Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Livro Eletrônico Aula 01.1 Gestão de Compras, Estoques e Documentos p/ LIQUIGÁS (Assistente Administrativo I) - Pós-Edital Professor: Felipe Petrachini 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Aula 01.1 GESTÌO DE ALMOXARIFADOS E MOVIMENTA- ÌO DE MATERIAIS Sumrio Sumrio ................................................................................................................................ 1 Gesto de Almoxarifados .................................................................................................. 2 1 - Recebimento e armazenagem. .................................................................................. 2 1.1 - Objetivos da armazenagem. ................................................................................ 3 1.2 Almoxarifados: funes e objetivos ........................................................................ 4 1.3 Almoxarifado e Depsito ......................................................................................... 6 1.4 Recebimento de Materiais e Conferncia. ........................................................... 8 1.5 Critrios e Tcnicas de Armazenagem ................................................................ 12 1.6 Embalagens ............................................................................................................. 18 1.7 Movimentao de Materiais ................................................................................. 18 1.8 Equipamentos para Movimentao de Materiais .............................................. 20 1.9 Drive-in, Drive-thru, Crossdocking e Milk Run ....................................................... 24 1.10 Utilizao do Espao - Arranjo fsico (leiaute). .................................................. 30 1.11 Controle, Registro, Movimentao, Recuperao de Material e Segurana ........................................................................................................................................ 36 2. Movimentao e Distribuio de Materiais .............................................................. 41 2.1 Caractersticas das modalidades de transporte. ................................................ 41 2.2 Logstica ................................................................................................................... 45 2.3 Supply Chain Management .................................................................................. 56 2.4 Canais de Distribuio ........................................................................................... 58 3 - Questes Propostas ..................................................................................................... 71 4 - Questes Comentadas............................................................................................... 78 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI GESTÌO DE ALMOXARIFADOS Tudo correndo bem? Lembro sempre que estou no frum de dvidas para resolver cada pequeno pepino intransponvel que surgir na sua frente. No sei se eu disse isso ainda, mas somos melhores amigos meu caro. Eu realmente quero ver voc pas- sar, e com folga. A propsito, retirei alguns trechos da aula da Instruo Normativa SEDAP 205/1988, frequentemente utilizada para elaborao de questes, mesmo quando no mencionada expressamente no edital e mais ainda: mesmo quando o concurso no do Executivo Federal!!! Quem tiver um tempo, sugiro l-la inteira, mas os trechos mais importantes sero transcritos no corpo desta aula. Segue o link: http://www.comprasnet.gov.br/legislacao/in/in205_88.htm Caso link no esteja funcionando, tenho uma cpia em pdf, ento, no hesitem em pedir! Bom, vamos continuar. 1 - Recebimento e armazenagem. Voc o gestor de materiais de uma empresa. A empresa vai precisar de materiais para produzir o que quer que ela queira produzir. O setor financeiro no queria que ela estocasse materiais, pois isso imobiliza capital. Ainda assim, a empresa estocou. E a chegamos ao recebimento e armazenagem. At que o produto esto- cado seja utilizado no processo produtivo, precisa ser guardado (armazenado). Mas antes, lgico, eu preciso receb-lo, afinal, como posso guardar algo que ainda no tenho? Dentre as atribuies dos gestores da armazenagem e movimentao fsica de matrias, Gonalves1 cita as seguintes: Recebimento dos materiais; Identificao dos materiais; Transporte e movimentao fsica dos materiais para as reas de armazena- gem. Armazenamento dos materiais; Controle da localizao fsica dos materiais; Fornecimento dos materiais. 1Gonalves, Paulo Srgio, Administrao de Materiais, Ed. Campus 2010, 3» ed. pg. 314. 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Veja que as atividades de armazenagem esto diretamente relacionadas ao controle e movimentao dos materiais. Alm disto, a rea de armazenagem e movimentao de materiais tem res- ponsabilidade direta na qualidade dos produtos ou servios da organizao, na me- dida em que o setor produtivo s vai conseguir cumprir seus objetivos. Mas professor, o que armazenagem? Bom, eu poderia arremessar linhas e mais linhas de doutrina pura na sua ca- bea, mas vou ficar com uma definio mais enxuta, prevista na legislao (ainda que infra legal). O item 4 da Instruo Normativa SEDAP 205/1988 bastante eluci- dativo: 4. A armazenagem compreende a guarda, localizao, segu- rana e preservao do material adquirido, a fim de suprir ade- quada mente as necessidades operacionais das unidades inte- grantes da estrutura dorgo ou entidade. 