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PROJETO IMPLANTAÇÃO E IFORMATIZAÇÃO PARA BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS

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UNIP INTERATIVA
SUPERIOR DE TEC EM REDES DE COMPUTADORES
LUCAS DE CARVALHO
PROJETO IMPLANTAÇÃO E IFORMATIZAÇÃO PARA BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS
 POLO ITAJUBÁ
2018
UNIP INTERATIVA
SUPERIOR DE TEC EM REDES DE COMPUTADORES
LUCAS DE CARVALHO
PROJETO INPLANTAÇÃO E IFORMATIZAÇÃO PARA BIBLIOTECAS COMUNITÁRIAS
Nome: Lucas de Carvalho 
RA:1855998 
Curso Sup. de Tec. em Redes de Computadores
Semestre: 2° Período
 
 POLO ITAJUBÁ
2018
RESUMO
O presente trabalho aborda a questão da implantação e informatização das bibliotecas comunitárias em regiões periféricas a fim de incluir sociocultural uma parcela da sociedade que não é alcançada pelos serviços das bibliotecas públicas, em um momento de intensa produção de informação na sociedade. A oferta de bibliotecas públicas nas regiões periféricas vem de forma a validar a utilidade de projetos de inclusão a cultura e fomento a leitura. Busca compreender o processo de construção destes equipamentos culturais a partir das características identificadas pelo referencial teórico, postas em análise à pesquisa sobre o cenário de produção de literatura do referido tema em fontes de informação da área e seus subsídios. Apresenta a conceituação de tipologias de bibliotecas, pública e comunitária. Sintetiza informações sobre etapas que compõem planejamento e organização de bibliotecas em geral. Propõe orientações para a criação de bibliotecas comunitárias de forma compreensível, e ações que as tornem atuantes em territórios considerados de vulnerabilidade social. Identifica a gestão participativa e a chance do protagonismo comunitário, além da oferta de atividades culturais diversas assim como a posição de centro de referência a atividades educacionais e informações de utilidade pública como ações assertivas para a plena atuação da biblioteca comunitária.
ABSTRACT
The present work addresses the issue of the implantation and computerization of community libraries in peripheral regions in order to include socioculturally a portion of society that is not reached by the services of public libraries at a time of intense information production in society. The offer of public libraries in the peripheral regions comes in a way to validate the usefulness of alternative inclusion projects to culture and promotion of reading. It tries to understand the process of construction of these cultural equipment’s from the characteristics identified by the theoretical reference, put in analysis to the research on the scenario of production of literature of the mentioned subject in sources of information of the area and its subsidies. It presents the conceptualization of library typologies, public and community. It synthesizes information about steps that make planning and organizing libraries in general. It proposes guidelines for the creation of community libraries in a comprehensible way, and actions that make them active in territories considered socially vulnerable. It identifies the participative management and the chance of the community protagonist, besides the offer of diverse cultural activities as well as the position of center of reference to educational activities and information of public utility as assertive actions for the full performance of the community library.
INTRODUÇÃO
Diante da configuração social, na qual o acesso ao computador tornou-se um elemento presente na vida cotidiana de um número considerável de brasileiros, apresenta-se um panorama de organização de bibliotecas comunitárias. Esse panorama aborda os aspectos de construção de coleções para o acervo, baseando-se em princípios da informatização, materializados no uso de softwares livres que automatizam os procedimentos inerentes à gestão de um acervo de biblioteca de pequeno ou médio porte.
Para tanto, propõe-se o conceito de biblioteca comunitária relacionado à ideia de informação pública. Esse conceito emerge do sentido contido na construção da biblioteca que, normalmente surge de ações idealizadas e concretizadas por agentes individuais ou coletivos, sem muito apoio institucional 
DESENVOLVIMENTO
As bibliotecas comunitárias existentes atualmente surgem de modo a suprir a falta de acesso à informação e ao livro de uma sociedade em que acredita na ilusão de que a informação está disponível para todos. Essas bibliotecas além de possibilitarem o acesso a informação, oferecem inúmeros serviços da comunidade para a própria comunidade, tais como aproximação ao livro e a informação, ações culturais e projetos de auxílio psicopedagógico, tendo como resultado a diminuição da exclusão social, permitindo a toda comunidade acesso aos bens culturais, ao lazer, à profissionalização, tornando-a uma comunidade mais consciente de seus direitos e deveres.
No entanto, ao criarem esse tipo de biblioteca as pessoas têm certa dificuldade em constituí-las, projetá-las e mantê-las, por falta de suporte bibliográfico, no que se refere à gestão e um modelo de gestão para seguir; contar com auxílio voluntário quanto à equipe e contar também com a falta de investimento para seu funcionamento de acordo com levantamento bibliográfico e estudos de casos realizados.
