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Orgãos Linfoides

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UNIVERDADE FEDERAL DE SERGIPE 
NÚCLEO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA 
CAMPUS SERTÃO 
 
DICENTES: Alesson Souza Silva 
Adryele dos Santos Costa 
Aquiles Ravier Souza Silva 
Ariel Silva Santos 
Beatriz da Paixão Santos 
Beatriz Meneses Silva 
Carla Stephane da Silva 
 
Órgãos Linfoides 
Primários e Secundários. 
 
 
 
DOCENTE: Victor Fernando Santana Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nossa Senhora da Glória 
2021 
 
 
 
UNIVERDADE FEDERAL DE SERGIPE 
NÚCLEO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA 
CAMPUS SERTÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Órgãos Linfoides 
Primários e Secundários. 
 
 
 
 
 
 
Relatório escrito apresentado a 
disciplina de Habilidades do 
Núcleo de graduação em Medicina 
Veterinária do Campus do Sertão, 
como requisito da avaliação da 
disciplina. 
 
 
 
 
 
Nossa Senhora da Glória 
2021 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 4 
2 TIMO............................................................................................................................. 5 
3 BURSA DE FABRICIUS .............................................................................................. 7 
4 PLACAS DE PEYER.................................................................................................... 8 
5 MEDULA ÓSSEA ....................................................................................................... 10 
6 LINFONODOS ........................................................................................................... 12 
7 HEMOLINFONODOS ............................................................................................... 15 
8 BAÇO .......................................................................................................................... 16 
4 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
O sistema imunológico é um agrupamento de células, tecidos, órgãos e moléculas que 
os humanos e outros seres vivos utilizam para a eliminação e prevenção de agentes ou moléculas 
estranhas, com objetivo de manter a homeostasia do organismo. 
Os mecanismos fisiológicos do sistema imunológico incluem a resposta coordenada 
dessas células e moléculas a organismos infecciosos e outros ativadores, resultando em 
respostas específicas e seletivas, incluindo a memória imunológica. Na ausência de um sistema 
imunológico funcional, uma infecção leve pode oprimir o hospedeiro e causar a morte. No 
entanto, mesmo com um sistema imunológico funcional, por exemplo, humanos podem ser 
infectados com doenças infecciosas ou câncer, porque a resposta imunológica específica diante 
do agente agressor leva tempo para se desenvolver. (TIZARD, 2014). 
Os órgãos linfoides são divididos em primários, onde os linfócitos expressam 
inicialmente os receptores de antígenos e atingem a maturidade fenotípica e funcional, e em 
órgãos secundários, onde as respostas dos linfócitos aos antígenos estranhos são iniciadas e 
desenvolvidas. Entre os órgãos linfáticos primário dos mamíferos, encontramos a medula óssea, 
que dá origem a todos os linfócitos e competência aos linfócitos B, o timo, onde as células T se 
desenvolvem e atingem um estado de competência funcional e a bursa de Fabricius, que é 
encontrada apenas nas aves. Os órgãos e tecidos linfoides secundários incluem os linfonodos, 
hemolinfonodos e o baço. (GENESER, 2003). 
Tendo em vista a importância do sistema imunológico para os animais, neste presente 
trabalho serão abordados conceitos básicos desse sistema, dando ênfase para os órgãos linfoides 
primário e secundário, onde serão mostrados tópicos fundamentais como a estrutura a função. 
(GENESER, F. Histologia. 3. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003). 
5 
 
 
 
 
2 TIMO 
O timo está situado no tórax, no mediastino superior, em frente à traqueia, anteriormente 
aos grandes vasos que emergem do coração. Ele é dividido em dois lobos e circundado por uma 
cápsula de tecido conjuntivo denso, a qual origina septos que dividem o parênquima em vários 
lóbulos. Os lóbulos são formados por uma parte periférica chamada de zona cortical (mais 
escura) e a zona medular que corresponde a parte central, (mais clara), como pode ser observado 
da Figura 1. 
 
