenado (CF, art. 5º, XLV). 
Individualidade, garante ao indivíduo que a sua pena seja individualizada, levando em conta as peculiaridades aplicadas para cada caso em concreto. (CF, art. 5º, XLVI).
Proporcionalidade, a pena deve ser proporcional ao crime praticado (CF, art. 5º, XLVI e XLVII).
Humanidade, não se admite a pena de morte, salvo em caso de guerra declarada, perpétuas (CP, art. 75), de trabalhos forçados, de banimento e cruéis (CF, art. 5º, XLVII).
A Lei de execuções penais em seu título V aborda as espécies de penas, as privativas de liberdade, restritivas de direito ou pecuniárias. Tendo início pelas penas privativas de liberdade, onde o juiz ordenará a expedição de guia de recolhimento para a execução, ninguém será recolhido, para cumprimento de pena privativa de liberdade, sem a guia expedida pela autoridade judiciária. Diz também que o condenado que sobrevier doença mental será internado em Hospital de Custodia e Tratamento Psiquiátrico. Cumprida ou extinta a pena, o condenado será posto em liberdade, mediante alvará do Juiz, se por outro motivo não estiver preso. Fonte?
 Na sentença o Juiz estabelecerá o regime no qual o condenado iniciará o cumprimento da pena privativa de liberdade, tendo de ser observado o art. 33 e seus parágrafos do Código Penal. A pena privativa de liberdade será executada de forma progressiva para o regime menos rigoroso, que será determinado pelo Juiz. Poderá também sujeitar-se a forma regressiva, com transferência de regimes mais rigorosos. Fonte?
De acordo com Roig (ano, p.?), ´´A execução das penas privativas de liberdade, se o réu estiver ou vier a ser preso, dependerá necessariamente da expedição de guia de recolhimento (ou carta de guia, se impostos sursis ou regime aberto), documento formal que atesta a imposição de uma pena e que não se confunde com o título executivo (sentença condenatória). Sem a guia, com a perfeita identificação do condenado, ninguém poderá ser recolhido para cumprimento de pena privativa de liberdade (art. 107 da LEP). ´´ 	Comment by Ricardo: Citação direta longa. 
No tratamento legal da execução das penas privativas de liberdade, são analisados pela LEP os regimes de cumprimento de pena. Deve o juiz, na sentença condenatória, fixar o regime de cumprimento da pena privativa de liberdade (LEP, ano? art. 110). Nos termos do art. 6º da LCP, “a pena de prisão simples deve ser cumprida, sem rigor penitenciário, em estabelecimento especial ou seção especial de prisão comum, em regime semi-aberto ou aberto”. No Código Penal Brasileiro encontramos em seus artigos 33 e 59, que as penas privativas de liberdade podem ser cumpridas em regime aberto, semi-aberto ou fechado. O regime da pena é fator indispensável para sua individualização.
Capez (ano?) define o regime fechado como a pena que é cumprida em estabelecimento penal de segurança máxima ou média. O regime semi-aberto quando se cumpre a pena em colônia penal agrícola, industrial ou em estabelecimento similar. E o regime aberto quando o condenado trabalha ou freqüenta cursos em liberdade, durante o dia, e recolhe-se em Casa do Albergado ou estabelecimento similar à noite e nos dias de folga.
De acordo com o art. 33, § 2º, do CP (ano), que estabelece uma escala básica para a imposição de regime prisional, nos seguintes termos: Que as penas superiores a 8 (oito) anos deverá começar a cumpri-la em regime fechado; quando a pena for superior a 4 (quatro) anos não excedendo a 8(oito) anos, poderá desde o início, cumpri-la em regime semi-aberto; e nas condenações que a pena seja igual ou inferior a 4(quatro) anos, poderá iniciar o cumprimento no regime aberto. Essa determinação do regime inicial será far-se-á com observância nos critérios do art. 59 do Código Penal Brasileiro.
A Lei n. 8.072/1990 (Lei dos Crimes Hediondos), em seu art. 2º, § 1º, determina que o condenado por crime hediondo ou assemelhado deva iniciar o cumprimento da pena privativa de liberdade no regime fechado, independentemente da quantidade de pena aplicada.
