Buscar

DROGAS LÍCITAS: ÁLCOOL E CIGARRO PREJUÍZO PARA SAÚDE.

Prévia do material em texto

1 OBJETIVO	
1.1 Objetivo Geral:
Destacar os tipos de drogas lícitas, sendo elas álcool e tabaco, seus prejuízos para o organismo, e como os usuários destes produtos são classificados.
1.2 Objetivo Específico:
- Conceituar as drogas lícitas: álcool e tabaco;
- Descrever os danos provocados pela ingestão de álcool no corpo humano;
- Apontar o caminho realizado pela fumaça do tabaco no organismo, e suas consequências;
- Distinguir os tipos de usuários de drogas.
2 INTRODUÇÃO
O termo Droga é caracterizado por qualquer substância não produzida pelo organismo, e tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento. Suas substâncias agem diretamente no Sistema Nervoso Central (SNC) alterando o funcionamento cerebral, causando modificações no estado mental do indivíduo (CALVACANTE; ALVES; BARROSO, 2008).
 As drogas são classificadas como, Lícitas e Ilícitas. As drogas ilícitas são aquelas proibidas por lei, por exemplo: a maconha, cocaína, êxtase, entre outros. As drogas lícitas são drogas que tem a sua produção e seu uso permitido por lei, sendo liberados para a comercialização, tais como, o álcool, cigarros e os próprios medicamentos (GÓES; AMARAL, 2009)
As drogas lícitas são submetidas por certas restrições como, bebidas alcoólicas e tabaco que não podem ser comercializados para crianças e adolescentes menores de 18 (dezoito) anos de idade, já os medicamentos só podem ser adquiridos por meio de prescrição medica e possui a finalidade de produzir efeitos benéficos como o tratamento de doenças, porém uma pessoa pode apresentar dependência quanto ao seu uso (VENTURA, 2011).
Como as substâncias estão ligadas diretamente ao funcionamento do sistema nervoso central, as drogas inclusive as lícitas podem provocar uma série de complicações no organismo, que na maioria dos casos leva ao óbito. É importante destacar que uso das drogas licitas por serem comercializadas livremente provocam um índice muito elevado de problemas de saúde que geralmente são mais graves do que as drogas ilícitas (OLINGER, 2010). 
3 REFERÊNCIAL TEÓRICO
3.1 TIPOS DE DROGA LÍCITAS: ÁLCOOL 
O álcool é uma droga licita socialmente aceita, com potencial de alterar o sistema nervoso central (SNC) do ser humano, é constituído pelo grupo hidroxila (-OH) ligado ao carbono saturado e por substância etílico sendo este um produto de fermentação de carboidratos (açucares) presentes em vegetais. Ao longo da história, vem sendo usada por diversas culturas com diferentes finalidades como: o uso em curativos, cerimônias religiosas, culto místico, entre outros (BRASIL, 2014).
 C OH
 