 
Figura 1- Zona cortical e medular do Timo 
 
 
A zona cortical e medular apresenta o mesmo tipo de células, mas mudando a proporção, 
sendo que na cortical encontrados mais linfócitos T e macrófagos e na medular células 
reticulares que são responsáveis pela maturação dos linfócitos e corpúsculo de Hassal (formado 
pela acumulo de células reticulares) e em menor quantidade linfócitos T. O linfócito T é a célula 
com maior abundancia no timo, e são encontrados em diversos estágios de maturação. 
O timo atinge seu máximo desenvolvimento no feto e no recém-nascido, cresce até a 
puberdade quando inicia sua involução relacionada com a idade. A degeneração começa pela 
zona cortical que vai se tornando cada vez mais delgada, a zona medular onde estão presentes 
células reticulares e corpúsculos de Hassall é mais resistente do que a involução dos linfócitos. 
6 
 
 
No entanto, o timo não desaparece e na idade muito avançada apresentará grande quantidade 
de tecido conjuntivo e adiposo. 
O timo é um local de maturação e seleção de linfócitos T, durante esse processo os 
linfócitos proliferam-se ativamente, passando por diversos ciclos mitóticos. Contudo 95% dos 
linfócitos são eliminados por apoptose, linfócitos que não reagem a antígenos e também 
os que reagem com antígenos do próprio organismo (auto-antígenos). 
Após atravessarem a parede das vênulas pós capilares e saírem do timo pelo sangue, os 
linfócitos T vão se estabelecer em certas áreas de outros órgãos linfóides, denominados 
periféricos ou secundários. Áreas ditas como timo-depente. 
7 
 
 
3 BURSA DE FABRICIUS 
A Bursa é um órgão exclusivo das aves, localiza-se próximo a cloaca. Em aves com 
idade avançada, a sua identificação é extremamente difícil, isso porque, ao atingir o seu tamanho 
máximo, na medida que o animal envelhece, esse órgão vai diminuindo o seu tamanho. (TIZARD, 
2014). 
A principal função da Bursa é maturação dos linfócitos B, esse órgão é rodeado por um 
tecido epitelial que apresenta linfócitos, esse tecido é diretamente conectado a cloaca formando 
uma espécie de ducto, como observado na figura 1. Dentro da Bursa, irão estar presentes 
estruturas que são chamadas de folículos linfoides, esses folículos linfoides vão se dividir em 
duas partes, o córtex, onde localizam-se os linfócitos, macrófagos e plasmocitos e uma região 
medular formada por uma membrana basal com capilares presentes. (TIZARD, 2014). 
Os linfócitos B sofrem diferenciação apenas na Bursa, essa importância foi demonstrada 
através ensaios onde animais bursectomizados perderem a capacidade de desenvolver uma 
resposta imune humoral. Ao final do período embrionário e durante a vida da ave, os 
progenitores linfoides que colonizam o timo e a bursa originam-se da medula óssea (OLÁH e 
VERVELDE, 2008). 
 
Algumas avaliações mais detalhadas deste órgão, apontam que a bursa não é 
simplesmente um órgão linfoide primário, é observado neste órgão a captura de antígenos e a 
síntese de alguns anticorpos. Um pequeno grupo de linfócitos T, são encontrados acima da 
abertura do ducto. (TIZARD, 2014). 
 
 
Figura 1- Bursa de Fabricius, retirada de um pinto. 
 
