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FORMAÇÃO DO SISTEMA LINFÁTICO – DANIEL Como se forma embriologicamente as 4 estruturas do sistema linfático? De onde as células se originam e para onde vão migrar (fonte, de onde vêm + para onde vão). Sistema linfático tem as estruturas completamente interligadas umas as outras . Reforça a ideia de que é um sistema com extrema eficiência. Toda vez que respiramos e comemos, colocamos antígenos para dentro do corpo, se o sistema imunológico não fosse eficiente (organização do sistema linfático), não combateríamos muito bem. 1a resposta: imunidade inata, mediante células que fazem fagocitose (macrófagos, neutrófilos...). Isto se dá pelos receptores de membrana não específicos (receptores germinativos, ou seja, desde que nascemos temos essas células). 2a resposta: imunidade adaptativa ou adquirida. Adquirimos conforme vamos tendo contato com os antígenos ao longo da vida. Órgãos linfoides → se organizam em primários e secundários. 1os: medula óssea e timo (acontece produção, maturação de células sanguíneas e células de defesa (série vermelha e branca). 2os: baço e linfonodos. Onde células linfoides maduras vão agir no combate aos antígenos. Na embriologia existe muito órgão provisório/ muito órgão que em um determinado momento, devido a necessidade tinha uma determinada função e depois com o surgimento dos órgãos efetivos ele vai perdendo essa função (se um órgão perde função → ou desaparece ou ganha outra função. ex. Sistema urinário (rim)). Coração e vaso no embrião é formado na terceira semana. O que se forma na quarta semana com o dobramento/ fechamento embrionário ? → cordão umbilical, pela necessidade de nutrição. A primeira estrutura que forma sangue no embrião é o saco vitelino, só que não é considerado órgão → Fonte produtora em pequenos quantidades (surge na segunda semana para isso: fonte nutritiva e geração de células sanguíneas em pouca proporção). Na quarta, quinta semana ele vai desaparecer porque outros órgãos vão ganhando relevância e ele vai perdendo função. Diminui, diminui, diminui até desaparecer, surgindo os órgãos definitivos, perde seu papel. 1o órgão a se formar é o coração (embrião de quarta-quinta semana ele possui a proeminência cardíaca (bem grande proporcionalmente a estrutura do coração em relação ao embrião)). 2o órgão a se formar é o fígado. Órgão chave/central do metabolismo no adulto. Surge para desempenhar uma função linfoide, só que é uma função provisória, não tem como esperar o surgimento da medula óssea que é depois de 20 semanas. Surge +/- na semana 4-5. Portanto é o primeiro órgão a efetivamente formar células sanguíneas (saco vitelino é estrutura) → ÓRGÃO LINFÓIDE PRIMÁRIO (primeiro a formar células sanguíneas). 3o surge o baço (passa a ser órgão linfoide primário e deixa o fígado com secundário). Esse cenário vai até o surgimento da medula óssea. Acontece a após a 20a semana. Então a medula óssea passa a ser primária, deixando o baço como secundário e o fígado perde a função de secundário e ganha nova função metabólica. Início da hematopoiese: fígado (surge da necessidade provisória de um órgão linfoide primário), depois, entre 7a e 8a semana surge o baço e o fígado vira secundário. Mais para frente, por volta da semana 24 surge a medula óssea dentro dos ossos longos e o cenário se normaliza e fica como conhecemos hoje, fígado perde a função linfoide secundária e passa a ser metabólico → TRANSIÇÃO DOS ÓRGÃOS EM TERMOS DE FUNÇÃO. Lembrar embriologia: Migração celular, estimuladas a migrarem a certas regiões e ali se estabilizam. E compartimentalização/individualização celular → base da organogênese. Um “bolo” de células que começam a migrar cada uma para um lado para formarem seus respectivos órgãos. Tenho porções para onde essas células vão migrar, individualizar e ali começarão a diferenciação celular (porque no início era tudo célula tronco mesenquimal). Obs. Com exceção do sangue, o resto vem de mesênquima. **Como sei que uma célula se diferenciou? Quando ela produz sua própria