1.1 - Objetivos da armazenagem. Acredito que agora voc j ser capaz de entender o principal motivo de se ter estoques e, consequentemente da necessidade da guarda de materiais: ter o material disponvel no momento exato, na quantidade demandada e com a quali- dade desejada. Olha o quadro a de novo: A estrutura fsica da empresa e a demanda do material so pontos muito im- portantes e devem ser analisados no momento em que se decide por armazenar ou no um determinado material. J se imaginaram comprando um galpo de dois andares e 10 mil metros quadrados e entupindo ele de prateleiras e mercadorias?Afinal a demanda de ma- terial imensa e seria vantajoso ter um estoque para manter a produo ininterrup- tamente. Dentro de um processo produtivo, a Administração de Materias (AM) precisa controlar: A Quantidade Evitar a falta ou o excesso de materiais O Tempo Momento em que os materias estarão disponíveis A Localização Disponibilidade no tempo certo 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI S que o gestor de materiais fez isso at que o piso do andar de cima cedeue desabou sobre o piso de baixo. A estrutura fsica da empresa (no caso, o galpo) no estava preparada para suportar aquele estoque. E... prejuzo na certa. Uma armazenagem adequada tem como objetivos: Conservar os materiais; Permitir que os materiaisestejam prximos do sistema produtivo no momento em que forem requisitados. Maximizao da utilizao do espao fsico (utilizao adequada); Proteo (conservao) dos materiais; Facilidade de acesso ao estoque (os materiais precisam estar no local, na hora e na quantidade certa); Permitir a satisfao dos clientes, que podero contar com os produtos no momento que necessitarem (veja que ao estocar, eu deixo um nmero de produtos acabados armazenados em depsito, que podem ser entregues diretamente ao cliente); Facilitar o registro das operaes (a partir da organizao adequada dos ma- teriais); O local onde o material ser armazenado deve ser adequado s prprias ne- cessidades deste material, ou seja, o local deve ser compatvel com as caractersti- cas fsicas e qumicas do material. No seria bom armazenar papel para produo de jornal em um lugar com muita umidade, embora o ambiente tambm no possa ser de todo seco. A adequao do ambiente ser um fator tanto mais importante conforme a sensibilidade do material, e claro, alm de mais importante, provavelmente mais custosa. 1.2 Almoxarifados: funes e objetivos J falamos bastante do almoxarifado, e voc provavelmente j desconfia qual seu significado. Agora hora de ter certeza Segundo as palavras de VIANA: ÒAlmoxarifado o local destinado fiel guarda e conservao de materiais, em recinto coberto ou no, adequado a sua natureza, tendo a funo de destinar espaos onde permanecer cada item aguardando a necessidade do seu uso, ficando sua localizao, equipamentos e disposio in- terna, condicionados poltica geral de estoques da empresaÓ. Primeiro ponto importante: almoxarifado guarda materiais. No captulo ÒAlmoxari- fado e DepsitosÓ, ns veremos a importncia desta ressalva. Pois bem, nosso almoxarifado guarda materiais. Sabendo disto, qual dever ser seu objetivo final? 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Se voc disse: permitir que o material esteja na hora certa, local certo e quantidade certa, no est de todo errado, entretanto, este o propsito de toda nossa disci- plina, e seu professor pretende algo um pouco mais especfico . O objetivo de qualquer almoxarifado, fora suprir as necessidades de materiais da empresa, impedir a ocorrncia de qualquer divergncia de inventrio e perdas dos materiais sob sua guarda. Neste ponto, a doutrina parece no divergir, e com toda razo . Veja a sutileza na diferenciao entre ÒfunoÓ e ÒobjetivoÓ. Enquanto a funo nos diz Òpara que o almoxarifado serveÓ o objetivo nos diz Òqual nossa meta para bem cumprir nossa funoÓ. Ento, atente-se para esta diferenciao. E como no poderia deixar de ser, tambm existe um diagrama para o almoxari- fado, desde o momento da chegada do material na empresa at sua distribuio ao processo produtivo. Acompanhe: 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Nos prximos captulos, veremos as funes mais importantes (e mais cobradas em provas) sobre as funes do almoxarifado. 1.3 Almoxarifado e Depsito Acredite ou no, seu examinador quer que voc saiba a diferena conceitual entre almoxarifado e depsito. Mas professor, ambos so lugares nos quais o material estocado. No tudo a mesma coisa? No, no ! Acompanhe as definies: 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Almoxarifado: toda vez que voc ler ÒalmoxarifadoÓ, eu gostaria que voc tivesse em mente um local onde materiais iniciais so estocados. Materiais iniciais so as matrias primas, materiais que ainda no foram sequer tocados pela empresa em seu processo produtivo e que ainda sero trabalhados pela empresa. Lembra-se? Desta forma, o almoxarifado guarda e estoca os materiais da empresa, antes que venham a se tornar ÒprodutosÓ. Outra coisa importantssima: o almoxarifado, no mais das vezes, o setor respons- vel pelo recebimento de materiais, incluindo sua conferncia, recebimento provis- rio e definitivo. Entretanto, o almoxarifado NÌO o responsvel pela compra dos materiais. Em uma empresa comum, o almoxarifado, ao constatar falta de algum material que poder ser demandado pelo setor produtivo da empresa, encaminha uma requisi- o ao rgo de