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16 - Almoxarifado e movimentação de materiais.

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Livro Eletrônico
Aula 01.1
Gestão de Compras, Estoques e Documentos p/ LIQUIGÁS (Assistente Administrativo I)
- Pós-Edital
Professor: Felipe Petrachini
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CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS 
 TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI 
 
 
Aula 01.1 
GESTÌO DE ALMOXARIFADOS E MOVIMENTA-
‚ÌO DE MATERIAIS 
Sum‡rio 
Sum‡rio ................................................................................................................................ 1 
Gest‹o de Almoxarifados .................................................................................................. 2 
1 - Recebimento e armazenagem. .................................................................................. 2 
1.1 - Objetivos da armazenagem. ................................................................................ 3 
1.2 Almoxarifados: fun›es e objetivos ........................................................................ 4 
1.3 Almoxarifado e Dep—sito ......................................................................................... 6 
1.4 Recebimento de Materiais e Conferncia. ........................................................... 8 
1.5 CritŽrios e TŽcnicas de Armazenagem ................................................................ 12 
1.6 Embalagens ............................................................................................................. 18 
1.7 Movimenta‹o de Materiais ................................................................................. 18 
1.8 Equipamentos para Movimenta‹o de Materiais .............................................. 20 
1.9 Drive-in, Drive-thru, Crossdocking e Milk Run ....................................................... 24 
1.10 Utiliza‹o do Espao - Arranjo f’sico (leiaute). .................................................. 30 
1.11 Controle, Registro, Movimenta‹o, Recupera‹o de Material e Segurana
 ........................................................................................................................................ 36 
2. Movimenta‹o e Distribui‹o de Materiais .............................................................. 41 
2.1 Caracter’sticas das modalidades de transporte. ................................................ 41 
2.2 Log’stica ................................................................................................................... 45 
2.3 Supply Chain Management .................................................................................. 56 
2.4 Canais de Distribui‹o ........................................................................................... 58 
3 - Quest›es Propostas ..................................................................................................... 71 
4 - Quest›es Comentadas............................................................................................... 78 
 
 
 
 
 
 
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GESTÌO DE ALMOXARIFADOS 
 
Tudo correndo bem? Lembro sempre que estou no f—rum de dœvidas para resolver 
cada pequeno pepino intranspon’vel que surgir na sua frente. N‹o sei se eu disse 
isso ainda, mas somos melhores amigos meu caro. Eu realmente quero ver voc pas-
sar, e com folga. 
A prop—sito, retirei alguns trechos da aula da Instru‹o Normativa SEDAP 205/1988, 
frequentemente utilizada para elabora‹o de quest›es, mesmo quando n‹o Ž 
mencionada expressamente no edital e mais ainda: mesmo quando o concurso 
n‹o Ž do Executivo Federal!!! 
Quem tiver um tempo, sugiro l-la inteira, mas os trechos mais importantes ser‹o 
transcritos no corpo desta aula. 
Segue o link: 
http://www.comprasnet.gov.br/legislacao/in/in205_88.htm 
Caso link n‹o esteja funcionando, tenho uma c—pia em pdf, ent‹o, n‹o hesitem em 
pedir! 
Bom, vamos continuar. 
1 - Recebimento e armazenagem. 
Voc Ž o gestor de materiais de uma empresa. A empresa vai precisar de 
materiais para produzir o que quer que ela queira produzir. 
O setor financeiro n‹o queria que ela estocasse materiais, pois isso imobiliza 
capital. Ainda assim, a empresa estocou. 
E a’ chegamos ao recebimento e armazenagem. AtŽ que o produto esto-
cado seja utilizado no processo produtivo, precisa ser guardado (armazenado). Mas 
antes, l—gico, eu preciso receb-lo, afinal, como posso guardar algo que ainda n‹o 
tenho? 
Dentre as atribui›es dos gestores da armazenagem e movimenta‹o f’sica 
de matŽrias, Gonalves1 cita as seguintes: 
Recebimento dos materiais; 
Identifica‹o dos materiais; 
Transporte e movimenta‹o f’sica dos materiais para as ‡reas de armazena-
gem. 
Armazenamento dos materiais; 
Controle da localiza‹o f’sica dos materiais; 
Fornecimento dos materiais. 
 
1Gonalves, Paulo SŽrgio, Administra‹o de Materiais, Ed. Campus 2010, 3» ed. p‡g. 314. 
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 Veja que as atividades de armazenagem est‹o diretamente relacionadas ao 
controle e movimenta‹o dos materiais. 
AlŽm disto, a ‡rea de armazenagem e movimenta‹o de materiais tem res-
ponsabilidade direta na qualidade dos produtos ou servios da organiza‹o, na me-
dida em que o setor produtivo s— vai conseguir cumprir seus objetivos. 
Mas professor, o que Ž armazenagem? 
Bom, eu poderia arremessar linhas e mais linhas de doutrina pura na sua ca-
bea, mas vou ficar com uma defini‹o mais enxuta, prevista na legisla‹o (ainda 
que infra legal). O item 4 da Instru‹o Normativa SEDAP 205/1988 Ž bastante eluci-
dativo: 
4. A armazenagem compreende a guarda, localiza‹o, segu-
rana e preserva‹o do material adquirido, a fim de suprir ade-
quada mente as necessidades operacionais das unidades inte-
grantes da estrutura do—rg‹o ou entidade. 
1.1 - Objetivos da armazenagem. 
Acredito que agora voc j‡ ser‡ capaz de entender o principal motivo de se 
ter estoques e, consequentemente da necessidade da guarda de materiais: ter o 
material dispon’vel no momento exato, na quantidade demandada e com a quali-
dade desejada. Olha o quadro a’ de novo: 
 
A estrutura f’sica da empresa e a demanda do material s‹o pontos muito im-
portantes e devem ser analisados no momento em que se decide por armazenar 
ou n‹o um determinado material. 
J‡ se imaginaram comprando um galp‹o de dois andares e 10 mil metros 
quadrados e entupindo ele de prateleiras e mercadorias?Afinal a demanda de ma-
terial Ž imensa e seria vantajoso ter um estoque para manter a produ‹o ininterrup-
tamente. 
Dentro de um processo produtivo, a Administração de Materias 
(AM) precisa controlar:
A Quantidade 
Evitar a falta ou o 
excesso de 
materiais
O Tempo 
Momento em que os 
materias estarão 
disponíveis
A Localização 
Disponibilidade no 
tempo certo
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 S— que o gestor de materiais fez isso atŽ que o piso do andar de cima cedeue desabou sobre o piso de baixo. A estrutura f’sica da empresa (no caso, o galp‹o) 
n‹o estava preparada para suportar aquele estoque. E... preju’zo na certa. 
Uma armazenagem adequada tem como objetivos: 
Conservar os materiais; 
Permitir que os materiaisestejam pr—ximos do sistema produtivo no momento 
em que forem requisitados. 
Maximiza‹o da utiliza‹o do espao f’sico (utiliza‹o adequada); 
Prote‹o (conserva‹o) dos materiais; 
Facilidade de acesso ao estoque (os materiais precisam estar no local, na 
hora e na quantidade certa); 
Permitir a satisfa‹o dos clientes, que poder‹o contar com os produtos no 
momento que necessitarem (veja que ao estocar, eu deixo um nœmero de produtos 
acabados armazenados em dep—sito, que podem ser entregues diretamente ao 
cliente); 
Facilitar o registro das opera›es (a partir da organiza‹o adequada dos ma-
teriais); 
O local onde o material ser‡ armazenado deve ser adequado ˆs pr—prias ne-
cessidades deste material, ou seja, o local deve ser compat’vel com as caracter’sti-
cas f’sicas e qu’micas do material. N‹o seria bom armazenar papel para produ‹o 
de jornal em um lugar com muita umidade, embora o ambiente tambŽm n‹o possa 
ser de todo seco. 
A adequa‹o do ambiente ser‡ um fator tanto mais importante conforme a 
sensibilidade do material, e claro, alŽm de mais importante, provavelmente mais 
custosa. 
 
1.2 Almoxarifados: fun›es e objetivos 
J‡ falamos bastante do almoxarifado, e voc provavelmente j‡ desconfia qual seu 
significado. Agora Ž hora de ter certeza 
Segundo as palavras de VIANA: ÒAlmoxarifado Ž o local destinado ˆ fiel guarda e 
conserva‹o de materiais, em recinto coberto ou n‹o, adequado a sua natureza, 
tendo a fun‹o de destinar espaos onde permanecer‡ cada item aguardando a 
necessidade do seu uso, ficando sua localiza‹o, equipamentos e disposi‹o in-
terna, condicionados ˆ pol’tica geral de estoques da empresaÓ. 
Primeiro ponto importante: almoxarifado guarda materiais. No cap’tulo ÒAlmoxari-
fado e Dep—sitosÓ, n—s veremos a import‰ncia desta ressalva. 
Pois bem, nosso almoxarifado guarda materiais. Sabendo disto, qual dever‡ ser seu 
objetivo final? 
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 Se voc disse: permitir que o material esteja na hora certa, local certo e quantidade 
certa, n‹o est‡ de todo errado, entretanto, este Ž o prop—sito de toda nossa disci-
plina, e seu professor pretende algo um pouco mais espec’fico . 
O objetivo de qualquer almoxarifado, fora suprir as necessidades de materiais da 
empresa, Ž impedir a ocorrncia de qualquer divergncia de invent‡rio e perdas 
dos materiais sob sua guarda. Neste ponto, a doutrina parece n‹o divergir, e com 
toda raz‹o . 
Veja a sutileza na diferencia‹o entre Òfun‹oÓ e ÒobjetivoÓ. Enquanto a fun‹o 
nos diz Òpara que o almoxarifado serveÓ o objetivo nos diz Òqual nossa meta para 
bem cumprir nossa fun‹oÓ. Ent‹o, atente-se para esta diferencia‹o. 
E como n‹o poderia deixar de ser, tambŽm existe um diagrama para o almoxari-
fado, desde o momento da chegada do material na empresa atŽ sua distribui‹o 
ao processo produtivo. 
Acompanhe: 
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Nos pr—ximos cap’tulos, veremos as fun›es mais importantes (e mais cobradas em 
provas) sobre as fun›es do almoxarifado. 
1.3 Almoxarifado e Dep—sito 
Acredite ou n‹o, seu examinador quer que voc saiba a diferena conceitual entre 
almoxarifado e dep—sito. 
Mas professor, ambos s‹o lugares nos quais o material Ž estocado. N‹o Ž tudo a 
mesma coisa? 
N‹o, n‹o Ž! Acompanhe as defini›es: 
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 Almoxarifado: toda vez que voc ler ÒalmoxarifadoÓ, eu gostaria que voc tivesse 
em mente um local onde materiais iniciais s‹o estocados. Materiais iniciais s‹o as 
matŽrias primas, materiais que ainda n‹o foram sequer tocados pela empresa em 
seu processo produtivo e que ainda ser‹o trabalhados pela empresa. 
Lembra-se? 
 