 Estrutura química do álcool.
O álcool ao longo do tempo vem sendo estudada como a droga mais antiga existente nos dias atuais, que quando age no organismo, possui a capacidade de alterar ou modificar as emoções. Com a sofisticação dos processos de fermentação das matérias primas, como o da cevada e das frutas, torna a produção cada vez maior. Por esse motivo, hoje são encontradas no mercado diversos tipos de bebidas, e como consequências, tornam-se novas formas de degradar os sistemas de um ser vivo (NEVES; SAGATTO, 2010).
O álcool é considerado uma droga psicoativaou até mesmo psicotrópica, sendo o consumo liberado pela Legislação Brasileira para pessoas acima dos 18 (dezoito) anos de idade, no entanto, é comum o consumo desse produto, por parte dos adolescentes (BRASIL, 2008). Neste sentido o grupo citado anteriormente apresenta maior tolerância para o consumo do álcool, já que estes iniciam suas atividades em drogas licitas neste caso o álcool, em seu ambiente familiar, o que influencia altamente para o consumo desenfreado, podendo dessa forma causar ao indivíduo a dependência por álcool (PIMENTEL, 2013).[1: Substancias natural ou sintética que, absorvidas pelo organismo humano, seja pela ingestão, injeção, inalação ou absorção da pele, penetram na corrente sanguínea e alcançam o cérebro, afetando o seu equilíbrio e provocando e seus usuários que variam de apatia a agressividade. ][2: Grupo de drogas que atua no organismo provocando alterações de humor, percepções, sensações de prazer, euforia, alívio, medo, dor e etc. usam-se quando se refere ao termo droga.]
Além de toda problemática acima citada, os jovens ainda participam do consumo chamado de Binge Drinking (consumo de várias bebidas alcoólicas em uma só ocasião). Apesar do consumo por adolescentes menores de 18 (dezoito) anos ser ilegal, ainda não se tem uma pratica de medida eficiente que possa resolver essa questão, com isso a liberação do álcool torna-se comum nos diversos ambientes sociais (FERREIRA; TORGAL, 2010).[3: O termo Binge Drinking, é utilizado por pesquisadores para dizer que: meninos bebem de 5 (cinco) ou mais tipos diferentes de bebida alcoólica e meninas bebem de 4 (quatro) ou mais tipos diferentes.]
Estudos afirmam que o desejo de ingerir bebidas alcoólicas, decorre principalmente da curiosidade do indivíduo e o desejo de inserir-se em um grupo social ou fazer parte de uma comunidade de iguais – os amigos – ou até mesmo como uma passagem simbólica de rito de iniciação – sentir-se adulto –. Nesse contexto o indivíduo adquiri uma forma predativa em consumir tal droga (CAVALCANTE; ALVES; BARROSO, 2008).
3.1.1 METABOLIZAÇÃO DO ÁLCOOL NO SISTEMA NERVOSO E SUA CONSEQUÊNCIAS.
	Assim que o álcool é ingerido, ele é absorvido pelo estômago e intestino delgado, a sua velocidade de absorção depende da concentração de álcool contido na bebida a ser consumida e se a pessoa está ou não em jejum. Como o álcool é solúvel em água ou gordura, a maior parte dessa substância é absorvida pela mucosa do estômago. Caso este órgão esteja vazio, a absorção se torna mais rápida, chegando facilmente ao cérebro e fígado, com isso os ricos a embriaguez são mais visíveis, modificando dessa forma o bom funcionamento do cérebro e oferecendo ao indivíduo problemas de saúde que podem agravar com o tempo (ABRAMOVAY; CASTRO, 2005).
Com a liberação para o consumo de drogas licita como o álcool, esta abre uma porta de caminhos que podem levar o indivíduo a consumir as drogas ilícitas. O álcool pode levar o ser humano a inúmeros casos graves de problemas de saúde como:
- Distúrbios mentais que altera o metabolismo da pessoa enquanto quantidade a ser ingerida de álcool. 
- Insuficiência hepática a degradação das sustâncias é mais lenta, com isso pode aumentar a possibilidade da dependência por álcool. 
- Alcoolismo caracterizado pela intoxicação, aguda ou crônica, provocada pelo consumo abusivo de bebidas alcoólicas e constitui um problema sério de saúde pública que põe em risco a integridade física ou mental do indivíduo, neste caso o mesmo não possuir controle de suas ações mentais. 
