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aula 2 aquisição da linguagem materna

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1
Psicolinguística 
Profa. Dra. Luzia Schalkoski Dias 
Aula 2 
Organização da Aula 2
Aquisição da linguagem
� A aquisição da língua materna 
� Manhês
� As teorias de aquisição
Contextualização 
Aquisição da língua materna
� Crianças em poucos anos 
alcançam o domínio de sua 
língua materna
� Psicolinguística — busca 
compreender e explicar como as 
crianças aprendem a falar e a 
entender a língua
� Debate quanto à natureza do 
processo de aquisição da 
linguagem 
• natural X cultural
� Postura mais aceita atualmente:
• a linguagem humana responde 
a um instinto inato
Conceitualização
2
O caminho da aquisição da 
língua materna 
� Primeiras semanas de vida
• O choro e outros sons que a 
criança emite não são 
intencionais, são 
condicionados 
fisiologicamente
� De 2 a 4 meses
• A criança começa a 
produzir outros sons que 
exigem mais do aparelho 
fonador — arrulho
• Começa a distinguir sons 
vocálicos e consonantais
• Associa a voz de sua mãe com 
sensações agradáveis
� De 4 a 7 meses
• Fase do balbucio —
vital para o 
desenvolvimento da fala; 
treino fonético
• Primeiras séries de sílabas —
facilidade articulatória das 
combinações iguais em todas 
as línguas: 
� pa-pa, ma-ma, ba-ba,
da-da
• Respostas com balbucio à voz 
de um adulto — início do 
envolvimento com a 
comunicação verbal —
socialização dos bebês
� Entre 12 e 18 meses
• Muitas crianças proferem 
claramente palavras 
conhecidas
• A expressão infantil 
por meio de palavras 
isoladas: com o passar do 
tempo, a área coberta por uma 
palavra se modifica e seu 
significado pode se expandir ou 
se contrair. Exemplo: papá
• Palavras-frases ou 
holófrases — nessas primeiras 
fases do desenvolvimento da 
linguagem, as palavras podem 
referir-se a mais de um objeto 
ou indivíduo
Au-au Um cachorro Outro bicho
Au-au
Tenho 
medo 
desse 
cachorro
Vem aqui, 
cachorro!
3
� Entre 18 e 24 meses
• Fala telegráfica — ausência de 
recursos coesivos: “historinha 
neném”
� O desenvolvimento da linguagem 
não se restringe à aquisição da 
estrutura da língua
� Crianças aprendem que a 
linguagem permite lidar com 
diferentes tipos de pessoas em 
diversas situações 
� Em condições normais, nos 
sentidos biológico e social, a 
aquisição se completa entre 
10–12 anos
� De 13–14 anos — período 
crítico que limita a possibilidade 
de surgimento e 
desenvolvimento da linguagem
� O processo de aquisição da 
língua materna se dá de acordo 
com estágios diferenciados, 
pelos quais passam todas as 
crianças
Manhês
� Os pais possuem uma espécie de 
manual de estilo para falar 
com seus filhos — manhês
� Os traços próprios do manhês 
não são usados conscientemente 
pelos adultos
4
Traços do manhês
� Pronúncia mais cuidada, timbre 
elevado, entonação exagerada e 
ritmo mais lento que o habitual, 
com pausas mais longas e 
numerosas
� Enunciados até três vezes mais 
breves que os habitualmente 
usados nas conversas entre 
adultos; menor número de 
sentenças subordinadas e mais 
enunciados sem verbo
� Léxico — contém número 
limitado de palavras; diminutivos 
� Discurso — focaliza o aqui e 
agora — sentenças imperativas 
e repetições
� Abundância de sentenças 
interrogativas com uso de 
quem, que, onde etc. —
apresentam estrutura sintática 
complexa
Teorias de Aquisição da 
Linguagem
Abordagens behavioristas
� Consideram apenas os aspectos 
comportamentais observáveis e 
mensuráveis
� Aprendizagem do 
comportamento verbal: 
treinamento; estímulos do 
ambiente provocam e reforçam 
certas respostas e inibem outras 
� Os adultos oferecem exemplos 
de fala para serem imitados:
• “Tchau. Diga ‘tchau’ pra 
titia. Que bonito! Ele falou 
‘tchau’!”
5
� Evidências contrárias:
• Criança: “Ninguém não gosta 
de mim.”
• Mãe: “Não. Diga: ‘Ninguém 
gosta de mim’.”
• Criança: “Ninguém não gosta 
de mim.”
• Mãe: “Agora me escuta bem. 
Diga: ‘Ninguém gosta de mim’.”
• Criança (chorando): 
“Ninguém não gosta de mim! 