Desta forma, o almoxarifado guarda e estoca os materiais da empresa, antes que 
venham a se tornar ÒprodutosÓ. 
Outra coisa important’ssima: o almoxarifado, no mais das vezes, Ž o setor respons‡-
vel pelo recebimento de materiais, incluindo sua conferncia, recebimento provis—-
rio e definitivo. 
Entretanto, o almoxarifado NÌO Ž o respons‡vel pela compra dos materiais. 
Em uma empresa comum, o almoxarifado, ao constatar falta de algum material que 
poder‡ ser demandado pelo setor produtivo da empresa, encaminha uma requisi-
‹o ao —rg‹o de compra da empresa, sendo que este Ž quem far‡ a aquisi‹o. 
Uma vez aprovados no Controle de Qualidade da empresa, os materiais s‹o arma-
zenados no almoxarifado, de onde podem ser solicitados atravŽs de Requisi›es de 
Materiais. As requisi›es ser‹o feitas pelo setor produtivo da empresa, interessado 
em materiais para fabricar seus produtos. 
Dep—sito: este local tem a fun‹o de armazenar Produtos Acabados da empresa. 
Se a empresa fabrica bicicletas, seu dep—sito est‡ cheio de bicicletas, enquanto o 
almoxarifado est‡ cheio de pneus, pedais, correias e etc. 
Lembre-se que a empresa n‹o consegue vender o seu produto t‹o logo ele saia da 
linha de montagem (imaginou que beleza seria ter uma fila de consumidores no fim 
da esteira, pegando bicicletas e pagando?). Desta forma, ˆ medida que os produ-
tos acabados v‹o ficando prontos, s‹o imediatamente estocados em dep—sito, 
para futura entrega ao consumidor final 
Desta forma, as Requisi›esque chegam ao dep—sito n‹o s‹o feitas pelo setor pro-
dutivo da empresa, e sim pelo setor de vendas, interessado em encaminhar estes 
produtos aos consumidores. 
E sim, existem materiais que n‹o est‹o nem no almoxarifado, nem no dep—sito. Se-
riam os materiais semiacabados e os materiais em processamento,que v‹o sendo 
estocados juntamente ao processo produtivo no qual est‹o inseridos. 
Materias- 
primas
Materiais em 
processamento
Materiais 
semiacabados
Materiais 
acabados ou 
componentes
Produtos 
acabados
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 E isso tem raz‹o de ser: estes produtos n‹o s‹o matŽrias primas intocadas, tam-
pouco produtos acabados e v‹o passar pouco tempo estocados, pois ir‹o ser re-
metidos ˆ pr—xima fase do processo produtivo, para finaliza‹o. 
Quando estiverem prontos, ir‹o para o dep—sito. 
Este quadro vai ajudar voc a entender as diferentes possibilidades: 
 
 
1.4 Recebimento de Materiais e Conferncia. 
Os principais elementos envolvidos no recebimento de materiais s‹o: 
Espao F’sico: diz respeito ao local no qual os produtos ser‹o recebidos, bem 
como quanto ao espao para manobras de ve’culos de movimenta‹o de cargas 
(a exemplo das empilhadeiras) e tambŽm quanto ˆ disposi‹o das matŽrias-primas 
no almoxarifado; 
Recursos de Inform‡tica: dizem respeito ao controle de recebimento e ao uso 
equipamentos tais como leitoresde c—digo de barras; 
Equipamento de Carga e Descarga: como empilhadeiras; 
Pessoal treinado e qualificado; 
Procedimentos Padronizados. 
O setor de recebimento de materiais, ao receber o material, deve observar, 
dentre outras coisas, se o produto recebido atende ˆs especifica›es tŽcnicas do 
pedido, se a quantidade, a qualidade e a marca condizem com o que foi acor-
dado em contrato e se o produto chegou dentro do prazo estabelecido. 
Almoxarifado
Processo 
Produ1vo
Depósito
Materias- 
primas
Materiais em 
processamento
Materiais 
semiacabados
Materiais 
acabados ou 
componentes
Produtos 
acabados
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 Ap—s conferncia,por vezes Ž confeccionado um documento denominado 
termo de recebimento de material. 
Guarde:Somente ap—s a conferncia Ž que se d‡ o aceite dos materiais. 
O recebimento de materiais Ž uma atividade intimamente ligada ao controle 
de estoques. As atividades de recebimento de materiais s‹o documentadas no que 
se chama relat—rio de recebimento (ou termo de recebimento de material, como 
citado acima). 
Estes servios de inspe‹o de recebimento est‹o vinculados ao setor de con-
trole de qualidade. 
N‹o basta, deste modo, que os materiais recebidos estejam de acordo com 
a nota fiscal (se s— puderem memorizar uma coisa dessa parte, memorizem isto), Ž 
fundamental que aqueles correspondam ˆs especifica›es tŽcnicas do pedido, ou 
seja, na quantidade e na qualidade que foi acordada entre o comprador e o for-
necedor. 
 O recebimento Ž feito em duas etapas: 
O recebimento provis—rio envolve apenas procedimentos de conferncia dos ma-
teriais, j‡ o recebimento definitivo, momento posterior ˆ conferncia, Ž quando se 
emite o aceite em documento fiscal e se declara que o material est‡ de acordo 
com o especificado no contrato firmado entre o comprador e o fornecedor, ou de-
volve o material ao fornecedor, por estar em desacordo com as especifica›es, 
para que este regularize os materiais. 
Deste modo, o procedimento de recebimento envolve desde a recep‹o 
propriamente dita do material, quando entregue pelo fornecedor, atŽ o momento 
em que os materiais entram nos estoques. 
Entenda tambŽm que os procedimentos de conferncia s‹o prŽvios ao rece-
bimento definitivo. A inspe‹o do material deve ser visual, observando a quanti-
dade e a qualidade. 
E j‡ foi cobrado em prova!!! 
A avalia‹o da qualidade dos materiais recebidos Žfundamental para a garantia 
de fornecimento de servios eprodutos adequados. Um dos procedimentos empre-
gados para a avalia‹o da qualidade dos materiais Ž a inspe‹o, realizada tanto 
no ambiente do fornecedor quanto no do comprador. 
Que se quer dizer com isto? Que a verifica‹o da qualidade dos materiais Ž de 
interesse de ambas as partes (do fornecedor, para evitar a devolu‹o da carga 
entregue, e do comprador, para que o material entregue seja aquele de que ne-
cessite), de tal forma que a inspe‹o deve ser feita em ambos os ambientes. 
Mas tudo isso Ž doutrina . Pode ser que seu examinador empreste conceitos da Ins-
tru‹o Normativa SEDAP 205/1988 quando referir-se aos procedimentos de recebi-
mento e aceita‹o do material. Recomendo a leitura da Instru‹o Normativa, mas 
j‡ adianto os conceitos pertinentes para esta aula: 
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 3. Recebimento Ž o ato pelo qual o material encomendado Ž 
entregue ao —rg‹o pœblico no local previamente designado, 
n‹o implicando em aceita‹o. Transfere apenas a responsabili-
dade pela guarda e conserva‹o do material, do fornecedor ao 
—rg‹o recebedor. Ocorrer‡ nos almoxarifados, salvo quando o 
mesmo n‹o possa ou n‹o deva ali ser estocado ou recebido, 
caso em que a entrega se far‡ nos locais designados. Qualquer 
que seja o local de recebimento, o registro de entrada do mate-
rial ser‡ sempre no Almoxarifado. 
[...] 
Observe que a atividade de Recebimento, quando descrita pela Instru‹o Norma-
tiva, refere-se ao Recebimento Provis—rio estudado na doutrina. 
3.3. Aceita‹o Ž a opera‹o segundo a qual se declara, na do-
cumenta‹o fiscal, que o material recebido satisfaz ˆs especifi-
ca›es contratadas. 
Parece simples? Eu diria a voc que dentro do contexto empresarial, realmente a 
coisa Ž bastante simples. Qualquer documento pode servir para registrar o recebi-
mento e as regras quanto ˆ aceita‹o do material s— precisam respeitar a essncia 
do conceito. Mas, em reparti›es pœblicas, a coisa muda um pouco de figura . 
Por exemplo: Como os materiais chegam ao almoxarifado da empresa ou —rg‹o 
pœblico. Voc provavelmente me dir‡: atravŽs de compras, caro Professor! 
Correto! Ali‡s, n‹o se conhece de muitas empresas que recebem materiais por do-
a‹o, embora esta tambŽm seja uma forma v‡lida de transferir propriedade de 
alguma coisa. 
Contudo, quando falamos de —rg‹os pœblicos, as possibilidades se expandem um 
pouco. A Instru‹o Normativa 205/1988 SEDAP nos d‡ sugest›es de formas pelas 
quais uma reparti‹o pœblica pode receber materiais: 
3.1. O recebimento, rotineiramente, nos —rg‹os sistmicos, de-
correr‡ de: 
a)compra; 
b) cess‹o; 
c) doa‹o; 
d) permuta; 
e) transferncia; ou 
f) produ‹o interna. 
 