matriz (quando a parte molecular da célula/os genes da célula começam a ser ativados. E o produto do gene é a proteína final e está sim vai ser especifica de cada célula (pois o genoma é comum a todas as células, o que muda é o gene ativado em cada célula, gerando uma proteína). FORMAÇÃO DE LINFONODOS Começam a formação na semana 6, a partir do saco linfático primitivo, que são essas porções em verde (próximo a jugular, reto-peritoneal, intestino posterior). O que tem nesses sacos linfáticos? Agregados de células mesenquimais. E como eles se formam? Uma vez as células mesenquimais migrando, elas se aglomeram dentro desses sacos, em regiões estratégicas – mais próximas as vias aéreas e a parte digestiva (onde irão se acumular os principais linfonodos). O vaso linfático vai comunicar um saco ao outro. **dos sacos linfáticos primitivos, irei formar os sacos linfáticos não primitivos → Acontece uma migração celular para ficar tudo conectado. As células mesenquimais dentro dos sacos primitivos vão migrar, fazendo com que todos esses sacos fiquem conectados/interligados (+/- 6a semana). Esse processo de formação dos vasos linfáticos/ ramificações menores, acontece pelo processo de angiogênese. Aqui teremos uma diferença importante, visto que não são vasos sanguíneos e sim linfáticos. Graças a sinalização e comunicação celular independente da distância das células (parte vital de organismos multicelulares). Como acontece a sinalização? Se forem vizinhas/grudadas → pela membrana plasmática (por meio de junções comunicantes → conexinas). Se estiverem perto uma da outra → interagem por ramificações ou por meio de receptores (comunicação autócrina – de tipos celulares iguais e comunicação parácrina – de tipos celulares diferentes). Se estiverem longe → comunicação endócrina, agindo com base em receptores (visto que fica na corrente sanguínea e pode atingir o corpo inteiro, precisa de receptores específicos para atingir órgãos específicos). Portanto, quem manda na resposta é o receptor e não o fator. **Quanto tempo leva para começar o sinal e quanto tempo dura o sinal. - Qual é o principal fator de crescimento angiogênico? VEGF, fator de crescimento endotelial vascular → função importante no final e no começo da angiogênese. Estimula a proliferação de célula endotelial e a outra de estabilidade (tem duas funções porque vai se ligar a diferentes receptores, dependendo do receptor em que se ligar terá uma função diferente – 3 receptores tirosina quinase: r1, r2, r3, a tradução do sinal muda de acordo com o receptor)*. Só funciona se estiver ligado a um receptor. VEGF solúvel no meio não é nada. O sinal só acontece quando ele está ligado a um receptor, que nesse caso é o receptor tirosina quinase (receptor cujo sinal é muito forte). *Na angiogênese inicial o VEGF se liga ao receptor 2 (FLK), o qual estimula a migração e a proliferação de células endoteliais. *Na angiogênese final o VEGF desacopla do receptor 2 e se liga ao receptor 1, o qual tem um sinal de estabilidade do vaso. *Quando o VEFG se liga no seu receptor 3 ele vai estimular a produção de vasos linfáticos que vão ramificar e formar essa rede integrada dos linfonodos (no final e no início). Obs. A ausência de uma estrutura pode fazer com que outras se ramifiquem para suprir a ausência existente. 4 tipos de receptores:• ligados a canais iônicos (-milissegundos- o mais rápido, porém o efeito é curto). • acoplados a proteína G (-segundos- demora mais, mas ainda sim é rápido). • receptores tirosina quinase (horas – mais demorado). • receptores nucleares (dias – demorado). Resumo de formação de linfonodos → Sacos linfáticos primitivos formam os primeiros grupos e esses linfonodos são formados de células mesenquimais. Essas células mesenquimais saem dos vasos e migram, formando rede de canais/angiogênese e pela ligação do VEGF com seu fator 3, depois tem tecido conjuntivo associado em volta, para você caracterizar a formação de linfonodo em vaso linfático. BAÇO De onde as células do baço se originam? No mesentério dorsal - uma grande