Ligação 
3.4 Princípio Da Dignidade Humana E Sua Aplicabilidade No Sistema Penitenciario 
A Constituição Federal vigente prioriza a realização do bem estar do ser humano e o respeito por sua dignidade, o princípio da dignidade da pessoa humana é de grande relevância jurídica no âmbito constitucional. A constituição federal de 1988, em seu artigo 1°, inciso III (p.?):
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Estando o princípio da dignidade como um dos fundamentos da República Federativa do Brasil e não apenas como um simples direito fundamental. A dignidade é essência do ser humano, e não simplesmente um direito.
Assim, por se tratar de matéria dirigida ao ser humano, a dignidade apresenta um atributo que o diferencia dos outros entes, relacionando-se com a da liberdade pessoal de cada individuo. O princípio da dignidade da pessoa humana tem fundamento na idéia de que todos são iguais em dignidade, podendo afirmar que o homem que a detém, tem que ser respeitado, estando acima de qualquer valor (TAVARES, 2008).
Em por este princípio que não se permite aplicar sanções que venham denegrir a dignidade das pessoas presas, proibindo assim, a aplicabilidade de penas cruéis, desumanas e degradantes, bem como a tortura e os maus-tratos, determinando ao Estado o compromisso de se estabelecer uma estrutura onde veda a degradação e a dessocialização dos presos (BITENCOURT, 2007, p.17).	Comment by Ricardo: Identificar com aspas a citação direta curta .
Em relação ao tratamento penitenciário para com os indivíduos presos, são seres humanos e por tal fato, os servidorespenitenciários não devem perder de vista este conceito, não se podendo impor sanções cruéis e nem tampouco punições adicionais aos presos. As pessoas submetidas aos centros prisionais mantêm todos seus direitos conservados, exceto aquela como conseqüência específica da privação da liberdade. Na Lei de Execução Penal (ano, p.?) dispõe no artigo 40: “Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e dos presos provisórios”. Comentar a citação
De acordo com a Constituição Federal atual, fica assegurado a Humanização da Pena onde em seu artigo 5º, inciso XLVII (p.?): “não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis”. E no inciso XLVIII: “é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral”.
No Código Penal (ano, p?) art. 38:
Art. 38 - O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade física e moral. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984).
Comentar a citação e fazer ligação com o próximo tópico 
3.5 Assistências Garantidas Aos Presos De Acordo Com A Lep
Elencadas no Capítulo II da LEP, as assistências garantidas aos presos, onde na seção I encontramos as disposições gerais que em seu art. 10, garante que é dever do Estado assistir ao preso com o objetivo de prevenir o crime e orientar o retorno ao convívio social. Essa assistência também é garantida ao egresso. No artigo seguinte são elencadas expressamente quais assistência serão garantidas, elas são: material, à saúde, jurídica, educacional, social, religiosa e ao egresso.
 Marcão (ano, p.?) diz que “A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas. Dispões ainda o art. 13 da Lei de Execução Penal que "o estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas necessidades pessoais, além de locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração". 	Comment by Ricardo: Citação direta longa. 
Ainda de acordo com Marcão(ano) em seu livro que a assistência aos condenados e aos internados é exigência básica para conceber a pena e a medida de segurança como processo de diálogo entre os destinatários e a comunidade. A assistência ao egresso consiste em orientação e apoio para reintegrá-lo a vida em liberdade e na concessão, se necessária, de alojamento e alimentação em estabelecimento adequado, por dois meses, prorrogável por urna única vez mediante comprovação idônea de esforço na obtenção de emprego. Valoriza-se o mérito do egresso na busca de meios para sua reinserção social.
Matéria que merece ser lida é a resolução 96 de 2009 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no projeto Começar de novo que trata sobre as obrigações do Estado para com a reinserção do preso a sociedade. 
De acordo com as regras da ONU, em obediência aos princípios das pessoas presas, faz necessário o esclarecimento de cada espécie de assistência.
3.5.1 Assistência material
A assistência material, que se encontra nos artigos 12 e 13 da LEP (ano?), essa assistência assegura o fornecimento de alimento, vestuário e higiene. Os estabelecimentos prisionais devem dispor de serviços que atendam as necessidades pessoais e um lugar que possam ser vendidos produtos e objetivos permitidos que não sejam fornecidos pela administração.