Voc notar‡ que cada inciso do item 3.2 est‡ relacionado a uma forma de recebi-
mento de materiais prevista nas al’neas do item 3.1. N‹o precisa memorizar!!!! 
Ali‡s, se voc conseguir lembrar-se apenas da al’nea ÒaÓ do item 3.2 (grifada em 
colorido), j‡ ser‡ —timo, afinal, a Nota Fiscal e a Fatura s‹o frequentemente vistas no 
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 contexto empresarial (e as quest›es de ARM costumam puxar justamente para esta 
—tica empresarial). 
3.2. S‹o considerados documentos h‡beis para recebimento, 
em tais casos rotineiros: 
a) Nota Fiscal, Fatura e Nota fiscal/Fatura; 
b) Termo de Cess‹o/Doa‹o ou Declara‹o exarada no pro-
cesso relativo ˆ Permuta; 
c) Guia de Remessa de Material ou Nota de Transferncia; ou 
 
d) Guia de Produ‹o. 
3.2.1. Desses documentos constar‹o, obrigatoriamente: 
descri‹o do material, quantidade, unidade de medida, preos 
(unit‡rio e total). 
[...] 
3.3.1. O material recebido ficar‡ dependendo, para sua aceita-
‹o, de: 
 
a) conferncia; e, quando for o caso; 
b) exame qualitativo. 
3.4. O material que apenas depender de conferncia com os 
termos do pedido e do documento de entrega, ser‡ recebido e 
aceito pelo encarregado do almoxarifado ou por servidor desig-
nado para esse fim. 
3.5. Se o material depender, tambŽm, de exame qualitativo, o 
encarregado do almoxarifado, ou servidor designado, indicar‡ 
esta condi‹o no documento de entrega do fornecedor e soli-
citar‡ ao Departamento de Administra‹o ou ˆ unidade equiva-
lente esse exame, para a respectiva aceita‹o. 
3.6. O exame qualitativo poder‡ ser feito por tŽcnico especiali-
zado ou por comiss‹o especial, da qual, em princ’pio, far‡ parte 
o encarregado do almoxarifado. 
3.7. Quando o material n‹o corresponder com exatid‹o ao que 
foi pedido, ou ainda, apresentar faltas ou defeitos, o encarre-
gado do recebimento providenciar‡junto ao fornecedor a re-
gulariza‹o da entrega para efeito de aceita‹o. 
 
Outro conceito que Ž importante conhecer Ž o de Òcontagem cegaÓ, ou ainda, 
Òconferncia por acusa‹oÓ. 
Sintetizando a ideia: o funcion‡rio que vai efetuar o recebimento dos materiais des-
conhece a quantidade faturada pelo fornecedor, devendo apenas contar o que 
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 v, e comunicar a outro funcion‡rio, o ÒRegularizadorÓ, quantas unidades de mate-
rial ele recebeu. 
O ÒRegularizadorÓ Ž o funcion‡rio que conhece a quantidade faturada, e conforme 
as informa›es prestadas pelo primeiro funcion‡rio, poder‡ proceder ˆ regulariza-
‹o do lote ou determinar a recontagem. 
Exemplo: o caminh‹o encosta no galp‹o e o encarregado apenas verifica quantos 
sacos chegaram. Mas com uma pegadinha: Na hora em que o caminh‹o est‡ 
sendo descarregado, nosso querido colega que recebe os sacos n‹o faz ideia de 
quantos sacos est‹o chegando. 
Ele vai anotar quantos sacos foram descarregados e vai dizer para outro funcion‡rio, 
o ÒRegularizadorÓ quantos sacos ele contou. Este œltimo funcion‡rio Ž quem sabe 
quantos sacos est‹o nas notas. 
Por consequncia, o funcion‡rio que faz a contagem n‹o est‡ com a Nota Fiscal na 
m‹o (ali‡s, se estivesse, a contagem j‡ n‹o seria mais cega ). 
Este mŽtodo evita o v’cio na contagem, afinal, Ž bem prov‡vel que voc, ao rece-
ber 299 sacos, por estar lendo 300, ache que pulou 1 e d o pedido por bom, apesar 
de, na verdade, estar faltando um saco. Contudo, o encarregado que ir‡ contar os 
sacos n‹o vai poder conferir quantitativamente o material, afinal, n‹o faz ideia de 
quantos sacos deveria receber. 
 
1.5 CritŽrios e TŽcnicas de Armazenagem 
CritŽrios de armazenagem s‹o as considera›es que o gestor deve fazersobre 
a estocagem do material sob sua responsabilidade. TŽcnicas s‹o formas pelas quais 
ele pode aplicar os referidos critŽrios. 
Daqui, vale a pena conhecer os critŽrios mais comuns na doutrina: 
Armazenagem por agrupamento ou semelhana: Materiais parecidos (seme-
lhantes) devem ser armazenados pr—ximos uns dos outros. 
A ado‹o deste critŽrio torna mais simples a localiza‹o do material, e ainda 
traz outra vantagem:Ž poss’vel aproveitar o fato de que esses itens tendem a ser 
solicitados em momentos pr—ximos. 
Faz sentido: se eu fabrico rel—gios e armazeno materiais nos estoque segundo 
esse critŽrio, toda vez que eu precisar de engrenagens (de diferentes tipos), caso 
tenhamos optado pela armazenagem por agrupamento, estes materiais estar‹o to-
dos no mesmo lugar, facilitando o trabalho de localiza‹o e remessa para o pro-
cesso produtivo. 
Armazenagem segundo o tamanho, forma ou peso: Neste critŽrio, buscare-
mos armazenar os materiais levando em conta suas caracter’sticas f’sicas. 
Colocaremos materiais l’quidos juntos, materiais volumosos juntos, peas pe-
quenas juntas, pois se torna mais f‡cil dedicar espaos f’sicos no estoque para cada 
tipo de material. 
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 A desvantagem neste caso Ž que na maior parte dos casos, esses materiais 
compartilhar‹o apenas essa caracter’stica em comum (o critŽrio n‹o tem apresenta 
nenhuma rela‹o com a aplica‹o dos materiais no processo produtivo), alŽm de 
envolver um controle r’gido pelo gestor do almoxarifado j‡ que este critŽrio tende a 
tornar a localiza‹o de um material espec’fico muito mais dif’cil dentro do almoxa-
rifado. 
Pense s—: o setor produtivo precisa de uma engrenagem para a fabrica‹o 
do rel—gio. Ser‡ que ela foi posta junto aos materiais pequenos, ou junto aos mate-
riais feitos Òde metalÓ, ou junto aos materiais ÒpontudosÓ? Veja a zona que isto pode 
se tornar . 
Armazenagem por frequncia de utiliza‹o: Levaremos em conta quais ma-
teriais s‹o solicitados com mais frequncia e quais deles s‹o solicitados menos vezes 
pelo processo produtivo. 
Com esta informa‹o, ser‡ poss’vel posicionar os materiais mais utilizados pr—-
ximos da sa’da do almoxarifado, afinal, os funcion‡rios do almoxarifado precisar‹o 
fazer mais viagens com eles. Por outro lado os itens menos utilizados podem ficar l‡ 
no fundo do galp‹o. 
N‹o confunda este critŽrio com a armazenagem por semelhana. N‹o h‡ 
necessidade alguma que os materiais estejam relacionados entre si no processo 
produtivo da empresa. 
Basta que saiam do almoxarifado mais ou menos vezes. 
Armazenagem especial: Alguns materiais, por caracter’sticas especiais que 
lhe s‹o pr—prias precisam de uma estrutura especial para armazen‡-los. 
S‹o materiais fr‡geis, inflam‡veis, volumosos, perec’veis e atŽ mesmo radioa-
tivos (j‡ que Ž pra usar a imagina‹o ), entre outras caracter’sticas que os tornem 
de alguma maneira especiais. 
Aqui n‹o h‡ muito como especificar: cada material vai demandar o seu pr—-
prio cuidado. 
Por exemplo, no caso do armazenamento de carnes, n‹o adianta nada eu 
arremessar o corte de alcatra em uma bancada poeirenta, pois em algumas horas 
eu j‡ terei perdido o material. 
E nem preciso mencionar que uma empresa fabricante m‡quinas de Raios-X 
deve fornecer estruturas especiais para armazenamento e manuseio do CŽsio utili-
zado em sua fabrica‹o. 
Por fim, a armazenagem especial pode ser combinada com algum dos outros 
critŽrios, j‡ que um item pode, ao mesmo tempo, ser especial e frequentemente 
utilizado. Neste caso, seria poss’vel combinar armazenagem especial com armaze-
nagem por frequncia de utiliza‹o, sem problema algum do ponto de vista te—-
rico, ou mesmo pr‡tico. 
A Instru‹o Normativa SEDAP 205/1988 tambŽm traz algumas considera›es 
sobre o tema. Vale a pena uma espiadinha, mas n‹o precisa decorar! 
4.1. Os principais cuidados na armazenagem, dentre outros s‹o: 
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 a) os materiais devem ser resguardadoscontra o furtoou roubo, 
e protegidos contra a a‹o dos perigosmec‰nicose das amea-
as clim‡ticas, bem como de animais daninhos; 
b) os materiais estocados a mais tempo devem ser fornecidos 
em primeiro lugar, (primeiro a entrar,primeiro a sair - PEPS), com 
a finalidade de evitar o envelhecimento do estoque; 
c) os materiais devem ser estocados de modo a possibilitar uma 
f‡cil inspe‹o e um r‡pido invent‡rio; 
d) os materiais que possuem grande movimenta‹o devem ser 
estocados em lugar de f‡cil acesso epr—ximo das ‡reas de ex-
pedi‹o e o material que possui pequena movimenta‹o deve 
ser estocado naparte mais afastada das ‡reas de expedi‹o; 
e) os materiais jamais devem ser estocados em contato direto 
com o piso. ƒ preciso utilizar corretamenteos acess—rios de esto-
cagem para os proteger; 
f) a arruma‹o dos materiais n‹o deve prejudicar o acesso as 
partes de emergncia, aos extintores deincndio ou ˆ circula-
‹o de pessoal especializado para combater a incndio (Corpo 
de Bombeiros); 
g) os materiais da mesma classe devem ser concentrados em 
locais adjacentes, a fim de facilitar amovimenta‹o e invent‡-
rio; 
h) os materiais pesados e/ou volumosos devem ser estocados 
nas partes inferiores das estantes e portaestrados,eliminando-se 
os riscos de acidentes ou avarias e facilitandoa movimenta‹o; 
i) os materiais devem ser conservados nas embalagens originais 
e somente abertos quando houvernecessidade de forneci-
mento parcelado, ou por ocasi‹o da utiliza‹o; 
j) a arruma‹o dos materiais deve ser feita de modo a manter 
voltada para o lado de acesso ao local dearmazenagem a face 
da embalagem (ou etiqueta) contendo a marca‹o do item, 
permitindo a f‡cil er‡pida leitura de identifica‹o e das demais 
informa›es registradas; 
l) quando o material tiver que ser empilhado, deve-se atentar 
para a segurana e altura das pilhas, demodo a n‹o afetar sua 
qualidade pelo efeito da press‹o decorrente, o arejamento (dis-
t‰ncia de 70 cmaproximadamente do teto e de 50 cm aproxi-
madamente das paredes). 
Veja que a Instru‹o Normativa simplesmente aplica conceitos obtidos da doutrina. 
Por exemplo: prega a utiliza‹o da armazenagem por semelhana na al’nea g) e 
ainda, armazenagem por frequncia na al’nea d). 
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 Mais ainda, sugere ambos os critŽrios sejam aplicados no almoxarifado, de tal forma 
que n‹o sejam excludentes. 
Mas chega de critŽrios, falemos das tŽcnicas de armazenagem agora. 
A escolha de uma tŽcnica de armazenagem depender‡ muito de alguns fa-
tores, entre os quais: 
- Espao dispon’vel; 
- Tipos de materiais. 
- Nœmero de itens; 
- Velocidade dos atendimentos necess‡rios; 
- Tipo de embalagem a ser utilizada. 
Entretanto, por mais que as necessidades mudem de uma empresa ou —rg‹o 
pœblico para outro, existem tŽcnicas que s‹o estudadas em quase qualquer livro da 
nossa disciplina (e cobradas em prova tambŽm). Veja s—: 
- Carga Unit‡ria (uso de Pallets) 
- Caixas ou Gavetas 
- Prateleiras 
-Raques 
- Empilhamento 
- Continer 
Como voc pode ver, as tŽcnicas de armazenagem compreendem a forma 
pela qual uma empresa opta por armazenar seus materiais. 
Carga Unit‡ria: estamos falando de embalagens de transporte que podem 
acondicionar uma determinada quantidade de material, para posterior transporte 
e armazenagem. Para fazer isso, usamos o pallet. Um pallet Ž um estrado de ma-
deira com 1,1 metros de lado (Ž simplesmente um quadrad‹o grande e pesado de 
madeira, sobre o qual eu coloco os itens que desejo armazenar). Veja o jeit‹o dele: 
 