8 
 
 
4 PLACAS DE PEYER 
O GALT é densamente povoado por grupos especiais de células do sistema imunológico 
conhecidas como "Placas de Peyer" (ou Conglomerados Linfonodulares Ileais). 
Essas Placas são tecidos densos e ovalados localizados na membrana mucosa do 
intestino - cada adulto costuma ter entre 30 a 40 destas manchas, mas tendem a desaparecer 
com a idade, tornando-nos mais vulneráveis a infecções. 
Consideradas os sensores do sistema imonulógico do intestino, o papel das célulasdentro dessas manchas é identificar bactérias potencialmente nocivas dentro do intestino, 
enredar esses potenciais patogéneos e desarmá-los antes que eles consigam entrar na nossa 
corrente sanguínea. 
Placas de Peyer ou Conglomerados Linfonodulares Ileais são agregados de nódulos 
linfáticos que constituem um componente principal do tecido linfático associado ao 
intestino (GALT) e são particularmente grandes no Íleo, onde se encontram principalmente na 
parte do intestino oposta ao mesentério (borde anti-mesentérico intestinal). 
Placas de Peyer possuem alguns centímetros, logo podem ser identificados mesmo sem 
ajuda de instrumentos. São tecidos ovalados e densos localizados na membrana mucosa do 
intestino, formando áreas alongadas e a sua superfície está livre das vilosidades e depressões 
(glândulas Lieberkühn) que caracterizam a parede intestinal. 
Normalmente, há apenas 30 a 40 manchas em cada indivíduo (Compartimentos 
Foliculares). Em adultos jovens costumam ser mais numerosos, mas conforme a pessoa 
envelhece eles tendem a desaparecer aos poucos deixando o intestino cada vez mais vulnerável 
a infecções. 
Fazem parte do Tecido Linfóide Associado ao Intestino (em inglês Gut Associated 
Linfoid Tissue ou GALT). Como possuem capacidade de transportar os antígenos luminais e 
bactérias podem ser considerados como os sensores do sistema imunológico do intestino. 
Placas de Peyer (PP) podem induzir tolerância imunológica ou de defesa contra 
antígenos utilizando uma complexa interação entre células do sistema imunológico localizadas 
nos folículos linfoides e no epitélio folicular associado. Esta comunicação celular parece ser 
regulada, por receptores de reconhecimento de patógenos, especialmente o NOD2. Embora o 
TLR tenha um papel limitado na homeostase, o Nod2 regula o número, o tamanho e composição 
9 
 
 
de células T de PPs, em resposta à microbiota intestinal. Por sua vez, as células T CD4+ 
presentes no PP são capazes de modular a permeabilidade paracelular e intracelular. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/CD4
10 
 
 
5 MEDULA ÓSSEA 
A medula óssea é um dos maiores tecidos presentes no corpo dos mamíferos, formada 
por células e fibras reticulares associadas, que juntas dão o aspecto esponjoso da medula, está 
contida dentro da cavidade medular de todos os ossos. A medula óssea dos adultos e as células 
hemopoeticas do fígado fetal originam os linfócitos B. A medula realiza homocitopoiese e 
armazena ferro para a síntese de hemoglobina, formando hemácias e leucócitos no início da 
vida do animal. Todos os linfócitos são produzidos na medula óssea a partir de células-tronco, 
os linfócitos B saem maduros da medula óssea e instalam-se nos órgãos linfáticos periféricos, 
onde se multiplicam e terminam a sua diferenciação, enquanto os linfócitos T migram para o 
timo onde completam sua maturação. 
Quando o feto ainda está em desenvolvimento a maior parte da hematopoese ocorre no 
fígado e no baço, quando o feto se desenvolve, a medula óssea gradualmente assume a produção 
das células do sangue, quanto ao animal recém-nascido, a maior parte da produção das células 
do sangue ocorre na medula óssea ativa, também conhecida como medula óssea vermelha. Em 
crianças, a medula óssea vermelha é encontrada em quase todos os ossos, isso acontece porque 
existe uma grande necessidade por células sanguíneas enquanto o animal cresce. Ao longo que 
o animal envelhece, parte da medula óssea vermelha torna-se a inativa medula óssea amarela, 
isso porque o animal vai diminuindo a sua necessidade sanguínea, no animal maduro, a maior 
parte da medula óssea vermelha é encontrada nas extremidades dos ossos longos (ex: fêmur, 
tíbia, úmero e ulna) e ossos chatos ( ex: coxal, esterno e costelas). O resto é composto por 
medula óssea amarela. 
Na medula óssea esta dispersa uma população de células chamada de células-troncos 
pluripotentes (PPSCs). Uma PPSCs tem o potencial de se desenvolver em qualquer uma das 
células do sangue, uma vez que uma PPSCs tenha sido estimulada a produzir um tipo celular 
sanguíneo especifico. Este processo envolve numerosas divisões celulares, assim uma PPSC ao 
final torna-se muitas células. Por exemplo, ao final uma PPSC se transformará em muitos 
eritrócitos quando estimulada apropriadamente. Em uma situação semelhante, existem 
diferentes estímulos para a produção de plaquetas e de cada leucócito. Sem estes estímulos 
específicos, as PPSCs não se desenvolverão em nenhuma célula do sangue madura. 
A medula óssea como um órgão linfoide primário pode produzir pro-linfócitos que vem 
das células totipotentes, ele não consegue realizar uma reposta imune, então se locomovem para 
os órgãos secundários. A medula óssea contém células T maduras por isso assim podem atuar 
como um órgão linfoide secundário. Em relação à presença de medula óssea vermelha nos ossos 
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/medula-ossea/
https://www.infoescola.com/citologia/celulas-tronco/
11 
 