Sendo assim, o presente artigo tem o propósito de servir como um referencial para estruturação básica de uma biblioteca comunitária quanto a sua gestão e serviços, além de, apresentar a aplicação prática do tema exposto.
Recursos de estrutura e espaço da biblioteca comunitária
Quando se fala em recurso para bibliotecas comunitárias, refere -se não só a obtenção de livros e espaço, mais em todo tipo de recurso que normalmente se dá através de atuação voluntária (devendo ser bem planejado para não haver desistências por parte dos voluntários); materiais e tecnológicos – trata-se dos equipamentos e utensílios para o andamento da biblioteca; financeiro – trata-se do recurso para controlar as despesas da biblioteca (como por exemplo: compra de sulfite, de materiais para realização de oficinas, saraus, encontros etc.) Dentre outros que, normalmente provêm de iniciativas individuais através de doações adquiridas através de campanhas de pedido de doação.
 Administração da biblioteca
A administração da biblioteca comunitária deve contar com administradores voluntários competentes, responsáveis e dispostos a doar parte do seu tempo em prol da comunidade. Devem ser aptos em tomada de decisões rápidas no que diz respeito ao financeiro arrecado e recursos materiais e também com a delegação dos trabalhos para os demais voluntários buscando sempre a melhoria do trabalho prestado a comunidade.
Orçamentos
Mesmo contando com doações, as bibliotecas comunitárias devem ter uma previsão orçamentaria de modo a ter uma visão global do que será gasto e arrecadado tendo em vista que as políticas públicas existentes para esse tipo de iniciativa normalmente tendem a disponibilizar uma verba, verba esta que é necessária uma prestação de contas. Devendo descrever gastos, despesas e ganho
Normas de acesso e utilização dos recursos da biblioteca
Cada usuário devera possuir seu cadastro no banco de dados, havendo falha no sistema da biblioteca, o empréstimo será realizado no balcão de atendimento mediante a apresentação de documento oficial com foto.
 Silencio deve ser respeitado durante a permanecia no espaço da biblioteca, é indispensável que haja respeito e consideração aos outros usuários nas áreas de consulta, leitura e estudo.
O empréstimo é pessoal e intransferível, o usuário é responsável pela guarda e conservação dos itens de informação emprestados em seu nome podendo renovar o empréstimo, desde que não haja nenhuma pendência com a biblioteca.
O atendimento ao usuárioencerra 15 minutos antes do término do expediente
Levantamento das necessidades do sistema
O uso de softwares livres em bibliotecas comunitárias está relacionado com o tipo de gerenciamento que se pretende fazer na unidade. A decisão quanto ao sistema informatizado mais adequado para a biblioteca sempre terá uma relação direta com os recursos, tanto físicos quanto humanos e financeiros. Para iniciar a compreensão da tomada de decisão quanto ao software mais adequado, deve-se esclarecer que software é considerado um:
Suporte lógico, suporte de programação, um conjunto de programas, métodos e procedimentos, regras e documentação relacionados com o funcionamento e manejo de um sistema de dados.
Observando o conceito de software livre listam-se as funcionalidades a serem observadas na escolha, para que se possa atingir maior eficiência no auxílio das tarefas administrativas da biblioteca comunitária: 
1 - Custo zero na aquisição de licenças; 
2 - Gerenciamento do processo de circulação: consiste em verificar a eficiência do software nos comandos de empréstimo, devolução, cadastramento de usuários, dentre outros; 
3 - Opções de busca ao catálogo local ou online: está relacionado com a possibilidade de uso do catálogo em acesso remoto pela Internet; 
4 - Opções de serviços aos usuários: esses serviços de usuários podem ser exemplificados por serviços de reserva, busca online etc; 
5 - Opções de migração dos dados: a compatibilidade na linguagem de programação deve ser analisada para que se possa efetivar transferência de dados sem maiores problemas; 
6 - Pesquisa simples, pesquisa multicampo, índices com taxonomias; 
7 - Acessos por login e senha para administração do sistema pelos membros responsáveis na biblioteca; 
8 - Status dos exemplares: situação de reserva, emprestado ou disponível; 
9 - Empréstimos por nome: para identificar pendências, listar multas e gerar históricos.
Funcionalidades do sistema implantado.
Para facilitar a construção da notação através da CDD pode-se usar um modelo eletrônico denominado BiblioIndex. Ele é um programa gratuito que auxilia na classificação e organização de livros em bibliotecas utilizando o código CDD (Classificação Decimal de Dewey). A figura abaixo apresenta a interface do BiblioIndex com alguns campos da CDD plausíveis de especificações.