Marcão(ano, p.?) frisa que Julio F. Mirabete observou a regra do art. 13, que se justifica em razão da "natural dificuldade de aquisição pelos presos e internados de objetos materiais, de consumo ou de uso pessoal". Sabe-se que esta regra não respeitada na íntegra.
3.5.2 Assistência à Saúde
No artigo 14, caput da LEP, é dito que a assistência a saúde do preso e do internado, de caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico. Assegura ainda o §3º Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao recém-nascido. (Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009).
É sabido que a realidade não condiz com o dever, pois os estabelecimentos penais não dispõem de materiais, equipamentos apropriados e alguns nem de local, para tal atendimento. Fonte?
Mesmo que seja assegurado pelo §2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária, esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento.
É de conhecimento que os hospitais públicos também não dispõe de condições adequadas para tais.
Como mostra Marcão (ano, p.?):
Desrespeita-se, impunemente, a Constituição Federal; a Lei de Execução Penal; Regras Mínimas da ONU para o Tratamento de Reclusos, adotadas em 31 de agosto de 1955, pelo Primeiro Congresso das Nações Unidas para a Prevenção do Crime e o Tratamento dos Delinqüentes; Regras Mínimas para o Tratamento do Preso no Brasil - Resolução n. 14, do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), de 11 de novembro de 1994 (DOU de 2-12-1994); Conjunto de Princípios para a Proteção de Todas as Pessoas Sujeitas a Qualquer Forma de Detenção ou Prisão - Resolução n. 43/173 da Assembléia Geral das Nações Unidas-7fft Sessão Plenária, de nove de dezembro de 1988; Princípios Básicos Relativos ao Tratamento de Reclusos, ditados pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, visando a humanização da justiça penal e a proteção dos direitos do homem; Princípios Básicos Relativos ao Tratamento de Reclusos, ditados pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, visando a humanização da Justiça Penal e a proteção dos direitos do homem; Princípios de , Ética Médica aplicáveis a função do pessoal de saúde, especia1mente aos médicos, na proteção de prisioneiros ou detidos contra a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes; Resolução n. 37 /194 da Assembléia Geral das Nações Unidas, de 18 de dezembro de 1982 etc.´´
A maneira encontrada para que seja atendida a assistência à saúde e tem sido adotada pelos tribunais que estão decidindo que, quando for decretada a necessidade dessa assistência, o preso poderá permanecer em sua residência pelo tempo que se fizer necessário até seu restabelecimento, nos termos do art. 14, § 22, da Lei nº 7.210/84.
3.5.3 Assistência Jurídica
É a assistência destinada aos presos e internados sem recursos financeiros para que possam arcar com despesas de advogados para sua defesa. Como reforça o Art. 16 Da LEP, As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica, integral e gratuita, pela Defensoria Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais. (Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010). Decorrente do princípio da jurisdicionalidade dos atos referentes ao processo de execução penal. Este princípio assegura aos presos e internados as garantias do contraditório, ampla defesa, duplo grau de jurisdição, imparcialidade do juiz, devido processo legal, direito à produção de provas no curso do procedimento, direito de petição e autodefesa.
A assistência jurídica nas unidades prisionais é efetivada pela Defensoria Pública que atua de forma direta ou suplementar, fiscalizando os direitos dos presos e prestando os necessários esclarecimentos, disposto da Lei Complementar Federal nº 80/1994.
3.5.4 Assistência Educacional
Sendo um direito do ser humano garantido, é assegurada ao preso e ao internado no artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos Humanos a educação fundamental é obrigatória, que pode ser encontrado nas Regras Mínimas para o Tratamento de Reclusos, adotadas pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 14 de dezembro de 1990,
Instrumentos devem ser criados para promover a educação de todos os presos que possam se beneficiar disso, incluindo instrução religiosa, em países onde isso é possível. A educação de analfabetos e jovens presos deve ser compulsória, ea administração prisional deve destinar atenção especial a isso. Na medida do possível, a educação dos presos deve ser integrada ao sistema educacional do país, para que após sua liberação eles possam continuar seus estudos sem maiores dificuldades. (BRASIL, 2016, p. 41).
Encontramos este direito na Seção V da LEP (ano, p.?).
Art. 17. A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a formação profissional do preso e do internado.
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade Federativa.