 
longos, há algumas diferenças notáveis entre as espécies domésticas, cães e gatos adultos, por 
exemplo, têm grande quantidade desse tecido na extremidade proximal, mas pequena 
quantidade na extremidade distal dos ossos longos. Ruminantes adultos, diferentemente, têm 
uma pequena quantidade de medula óssea vermelha nos ossos longos, independentemente da 
localização. 
12 
 
 
6 LINFONODOS 
São pequenos órgãos que se localizam ao longo dos vasos linfáticos por todo o 
organismo dos animais. Os linfonodos possuem a sua estrutura no formato de um feijão ou rim, 
coberto por uma capsula de tecido conjuntivo. Os linfonodos podem possuir anatomias 
diferentes de acordo com a espécie animal, Figura 2. (COLVILLE; BASSERT, 2010) 
Os linfonodos vão se dividir em duas partes, microscopicamente visíveis, o córtex 
(região periférica) e medula (região central do linfonodo), contudo, algumas espécies de 
animais, como a exemplo dos suínos, irão apresentar linfonodos em que o córtex será orientado 
ao centro, ao invés da periferia e terá a medula localizada na região periférica ao invés do centro. 
Entre o córtex e a medula, encontra-se uma zona que contem predominantemente linfócitos T 
e células dendríticas, essa zona é chamada de paracórtex. Na região da medula, encontra-se os 
chamados centros germinativos, locais de amadurecimento dos linfócitos B. (TIZARD, 2014) 
Os centros germinativos vão ser divididos em duas zonas, a zona escura, local onde 
os centroblatos sofrem uma diferenciação denominada maturação somática que ao final, 
produzem os centrocitos, que por sua vez irão migrar para a segunda zona do centro 
germinativo, conhecida como zona clara, é nessa região que serão formados os linfócitos B de 
memória. Figura 2. (TIZARD, 2014) 
Ainda na sua estrutura, os linfonodos vão apresentar vasos linfáticos aferentes e 
eferentes, ambos serão respectivamente responsáveis pela entrada e saída da linfa no órgão. 
(COLVILLE; BASSERT, 2010) 
Os linfonodos são considerados órgãos linfoides secundário, dessa forma eles são 
responsáveis por uma dupla função, interagindo com células apresentadoras de antígenos e 
células sensíveis aos antígenos. Nesses órgãos vão existir uma intesa movimentação de 
linfócitos T e B, que serão deslocados aos seus determinados locais dentro dos linfonodos pode 
meio de quimiocinas e uma mistura de proteínas. (TIZARD, 2014) 
Os linfonodos funcionam como uma espécie de filtro, por meio dos vasos aferentes, a 
linfa penetra dentro do linfonodo, e através dos nodos linfáticos sofre uma filtração realizada 
pelos macrófagos ali presente, nesse processo os macrófagos agem combatendo conteúdos 
suspeitos do ponto de vista imunológico. Logo após a eliminação completa ou parcial desses 
conteúdos estranhos, a linfa segue para vaso eferente, onde saem para fora do linfonodo, 
seguindo por meio dos vasos linfáticos. (COLVILLE; BASSERT, 2010) 
13 
 