compra da empresa, sendo que este quem far a aquisio. Uma vez aprovados no Controle de Qualidade da empresa, os materiais so arma- zenados no almoxarifado, de onde podem ser solicitados atravs de Requisies de Materiais. As requisies sero feitas pelo setor produtivo da empresa, interessado em materiais para fabricar seus produtos. Depsito: este local tem a funo de armazenar Produtos Acabados da empresa. Se a empresa fabrica bicicletas, seu depsito est cheio de bicicletas, enquanto o almoxarifado est cheio de pneus, pedais, correias e etc. Lembre-se que a empresa no consegue vender o seu produto to logo ele saia da linha de montagem (imaginou que beleza seria ter uma fila de consumidores no fim da esteira, pegando bicicletas e pagando?). Desta forma, medida que os produ- tos acabados vo ficando prontos, so imediatamente estocados em depsito, para futura entrega ao consumidor final Desta forma, as Requisiesque chegam ao depsito no so feitas pelo setor pro- dutivo da empresa, e sim pelo setor de vendas, interessado em encaminhar estes produtos aos consumidores. E sim, existem materiais que no esto nem no almoxarifado, nem no depsito. Se- riam os materiais semiacabados e os materiais em processamento,que vo sendo estocados juntamente ao processo produtivo no qual esto inseridos. Materias- primas Materiais em processamento Materiais semiacabados Materiais acabados ou componentes Produtos acabados 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI E isso tem razo de ser: estes produtos no so matrias primas intocadas, tam- pouco produtos acabados e vo passar pouco tempo estocados, pois iro ser re- metidos prxima fase do processo produtivo, para finalizao. Quando estiverem prontos, iro para o depsito. Este quadro vai ajudar voc a entender as diferentes possibilidades: 1.4 Recebimento de Materiais e Conferncia. Os principais elementos envolvidos no recebimento de materiais so: Espao Fsico: diz respeito ao local no qual os produtos sero recebidos, bem como quanto ao espao para manobras de veculos de movimentao de cargas (a exemplo das empilhadeiras) e tambm quanto disposio das matrias-primas no almoxarifado; Recursos de Informtica: dizem respeito ao controle de recebimento e ao uso equipamentos tais como leitoresde cdigo de barras; Equipamento de Carga e Descarga: como empilhadeiras; Pessoal treinado e qualificado; Procedimentos Padronizados. O setor de recebimento de materiais, ao receber o material, deve observar, dentre outras coisas, se o produto recebido atende s especificaes tcnicas do pedido, se a quantidade, a qualidade e a marca condizem com o que foi acor- dado em contrato e se o produto chegou dentro do prazo estabelecido. Almoxarifado Processo Produ1vo Depósito Materias- primas Materiais em processamento Materiais semiacabados Materiais acabados ou componentes Produtos acabados 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Aps conferncia,por vezes confeccionado um documento denominado termo de recebimento de material. Guarde:Somente aps a conferncia que se d o aceite dos materiais. O recebimento de materiais uma atividade intimamente ligada ao controle de estoques. As atividades de recebimento de materiais so documentadas no que se chama relatrio de recebimento (ou termo de recebimento de material, como citado acima). Estes servios de inspeo de recebimento esto vinculados ao setor de con- trole de qualidade. No basta, deste modo, que os materiais recebidos estejam de acordo com a nota fiscal (se s puderem memorizar uma coisa dessa parte, memorizem isto), fundamental que aqueles correspondam s especificaes tcnicas do pedido, ou seja, na quantidade e na qualidade que foi acordada entre o comprador e o for- necedor. O recebimento feito em duas etapas: O recebimento provisrio envolve apenas procedimentos de conferncia dos ma- teriais, j o recebimento definitivo, momento posterior conferncia, quando se emite o aceite em documento fiscal e se declara que o material est de acordo com o especificado no contrato firmado entre o comprador e o fornecedor, ou de- volve o material ao fornecedor, por estar em desacordo com as especificaes, para que este regularize os materiais. Deste modo, o procedimento de recebimento envolve desde a recepo propriamente dita do material, quando entregue pelo fornecedor, at o momento em que os materiais entram nos estoques. Entenda tambm que os procedimentos de conferncia so prvios ao rece- bimento definitivo. A inspeo do material deve ser visual, observando a quanti- dade e a qualidade. E j foi cobrado em prova!!! A avaliao da qualidade dos materiais recebidos fundamental para a garantia de fornecimento de servios eprodutos adequados. Um dos procedimentos empre- gados para a avaliao da qualidade dos materiais a inspeo, realizada tanto no ambiente do fornecedor quanto no do comprador. Que se quer dizer com isto? Que a verificao da qualidade dos materiais de interesse de ambas as partes (do fornecedor, para evitar a devoluo da carga entregue, e do comprador, para que o material entregue seja aquele de que ne- cessite), de tal forma que a inspeo deve ser feita em ambos os ambientes. Mas tudo isso doutrina . Pode ser que seu examinador empreste conceitos da Ins- truo Normativa SEDAP 205/1988 quando referir-se aos procedimentos de recebi- mento e aceitao do material. Recomendo a leitura da Instruo Normativa, mas j adianto os conceitos pertinentes para esta aula: 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI 3. Recebimento o ato pelo qual o material encomendado entregue ao rgo pblico no local previamente designado, no implicando em aceitao. Transfere apenas a responsabili- dade pela guarda e conservao do material, do fornecedor ao rgo recebedor. Ocorrer nos almoxarifados, salvo quando o mesmo no possa ou no deva ali ser estocado ou recebido, caso em que a entrega se far nos locais designados. Qualquer que seja o local de recebimento, o registro de entrada do mate- rial ser sempre no Almoxarifado. [...] Observe que a atividade de Recebimento, quando descrita pela Instruo Norma- tiva, refere-se ao Recebimento Provisrio estudado na doutrina. 