região embrionária – as células mesenquimais ali presentes vão individualizar e dar origem a várias porções, uma dessas porções é o mesogástrico dorsal , o qual formará exclusivamente o baço. É formado por conjuntivo frouxo, por isso é um órgão muito frágil. TIMO De onde vêm as células para formar o timo? A formação do timo muda um pouco. Ele vem do terceiro arco faríngeo. Tem início, portanto, com a formação da face. No terceiro arco eu tenho uma porção oca e uma compacta (essas duas duas divisões em porções são o primórdio do timo), a região mais dorsal é a compactada (cheia de célula - rosa), a mais azul é o epitélio e a região da porção ventral é oca e o timo está ali. A porção oca é obliterada pelo crescimento do próprio epitélio, visto que vai preencher a porção oca com células, já se formando o primórdio do timo (sem mais a divisão das porções oca e compacta). Só que o primórdio do timo vai ter que descer para ficar próximo ao tórax, onde deve ser posicionado anatomicamente, até então ele esta no pescoço. O timo vai descer através de cordões medulares (porque vão formar a parte medular do timo) que são projeções, e vai se alojar no tórax . Após o alojamento do timo os cordões vão ser degenerados. A a partir daí o timo começa a exercer o seu papel chave, que é a maturação de células T. Problemas nessa formação ou na obliteração do timo: Agenesia de timo: problemas na formação e maturação de célula T (síndrome de DiGeorge). MEDULA ÓSSEA É a mesma da formação óssea. Medula óssea surge no interior de ossos longos (ossificação endocondral → estímulo da notocorda, primeiro esqueleto axial, depois, aos dois lados da notocorda surge mesoderma paraxial, de onde surgem os somitos. Dos 3 somitos que surgem, um vai formar osso: esclerótomo, células-tronco mesenquimais e começo a formar centros de ossificação → moldes, que passam a ser irrigados por vasos sanguíneos, formando o endósteo (parte interna do osso), levando células com potencial hematopoiético). Formação do linfonodo: saco linfático (primitivo, aglomerado de células-tronco mesenquimais, se comunicam por vasos linfáticos, mediante angiogênese). A diferença da angiogênese aqui de linfático e de sanguíneo são os receptores. Baço: mesogástrico dorsal. Timo: terceiro arco, duas porções (uma compactada e outra oca, é obliterada e o timos desce por cordões que são degenerados). Medula óssea: ossificação endocondral. Parte do resumo de outra pessoa que o Daniel não falou na aula, mas fala de doenças: SCID “Doença do menino da bolha”. SCID → Doença de Imunodeficiência Combinada Severa A criança tem uma deficiência de uma enzima chamada Adenosina Desaminase (ADA). A ADA participa da maturação de célula T. Então, a criança com SCID, tem ausência de célula T. O quadro de uma criança com SCID é mais grave do que o quadro de uma criança com XLA porque a célula T participa da ativação da célula B, logo, ela tem uma deficiência das duas células. A criança não vai desenvolver resposta imunológica. O tratamento pode ser através do transplante de medula (muito difícil). O gene da ADA foi recentemente clonado de um fungo, e hoje a terapia gênica usando ADA esta em teste. XLA XLA → Agamoglobulinemia Ligada ao X A criança tem uma deficiência de uma enzima chamada BTK, que trabalha na maturação da célula B. Então, a criança com XLA, tem ausência de célula B. A criança com XLA vai ter CD8 e CD4 – TH1. Vai ter imunidade Inata. O tratamento consiste em injeções de imunoglobulina (anticorpos). ***Os vasos linfáticos logo se juntam aos sacos linfáticos e passam ao longo das veias principais para a cabeça, pescoço e membros superiores, vindos dos sacos linfáticos jugulares; para o tronco inferior e membros inferiores, vindos dos sacos linfáticos ilíacos; e para o intestino primitivo, vindos do saco linfático retroperitoneal e da cisterna do quilo. Dois grandes canais (duetos torácico direito e esquerdo) conectam os sacos jugulares à cisterna. Logo se forma uma grande anastomose entre esses canais.
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