- Intoxicação aguda, onde a quantidade de álcool está acima do permitido pelo organismo, sendo caracterizada pela depressão crescente do sistema nervoso central, além disso, o consumo exagerado pode causar inúmeros acidentes de transito.
A sensação de ingestão crônica do álcool ou a sua redução por parte do indivíduo pode levar ao aparecimento de um conjunto de sinais e sintomas do chamado Síndrome de Abstinência do Álcool (SAA). Os neurotransmissores enviam informações ao cérebro de que o indivíduo necessitas das substâncias alcoólicas, porém este está em fase de tratamento e com a falta dessas substâncias a pessoa pode apresentar graves complicações como: tremores, hiperatividade, insônia, alucinações ou ilusões visuais, entre outros (PORTAL, 2014). [4: Conjunto de sintoma, de agrupamento e gravidade variáveis, ocorrendo em abstinência absoluta ou relativa do álcool, após uso repetido e usualmente prolongado e/ou uso de altas doses. ]
3.1.2 CONSUMO DE ÁLCOOL.
	Com o uso exagerado do álcool por parte da população, estima-se que 10% a 12% da população mundial sofrem de alcoolismo. No Brasil a estimativaé de 11,2 da população, isso representa 11,5 milhões de pessoas; 15% da população brasileira adulta bebem de maneira abusiva, o álcool é responsável por 60% dos acidentes de transito e aparece em 70% dos laudos de cadáveres das mortes violentas; entre os jovens menores de 18 (dezoito) de anos de idade 50% de acidentes automobilísticos estão ligados ao uso indevido de álcool e 20% das internações em hospitais são ligados ao alcoolismo; 60% das violências domesticas são causadas pelo abuso do álcool (PIMENTEL, 2013).
	A incidência do uso abusivo de álcool se torna maior entre os homes cerca de 60% da população brasileira do que entre as mulheres, neste contexto à um crescimento do alcoolismo entre jovens brasileiros especialmente na faixa etária de 13 a 15 anos, quando começam a inserir-se em um grupo de interesse social (LARANJEIRA et al, 2003).
3.2 TIPOS DE DROGAS LÍCITAS: TABACO 
O consumo do cigarro é um dos maiores problemas de saúde pública em diversos países do mundo, pois é um produto que contém tabaco. Na fumaça do cigarro são encontradas mais de 4.700 substâncias tóxicas diferentes, das quais 200 são veneno e 60 cancerígenos, e estão organizadas em duas fases fundamentais – a fase partícula que é constituída pela nicotina e o alcatrão; e a fase gasosa composta pelo monóxido de carbono, amônia, cetonas e entre outros. Essas substâncias tóxicas são as responsáveis pela alteração da oxigenação dos tecidos (ABRAMOVAY; CASTRO, 2005).[5: Segundo Amaral (apud NEVES, SEGATTO, 2010), O tabaco é uma planta cujo nome científico é Nicotiana tabacum, da qual é extraída uma substância de efeito estimulante chamada nicotina. O nome popular que o tabaco receber é de erva-santa; antigamente considerado um remédio que ajudava na cura de várias doenças; sua origem ainda é um pouco incerta, haja vista que muitos continentes requerem para si; o cultivo do tabaco encontra-se em quase todos os países do globo terrestre, sendo que, sua produção não é destinada para o benefício da saúde humana, e sim para a destruição.][6: Nicotina é uma amida terciária volátil, responsável de provocar a dependência, capaz de estimular, deprimir ou perturbar o sistema nervoso central (SNC) e todo o organismo, essas alterações ocorrem dependendo da quantidade e do período que é consumida (FERREIRA; TORGAL, 2010).][7: O alcatrão é um composto de mais de 40 substâncias cancerígenas, gerado pela combustão de derivados do tabaco. (OLINGER, 2010).][8: O monóxido de carbono (CO) tem afinidade com a hemoglobina (Hb) presente nos glóbulos vermelhos do sangue, que transportam oxigênio para todos os órgãos do corpo. A ligação do CO com a hemoglobina forma o composto chamado carboxihemoglobina, o qual prejudica a oxigenação sanguínea e, consequentemente, de alguns órgãos, causando doenças como a aterosclerose (doença inflamatória crônica nos vasos sanguíneos). ][9: De acordo com o Ministério da Saúde (apud INCA, 2014) a amônia alcaliniza a fumaça do cigarro, contribuindo assim para uma maior absorção de nicotina pelos fumantes, tornando-os mais dependentes da droga e é, também, o principal componente irritante da fumaça do tabaco.]