3.3. Aceitao a operao segundo a qual se declara, na do- cumentao fiscal, que o material recebido satisfaz s especifi- caes contratadas. Parece simples? Eu diria a voc que dentro do contexto empresarial, realmente a coisa bastante simples. Qualquer documento pode servir para registrar o recebi- mento e as regras quanto aceitao do material s precisam respeitar a essncia do conceito. Mas, em reparties pblicas, a coisa muda um pouco de figura . Por exemplo: Como os materiais chegam ao almoxarifado da empresa ou rgo pblico. Voc provavelmente me dir: atravs de compras, caro Professor! Correto! Alis, no se conhece de muitas empresas que recebem materiais por do- ao, embora esta tambm seja uma forma vlida de transferir propriedade de alguma coisa. Contudo, quando falamos de rgos pblicos, as possibilidades se expandem um pouco. A Instruo Normativa 205/1988 SEDAP nos d sugestes de formas pelas quais uma repartio pblica pode receber materiais: 3.1. O recebimento, rotineiramente, nos rgos sistmicos, de- correr de: a)compra; b) cesso; c) doao; d) permuta; e) transferncia; ou f) produo interna. Voc notar que cada inciso do item 3.2 est relacionado a uma forma de recebi- mento de materiais prevista nas alneas do item 3.1. No precisa memorizar!!!! Alis, se voc conseguir lembrar-se apenas da alnea ÒaÓ do item 3.2 (grifada em colorido), j ser timo, afinal, a Nota Fiscal e a Fatura so frequentemente vistas no 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI contexto empresarial (e as questes de ARM costumam puxar justamente para esta tica empresarial). 3.2. So considerados documentos hbeis para recebimento, em tais casos rotineiros: a) Nota Fiscal, Fatura e Nota fiscal/Fatura; b) Termo de Cesso/Doao ou Declarao exarada no pro- cesso relativo Permuta; c) Guia de Remessa de Material ou Nota de Transferncia; ou d) Guia de Produo. 3.2.1. Desses documentos constaro, obrigatoriamente: descrio do material, quantidade, unidade de medida, preos (unitrio e total). [...] 3.3.1. O material recebido ficar dependendo, para sua aceita- o, de: a) conferncia; e, quando for o caso; b) exame qualitativo. 3.4. O material que apenas depender de conferncia com os termos do pedido e do documento de entrega, ser recebido e aceito pelo encarregado do almoxarifado ou por servidor desig- nado para esse fim. 3.5. Se o material depender, tambm, de exame qualitativo, o encarregado do almoxarifado, ou servidor designado, indicar esta condio no documento de entrega do fornecedor e soli- citar ao Departamento de Administrao ou unidade equiva- lente esse exame, para a respectiva aceitao. 3.6. O exame qualitativo poder ser feito por tcnico especiali- zado ou por comisso especial, da qual, em princpio, far parte o encarregado do almoxarifado. 3.7. Quando o material no corresponder com exatido ao que foi pedido, ou ainda, apresentar faltas ou defeitos, o encarre- gado do recebimento providenciarjunto ao fornecedor a re- gularizao da entrega para efeito de aceitao. Outro conceito que importante conhecer o de Òcontagem cegaÓ, ou ainda, Òconferncia por acusaoÓ. Sintetizando a ideia: o funcionrio que vai efetuar o recebimento dos materiais des- conhece a quantidade faturada pelo fornecedor, devendo apenas contar o que 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI v, e comunicar a outro funcionrio, o ÒRegularizadorÓ, quantas unidades de mate- rial ele recebeu. O ÒRegularizadorÓ o funcionrio que conhece a quantidade faturada, e conforme as informaes prestadas pelo primeiro funcionrio, poder proceder regulariza- o do lote ou determinar a recontagem. Exemplo: o caminho encosta no galpo e o encarregado apenas verifica quantos sacos chegaram. Mas com uma pegadinha: Na hora em que o caminho est sendo descarregado, nosso querido colega que recebe os sacos no faz ideia de quantos sacos esto chegando. Ele vai anotar quantos sacos foram descarregados e vai dizer para outro funcionrio, o ÒRegularizadorÓ quantos sacos ele contou. Este ltimo funcionrio quem sabe quantos sacos esto nas notas. Por consequncia, o funcionrio que faz a contagem no est com a Nota Fiscal na mo (alis, se estivesse, a contagem j no seria mais cega ). Este mtodo evita o vcio na contagem, afinal, bem provvel que voc, ao rece- ber 299 sacos, por estar lendo 300, ache que pulou 1 e d o pedido por bom, apesar de, na verdade, estar faltando um saco. Contudo, o encarregado que ir contar os sacos no vai poder conferir quantitativamente o material, afinal, no faz ideia de quantos sacos deveria receber. 