Figura 1 – Ilustração retirada da internet
Os processos de catalogação e organização do acervo estão interligados, pois a disposição dos livros nas prateleiras obedece as notações determinadas na classificação da obra. Essa classificação só se consolida após uma análise descritiva do livro, na qual se percebe elemento como título, autoria, assunto, que são alguns dos elementos delimitados no processo de catalogação.
Alimentando o sistema de forma organizada.
Para exemplificar o processo de informatização do catalogo de uma biblioteca, apresentaremos o software MiniBiblio. Segundo a empresa Athenas, que desenvolveu o MiniBiblio, ele é um sistema utilitário distribuído de maneira livre. Seu objetivo é o cadastro e o gerenciamento de livros, revistas, vídeos, manuais, discos e dados. Possibilita o controle de empréstimos sabendo o dia em que um material foi retirado e quando foi (ou deve ser) devolvido. Além disso, apresenta diferentes possibilidades de configuração visual e funcional. A principal interface do MiniBiblio apresenta a seguinte caracterização: 
Figura 2 – Interface principal do MiniBiblio
Na interface principal notamos com clareza a apresentação dos diferentes materiais a serem catalogados pelo software, a barra lateral esquerda traz os ícones (desenhos) dos materiais a serem inseridos no sistema. Diante da identificação do tipo de material a ser inserido no banco de dados do MiniBiblio, pode-se passar a catalogação dos diferentes materiais. Ela consiste na identificação do item para orientar os processos de empréstimo, a recuperação de informação e inventário do acervo. As figuras 3 e 4 mostram o processo de catalogação no software MiniBiblio.
Figura 3 – Interface de catalogação de livros
Figura 4 – Interface de catalogação de vídeos
Figura 5 – Identificação do usuário
Nessa etapa, tem-se a opção de coligar o usuário com um número de identificação. Esse número incorpora a descrição completa do indivíduo informando o nome, a senha de acesso e as informações complementares “Extras”, que podem ser: endereço, número da carteira de identidade, filiação etc. Identificando o usuário de forma automatizada é possível fazer as relações necessárias com o acervo catalogado, como por exemplo, ajustar o sistema de locação a fim de fazer buscas de locatários por ID, Nome e extras, identificando e relacionando o material que está pendente ou disponível na biblioteca com os usuários ativos.
CONCLUSÃO
Para a implantação de uma biblioteca comunitária que atue como um elemento de inserção sociocultural deve-se focar em ações pontuais que possam contribuir com a valorização da diversidade cultural, a fim de promover a autonomia social, propondo a biblioteca ser um organismo em crescimento, mas que suas dimensões estruturais não delimitem o seu desempenho. Logo, os movimentos que possibilitam a investida de uma biblioteca comunitária atuante em territórios de vulnerabilidades devem estar alinhados com o sentimento de pertencimento desde sua concepção, a partir da iniciativa individual de um elemento da comunidade. A gestão participativa é a ação mais relevante para este propósito, pois reflete em todo o processo, desde o recrutamento de voluntários até o resultado final, se configurando em um projeto bem-sucedido ao ser aceito e requisitado pela população local. Outro ponto a contribuir pode ser a proposição da biblioteca comunitária como um ambiente de protagonismo comunitário, propiciando a interação e participação dos indivíduos da comunidade, para que produzam e registrem conhecimento que possam ser expostos na própria comunidade
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco de. Biblioteca Pública: avaliação de serviços. Londrina: UEL, 2013. 
ALMEIDA JÚNIOR, Oswaldo Francisco de. Sociedade e biblioteconomia. Londrina: UEL, 1997. 
BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Política Nacional de Assistência Social: PNAS/2004. Brasília, 2004. 178 p. 
CAVALCANTE, Lidia Eugenia; ARARIPE, Fatima Maria Alencar. Biblioteca e Comunidade. Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2014. 
COSTA, Vicente; et al. Biblioteca Recriar: projeto de implantação de biblioteca infantojuvenil atuante na comunidade Cidade de Deus – RJ. Encontro Regional dos Estudantes de Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão da Informação, 17., 2014, Fortaleza. Anais... Ceará, 2014. Disponível em: . Acesso em: 28 set. 2015. 
COSTA, Vicente; SILVA, Franklin da. Empreendorismo Social: projeto de implantação da biblioteca na comunidade Cidade de Deus – RJ. Encontro Nacional dos Estudantes de Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão da Informação, 32., 2014, Brasília. Anais... Distrito Federal, 2014. 
COSTA, Vicente; SILVA, Franklin da. Inclusão Social: projeto de implantação de biblioteca na comunidade Cidade de Deus – Rio de Janeiro. Encontro Regional dos Estudantes de

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