 
 
T‡ vendo esses espaos que fica embaixo 
do estrado? S‹o —timos para a empilhadeira apoiar 
suas p‡s e assim, fica bem mais f‡cil de carregar o material, independente de qual 
seja ele. 
Ali‡s, essa Ž uma das vantagens da chamada Òpaletiza‹o dos materiaisÓ 
(acondiciona-los sobre pallets): isso gera economia de tempo e esforo, alŽm de 
reduzir a ‡rea de armazenagem e tornar a carga e descarga do material bem mais 
r‡pida. 
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 Outra vantagem Ž que a de que podemos ÒunitizarÓ a carga. O que seria 
isso? Significa que podemos transformar uma infinidade de cargas menores em uma 
œnica unidade transport‡vel, colocar esse monte de coisas em cima de um œnico 
pallet e sair por a’ com uma empilhadeira, onde quer que esse material seja neces-
s‡rio. 
Uma coisa Ž carregar 1.000 unidades de bonecas, uma por uma, de um lado 
para o outro. Outra coisa, bem diferente, Ž amarrar tudo isso em um œnico pallet e 
mover tudo isso em quest‹o de segundos de um lado para o outro. Parece sensaci-
onal? ƒ porque Ž sensacional! 
Caixas ou Gavetas:Acho que n‹o preciso comentar o que s‹o caixas nem o 
que s‹o gavetas (ali‡s, eu nem sei como faria isso ). Melhor mostrar uma foto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caixas e gavetas s‹o —timas para guardar objetos pequenos, como parafusos, ar-
ruelas, l‡pis, borrachas e mesmo materiais em processamento do processo produ-
tivo. Vai a gosto do fregus. 
O material de que elas s‹o feitas n‹o Ž importante, a menos que falemos de arma-
zenagem especial. Entretanto, o tamanho da gaveta pode variar conforme a ne-
cessidade. E, ao contr‡rio do que acontece na minha gaveta, se bem utilizado, esse 
mŽtodo evita a perda desses itens muito pequenos. 
Prateleiras: Olhe para sua estante cheia de livros de concurso pœblico, e contemple 
a defini‹o de prateleira em sua plenitude e grandeza. Caso n‹o tenha uma, a’ vai 
uma foto: 
 
 
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 Prateleiras servem para estocar materiais de tamanhos diversos, alŽm de poderem 
servir de apoio para gavetas ou caixas. O material de que elas s‹o feitas n‹o Ž 
importante (exceto sempre os casos de armazenagem especial), sendo as mais co-
muns as de metal e madeira. ƒ essencial que os materiais estocados em prateleiras 
fiquem vis’veis e sejam corretamente identificados. 
ƒa tŽcnica de armazenagem mais simples e econ™mica, sendo adotada para pe-
as pequenas e quando o nœmero de itens do estoque n‹o Ž muito grande. 
Raques:Talvez seja dif’cil ver a diferena de um raque e uma prateleira. Co-
mecemos pela foto de um, para ajudar na defini‹o: 
 
A diferena entre o raquee a prateleira Ž o seu comprimento. Veja que na 
linha horizontal n‹o h‡ divis›es. Isso Ž important’ssimo, j‡ que o raque se presta a 
acomodar peas longas e estreitas, como tubos e barras. 
Empilhamento: ƒ uma variante da estocagem de caixas. Serve para aprovei-
tar ao m‡ximo o espao vertical. Tanto caixas como pallets podem ser empilhados 
uns sobre os outros, desde que se preste aten‹o na distribui‹o do peso. 
O empilhamento favorece a utiliza‹o de pallets, e melhor ainda, das empi-
lhadeiras, que como eu j‡ disse, s‹o perfeitas para manusear os pallets. 
Ali‡s, a tŽcnica de empilhamento tem o mesmo significado comum do termo: 
Òcolocar uma coisa em cima da outraÓ 
Continer (containers): J‡ viram aquelas enormes caixas de metal que os na-
vios costumam trazer. Olha a foto para lembrar: 
 