1.5 Critrios e Tcnicas de Armazenagem Critrios de armazenagem so as consideraes que o gestor deve fazersobre a estocagem do material sob sua responsabilidade. Tcnicas so formas pelas quais ele pode aplicar os referidos critrios. Daqui, vale a pena conhecer os critrios mais comuns na doutrina: Armazenagem por agrupamento ou semelhana: Materiais parecidos (seme- lhantes) devem ser armazenados prximos uns dos outros. A adoo deste critrio torna mais simples a localizao do material, e ainda traz outra vantagem: possvel aproveitar o fato de que esses itens tendem a ser solicitados em momentos prximos. Faz sentido: se eu fabrico relgios e armazeno materiais nos estoque segundo esse critrio, toda vez que eu precisar de engrenagens (de diferentes tipos), caso tenhamos optado pela armazenagem por agrupamento, estes materiais estaro to- dos no mesmo lugar, facilitando o trabalho de localizao e remessa para o pro- cesso produtivo. Armazenagem segundo o tamanho, forma ou peso: Neste critrio, buscare- mos armazenar os materiais levando em conta suas caractersticas fsicas. Colocaremos materiais lquidos juntos, materiais volumosos juntos, peas pe- quenas juntas, pois se torna mais fcil dedicar espaos fsicos no estoque para cada tipo de material. 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI A desvantagem neste caso que na maior parte dos casos, esses materiais compartilharo apenas essa caracterstica em comum (o critrio no tem apresenta nenhuma relao com a aplicao dos materiais no processo produtivo), alm de envolver um controle rgido pelo gestor do almoxarifado j que este critrio tende a tornar a localizao de um material especfico muito mais difcil dentro do almoxa- rifado. Pense s: o setor produtivo precisa de uma engrenagem para a fabricao do relgio. Ser que ela foi posta junto aos materiais pequenos, ou junto aos mate- riais feitos Òde metalÓ, ou junto aos materiais ÒpontudosÓ? Veja a zona que isto pode se tornar . Armazenagem por frequncia de utilizao: Levaremos em conta quais ma- teriais so solicitados com mais frequncia e quais deles so solicitados menos vezes pelo processo produtivo. Com esta informao, ser possvel posicionar os materiais mais utilizados pr- ximos da sada do almoxarifado, afinal, os funcionrios do almoxarifado precisaro fazer mais viagens com eles. Por outro lado os itens menos utilizados podem ficar l no fundo do galpo. No confunda este critrio com a armazenagem por semelhana. No h necessidade alguma que os materiais estejam relacionados entre si no processo produtivo da empresa. Basta que saiam do almoxarifado mais ou menos vezes. Armazenagem especial: Alguns materiais, por caractersticas especiais que lhe so prprias precisam de uma estrutura especial para armazen-los. So materiais frgeis, inflamveis, volumosos, perecveis e at mesmo radioa- tivos (j que pra usar a imaginao ), entre outras caractersticas que os tornem de alguma maneira especiais. Aqui no h muito como especificar: cada material vai demandar o seu pr- prio cuidado. Por exemplo, no caso do armazenamento de carnes, no adianta nada eu arremessar o corte de alcatra em uma bancada poeirenta, pois em algumas horas eu j terei perdido o material. E nem preciso mencionar que uma empresa fabricante mquinas de Raios-X deve fornecer estruturas especiais para armazenamento e manuseio do Csio utili- zado em sua fabricao. Por fim, a armazenagem especial pode ser combinada com algum dos outros critrios, j que um item pode, ao mesmo tempo, ser especial e frequentemente utilizado. Neste caso, seria possvel combinar armazenagem especial com armaze- nagem por frequncia de utilizao, sem problema algum do ponto de vista te- rico, ou mesmo prtico. A Instruo Normativa SEDAP 205/1988 tambm traz algumas consideraes sobre o tema. Vale a pena uma espiadinha, mas no precisa decorar! 4.1. Os principais cuidados na armazenagem, dentre outros so: 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI a) os materiais devem ser resguardadoscontra o furtoou roubo, e protegidos contra a ao dos perigosmecnicose das amea- as climticas, bem como de animais daninhos; b) os materiais estocados a mais tempo devem ser fornecidos em primeiro lugar, (primeiro a entrar,primeiro a sair - PEPS), com a finalidade de evitar o envelhecimento do estoque; c) os materiais devem ser estocados de modo a possibilitar uma fcil inspeo e um rpido inventrio; d) os materiais que possuem grande movimentao devem ser estocados em lugar de fcil acesso eprximo das reas de ex- pedio e o material que possui pequena movimentao deve ser estocado naparte mais afastada das reas de expedio; e) os materiais jamais devem ser estocados em contato direto com o piso. preciso utilizar corretamenteos acessrios de esto- cagem para os proteger; f) a arrumao dos materiais no deve prejudicar o acesso as partes de emergncia, aos extintores deincndio ou circula- o de pessoal especializado para combater a incndio (Corpo de Bombeiros); g) os materiais da mesma classe devem ser concentrados em locais adjacentes, a fim de facilitar amovimentao e invent- rio; h) os materiais pesados e/ou volumosos devem ser estocados nas partes inferiores das estantes e portaestrados,eliminando-se os riscos de acidentes ou avarias e facilitandoa movimentao; i) os materiais devem ser conservados nas embalagens originais e somente abertos quando houvernecessidade de forneci- mento parcelado, ou por ocasio da utilizao; j) a arrumao dos materiais deve ser feita de modo a manter voltada para o lado de acesso ao local dearmazenagem a face da embalagem (ou etiqueta) contendo a marcao do item, permitindo a fcil erpida leitura de identificao e das demais informaes registradas; l) quando o material tiver que ser empilhado, deve-se atentar para a segurana e altura das pilhas, demodo a no afetar sua qualidade pelo efeito da presso decorrente, o arejamento (dis- tncia de 70 cmaproximadamente do teto e de 50 cm aproxi- madamente das paredes). Veja que a Instruo Normativa simplesmente aplica conceitos obtidos da doutrina. Por exemplo: prega a utilizao da armazenagem por semelhana na alnea g) e ainda, armazenagem por frequncia na alnea d). 