Os efeitos decorrentes da utilização do tabaco são diversos no organismo como as doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, diversas formas de câncer, influência nas funções reprodutivas que incluem a redução da fertilidade, prejuízo no desenvolvimento fetal, aumento de riscos para gravidez ectópica - é a gestação que se instala e evolui fora da cavidade uterina, e aborto espontâneo (DARZÉ, 2004).
Conforme Who (apud INCA, 2014), pesquisas revelam que no mundo aproximadamente 47% de toda a população masculina e 12% da população feminina fumam, e o número anual de morte pelo consumo do tabaco equivale a 4,9 milhões de mortes anuais, o que corresponde a mais de 10 mil mortes por dia. No Brasil o número de fumantes chega a ser de 33 milhões, e a quantidade de óbitos por dia passa dos 300, consequência do habito de fumar, a Organização Mundial da Saúde prever que até 2020 esse número de mortes por ano seja de 10 milhões de pessoas.
3.2.1 CAMINHO REALIZADO PELA FUMAÇA DO CIGARRO NO ORGANISMO E SUAS CONSEQUÊNCIAS.
A porta de entrada para a fumaça do cigarro percorrer no organismo é a boca, pois é o primeiro local de contato com os componentes do tabaco. Nessa inicial trajetória danos para a saúde podem ser desenvolvidos como o surgimento de manchas e a coloração amareladas dos dentes, maior predisposição para cáries dentárias, mau hálito, além desses danos, o câncer de língua, lábios e bocas estão também associadas as doenças que surgem nessa região. Logo após a fumaça atinge a faringe e a laringe, causando faringites, laringites e principalmente o câncer de laringe. Prosseguindo o trajeto o ar, a traqueia e os brônquios transportam a fumaça até chegar aos pulmões, sendo nociva a todos os órgãos que percorrem (GROSS; CRUZ, 2014).
A concentração mais intensa da fumaça no organismo é nos pulmões, órgão que armazena a maior parte das substâncias cancerígenas, em virtude desse fato o número de casos de câncer de pulmão advindos do consumo do tabaco encontra-se em torno de 80%, além disso, pode ocasionar o desenvolvimento de outras doenças, dentre elas estão o enfisema pulmonar, bronquite e pneumonia (PORTAL, 2014). 
Os pulmões por armazenarem a maior parte das substâncias do tabaco, exerce o papel de filtrador das mesmas, as toxinas presentes são absorvidas pela corrente sanguínea que transporta o sangue para todo o corpo, através desse processo os órgãos como o coração e o cérebro são comprometidos, é por esse motivo que geralmente surgem, de modo especial, nos fumantes, o infarto do miocárdio e o derrame cerebral (LARANJEIRA et al, 2003).
Depois de serem absorvidas pela corrente sanguínea, as substâncias presentes na fumaça do tabaco disseminam-se por todos os órgãos do corpo humano. Depois desta viagem pelo organismo, os componentes da fumaça do cigarro são eliminados pelo sistema urinário. O processo de descarte inicia-se com a filtragem os dos componentes do tabaco pelos rins, sendo armazenados na bexiga urinária, sob a forma de urina, vale ressaltar que um simples contato da urina produzida, com os rins e a bexiga, pode propiciar o desenvolvimento de câncer nas respectivas regiões (BRASIL, 2014).
3.2.2 EXPOSIÇÃO AMBIENTAL PROVOCADA PELA FUMAÇA DO TABACO
A exposição ambiental ocorre a partir do momento, em que pessoas não fumantes convivem com fumante em um mesmo ambiente, devido a inalação da fumaça desse produto que se espalha pelo local. Desse modo, os indivíduos que ficam expostos recebem o nome de tabagista passivo ou fumante passivo, porque de qualquer maneira as substâncias que um fumante transporta para o seu pulmão na hora do uso, são as mesmas que o tabagista passivo inala (GROSS; CRUZ, 2014).