 
Containerss‹o caixas retangulares de metal, completamente seladas e que 
se dedicam ao transporte de carga. 
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 Nada novo atŽ a’. Mas a grande sacada do container Ž que ele foi criado 
para ser facilmente transportado por quase qualquer meio de transporte. Foi feito 
para o transporte intermodal. 
Um container chega de navio. Uma grua ou um guincho s‹o utilizados para 
coloca-lo em cima de um caminh‹o. E isso foi feito para encaixar com perfei‹o. 
Posso ainda coloca-lo em cima de um trem ou atŽ carrega-lo de avi‹o. Tudo 
isso sem mudar o mŽtodo de armazenagem (o material vai ficar sempre dentro do 
container, sem nunca sair dele). 
O Container flex’vel Ž algo mais recente. Ele lembra muito um saco feito de 
tecido resistente e borracha, sendo que seu revestimento interno varia conforme o 
seu uso. 
Agora deixem o seu professor feliz e digam que j‡ sacaram isso: Cada material 
requer uma tŽcnica de estocagem pr—pria. Moleza nŽ? 
1.6 Embalagens 
As embalagens tm como principal objetivo a prote‹o dos materiais seja 
durante a suaguarda, seja durante a sua movimenta‹o e o seu transporte. 
Uma embalagem adequadadeve atender os seguintes requisitos: 
- Resistncia(qu’mica e f’sica) adequada; 
- Tamanhoadequado; 
- Possibilidade de transporte, manuseio e estocagem; 
- Viabilidade de custo (se o custo de embalagem for maior que o custo do 
produto ou processo, utiliza-la deixa de fazer sentido). 
E temos v‡rios exemplos de embalagens: caixas de papel‹o; tambores met‡-
licos(excelentes para guardar l’quidos); fardos(utilizados, por exemplo, para emba-
lar fumo, l‹, algod‹o), que possibilitam a redu‹o de volume por compress‹o, por 
meio da utiliza‹o de tiras met‡licas ap—s a mercadoria ser prensada; recipientes 
pl‡sticos, que tm sido muito utilizados em substitui‹o a recipientes de metal ou de 
vidro. 
Importante: O uso de uma embalagemadequada, embora necess‡rio, muitas vezes 
tem um reflexo significativo no aumento dos custos. 
Ali‡s, Ž bom que fique bemclaro: a embalagem tambŽm representa custo 
para a empresa (e, por vezes, um custo enorme). 
1.7 Movimenta‹o de Materiais 
Voc j‡ sabe que a distribui‹o de materiais Ž atividade important’ssima dentro da 
disciplina de Administra‹o de Materiais (se n‹o sabe ainda, ficou sabendo agora 
). Mas, por tr‡s da ideia de distribui‹o de materiais est‡ uma ideia ainda mais inicial: 
a movimenta‹o desses materiais. 
A defini‹o de Chiavenato n‹o poderia ser mais clara: 
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 ÒD‡-se o nome de movimenta‹o de materiais a todo o fluxo de materiais dentro 
da empresaÓ. 
A ideia atŽ pode ser um pouco rudimentar, e talvez voc nem ache que a distribui-
‹o de materiais, Ž t‹o importante. Contudo, tenha em mente que a distribui‹o 
pode responder por 15% a 70% do custo de produ‹o! Tenho sua aten‹o agora? 
Pois bem, estudaremos as finalidades da movimenta‹o de materiais mencionadas 
pela doutrina: 
Em primeiro lugar, encontramos fatores ligados ao aumento da capacidade produ-
tiva da empresa: a movimenta‹o eficiente de materiais permite a utiliza‹o plena 
da capacidade produtiva da empresa. Os resultados que conduzem a esse au-
mento da capacidade produtiva s‹o os seguintes: 
- Redu‹o do tempo de fabrica‹o dos produtos; 
- Incremento de produ‹o, vez que com um melhor abastecimento, mais materiais 
chegam ao setor produtivo, que pode assim produzir mais; 
- Utiliza‹o racional da capacidade de armazenagem, em fun‹o do aumento da 
‡rea œtil da f‡brica, decorrente do melhor aproveitamento do espao dispon’vel. 
Logo em seguida, surgem os fatores ligados ˆmelhoria das condi›es de trabalho: 
o empregado tambŽm deve ser levado em considera‹o na Administra‹o de Re-
cursos Materiais, pois Ž ele quem movimenta o material, ou ao menos quem opera 
a m‡quina que o faz: 
- Redu‹o de Acidentes: a movimenta‹o adequada e planejada dos materiais 
evita acidentes que podem ocorrer durante o manuseio e processamento destes. 
- Redu‹o da Fadiga: a movimenta‹o adequada tambŽm envolve o menor dis-
pndio de energia poss’vel na realiza‹o desta atividade (falaremos disso logo 
mais). 
- Aumento da produtividade da m‹o de obra: pelos fatores acima, o empregado 
que participa do processo produtivo torna-se mais produtivo, pois pode fazer mais 
com menos esforo. 
Por fim, a doutrina tambŽm menciona osfatores ligados ˆ redu‹o dos custos de 
produ‹o. Aqueles 15% a 70% de custos podem ser reduzidos drasticamente, pelas 
seguintes raz›es: 
- Redu‹o da m‹o de obra braal: convenhamos que carregar os materiais no 
brao, por mais forte que seja o sujeito, Ž muito menos eficiente. Com a utiliza‹o 
de equipamentos adequados (que adivinha, tambŽm ser‹o vistos nesta aula), Ž 
poss’vel avanar muito alŽm dos limites da condi‹o humana ; 
- Redu‹o dos custos de materiais: ao acondicionar os materiais corretamente du-
rante sua movimenta‹o, a empresa evita quebras ou perdas. 
Isto se explica pelo fato de que perdas, quando ocorrem, ser‹o rateadas entre as 
unidades que permanecem inteiras (acredite, o dono da empresa n‹o quer preju-
’zo). Quanto menos material quebrar, mais barata a fabrica‹o do material. 
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 A prop—sito, esquea tudo isso quando e se um dia estudarem contabilidade de 
custos na vida (perdas inesperadas s‹o lanadas diretamente ˆ conta de resulta-
dos, e n‹o integram o custo de materiais). Mas em ARM, a redu‹o dos custos dos 
materiais Ž uma justificativa v‡lida para estudarmos a movimenta‹o de materiais. 
Redu‹o dos custos em despesas gerais: tudo que Ž feito com eficincia precisa ser 
feito menos vezes, inclusive o transporte dos materiais. 
AlŽm do que, Ž poss’vel reduzir os n’veis de estoques com a otimiza‹o da movi-
menta‹o, pois a empresa conseguir‡ manter seu giro de estoques alto, sem preju-
dicar seu n’vel de servio (essa frase j‡ faz sentido pra voc!) 
Com isso, terminamos as finalidades poss’veis da movimenta‹o. 
Novamente, quero lembr‡-lo do poder da criatividade em concurso pœblico: as pro-
vas seguem entendimentos 
Esta doutrina, por sua vez, nasce da observa‹o destes autores da realidade, e pos-
terior registro em suas obras. 
ƒ isso que eu mostro a vocs nas aulas, pois vocs precisam disso para acertar 95% 
das quest›es que aparecerem. Mas qualquer pessoa pode observar e concluir. IN-
CLUSIVE VOCæ! 
Se aparecer alguma quest‹o perguntando se a movimenta‹o de materiais pode-
ria ter outro objetivo que n‹o os colocados aqui, por favor, faam o seu professor 
feliz, e pensem se aquilo faz sentido. A criatividade do examinador n‹o tem limites, 
nem a sua deve ter. 
Retomando... 
1.8 Equipamentos para Movimenta‹o de Materiais 
J‡ sabemos que movimentar Ž importante, j‡ sei para que serve movimentar. Mas 
como devo movimentar os materiais? Em verdade, ninguŽm pode te dizer como 
fazer uma coisa. Mas pode te dizer o que voc deve levar em considera‹o, ou 
melhor ainda, quais critŽrios utilizar . 
E isso, na doutrina, tem v‡rios nomes. Chiavenato chamou de Òprinc’pios b‡sicosÓ, 
Gonalves preferiu o termo ÒLeiÓ e eu gosto do termo ÒcritŽrioÓ. Tanto faz como 
chamamos, o importante Ž que voc saiba o que Ž. Entretanto, vou ficar com o 
Gonalves . 
As ÒLeis da Movimenta‹o de MateriaisÓ contŽm recomenda›es a serem observa-
das, que facilitar‹o a vida de quem tiver de fazer a movimenta‹o. Veja o quadro: 
 
 
 
 
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Lei Definição Comentários 
Lei da Obedincia 
do Fluxo das Ope-
ra›es 
Consiste em construir 
trajet—rias de movi-
menta‹o que pos-
sam ser mantidas em 
sequncia. 
ƒ evitar ao m‡ximo situa›es de in-
terrup‹o entre uma tarefa de 
transporte e outra. Se a palavra 
"combo" lhe for familiar, acredito 
que seja perfeita aqui 
Lei da M’nima Dis-
t‰ncia 
Percorrer o m’nimo de 
espao poss’vel para 
movimentar os materi-
ais, evitando o zigue-
zague. 
Nada de perambular feito um 
zumbi pela empresa. Ande em li-
nha reta. 
Lei da Manipula-
‹o M’nima 
Dar preferncia ao 
transporte mec‰nico, 
evitando a manipula-
‹o de dos materiais.A ideia aqui Ž evitar o contato ma-
nual com o equipamento, que Ž 
menos eficiente e o deixa mais sus-
cet’vel a acidentes. 
Lei da M‡xima Uti-
liza‹o dos Equi-
pamentos 
Explorar ao m‡ximo 
as funcionalidades 
dos equipamentos, ti-
rando o m‡ximo pro-
veito de sua opera-
‹o. 
Acho que aqui Ž tranquilo, o obje-
tivo Ž fazer tudo que o equipa-
mento puder fazer para auxiliar na 
movimenta‹o. 
Lei da M‡xima Uti-
liza‹o do Espao 
Dispon’vel 
Utilizar o m‡ximo de 
espao cœbico dispo-
n’vel. 
TambŽm Ž autoexplicativo. Espa-
os vazios Ž desperd’cio e desper-
d’cio Ž perda. 
Lei da Segurana e 
Satisfa‹o 
Manter a segurana 
dos empregados e re-
duzir a fadiga dos 
mesmos. 
Parte da disciplina de movimenta-
‹o de materiais se volta aos ope-
radores dos equipamentos, que 
devem ser respeitados. 
Lei da Padroniza-
‹o 
Utilizar o m‡ximo de 
equipamentos padro-
nizados (do mesmo 
tipo) 
A ideia de marca pode te ajudar a 
entender este ponto. Utilizar um 
œnico tipo de empilhadeira, por 
exemplo, ajuda na manuten‹o 
da mesma, j‡ que as peas ser‹o 
as mesmas o dia que quebrar. 
Lei da Flexibilidade 
Os equipamentos utili-
zados devem, prefe-
rencialmente, servir 
para transportar tipos 
variados de cargas. 
Assim, eu posso utilizar o mesmo 
equipamento para v‡rias tarefas. 
Lei da M‡xima Uti-
liza‹o da Gravi-
dade 
Esta lei recomenda o 
aproveitamento m‡-
ximo da gravidade 
"Para baixo, todo santo ajuda", j‡ 
diria minha v—. 
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Fonte: Gonalves, Paulo SŽrgio 
N‹o achei que fosse ficar t‹o colorido, mas ficou t‹o legal! 
Enfim, esses s‹o os critŽrios que pautam a movimenta‹o de materiais. Os critŽrios 
s‹o intuitivos, ent‹o, memorizar, s— em œltimo caso. 
ƒ com base nessas ÒleisÓ que devo escolher o tipo de equipamento mais adequado 
ˆ movimenta‹o dos materiais da minha empresa. E voc ficaria surpreso com o 
nœmero imenso de equipamentos que podem ser utilizados. Vou fazer o seguinte: 
vou dividi-los em modalidades e dar alguns exemplos de seus principais represen-
tantes. 
Vamos n—s: 
1 Ð Ve’culos Industriais; 
2 Ð Transportadores Cont’nuos; 
3 Ð Guindastes, talhas e elevadores; 
4 Ð Contineres e estruturas de suporte; 
5 Ð Equipamentos diversos e plataformas; 
Ve’culos Industriais: feitos para movimenta‹o de materiais entre pontos que n‹o 
possuam limites fixos ou predeterminados. A trajet—ria a ser feita pelos materiais Ž 
vari‡vel. A empilhadeiraŽ o exemplo por excelncia. Veja a figura. 
 