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Mais ainda, sugere ambos os critrios sejam aplicados no almoxarifado, de tal forma que no sejam excludentes. Mas chega de critrios, falemos das tcnicas de armazenagem agora. A escolha de uma tcnica de armazenagem depender muito de alguns fa- tores, entre os quais: - Espao disponvel; - Tipos de materiais. - Nmero de itens; - Velocidade dos atendimentos necessrios; - Tipo de embalagem a ser utilizada. Entretanto, por mais que as necessidades mudem de uma empresa ou rgo pblico para outro, existem tcnicas que so estudadas em quase qualquer livro da nossa disciplina (e cobradas em prova tambm). Veja s: - Carga Unitria (uso de Pallets) - Caixas ou Gavetas - Prateleiras -Raques - Empilhamento - Continer Como voc pode ver, as tcnicas de armazenagem compreendem a forma pela qual uma empresa opta por armazenar seus materiais. Carga Unitria: estamos falando de embalagens de transporte que podem acondicionar uma determinada quantidade de material, para posterior transporte e armazenagem. Para fazer isso, usamos o pallet. Um pallet um estrado de ma- deira com 1,1 metros de lado ( simplesmente um quadrado grande e pesado de madeira, sobre o qual eu coloco os itens que desejo armazenar). Veja o jeito dele: T vendo esses espaos que fica embaixo do estrado? So timos para a empilhadeira apoiar suas ps e assim, fica bem mais fcil de carregar o material, independente de qual seja ele. Alis, essa uma das vantagens da chamada Òpaletizao dos materiaisÓ (acondiciona-los sobre pallets): isso gera economia de tempo e esforo, alm de reduzir a rea de armazenagem e tornar a carga e descarga do material bem mais rpida. 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Outra vantagem que a de que podemos ÒunitizarÓ a carga. O que seria isso? Significa que podemos transformar uma infinidade de cargas menores em uma nica unidade transportvel, colocar esse monte de coisas em cima de um nico pallet e sair por a com uma empilhadeira, onde quer que esse material seja neces- srio. Uma coisa carregar 1.000 unidades de bonecas, uma por uma, de um lado para o outro. Outra coisa, bem diferente, amarrar tudo isso em um nico pallet e mover tudo isso em questo de segundos de um lado para o outro. Parece sensaci- onal? porque sensacional! Caixas ou Gavetas:Acho que no preciso comentar o que so caixas nem o que so gavetas (alis, eu nem sei como faria isso ). Melhor mostrar uma foto: Caixas e gavetas so timas para guardar objetos pequenos, como parafusos, ar- ruelas, lpis, borrachas e mesmo materiais em processamento do processo produ- tivo. Vai a gosto do fregus. O material de que elas so feitas no importante, a menos que falemos de arma- zenagem especial. Entretanto, o tamanho da gaveta pode variar conforme a ne- cessidade. E, ao contrrio do que acontece na minha gaveta, se bem utilizado, esse mtodo evita a perda desses itens muito pequenos. Prateleiras: Olhe para sua estante cheia de livros de concurso pblico, e contemple a definio de prateleira em sua plenitude e grandeza. Caso no tenha uma, a vai uma foto: 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Prateleiras servem para estocar materiais de tamanhos diversos, alm de poderem servir de apoio para gavetas ou caixas. O material de que elas so feitas no importante (exceto sempre os casos de armazenagem especial), sendo as mais co- muns as de metal e madeira. essencial que os materiais estocados em prateleiras fiquem visveis e sejam corretamente identificados. a tcnica de armazenagem mais simples e econmica, sendo adotada para pe- as pequenas e quando o nmero de itens do estoque no muito grande. Raques:Talvez seja difcil ver a diferena de um raque e uma prateleira. Co- mecemos pela foto de um, para ajudar na definio: A diferena entre o raquee a prateleira o seu comprimento. Veja que na linha horizontal no h divises. Isso importantssimo, j que o raque se presta a acomodar peas longas e estreitas, como tubos e barras. Empilhamento: uma variante da estocagem de caixas. Serve para aprovei- tar ao mximo o espao vertical. Tanto caixas como pallets podem ser empilhados uns sobre os outros, desde que se preste ateno na distribuio do peso. O empilhamento favorece a utilizao de pallets, e melhor ainda, das empi- lhadeiras, que como eu j disse, so perfeitas para manusear os pallets. Alis, a tcnica de empilhamento tem o mesmo significado comum do termo: Òcolocar uma coisa em cima da outraÓ Continer (containers): J viram aquelas enormes caixas de metal que os na- vios costumam trazer. Olha a foto para lembrar: Containersso caixas retangulares de metal, completamente seladas e que se dedicam ao transporte de carga. 