2017 resumo flavio daher direito penal parte geral aula 50 agravantes teoria da pena ii

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Agravantes – Teoria da Pena
DIREITO PENAL – PARTE GERAL
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AGRAVANTES – TEORIA DA PENA
Circunstâncias Agravantes (cont.)
Art. 61. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não consti-
tuem ou qualificam o crime:
I – a reincidência;
II – ter o agente cometido o crime:
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou 
vantagem de outro crime;
Passado Futuro
Ocultação Assegurar
a
Execução
crimeImpunidade
Vantagem
• Ocultação: não há informação nem conhecimento do crime e o autor 
deseja manter assim.
• Impunidade: há conhecimento do crime, mas o autor deseja impedir que a 
notícia-crime tenha uma persecução penal exitosa. 
Obs.:� C.f.: art. 344: coação no curso do processo
Art. 344. Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de favorecer interesse 
próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona 
ou é chamada a intervir em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo 
arbitral:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena correspondente à 
violência.
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• Vantagem: assegurar vantagem do crime significa assegurar o produto do 
crime ou especificação obtida com o produto do crime.
• Assegurar a execução: conexão em teleológica ou consequencial (crime 
praticado para assegurar a execução de outro, futuro).
Art. 61. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não consti-
tuem ou qualificam o crime:
I – a reincidência;
II – ter o agente cometido o crime:
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou van-
tagem de outro crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso 
que dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
Elenco de hipóteses específicas 
No Brasil, não há, expresso, agravante genérico para crime premeditado. No 
entanto, existem situações que demonstram a premeditação, ou seja, a cogita-
ção reflexiva, a idealização sofisticada do crime.
• Traição: quando a pessoa trai a confiança de outra através de um ataque 
de surpresa.
 – Elemento objetivo: ataque repentino;
 – Elemento subjetivo: quebra da confiança → sempre haverá.
• Dissimulação: encobrimento do desiderato criminoso no sentido de manter 
a vítima com a vigília diminuída.
• Emboscada: tocaia. Escolha de um local para cometer o delito conside-
rado mais propício para obter êxito na empreitada delituosa.
+ Regra de encerramento de fórmula genérica: dificulta ou torna impossí-
vel a defesa. Permite a interpretação analógica – agravação de pena por situa-
ções que podem não estar literalmente na letra da lei. 
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Art. 61. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não consti-
tuem ou qualificam o crime:
I – a reincidência;
II – ter o agente cometido o crime:
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou van-
tagem de outro crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que 
dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insi-
dioso ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
Elenco de casos + Regra de encerramento de fórmula genérica
Veneno: insidioso
Fogo: cruel
Tortura: cruel
Explosivo: perigo comum
Obs.:� insidioso: dissimulado na sua eficácia maléfica. 
 Na alínea d, também incorre a interpretação analógica.
Art. 61. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não consti-
tuem ou qualificam o crime:
I – a reincidência;
II – ter o agente cometido o crime:
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou van-
tagem de outro crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que 
dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
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d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso 
ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge.
Cometer o crime nas situações abaixo; interpreta-se que o autor esteja em 
uma ação presumida de dissimulação.
• Ascendente
• Descendente
• Cônjuge
• Irmãos 
 – Natural: germanos ou unilaterais
 – Civil (por adoção)
Obs.:� o agravante não incide aos separados judicialmente.
Art. 61. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não consti-
tuem ou qualificam o crime:
I – a reincidência;
II – ter o agente cometido o crime:
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou van-
tagem de outro crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que 
dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso 
ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésti-
cas, de coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher 
na forma da lei específica.
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Elenco de casos
• Abuso de autoridade: relações privadas, especialmente em família.
• Coabitação: pessoas que convivem sob o mesmo teto.
• Hospitalidade: coabitação de forma transitória.
• Familiares: relações domésticas.
• Violência contra a mulher: ambiência doméstica.
Art. 61. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não consti-
tuem ou qualificam o crime:
I – a reincidência;
II – ter o agente cometido o crime:
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou van-
tagem de outro crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que 
dificultou ou tornou impossível a defesa do ofendido;
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso 
ou cruel, ou de que podia resultar perigo comum;
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de 
coabitação ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da 
lei específica;
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, 
ministério ou profissão.
• Abuso de poder: âmbito do direito público.
• Quebra de dever inerente a 
 – cargo;
 – ofício;
 – profissão;
 – Ministério.
���Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Flávio Daher.