 
Em alguns casos de infecção,os vasos linfáticos podem carregar micro-organismos 
que adentram os linfonodos, ativando uma ação dos macrófagos presentes, que se multiplicam 
afim de combater o agente infectante, esse aumento no número de macrófagos, pode gerar um 
aumento no tamanho dos linfonodos, sendo possível notar essa alteração, por meio da palpação 
dos linfonodos que se localizam próximos a superfície do corpo animal, esses linfonodos são 
chamados de linfonodos palpáveis. (COLVILLE; BASSERT, 2010) 
 
 
 
 
Figura 1- corte histologico de um linfonodo bovino. 
 
 
Fonte: TIZARD, 2014 
14 
 
 
Figura 2- Centro germinativos de um linfonodo. 
 
 
Fonte: TIZARD, 2014 
15 
 
 
7 HEMOLINFONODOS 
Os nódulos hemolinfáticos, também conhecidos como hemolinfonodos, gânglios 
hemolinfáticos, nódulos esplenóides, nódulos hemáticos ou ainda como nódulos hemolinfóides, 
são estruturas encontradas em ruminantes, principalmente. No entanto, estão presentes também 
em mamíferos e em algumas aves. São localizados ao longo dos vasos sanguíneos, em 
especial, na aorta, apresentando coloração variante do tom vermelho ao marrom escuro. 
É válido salientar que a presença dessas estruturas no organismo não representa sinais 
patológicos. São nódulos do tamanho de uma ervilha, redondos, desprovidos de hilo. Têm 
morfologia semelhante aos gânglios linfáticos, porém, o suprimento é realizado por vasos 
sanguíneos ao invés de vasos linfáticos. Sendo desprovidos de vaso aferente ou eferente. São 
estruturas encapsuladas por tecido conjuntivo e tecido muscular liso, com presença de seio 
subcapsular – alguns autores, então, citam tais nódulos como sendo “baços em miniatura”. Os 
seus seios recebem uma mistura de sangue e linfa. 
Em processo patológico envolvendo Babesia bovis e B. bigemina, bem como na Fasciola 
Hepática, essas estruturas sofrem aumento de volume. 
São estruturas independentes e que desempenham papel contra infecções, promovendo 
a filtragem do sangue (ZIDAN, PABST, 2010). Esses gânglios contêm numerosos eritrócitos 
em seus seios linfáticos, o que os difere dos folículos linfoides. São estruturas com 
características funcionais semelhantes e possuem capacidade imunológica próxima a de 
linfonodos e baço (SAKITA et al., 1997). Além da função imunológica, os nódulos 
hemolinfáticos segundo Ezeasor e Singh (1988), fazem eritrofagocitose, filtram o sangue e 
removem eritrócitos remanescentes. 
Em bovinos, a distribuição destes nódulos é tipicamente ao longo dos grandes vasos, 
regiões mediastínicas e mesentéricas, gordura perineal e tecido subcutâneo. Segundo Bassan 
et al. (1999) há grande variabilidade individual e racial em relação ao número e tamanho desses 
nódulos. Os órgãos linfoides secundários são ricos em macrófagos e células dendríticas que 
capturam e processam antígenos e em linfócitos T e B, que medeiam as respostas imunológicas. 
Os anticorpos são produzidos em nódulos hemáticos e, portanto, pertencem claramente ao 
sistema linfático (Níquel et al., 1976) 
16 
 