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Nada novo at a. Mas a grande sacada do container que ele foi criado para ser facilmente transportado por quase qualquer meio de transporte. Foi feito para o transporte intermodal. Um container chega de navio. Uma grua ou um guincho so utilizados para coloca-lo em cima de um caminho. E isso foi feito para encaixar com perfeio. Posso ainda coloca-lo em cima de um trem ou at carrega-lo de avio. Tudo isso sem mudar o mtodo de armazenagem (o material vai ficar sempre dentro do container, sem nunca sair dele). O Container flexvel algo mais recente. Ele lembra muito um saco feito de tecido resistente e borracha, sendo que seu revestimento interno varia conforme o seu uso. Agora deixem o seu professor feliz e digam que j sacaram isso: Cada material requer uma tcnica de estocagem prpria. Moleza n? 1.6 Embalagens As embalagens tm como principal objetivo a proteo dos materiais seja durante a suaguarda, seja durante a sua movimentao e o seu transporte. Uma embalagem adequadadeve atender os seguintes requisitos: - Resistncia(qumica e fsica) adequada; - Tamanhoadequado; - Possibilidade de transporte, manuseio e estocagem; - Viabilidade de custo (se o custo de embalagem for maior que o custo do produto ou processo, utiliza-la deixa de fazer sentido). E temos vrios exemplos de embalagens: caixas de papelo; tambores met- licos(excelentes para guardar lquidos); fardos(utilizados, por exemplo, para emba- lar fumo, l, algodo), que possibilitam a reduo de volume por compresso, por meio da utilizao de tiras metlicas aps a mercadoria ser prensada; recipientes plsticos, que tm sido muito utilizados em substituio a recipientes de metal ou de vidro. Importante: O uso de uma embalagemadequada, embora necessrio, muitas vezes tem um reflexo significativo no aumento dos custos. Alis, bom que fique bemclaro: a embalagem tambm representa custo para a empresa (e, por vezes, um custo enorme). 1.7 Movimentao de Materiais Voc j sabe que a distribuio de materiais atividade importantssima dentro da disciplina de Administrao de Materiais (se no sabe ainda, ficou sabendo agora ). Mas, por trs da ideia de distribuio de materiais est uma ideia ainda mais inicial: a movimentao desses materiais. A definio de Chiavenato no poderia ser mais clara: 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI ÒD-se o nome de movimentao de materiais a todo o fluxo de materiais dentro da empresaÓ. A ideia at pode ser um pouco rudimentar, e talvez voc nem ache que a distribui- o de materiais, to importante. Contudo, tenha em mente que a distribuio pode responder por 15% a 70% do custo de produo! Tenho sua ateno agora? Pois bem, estudaremos as finalidades da movimentao de materiais mencionadas pela doutrina: Em primeiro lugar, encontramos fatores ligados ao aumento da capacidade produ- tiva da empresa: a movimentao eficiente de materiais permite a utilizao plena da capacidade produtiva da empresa. Os resultados que conduzem a esse au- mento da capacidade produtiva so os seguintes: - Reduo do tempo de fabricao dos produtos; - Incremento de produo, vez que com um melhor abastecimento, mais materiais chegam ao setor produtivo, que pode assim produzir mais; - Utilizao racional da capacidade de armazenagem, em funo do aumento da rea til da fbrica, decorrente do melhor aproveitamento do espao disponvel. Logo em seguida, surgem os fatores ligados melhoria das condies de trabalho: o empregado tambm deve ser levado em considerao na Administrao de Re- cursos Materiais, pois ele quem movimenta o material, ou ao menos quem opera a mquina que o faz: - Reduo de Acidentes: a movimentao adequada e planejada dos materiais evita acidentes que podem ocorrer durante o manuseio e processamento destes. - Reduo da Fadiga: a movimentao adequada tambm envolve o menor dis- pndio de energia possvel na realizao desta atividade (falaremos disso logo mais). - Aumento da produtividade da mo de obra: pelos fatores acima, o empregado que participa do processo produtivo torna-se mais produtivo, pois pode fazer mais com menos esforo. Por fim, a doutrina tambm menciona osfatores ligados reduo dos custos de produo. Aqueles 15% a 70% de custos podem ser reduzidos drasticamente, pelas seguintes razes: - Reduo da mo de obra braal: convenhamos que carregar os materiais no brao, por mais forte que seja o sujeito, muito menos eficiente. Com a utilizao de equipamentos adequados (que adivinha, tambm sero vistos nesta aula), possvel avanar muito alm dos limites da condio humana ; - Reduo dos custos de materiais: ao acondicionar os materiais corretamente du- rante sua movimentao, a empresa evita quebras ou perdas. Isto se explica pelo fato de que perdas, quando ocorrem, sero rateadas entre as unidades que permanecem inteiras (acredite, o dono da empresa no quer preju- zo). Quanto menos material quebrar, mais barata a fabricao do material. 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva e Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI A propsito, esquea tudo isso quando e se um dia estudarem contabilidade de custos na vida (perdas inesperadas so lanadas diretamente conta de resulta- dos, e no integram o custo de materiais). Mas em ARM, a reduo dos custos dos materiais uma justificativa vlida para estudarmos a movimentao de materiais. Reduo dos custos em despesas gerais: tudo que feito com eficincia precisa ser feito menos vezes, inclusive o transporte dos materiais. Alm do que, possvel reduzir os nveis de estoques com a otimizao da movi- mentao, pois a empresa conseguir manter seu giro de estoques alto, sem preju- dicar seu nvel de servio (essa frase j faz sentido pra voc!) Com isso, terminamos as finalidades possveis da movimentao. Novamente, quero lembr-lo do poder da criatividade em concurso pblico: as pro- vas seguem entendimentos Esta doutrina, por sua vez, nasce da observao destes autores da realidade, e pos- terior registro em suas obras. isso que eu mostro a vocs nas aulas, pois vocs precisam disso para acertar 95% das questes que aparecerem. Mas qualquer pessoa pode observar e concluir. IN- CLUSIVE VOCæ! Se aparecer alguma questo perguntando se a movimentao de materiais pode- ria ter outro objetivo que no os colocados aqui, por favor, faam o seu professor feliz, e pensem se aquilo faz sentido. A criatividade do examinador no tem limites, nem a sua deve ter. Retomando... 