Nem você não gosta de mim!”
Abordagens inatistas 
� Noam Chomsky — argumento 
da pobreza de estímulo 
� Postula a existência de uma 
capacidade linguística inata
� Defende-se que as crianças 
nascem com um dispositivo de 
aquisição da linguagem
biologicamente programado, que 
contém os princípios universais 
da estrutura de qualquer língua 
humana — GU 
� A aquisição da linguagem ocorre 
quando a criança entra em 
contato com a experiência 
linguística
Abordagens interacionistas
� Assumem que fatores 
interdependentes — biológicos, 
sociais, linguísticos, cognitivos 
etc. — afetam o curso do 
desenvolvimento
6
Vertentes da Abordagem 
Interacionista 
� Dois tipos principais de 
abordagens interacionistas: 
• o interacionismo cognitivo
de Jean Piaget e sua escola e 
• o interacionismo social de 
Lev Vygotsky e seus 
seguidores
Interacionismo cognitivo ou 
construtivismo — Piaget
� A linguagem não é 
independente das outras 
habilidades humanas 
que surgem como 
resultado do 
amadurecimento 
cognitivo 
� A linguagem não é 
aprendida: as estruturas 
linguísticas “emergem” como 
resultado da interação entre o 
nível do funcionamento cognitivo 
da criança em uma certa etapa 
de seu desenvolvimento e seu 
ambiente
Sociointeracionismo —
Vygotsky
� Compartilha com o inatismo a 
ideia de que a linguagem 
humana tem uma estrutura e 
certas regras que a diferenciam 
de outros tipos de 
comportamento
� Privilegia-se o papel do 
ambiente, das funções 
sociocomunicativas da linguagem 
7
Conexionismo
� Defende-se a hipótese de que a 
aquisição da linguagem pode ser 
explicada em termos de 
aprendizagem em geral — não 
depende de um módulo 
específico 
� Busca-se descrever os 
processos cognitivos em termos 
computacionais — estrutura de 
dados e processos que atuam 
sobre eles
Abordagens recentes
Tomasello
2003, 2010
Crianças nascem com 
capacidades cognitivas que lhes 
permitem desenvolver a 
competência linguística e 
habilidades sociais que as 
motivam nesse 
desenvolvimento 
Para que a criança 
desenvolva a linguagem, sua 
interação com o adulto deve 
ocorrer nos contextos 
específicos — quadros de 
atenção 
conjunta/compartilhada
Linguagem como resultado 
dos desenvolvimentos histórico 
e ontogenético, que trabalham 
em conjunto com padrões 
cognitivos humanos 
preexistentes 
Abordagem interpessoal-cognitivista 
Aplicação Prática
1. Como a ideia de período 
crítico explica problemas no 
domínio da língua enfrentados 
por crianças que foram 
privadas de experiências 
linguísticas por razões 
de isolamento social?
2. Analise se esta afirmação é 
verdadeira ou falsa:
O uso do manhês pelos pais pode 
afetar negativamente o 
desenvolvimento da linguagem da 
criança de pouca idade
8
Síntese
� A linguagem humana responde a 
um “instinto” inato
� O processo de aquisição da 
língua materna se dá de acordo 
com os estágios diferenciados, 
pelos quais passam todas as 
crianças
� Behavioristas — crianças são 
“receptores” passivos — o 
desenvolvimento da linguagem 
se deve exclusivamente ao 
treinamento linguístico
� Inatistas — a criança é vista 
como um “pequeno cientista” que 
analisa a fala dos outros e 
descobre as regras gramaticais 
� Interacionistas — reconhecem 
os argumentos mais fortes de 
ambos os campos, mas 
assumem que muitos fatores 
afetam o desenvolvimento dalinguagem
� Sociointeracionistas — a 
criança e seu ambiente de fala 
representam um sistema 
dinâmico
� Conexionismo — busca explicar 
como a criança constrói 
conexões entre palavras, frases 
e as situações em que elas 
ocorrem 
Referências de Apoio
� GODOY, E.; DIAS, L. S. 
Psicolinguística em foco:
aquisição e aprendizagem. 
Curitiba: Intersaberes, 2014.
� GODOY, E.; SENNA, L. A. G. 
Psicolinguística e letramento. 
Curitiba: Ibpex, 2011.
9
� LIGHTBOWN, P. M.; SPADA, N. 
How languages are learned. 
3. ed. Oxford: Oxford University 
Press, 2007.
� PINKER, S. O instinto da 
linguagem: como a mente cria a 
linguagem. São Paulo: Martins, 
2004.
� VYGOTSKY, L. S. Pensamento e 
linguagem. Lisboa: Antídoto, 
1979.

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