Essa beleza Ž capaz de levantar pallets com facilidade imensa, mas tambŽm serve 
para outros tipos de cargas. Quanto ˆ trajet—ria vari‡vel, estes itens podem ser de-
mandados em diversos pontos do processo produtivo, ou atŽ mesmo em diversas 
Lei do Menor Custo 
Total 
Escolher o equipamento de 
transporte com base no me-
nor custo total (custo inicial 
+ custo operacional + custo 
de manuten‹o) e o tempo 
de vida œtil 
O equipamento deve ser analisado pela 
mŽdia destes custos, j‡ que pode seu custo 
de aquisi‹o pode ser barato, mas pela 
baixa qualidade dos componentes, deman-
dar manuten‹o constante. 
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 prateleiras. O importante Ž que os pontos iniciais e finais da empilhadeira nem sem-
pre s‹o os mesmos, e por isso ela Ž vers‡til. 
Transportadores Cont’nuos: Agora os pontos de transporte s‹o fixos. O material vai 
sempre do ponto A ao B, do B ao C e assim por diante. Em troca da imobilidade, 
esses transportadores funcionam ininterruptamente. Como vocs devem imaginar, 
s‹o perfeitos para sistemas de produ‹o cont’nua, entre os quais, as linhas de mon-
tagem. A correia transportadora (esteira) Ž perfeita para ilustrar: 
 
O material Ž colocado na esteira e vai se movimentando atŽ chegar a seu destino. 
Depois outro, e outro, e outro, sem parar. 
Guindastes, talhas e elevadores: Aqui v‹o enquadrados todos os equipamentos de 
manuseio espec’fico para ‡reas de dif’cil movimenta‹o, movendo as cargas inin-
terruptamente. 
Normalmente, se prestam tambŽm a iar (levantar) o material que se pretende, co-
laborando para que este n‹o ocupe o mesmo plano que outros materiais (ou 
mesmo pessoas). Fala-se em Òn‹o concorrnciaÓ de espao, j‡ que o material fica 
pendurado e as pessoas ficam no ch‹o. 
Aqui n‹o tem jeito, os trs s‹o muito diferentes uns dos outros, vai ter foto dos trs. 
 
Da esquerda para direita, guindaste, talha e elevador. A talha foi feita para ser utili-
zada normalmente em sistema de polias, carregando cargas bastante pesadas. 
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 O elevador eu acredito que voc j‡ conhece. Ele se presta ao transporte de cargas 
entre diferentes espaos (andares), em compensa‹o, demanda manuten‹o pre-
ventiva cuidadosa. 
O guindaste, frequentemente utilizado em portos, se presta ˆ movimenta‹o de 
cargas muito pesadas entre pontos relativamente pr—ximos, ainda que em alturas 
diferentes. 
Contineres e estruturas de suporte:J‡ falamos deles na aula passada. Lembre-se, 
para esta aula, de que s‹o equipamentos sem mobilidade pr—pria, e servem n‹o 
para movimentar materiais, mas para cont-los enquanto s‹o movimentados. 
E, principalmente, s‹o perfeitos para o transporte intermodal (que voc ver‡ nessa 
aula, no t—pico de transportes). 
Equipamentos diversos e plataformas: Basicamente, todo o resto, inclu’dos equipa-
mentos de posicionamento, rampas e equipamentos de transferncia de materiais. 
Se n‹o estava em nenhuma categoria e serve para movimentar alguma coisa, est‡ 
aqui. O carrinho de carga Ž um exemplo de como o ÒrestoÓ tambŽm Ž importante: 
 
 
S‹o œteis para movimenta‹o de pequenas cargas dentro do pr—prio almoxarifado. 
As dist‰ncias que pode percorrer tambŽm s‹o curtas, j‡ que s— de olhar para foto, 
voc pode ver que Ž voc quem ter‡ de pux‡-lo. 
1.9 Drive-in, Drive-thru, Crossdocking e Milk Run 
As express›es acima representam conceitos na Administra‹o de Recursos Materi-
ais que n‹o possuem uma tradu‹o direta para nossa l’ngua. Por esta raz‹o, o jar-
g‹o Ž utilizado no ramo em ingls mesmo. 
Mais do que simplesmente Òtraduzi-lasÓ para voc, cada uma delas embute uma 
sŽrie de conceitos e considera›es a serem feitas pelo gestor de materiais. 
Comecemos pelo armazenamento drive-in e drive-thru. 
Pense comigo agora: s— Ž poss’vel acessar todos os materiais que est‹o no almoxa-
rifado se parte da ‡rea dispon’vel for utilizada como corredor, o que implica perda 
de espao no armazenamento. 
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 Visualizando: 
 
Veja que h‡ como acessar qualquer caixa dentro do almoxarifado, entretanto, o 
espao do corredor n‹o pode ser utilizado como ‡rea de armazenamento. Se ten-
t‡ssemos, ter’amoso seguinte resultado: 
 
Conseguimos armazenar muito mais caixas com esta disposi‹o, entretanto, todas 
as caixas em vermelho n‹o s‹o diretamente acess’veis ao pessoal do almoxarifado. 
Ok, voc conhece o dilema: acessibilidade ou aproveitamento do espao. 
Os mŽtodos de armazenamento drive-in e drive-thru representam uma escolha en-
tre essas duas vari‡veis. 
O armazenamento do tipo drive-in permite melhor aproveitamento do espao de 
estocagem, contudo, limita o acesso aos materiais. Neste tipo de armazenamento, 
a coloca‹o e retirada de dos materiais Ž feita pelo mesmo corredor, conforme o 
modelo abaixo: 
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Este mŽtodo acaba forando a rotatividade do estoque para o sistema UEPS (œltimo 
a entrar, primeiro a sair, ou ainda, LIFO, last in, first out), a menos que haja intensa 
movimenta‹o de materiais no almoxarifado. O motivo Ž simples: sempre que uma 
caixa chega ao almoxarifado e se pretendemos ocupar o maior espao, esta caixa 
deve ser colocada na parte mais distante do corredor. As novas caixas que v‹o 
chegando v‹o sendo colocadas na frente da que chegou antes, atŽ preencher-
mos todo o corredor. 
Desta forma, a caixa que est‡ mais f‡cil de ser pega Ž justamente a œltima que 
chegou. Isso s— Ž evitado se, a todo o momento, tivermos gente colocando e reti-
rando as caixas do almoxarifado. 
O outro tipo de armazenamento Ž o drive thru. Agora o acesso ser‡ feito por dois 
corredores, um para a entrada de materiais e outro para a sa’da. A disposi‹o fica-
ria assim: 
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Este tipo permite a ado‹o do mŽtodo PEPS para controle de estoques (primeiro a 
entrar, primeiro a sair, ou ainda, FIFO, first in, first out). Entretanto, diminui a ‡rea dis-
pon’vel para armazenagem. 
Seguindo. Falemos de cross-docking agora. Mas, para comearmos a entender suas 
vantagens, preste aten‹o no esquema abaixo: 
 
Centros de Distribui‹o funcionam tradicionalmente da forma proposta acima. O 
material d‡ entrada, vai para a ‡rea de recebimento (onde sua entrada Ž aceita 
no almoxarifado), avana para a ‡rea de armazenamento, onde aguarda o mo-
mento em que for necess‡rio ao processo produtivo e, por fim, vai para ‡rea de 
expedi‹o, onde Ž encaminhado a quem o solicitou. 
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 Note que os centros de distribui‹o usualmente n‹o est‹o fisicamente dentro da 
empresa. Eles apenas cuidam do recebimento e remessa de materiais e produtos 
para quem quer que utilize seus servios. 
Agora, se voc lembrar-se da aula passada, a frase Òestoque Ž custoÓ vai aparecer 
na sua cabea. A ‡rea de armazenamento, do ponto de vista do centro de distri-
bui‹o, Ž improdutiva. ƒ um tempo no qual o material fica parado, sem que nada 
seja feito com ele e que gera custos para a empresa. 
Bom, e se elimin‡ssemos a ‡rea de armazenamento? Os custos de manuten‹o e 
opera‹o cairiam, entretanto, nossa margem de segurana para varia›es no su-
primento de materiais tambŽm seria eliminada. 
Se mesmo ciente desta desvantagem, o galp‹o elimina a ‡rea de armazenamento, 
possuindo apenas as ‡reas de carga e descarga, ele passa a ser um Centro de 
Consolida‹o, com funcionamento mais ou menos assim: 
 