 
8 BAÇO 
É um órgão do sistema linfático, responsável pela filtragem do sangue, reciclagem do 
ferro, produção das hemácias durante a vida fetal, remoção de glóbulos vermelhos lesionados 
como também produção e armazenamento de células brancas, hemácias e plaquetas. O baço 
pode ser considerado um linfonodo especializado nos antígenos de origem sanguínea, essa 
função filtrante associada a um tecido linfático altamente organizado faz do baço um importante 
componente do sistema imune. 
O baço presenta uma coloração que pode variar do vermelho brilhante (no estado 
normal) ao azul arroxeado (quando contraído). Ele se situa dentro do peritônio em todos os 
animais domésticos, com exceção dos ruminantes, onde metade do baço se prolonga para a zona 
de fixação retroperitoneal entre o diafragma e o saco dorsal do rúmen. O baço se fixa ao 
estomago por meio do ligamento gastroesplênico, o qual faz parte do omento (SOUSA, 2012). 
Ele tem formato semelhante a uma língua e está localizado no lado esquerdo do abdômen. 
O baço apresente duas faces: a face diafragmática e a face visceral, sendo que esta última 
é marcada pelo hilo em todos os mamíferos domésticos, exceto nos ruminantes (KÖNIG, 2016). 
No que toca à sua forma, esta é considerada muito variável de espécie para espécie, nos bovinos 
ele assemelha-se a uma faixa larga, no caso do cão apresenta-se como um órgão falciforme, 
estreito e longo, sendo a sua porção ventral a mais larga. Esta localiza-se por baixo do arco 
costal, podendo cruzar a linha média para atingir o lado direito sob as cartilagens costais 
(DYCE, SACK e WENSING, 2010). 
Figura 1 - Representação do baço (face visceral) do bovino (A) e do cão (B). 
 
 
Fonte: DYCE, SACK e WENSING, 2010 
17 
 
 
A superfície visceral é côncava e marcada por um sulco longitudinal, crista hilar, pela 
qual passam os nervos e vasos e onde se fixa o omento maior. É um órgão revestido, no cão, 
por uma cápsula de colágeno e fibras musculares lisas, que emite trabéculas para o interior do 
parênquima esplênico (SOUSA, 2012). O parênquima esplênico é constituído pela polpa 
vermelha e pela polpa branca. Considera-se que a cápsula e as trabéculas formam uma estrutura 
de suporte tridimensional que fornece rigidez ao baço. No baço de cavalo, boi, cão e gato, a 
cápsula é rica em músculo liso, e sua contração provoca a expulsão do sangue acumulado no 
órgão (MONTANARI, 2016). 
O baço não recebe suprimento do sistema linfático, embora possua vasos linfáticos 
eferentes. A irrigação do baço é feita pela artéria lienal, um ramo calibroso da artéria celíaca 
(CUSTODIO et al., 1996; DYCE et al., 1990). Está ao penetrar no hilo do baço percorre sua 
superfície visceral emitindo ramos até seu ápice (GHOSHAL, 1981). 
Os vasos que chegam ao baço passam por uma trabécula muscular antes de atingir as 
áreas funcionais. Logo após saírem da trabécula muscular, essas arteríolas se ramificam e cada 
uma é circundada por uma camada ou bainha de tecido linfático, conhecida como bainha 
linfática periarteriolar. Por fim, as arteríolas deixam essa bainha e se ramificam em arteríolas 
peniciliares. Essas arteríolas desembocam, direta ou indiretamente, nos seios venosos que 
drenam para as vênulas esplênicas. As células elipsoides são relativamente grandes em suínos, 
visons, cães e gatos e pequenas e indistintas em equinos e bovinos, mas estão ausentes em 
animais de laboratório como camundongos, ratos, cobaias e coelhos. Nas espécies em que essas 
células não estão presentes, as partículas parecem ser capturadas principalmente na zona 
marginal da polpa branca. 
O baço apresenta duas formas de tecido. A polpa vermelha que participa do processo de 
filtração do sangue e do acúmulo de hemácias, ela contém um grande número de células 
apresentadoras de antígeno, linfócitos e plasmócitos. E a polpa branca que é rica em linfócitos 
T e B e é o local em que ocorrem as respostas imunes. A polpa branca é separada da polpa 
vermelha por uma região denominada zona marginal. Essa zona contém numerosos macrófagos 
e células dendríticas e grande população de linfócitos B. Essa zona marginal é uma importante 
área de trânsito de leucócitos que se deslocam entre o sangue e a polpa branca. Além disso, é 
rica em macrófagos, células dendríticas e linfócitos B. A maior parte do sangue que chega ao 
baço segue para seio e zona marginais antes de retornar para a circulação por meio dos seios 
venosos. Esse padrão circulatório garante que essas células apresentadoras de antígenos 
capturem quaisquer antígenos circulantes e os levem até os linfócitos B localizados na zona 
18 
 