Conforme Iarc (apud INCA, 2014) a fumaça resultante da combustão do cigarro em ambientes fechados é denominada poluição tabagística ambiental (PTA), sendo ela formada por dois componentes principais: fumaça exalada pelo fumante denominada como corrente primária; e a fumaça que sai da ponta do cigarro designada como corrente secundária, essa é o principal componente da poluição tabagística ambiental, porque durante 96% do tempo que o cigarro passa em combustão ela é formada. Interpretando o dado nota-se que as concentrações dessas substâncias encontram-se em maior quantidade no ambiente do que no organismo do fumante. Vale ressaltar, que o fumante passivo inala diretamente a fumaça sem passar por uma filtragem, diferente do tabagista, pois o cigarro que ele consome é constituído por uma parte que faz a filtragem da fumaça antes de atingir o organismo.
Quando um adulto fumante passivo convive num ambiente fechado com fumante corre grandes riscos de adquirir uma doença por causa do tabagismo, de acordo com o tempo que ele fica exposto à fumaça, tendo também, um risco de 30% maior de desenvolver câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os tabagistas passivo que não se expõem(GOÉS; AMARAL, 2010). As crianças que são expostas a fumaça têm risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exacerbação da asma. Os bebês correm um risco de cinco vezes de morrerem subitamente sem uma causa aparentes e maiores riscos de doenças respiratórias. As mulheres são as principais vítimas do consumo passivo da fumaça do cigarro. Não fumar é um sinal de respeito a si próprio e às pessoas que compartilham o mesmo ambiente. (ALMEIDA et al, 2007).
 No Brasil criou-se uma legislação voltada para a proteção contra os riscos da exposição a poluição tabagística ambiental, como a Lei 9.294/96 que proíbe a utilização de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou qualquer outro produto fumígeno derivados do tabaco, em recinto coletivo privado ou público, tais como, repartições públicas, hospitais, salas de aula, bibliotecas, ambientes de trabalho, teatros e cinemas (BRASIL, 2008).
3.3 TIPOS DE USUÁRIOS DE DROGAS
 A classificação de usuários de drogas é necessária para conhecer o indivíduo, e tentar buscar alternativas que consigam ajudar o mesmo a sair da realidade que está vivenciando. São quatro tipos de usuários o experimentador, eventual, habitual e o dependente, cada um desse tem suas próprias características que diferenciam umas das outras.
Usuário experimentador – é aquele que mantém contato pela primeira vez com qualquer substância, sendo ela álcool, cigarro e entre outros, essa pessoa não se interessa em utilizar novamente, como o próprio nome diz experimentador. É importante destacar que esse primeiro contato com as drogas, na maioria das vezes, não surge porque o mesmo deseja, mas sim por pressão do grupo de colegas, vontade de impressionar alguém do sexo oposto, problemas familiares que acabam abalando o sujeito, tornando-o frágil, e com isso busca nas drogas uma forma de sair da realidade (LORDELLO, 2011).
Usuário eventual – é o sujeito que já experimentou, e passou a utilizar drogas de vez em quando, num ambiente favorável a utilização da substância como numa festa, reunião de amigos, locais onde esteja disponível o produto. Esse usuário ocasional não é ainda dependente de drogas e nem revela sinais de rupturas ou de revoltas com as relações afetivas ou sociais, além disso, ele não vai em busca da droga, mas se já tiverem outras pessoas usando no mesmo ambiente e lhe oferecerem ele utiliza (ALMEIDA et al, 2007).
Usuário habitual – é a pessoa que diferentemente do eventual, não espera que ninguém venha lhe oferecer, o mesmo vai em busca da droga e consome, sua rotina vai está organizada de acordo com seu hábito de consumo do produto. Este tipo de usuário ainda não é dependente, mas está a um passo de torna-se viciado, quando a pessoa atinge esse grau de consumo faz-se necessário atenção redobrada para que o caso não venha a se agravar cada vez mais (LORDELLO, 2011).[10: É o indivíduo que apresenta um padrão de comportamento caracterizado pelo uso compulsivo e pela necessidade apreensiva de drogas e de assegurar o seu suprimento. ]
Usuário dependente – é quando o consumidor do produto passa a utilizá-lo compulsivamente, sem controle psicossocial, a droga passa a ser o eixo da sua vida rompendo os vínculos sociais e afetivos, isolando-se e marginalizando-se. Quando o usuário atinge este nível é necessário encaminha-lo para clinicas de reabilitação (GÓES; AMARAL, 2010).[11: O termo dependência passou a ser recomendado desde 1964, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para substituir outro com maior conotação moral: o chamado vício]