Art. 18-A.  O ensino médio, regular ou supletivo, com formação geral ou educação profissional de nível médio, será implantado nos presídios, em obediência ao preceito constitucional de sua universalização.
§ 1º O ensino ministrado, aos presos e presas integrar-se-á ao sistema estadual e municipal de ensino e será mantido, administrativa e financeiramente, com o apoio da União, não só com os recursos destinados à educação, mas pelo sistema estadual de justiça ou administração penitenciária. (BRASIL, 1984).
Os estabelecimentos prisionais dotar-se-ão de uma biblioteca, estrutura que vai de acordo com suas possibilidades, que devem contar com livros de didáticos, recreativos e didáticos, para uso de todos os reclusos.
A assistência educacional tem por objetivo proporcionar ao executado melhores condições de readaptação social, preparando-o para o retorno a vida em liberdade de maneira mais ajustada, conhecendo ou aprimorando, certos valores de interesse comum. E inegável, sua influencia positiva na manutenção da disciplina do estabelecimento prisional.
3.5.5 Assistência Social
Tendo a execução penal como finalidade principal o preparo do preso e do internado para reabilitar-se a vida em liberdade, a assistência social tem a finalidade de amparar o preso e o internado e prepará-lo para seu retorno a sociedade. 
No artigo 23 da LEP (ano, p?) encontramos os deveres dessa assistência:
Art. 23 Incumbe ao serviço de assistência social: 
I - conhecer os resultados dos diagnósticos e exames; 
II - relatar, por escrito, ao diretor do estabelecimento, os problemas e dificuldades enfrentados pelo assistido;
III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias; 
IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação; 
V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do liberado, de modo a facilitar o seu retorno à liberdade;
VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da previdência social e do seguro por acidente no trabalho;
VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima.
Essa assistência se faz necessária por ter o individuo preso ou internado uma grande dificuldade de se reinserir a vida em liberdade, seja esta dificuldade encontrada em seu psicológico e/ou material que impedem essa rápida readaptação ao meio social. 
3.5.6 Assistência Religiosa
Sendo a religião um direito assegurado na Constituição Federal atual em seu artigo 5º, inciso VI - É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias;
Faz-se obrigatório que as penitenciárias tenham um momento e um local destinado a religiosidade de seus presos. 
Em seu artigo escrito para a Revista Interdisciplinar do Pensamento Científico, em 2017, o advogado Bruno Moraes, relata como a assistência religiosa no sistema penitenciário pode cooperar para a ressocializaçao do ex-detento. Onde deixa claro que a religiosidade tem o fim de fim de despertar, ou mesmo reforçar, o sentido da fé, através da realização de cultos, missas.
De acordo com Jason Albergaria (ano, p.?): 
E reconhecido que a religião é um dos fatores mais decisivos na ressocializaçao do recluso. Dizia Pio XII que o crime e a culpa não chegam a destruir no fundo humano do condenado o selo impresso pelo Criador. É este selo que ilumina a via da reabilitação, O Capelão Peiró afirmava que a missão da instituição penitenciária é despertar o senso de responsabilidade do recluso, abrir-lhe as portas dos sentimentos nobres, nos quais Deus mantém acesa a chama da fé e da bondade capaz de produzir o milagre da redenção do homem.
Comentar a citação direta longa e fazer ligação.
3.5.7 Assistência ao Egresso
Egresso é aquele preso que foi liberado definitivo, pelo prazo de um ano, a contar da saída do estabelecimento penal e o liberado condicionalmente, durante o período de prova.
Na seção VIII da Lei de Execuções Penais explicita o que é garantido ao egresso. (ano, p.?)
Art.24 A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos internados, permitindo-se-lhes a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa. § 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos.
§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de atividade religiosa.
Parágrafo Único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado por uma única vez, comprovado, por declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego.
A assistência ao egresso tem por obrigação colaborar para a obtenção de trabalho, buscando, assim, provê-lo de recursos que o habilitem a suportar sua própria existência e a daqueles que dele dependem, partindo da premissa que o trabalho dignifica o homem. Porém é sabido que a pratica esta muito distante da lei. 
Elaborar parágrafo de fechamento do capítulo e ligação para o próximo. 
REFERÊNCIAS (colocar aqui as referências que foram usadas na construção do capitulo e dentro da norma).

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