 
marginal. A polpa branca está envolvida na resposta imune adaptativa, enquanto as células da 
zona marginal participam tanto da resposta imune adaptativa quanto da resposta imune inata. 
Não existem HEVs (vênulas de endotélio alto) na polpa branca; assim, os linfócitos entram pela 
zona marginal, mas ainda não sesabe por onde a deixam. 
Os antígenos inoculados por via intravenosa são capturados no baço. Dependendo da espécie, 
os antígenos são capturados pelas células dendríticas localizadas na zona marginal ou na bainha 
periarteriolar de macrófagos. Essas células dendríticas e os macrófagos carreiam o antígeno até 
os folículos primários da polpa branca, de onde, em poucos dias, migram células produtoras de 
anticorpos. Essas células (plasmócitos e plasmoblastos) colonizam a zona marginal e se 
deslocam para a polpa vermelha. Os anticorpos produzidos por essas células rapidamente 
atingem a corrente sanguínea. Nos folículos primários, também ocorre a formação dos centros 
germinativos. Nos animais que apresentam anticorpos circulantes, a captura dos antígenos pelas 
células dendríticas nos folículos se torna significativa. Como em uma resposta imune primária, 
as células produtoras de anticorpos migram desses folículos para a polpa vermelha e a zona 
marginal, nas quais ocorre a produção dos anticorpos. 
19 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANATOMIA PATOLÓGICA VETERINÁRIA. Patologias dos Órgãos 
Hemolinfopoiéticos. Disponível em: 
http://anatomiapatologicaveterinaria.blogspot.com.br/2011/08/patologias-dos-orgaos_02.html. 
Acesso em: 3 fev. 2021. 
 
BASSAN, N.; VASQUEZ, F.; VINUESA, M.; CERRUTI, P.; BERNARDI, S. 
Morphological alterations in hemal nodes in splenectomized cattle. Arquivo Brasileiro de 
Medicina Veterinária e Zootecnia, v.51, n.5, p.445-448, 1999. 
 
COELHO, H.E. Patologia veterinária, 1ª ed. Manole: São Paulo, 2002.234p. 
 
EZEASOR, D.N.; SINGH, A. Histology of the Caprine Hemal Node. Acta 
Anatomica, v.133, p.16-23, 1988. 
 
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	UNIVERDADE FEDERAL DE SERGIPE
	Órgãos Linfoides Primários e Secundários.
	UNIVERDADE FEDERAL DE SERGIPE (1)
	Órgãos Linfoides Primários e Secundários. (1)
	SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO
	2 TIMO
	3 BURSA DE FABRICIUS
	4 PLACAS DE PEYER
	5 MEDULA ÓSSEA
	6 LINFONODOS
	7 HEMOLINFONODOS
	8 BAÇO
	REFERÊNCIAS

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