4 METODOLOGIA
No primeiro momento serão distribuídos 50 questionários aleatoriamente entre os alunos do Instituto Stella Maris do Ensino Médio, as perguntas são referentes ao assunto abordado neste trabalho, como forma de obter informações quantitativas a respeito do conhecimento desses discentes em relação as drogas licitas, álcool e tabaco. Após esse primeiro contato com os estudantes o tema abordado neste projeto começará a ser apresentado de forma dinâmica, teórica e interativa, destacando as consequências da utilização dessas substâncias para o organismo. [12: Veja no anexo o questionário que será aplicado aos estudantes.]
Para elucidar utilizaremos cartazes informativos com dados de consumo e óbitos, imagens de doenças provenientes da utilização de drogas lícitas, e embalagens vazias de alguns produtos advindo do álcool e tabaco. Os alunos que tiverem dúvidas, ou quererem perguntar algo ao longo do trabalho poderá nos interromper para esclarecermos imediatamente, as dúvidas ou curiosidades que surgirem. 
Para finalizar a apresentação será realizada a experiência máquina de “fumar cigarro”, que encontra-se disponível no site manual do mundo. Este experimento utilizará materiais alternativos em sua maior parte.
As informações da experiência estão contidas no quadro abaixo, que indicam o tempo estimado, materiais necessários e o procedimento de como o experimento é realizado. A realização da exposição da experiência tem que ser em um ambiente aberto, devido a fumaça do cigarro que espalha-se pelo ambiente.
	Experiência: Máquina de fumar cigarro
	Duração: 15 minutos 
	Objetivos: 
Demonstrar aos estudantes o perigo que os fumantes correm ao consumir apenas um cigarro;
Alertar sobre os danos que a fumaça do tabaco causa ao organismo.
	Material
	Procedimento
	9 garrafas PET (seis de 2l e três de 600ml)
1 carteira de Cigarro
Água (litros)
1 bastão de cola quente
1 Secador
3 Elásticos
3 Guardanapos
Fita adesiva
Tesoura
Isqueiro 
	Para começar, corte o bico de uma garrafa e use como modelo para fazer um furo circular na base da outra. Em seguida, encaixe o bico dentro da garrafa e coloque bastante cola quente para fechar. 
Faça um furo pequeno no centro das duas tampinhas e tampe o furo da base com uma fita adesiva.
Após isso, encha a garrafa com água, encaixe o cigarro dentro da tampa de cima, acenda e destampe o furo da base para a água sair.
- O passo seguinte é montar um aparelho para forçar a saída da fumaça.
Corte a parte de cima de uma garrafa de 600ml e encaixe na saída do secador (passe fita adesiva para garantir que está “lacrado”). Encoste o bico da garrafa do secador no bico da garrafa da base da máquina. Tampe o bico de cima com um guardanapo (use o elástico para fechar) e ligue o secador embaixo para forçar a saída da fumaça pelo pedaço de papel. 
5 CONCLUSÃO
Almejamos com a exposição de nosso projeto “Drogas Lícitas: álcool e tabaco prejuízo para saúde”, aos alunos do Instituto Stella Maris, que obtenham informações mais consistente acerca dos danos causados pelo consumo das drogas que em nossa sociedade são liberadas por leis. Além disso, objetivamos que os estudantes tomem um posicionamento critico-reflexivo sobre esta temática, sendo ela de seu próprio cotidiano, que ocasionam a destruição do organismo de forma avassalado, e causando um grave problema de saúde pública. 
Com base nas informações que tivemos contato, o nosso desejo maior, é, que os adolescentes e jovens de nossa comunidade local, evite a utilização exagerada dessas drogas que estão livremente disponíveis no comércio, pois o consumo exorbitante desses produtos causam a dependência. 
A sociedade brasileira está rodeada desses tipos de casos, que provocam um cenário de grande angústia. Os protagonistas de destaque desse cenário atualmente são os jovens, seguidos dos adolescentes e até mesmo as crianças, que muitas vezes são expostas dentro do próprio ambiente familiar.
6 CRONOGRAMA
	