Como agora n‹o h‡ mais ‡rea de armazenamento (ou esta se tornou insignifi-
cante), os materiais s‹o descarregados e imediatamente redirecionados do local 
do recebimento para os ve’culos de transporte j‡ convenientemente aguardando 
a carga, sem transitarem pela ‡rea de estocagem. 
ƒ este processo de redirecionamento r‡pido de cargas que Ž chamado de cross-
docking. Para funcionar, Ž importante que o controle de recebimento e expedi‹o 
de materiais seja extremamente apurado, exigindo c‡lculos precisos das necessida-
des di‡rias de materiais, bem como confiabilidade na chegada e sa’da dos ve’culos 
que far‹o o transporte. 
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 Pr—xima express‹o: ÒMilk runÓ. A tradu‹o literal desta express‹o seria Òcorrida do 
leiteÓ. A escolha do nome tem origem nas atividades desempenhadas pelas empre-
sas de latic’nios que precisavam coletar o leite nas fazendas da ‡rea rural e leva-lo 
atŽ as f‡bricas de processamento. 
Entretanto, o conceito Ž muito mais amplo que um senhor simp‡tico andando de 
bicicleta com algumas garrafas de leite de uma fazenda para o centro da cidade 
e depois devolver os recipientes ˆs fazendas, para que possam colocar o leite no-
vamente ali. 
O Òmilk runÓ Ž um Òroteiro que parte de um determinado ponto, passa por diversos 
locais intermedi‡rios e volta ao ponto de origem. O objetivo dos modelos matem‡-
ticos que otimizam esta opera‹o Ž minimizar o tempo gasto ou percurso feito pelo 
condutor de um ve’culoÓ2. 
Atualmente, a express‹o Òmilk runÓ descreve a opera‹o de coleta dos materiais 
de fornecedores para compor o produto final do cliente. 
Pera ae! Entregar o material Ž problema do meu fornecedor, certo? Por que Ž que 
uma empresa se interessaria em elaborar um roteiro de coleta de materiais se ela 
pode simplesmente transferir esta obriga‹o ao fornecedor (o qual, ali‡s, tem o de-
ver de entregar os materiais no local combinado)? 
Eu diria para voc que no modelo tradicional de administra‹o de estoques voc 
estaria correto. O problema Ž que inventaram o just in time :P. 
Quando o just in time surgiu, as empresas passaram a ver os estoques como custos 
e tentaram operar sem eles. Isto significa dizer que elas passaram a requisitar apenas 
a quantidade de materiais necess‡ria para concluir a produ‹o de determinado 
lote de produtos, no preciso momento em que eles eram necess‡rios (o pedido po-
dia chegar no ponto de contemplar apenas a produ‹o do dia, sendo necess‡ria 
uma nova entrega para a produ‹o do dia seguinte). 
Ok, agora, ao invŽs da empresa solicitar materiais para um ms inteiro de produ‹o, 
ela solicita para um œnico dia 30 vezes. Isto aumenta o nœmero de entregas com as 
quais o almoxarifado tem de lidar. 
Agora vai um dado interessante: um ve’culo tem aproximadamente 6000 compo-
nentes individuais, os quais, por sua vez, s‹o fabricados por uma mŽdia de 1500 for-
necedores. O que Ž que voc acha que aconteceu com as montadoras quando 
elas comearam a adotar o just in time? Elas passaram a receber centenas de en-
tregas di‡rias de pequenos volumes, n‹o dispondo de capacidade para tanto, o 
que implicou em congestionamento dos ve’culos de entrega e consequente atraso 
na produ‹o (coisa que voc j‡ sabe que compromete severamente o just in time 
por conta da ausncia de estoques). 
 
2 Franschini, Paulino G. e Gurgel, Floriano do Amaral. Administra‹o de Materiais e Patrim™nio, ED. 
Cengage Learning, pag 257. 
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 Solu‹o? Tiveram a seguinte ideia: as empresas comearam a evitar que os forne-
cedores de materiais da Classe C (respons‡veis pela maior parte do volume de ma-
teriais entregues e de baixo valor agregado) tivessem de ir atŽ a empresa para en-
tregar os componentes e passaram elas mesmas a irem buscar os materiais. 
Opa! Vamos economizar o frete! Sim, houve sens’vel economia com os custos de-
correntes do frete, mas as empresas n‹o enfiaram este dinheiro todo no bolso. Parte 
desse dinheiro economizado serviu para a contrata‹o de operadores log’sticos, os 
quais assumiram a tarefa de coletar os materiais necess‡rios para as montadoras, 
fazendo isso por meio de roteiros otimizados de coleta e de ve’culos adequados ˆ 
rota e aos volumes transportados. 
Eis a’ a hist—ria da express‹o Òmilk runÓ. 
Sigamos. 
1.10 Utiliza‹o do Espao - Arranjo f’sico (leiaute). 
N‹o achou mesmo que a gente simplesmente ia ficar movimentando materi-
ais de um lado para o outro, com brinquedos legais Ž verdade, sem nenhum prop—-
sito ou motiva‹o? 
A disciplina dos arranjos f’sicos diz respeito ao planejamento do espao f’sico 
que ser‡ utilizado, que ser‡ ocupado. Se nos prim—rdios, o arranjo f’sico era feito 
intuitivamente (isso fica melhor aqui, isso l‡ e esse Ž no uni-duni-t), com os avanos 
da cincia da Administra‹o da Produ‹o, comeou-se a criar tŽcnicas que me-
lhorassem esses arranjos. 
Para ser bem sincero, o layout n‹o se limita a materiais. 
O layout Ž a disposi‹o f’sica dos equipamentos, pessoas e materiais da ma-
neira mais eficiente poss’vel. 
Chiavenato3 cita como objetivos deste arranjo f’sico: 
Integrarm‡quinas, pessoas e materiais para possibilitar uma produ‹o eficiente. 
Reduzirtransportese movimentosde materiais. 
Permitir fluxo regular de materiaise produtos ao longo do processo produtivo, evi-
tando gargalos de produ‹o. 
Proporcionar utiliza‹o eficientedo espao ocupado. 
Facilitare melhorar as condi›es de trabalho. 
Permitir flexibilidade, a fim de atender poss’veis mudanas. 
 O arranjo f’sico das m‡quinas determinar‡ a melhor eficincia do fluxo produtivo. 
O arranjo dependebastante daquilo que Ž produzido e qual o prop—sito dado pela 
produ‹o a cada m‡quina. 
Veja um exemplo de desastre: 
 
3Chiavenato, Idalberto. Administra‹o de Materiais, Ed. Campus, p‡g. 120. 
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 Pense em uma f‡brica. 
Esta fabrica alterou totalmente o layout de sua linha de produ‹o. Antes, havia trs 
m‡quinas espec’ficas, uma atr‡s da outra, e correspondia cada qual a uma etapa 
do processo produtivo em sequencia. E, para melhorar o exemplo, estas m‡quinas 
s— eram capazes de fabricar um œnico tipo de produto. 
Com a altera‹o do layout, essas mesmas trs m‡quinas foram alocadas bem dis-
tantes umas das outras. 
O resultado desta providncia, provavelmente ser‡ o comprometimento do fluxo 
de produ‹o. 
Pensa s—: a empilhadeira agora precisa percorrer um caminho mais longo de uma 
m‡quina a outra, os estoques intermedi‡rios ficam ÒpasseandoÓ de um lado a outro 
da f‡brica, com sŽrio risco de danos e extravios, fora outras calamidades inimagi-
n‡veis que dificultar‹o a obedincia ˆ data de entrega do pedido. 
Tudo porque alguŽm, em algum momento, resolveu alterar o layout da produ‹o 
para uma disposi‹o inadequada. A empresa vai quebrar porque a m‡quina foi 
colocada no lugar errado. Percebeu a import‰ncia do tema? 
O arranjo f’sico pode dizer respeito tambŽm ˆ melhor disposi‹o de oper‡rios na 
linha de produ‹o (quando a opera‹o n‹o Ž t‹o automatizada). 
Perceba: ao falarmos de layout n‹o falamos apenas de materiais e m‡quinas. 
Tudo bem, j‡ sabemos a import‰ncia de arranjar (dispor, colocar) os materiais 
dessa ou daquela forma, mas quais considera›es devemos fazer, a fim de escolher 
a forma adequada? 
Existem v‡rias raz›es (sua imagina‹o tambŽm pode ajudar nessa hora, n‹o 
se limite a memorizar), entre as quais: 
Ø Aqueles itens de estoqueque d‹o sa’da um grande nœmero de vezes,devem 
ser alocados de forma a facilitar seu manuseio e acesso, o que pode ser al-
canado se mantidos pr—ximos ˆ sa’da do almoxarifado. Isto evitaria que o 
coitado do respons‡vel pelo almoxarifado tenha de se deslocar desnecessa-
riamente para atender as requisi›es; 
 
Ø Os corredores de acessoao almoxarifado e ao dep—sito devem facilitar o tr‰n-
sito de maquin‡rio de transporte (de movimenta‹o dos materiais). Por exem-
plo: os corredores devem ser de largura suficiente para permitir o tr‰nsito de 
duas empilhadeiras ao mesmo tempo, em dois sentidos. Do contr‡rio...bom, 
imagine qu‹o constrangedor seria um engarrafamento de empilhadeiras ; 
 
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Ø O mesmo cuidado que se tem com os corredores deve se ter com as portas 
de acesso. As portas do almoxarifado e do dep—sito devem ter largura e al-
tura adequada, de modo que os equipamentos de manuseio e movimenta-
‹o dos materiais (ex. empilhadeiras) possam circular sem dificuldades; 
 
Ø O empilhamento dos materiaise o uso de prateleiras devem respeitar as di-
mens›es do estoque de modo que n‹o provoque riscos de acidentes, por 
exemplo, por inviabilizar o acesso a ‡reas com mangueiras ou alarmes de in-
cndio, ou ainda, que o peso faa com que as caixas de baixo comecem a 
ceder, derrubando as caixas de cima, que nem um enorme domin—; 
 