	Atividades
	20 a 22/10
	23/10
	24 a 26/10
	28/10
	29/10
	
30/10 a 02/11
	03/11/
	04 a 06/11
	
07/11
	1
	Levantamento de literatura
	X
	
	
	
	
	
	
	
	
	2
	Montagem do projeto
	
	X
	
	
	
	
	
	
	
	3
	Elaboração do projeto
	
	
	X
	
	
	
	
	
	
	4
	Entrega do trabalho
	
	
	
	X
	
	
	
	
	
	5
	Comentários sobre o trabalho pela docente
	
	
	
	
	X
	
	
	
	
	6
	Organização da exposição do projetoX
	
	
	
	7
	Apresentação do projeto
	
	
	
	
	
	
	X
	
	
	8
	Elaboração do artigo
	
	
	
	
	
	
	
	X
	
	9
	Envio do artigo
	
	
	
	
	
	
	
	
	X
7 ANEXO
QUESTIONÁRIO
DROGAS LÍCITAS: ÁLCOOL E CIGARRO PREJUÍZO PARA SAÚDE.
1-SEXO: 
Masculino ( ) Feminino ( )
2-IDADE:
De 12 – 14 ( ) De 15 – 17 ( ) igual ou maiores de 18(dezoito) anos de idade ( )
3-Você considera o ÁLCOOL E CIGARRO como um tipo de DROGA?
Sim ( ) Não ( )
4-Você já consumiu algum tipo de ÁLCOOL OU CIGARRO?
Sim ( ) Não ( ) 
5-Se você respondeu Sim. Onde você iniciou esse tipo de consumo?
No ambiente familiar ( )
Em rodas com os amigos ( )
No ambiente escolar ( )
Outros ( )
6-Você fuma ou já fumou cigarro?
Sim ( ) Não ( )
7-Você bebe algum tipo de bebida alcoólica?
Sim ( ) Não ( )
8-Você possui o conhecimento de que os usos desses tipos de drogas prejudicam o organismo do ser humano?
Sim ( ) Não ( )
9-Em seu ambiente familiar existe alguém com problemas relacionados ao uso de álcool ou cigarro?
Sim ( ) Não ( )
10-Em sua opinião, você acha que o álcool e o cigarro deveriam ser proibidos por lei para qualquer faixa etária?
Sim ( ) Não ( )
	
8 REFERÊNCIAS
ABROMOVAY, Miriam; CASTRO, Mary Garcia. Drogas nas escolas: versão resumida. Brasília: Unesco, Rede Pitágoras, 2005. 143p. Disponível em: < http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001393/139387por.pdf >. Acesso em: 22 Out. 2014.
ALMEIDA FILHO, Antônio José de. O adolescente e as drogas: consequências para saúde. Revista de Enfermagem, [S.l.], v.11, n. 4, p.605-10, dez. 2007. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ean/v11n4/v11n4a08 >. Acesso em: 20 out. 2014. 
BRASIL. Curso de prevenção do uso de drogas para educadores de escolas públicas. 6. ed. Brasília: Secretária Nacional de Política sobre Drogas; Ministério de Educação, Ministério da Justiça, 2014. 272p. Disponível em: <http://educadores.senad.gov.br/images/Livro_texto_Cursode_Prevencao_completo.pdf>. Acesso em: 20 Out. 2014. 
______. Legislação e políticas públicas sobre drogas. Brasília: Presidência da República, Secretária Nacional de Políticas sobre Drogas, 2008. 106p. Disponível em:<http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/biblioteca/documentos/Legislacao/327912.pdf>. Acesso em: 21 Out. 2014.
CAVALCANTE, Maria Beatriz de Paula Tavares; ALVES, Maria Dalva Santos; BARROSO, Maria Grasiela Teixeira. Adolescência, álcool e drogas: uma revisão na perspectivada promoção da saúde. Revista de Enfermagem, [S.l.], v.12, n. 3, p.555-9, set. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ean/v12n3/v12n3a24>. Acesso em: 20 out. 2014. 
DARZÉ, Omar Ismail. Gravidez Ectópica. [S.l.: s.n., 2004]. Disponível em: <http://www1.saude.ba.gov.br/iperba/admin/db/userfiles/file/Protocolo-OBS-016-Gravidez_Ectopica[1]Corrigida.pdf>. Acesso em: 21 Out. 2014. 
FERREIRA, Maria Margarida da Silva dos Santos; TORGAL, Maria Constança Leite de Freitas Paúl Reis. Consumo de tabaco e de álcool na adolescência. Revista Latino-Am Enfermagem, v. 18, n.2, p. 123-29, mar-abr 2010. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S010411692010000200017&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 20 Out. 2014. 
GÓES, Maria Maiza de Andrade; AMARAL, José Hamilton de. O uso de drogas lícitas e ilícitas e suas consequências sociais e econômicas. [S.l], v.5, n.5, p.20, maio. 2009. Disponível em: <http://www.progep.ufpa.br/progep/docsDSQV/ALCOOL_E_DROGAS.pdf>. Acesso em: 22 out. 2014. 
GROSS, Jefferson Luiz; CRUZ, Maria Tereza Duarte Pereira da. Caminho da fumaça. [S.l.: s.n., 2014]. Disponível em: <http://www.accamargo.org.br/files/pdf/materiais-de-prevencao/cartilha-conhecer-para-prevenir.pdf>. Acesso em: 20 Out. 2014.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Tabagísmo. [S.l.: s.n., 2014]. Disponível em: <http://www.inca.gov.br/tabagismo/index.asp>. Acesso em: 20 Out. 2014. 
LARANJEIRA, Ronaldo (Coord.) et al. Usuários de substâncias psicoativas: abordagem, diagnóstico e tratamento. 2. ed. São Paulo: Conselho Regional de Medicina do estado de São Paulo, Associação Brasileira, 2003. 120 p. Disponível em: <https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/0201.pdf>. Acesso em: 20 Out. 2014. 
LORDELLO, Jorge. Tipos de usuários de drogas. [S.l.: s.n., 2011]. Disponível em: <http://www.cronicasdolordello.com.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=448:tipos-de-usuarios-de-drogas-&catid=69:drogas&Itemid=146>. Acesso em: 20 out. 2014.
NEVES, Elcione Alves Sorna; SEGATTO, Maria Luiza. Drogas lícitas e ilícitas: uma temática contemporânea. Revista da Católica, [S.l.], v. 2, n.4, p.9, nov. 2010. Disponível em: < http://catolicaonline.com.br/revistadacatolica2/artigosn4v2/34-pos-grad.pdf>. Acesso em: 21 Out. 2014.
OLINGER, Marianna. Drogas questões e perspectivas: Brasil e a política nacional sobre drogas. [S.l.: s.n., 2010]. Disponível em: <http://www.comunidadesegura.org/files/active/0/Boletim_2_Final.pdf>. Acesso em: 22 Out. 2014.
PIMENTAL, Jaqueline. II Levantamento Nacional de álcool e drogas mostra o consumo de álcool crescente e desigual pela população brasileira. [S.l.: s.n., 2013]. Disponível em: <http://dssbr.org/site/2013/06/ii-levantamento-nacional-de-alcool-e-drogas-mostra-o-consumo-de-alcool-crescente-e-desigual-pela-populacao-brasileira/>. Acesso em: 21 Out. 2014. 
PORTAL da saúde. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/links-de-interesse/317-tabagismo/9259-como-o-cigarro-atua-quimicamente-no-organismo>. Acesso em: 21 Out. 2014. 
VENTURA, Carla Aparecida Rena. Drogas lícitas e ilícitas: do direito internacional à legislação brasileira. Revista eletrônica de Enfermagem, [S.l.], v. 13, n. 3, p. 560-5, set. 2011. ISSN 1518-1944. Disponível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen/article/view/8955/10658>. Acesso em: 20 Out. 2014.

Continue navegando