Ø Locais de armazenagem tempor‡riadevem ficarpr—ximos aos locais de sa’da 
e expedi‹o, auxiliando bastante o processo; 
Um layout adequado proporciona redu‹o nos custos, pelo aumento da ca-
pacidade produtiva e pela melhor utiliza‹o do espao f’sico. Por mais que eu d 
exemplos, a essncia da matŽria Ž facilitar a produ‹o. Quanto mais criativo e efi-
ciente, melhor. 
Agora vamos aos principais layouts existentes. 
Layout posicional ou de posi‹o fixaou estacion‡rio 
O que caracteriza este layout Ž o fato de que os materiais que est‹o sendo 
processados n‹o se movem. 
Este tipo de arranjo Ž recomendado paraprodutos de grande porte, e, por-
tanto, de dif’cil ou imposs’vel locomo‹o. 
Assim, s‹o as pessoas, os materiais e as m‡quinas se deslocam atŽ o produto. 
Pense na fabrica‹o de um navio. 
 Imagine descolar um navio semiacabado de um ponto a outro da f‡brica 
para seguir com sua produ‹o. ƒ muito mais f‡cil fazer com que as pessoas e ma-
teriais necess‡rios ˆ pr—xima fase, uma vez acabada a primeira, se dirijam ao navio 
para continuar a fabric‡-lo. 
Sua principal vantagem esta na enorme flexibilidade do arranjo (muito maior 
que no layout funcional), permitindo diversas altera›es no planejamento, sendo 
preferencial utiliz‡-lo em sistemas de produ‹o por encomenda. 
Entretanto, como a produ‹o por encomenda acaba sendo muito diversifi-
cada (cada novo cliente modifica parte consider‡vel das especifica›es do pro-
duto para que atenda suas necessidades), o ritmo de produ‹o Ž irregular, ge-
rando, algumas vezes, alta ociosidade no processo. 
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 Farei isso em todos os arranjos agora, veja as vantagens e desvantagens: 
Vantagens do Layout Posicional: 
- N‹o h‡ movimenta‹o do produto (isso voc deve ter sacado antes ); 
- Possibilidade de terceiriza‹o de todo o projeto (podemos chamar uma 
equipe atŽ a unidade produtiva para cuidar de determinada fase do projeto); 
- Desvantagens do Layout Posicional: 
- Complexidade na supervis‹o; 
- Necessidades de ‡reas externas (abrigos, casa de ferramentas, etc) para 
atender aos funcion‡rios da produ‹o e ˆ pr—pria produ‹o (lembre-se de que s‹o 
os funcion‡rios e materiais que se deslocam atŽ o produto, e n‹o o contr‡rio); 
- Produ‹o em pequena escala (s‹o produtos tipicamente por encomenda, 
Ž invi‡vel produzir em lote neste caso); 
- Apresenta grande complexidade na programa‹o dos recursos no tempo e 
organiza‹o log’stica; 
Layout por processo ou funcional 
Este layout Ž marcado pela configura‹o situarprocessos similares pr—ximos 
uns aos outros. 
Assim, as m‡quinas e pessoas ser‹o dispostas por especialidades, e o material 
se desloca ao longo de sess›es, atŽ sua finaliza‹o. 
Sua principal vantagem Ž a flexibilidade, sendo recomendado nas situa›es 
em que o produto sofre modifica›es recorrentes, e o volume de produ‹o Ž rela-
tivamente baixo. 
ƒ um tipo de layout recomendado para produ‹o em lote (o processo produ-
tivo comea e termina uma quantidade determinada de unidades do produto, 
para ent‹o comear a pr—xima). Por outro lado, Ž natural que haja um intervalo 
entre a produ‹o de um lote e outro, o que provoca ociosidade e pode tornar o 
ritmo de produ‹o irregular. 
Pense em uma f‡brica de sapatos: eu tenho um local onde os empregados 
colam a sola do sapato, outro em que costuram o couro, mais outro onde se coloca 
o cadaro, e assim por diante. 
O sapato sofre diversas modifica›es ao longo do processo produtivo, e vai 
sempre caminhando de uma se‹o a outra da f‡brica atŽ que fique pronto. E l—-
gico que eu n‹o vou fazer isso com um sapato s—, mas vou produzir v‡rios sapatos 
de uma vez (em lote). 
Simplificando: 
Vantagens do Layout Funcional: 
- Grande flexibilidade para atender a mudanas de mercado; 
- Bom n’vel de motiva‹o dos oper‡rios; 
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 -Possibilidade de elabora‹o de produtos diversificados em quantidades va-
riadas ao mesmo tempo, tudo ao mesmo tempo; 
- Menor Investimento para instala‹o do parque industrial; 
Desvantagens do Layout Funcional: 
- Fluxo longo dentro da f‡brica; 
- Dilui‹o prejudicada do custo fixo em fun‹o da menor expectativa de pro-
du‹o(Produ‹o menor s‹o menos produtos sobre os quais posso ratear meus cus-
tos fixos); 
- Dificuldade ao elaborar a programa‹o da produ‹o 
- Dependncia de m‹o de obra qualificada 
Layout celular 
Os materiais transformados (j‡ processados de alguma maneira) s‹o movi-
mentados para uma parte espec’fica da opera‹o (cŽlula) onde est‹o todos os 
demais recursos necess‡rios ao processamento. 
Somente em caso de uma imprevisibilidade o produto precisar‡ sair daquela 
cŽlula para ser trabalhado. 
Cada unidade produtiva Ž uma cŽlula dotada de absolutamente tudo que 
aquele produto (ou material semiacabado) precisar‡ para avanar atŽ a pr—xima 
fase. 
Ruim Ž arrumar um exemplo para este modelo, mas vou jogar sujo . J‡ assistiu 
F—rmula 1 nŽ? Pit Stop? 
Muito bem, o carro chega ao Pit Stop e aquela cŽlula composta de funcio-
n‡rios, ferramentas e materiais est‹o toda concentrada em um Box 5x5, contendo 
de absolutamente tudo para que o carro saia de l‡ abastecido, com pneus novos, 
e com o visor do capacete do piloto sequinho. 
Ou voc j‡ viu o piloto sair de um box que s— parafusa pneus para outro que 
s— abastece? A ideia Ž justamente a concentra‹o de recursos em um œnico es-
pao f’sico. 
Outro legal Ž o da praa de alimenta‹o do shopping. Quando a assunto for 
refei‹o, todas as op›es est‹o concentradas ali, ou voc j‡ sentiu a necessidade 
de ir para outra ‡rea do shopping para comer algo diferente? 
Simplificando 
Vantagens do Layout Celular: 
- Aumento da Flexibilidade quanto ao tamanho de lotes por produto 
- Diminui‹o do transporte de material 
- Diminui‹o de estoques(principalmente de produtos semiacabados, j‡ que 
a cŽlula Ž capaz de lidar com eles diretamente, ao invŽs de encaminhar os produtos 
para outra ‡rea da empresa) 
Desvantagens do Layout Celular: 
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 - Bastante espec’fico (Ž a pr—pria ideia de forma‹o de uma cŽlula) 
- Arranjos de dif’cil elabora‹o 
Layout por produto ou linear 
Utilizado na fabrica‹o de produtos cuja produ‹o segue a mesma sequen-
cia de atividades. 
Assim, Ž um tipo de arranjo que funciona melhor na produ‹ode itens padro-
nizados, cujos equipamentos e funcion‡rios executar‹o uma grande quantidade de 
tarefas repetidas. 
Desde os tempos de Henry Ford, este layout reduz drasticamente os custos de 
produ‹o e movimenta‹o de materiais, contudo, este custo reduzido resulta em 
um arranjo muito pouco flex’vel. 
De tal forma, o baixo custo de produ‹o costuma ter como contrapartida o 
elevado investimento em equipamentos. 
E j‡ que falei do Henry Ford, vamos ressuscitar um cl‡ssico: a linha de monta-
gem de ve’culos. 
Imagine esse seu Golzinho ano 94 (que voc est‡ doido pra trocar quando 
passar nesse concurso). 
Ele Ž rigorosamente igual a milhares de outros Golzinhos ano 94, por mais 
apego que voc possa ter por ele . O carro em quest‹o Ž um produto padronizado, 
que n‹o muda nunca. 
E ele foi fabricado em uma grande f‡brica, onde havia uma se‹o, e nessa 
se‹o havia uma grande m‡quina cuja especialidade era apertar parafusos. 
E essa grande m‡quina apertava parafusos milh›es de vezes por dia, mon-
tando milhares de chassis de carros. 
E esses milhares de chassis iriam para outra fase, onde outra grande m‡quina 
faria alguma outra atividade muito espec’fica milh›es de vezes, e assim por diante 
. Voc j‡ deve ter entendido a ideia. 
Simplificando: 
Vantagens do Layout por produto ou linear: 
- Possibilidade de Produ‹o em Massa com Grande Produtividade 
- Carga de M‡quina e Consumo de Material Constantes ao Longo da Linha de 
Produ‹o 
- Controle de Produtividade Facilitado. 
Desvantagens do Layout por produto ou linear: 
- Ato Investimento em M‡quinas 
- TŽdio (refiro-me aos oper‡rios). 
- Falta de Flexibilidade da Linha de Produ‹o 
- Fragilidade a Paralisa›es e Gargalos da Produ‹o. 
07805561788 - Jakeline de Andrade Silva
 
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CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS 
 TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS 
AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI 
 Tenha em mente: Layout quer dizer, simplesmente, ÒarranjoÓ. 
Dessa forma, qualquer ÒjeitoÓ de dispor os materiais no estoque pode ser con-
siderado um layout, desde que sejaestruturadosegundo algum critŽrio. 
O layout Ž tanto mais eficiente quanto mais adequado ao processo produtivo 
no qual a empresa est‡ inserida. Um determinado arranjo pode ser favor‡vel em um 
determinado cen‡rio e um completo desastre em outro. 
O resto da doutrina s‹o f—rmulas

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