1.8 Equipamentos para Movimentao de Materiais J sabemos que movimentar importante, j sei para que serve movimentar. Mas como devo movimentar os materiais? Em verdade, ningum pode te dizer como fazer uma coisa. Mas pode te dizer o que voc deve levar em considerao, ou melhor ainda, quais critrios utilizar . E isso, na doutrina, tem vrios nomes. Chiavenato chamou de Òprincpios bsicosÓ, Gonalves preferiu o termo ÒLeiÓ e eu gosto do termo ÒcritrioÓ. Tanto faz como chamamos, o importante que voc saiba o que . Entretanto, vou ficar com o Gonalves . As ÒLeis da Movimentao de MateriaisÓ contm recomendaes a serem observa- das, que facilitaro a vida de quem tiver de fazer a movimentao. Veja o quadro: 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva a Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Lei Definição Comentários Lei da Obedincia do Fluxo das Ope- raes Consiste em construir trajetrias de movi- mentao que pos- sam ser mantidas em sequncia. evitar ao mximo situaes de in- terrupo entre uma tarefa de transporte e outra. Se a palavra "combo" lhe for familiar, acredito que seja perfeita aqui Lei da Mnima Dis- tncia Percorrer o mnimo de espao possvel para movimentar os materi- ais, evitando o zigue- zague. Nada de perambular feito um zumbi pela empresa. Ande em li- nha reta. Lei da Manipula- o Mnima Dar preferncia ao transporte mecnico, evitando a manipula- o de dos materiais.A ideia aqui evitar o contato ma- nual com o equipamento, que menos eficiente e o deixa mais sus- cetvel a acidentes. Lei da Mxima Uti- lizao dos Equi- pamentos Explorar ao mximo as funcionalidades dos equipamentos, ti- rando o mximo pro- veito de sua opera- o. Acho que aqui tranquilo, o obje- tivo fazer tudo que o equipa- mento puder fazer para auxiliar na movimentao. Lei da Mxima Uti- lizao do Espao Disponvel Utilizar o mximo de espao cbico dispo- nvel. Tambm autoexplicativo. Espa- os vazios desperdcio e desper- dcio perda. Lei da Segurana e Satisfao Manter a segurana dos empregados e re- duzir a fadiga dos mesmos. Parte da disciplina de movimenta- o de materiais se volta aos ope- radores dos equipamentos, que devem ser respeitados. Lei da Padroniza- o Utilizar o mximo de equipamentos padro- nizados (do mesmo tipo) A ideia de marca pode te ajudar a entender este ponto. Utilizar um nico tipo de empilhadeira, por exemplo, ajuda na manuteno da mesma, j que as peas sero as mesmas o dia que quebrar. Lei da Flexibilidade Os equipamentos utili- zados devem, prefe- rencialmente, servir para transportar tipos variados de cargas. Assim, eu posso utilizar o mesmo equipamento para vrias tarefas. Lei da Mxima Uti- lizao da Gravi- dade Esta lei recomenda o aproveitamento m- ximo da gravidade "Para baixo, todo santo ajuda", j diria minha v. 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva 9 Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Fonte: Gonalves, Paulo Srgio No achei que fosse ficar to colorido, mas ficou to legal! Enfim, esses so os critrios que pautam a movimentao de materiais. Os critrios so intuitivos, ento, memorizar, s em ltimo caso. com base nessas ÒleisÓ que devo escolher o tipo de equipamento mais adequado movimentao dos materiais da minha empresa. E voc ficaria surpreso com o nmero imenso de equipamentos que podem ser utilizados. Vou fazer o seguinte: vou dividi-los em modalidades e dar alguns exemplos de seus principais represen- tantes. Vamos ns: 1 Ð Veculos Industriais; 2 Ð Transportadores Contnuos; 3 Ð Guindastes, talhas e elevadores; 4 Ð Contineres e estruturas de suporte; 5 Ð Equipamentos diversos e plataformas; Veculos Industriais: feitos para movimentao de materiais entre pontos que no possuam limites fixos ou predeterminados. A trajetria a ser feita pelos materiais varivel. A empilhadeira o exemplo por excelncia. Veja a figura. Essa beleza capaz de levantar pallets com facilidade imensa, mas tambm serve para outros tipos de cargas. Quanto trajetria varivel, estes itens podem ser de- mandados em diversos pontos do processo produtivo, ou at mesmo em diversas Lei do Menor Custo Total Escolher o equipamento de transporte com base no me- nor custo total (custo inicial + custo operacional + custo de manuteno) e o tempo de vida til O equipamento deve ser analisado pela mdia destes custos, j que pode seu custo de aquisio pode ser barato, mas pela baixa qualidade dos componentes, deman- dar manuteno constante. 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva c Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI prateleiras. O importante que os pontos iniciais e finais da empilhadeira nem sem- pre so os mesmos, e por isso ela verstil. Transportadores Contnuos: Agora os pontos de transporte so fixos. O material vai sempre do ponto A ao B, do B ao C e assim por diante. Em troca da imobilidade, esses transportadores funcionam ininterruptamente. Como vocs devem imaginar, so perfeitos para sistemas de produo contnua, entre os quais, as linhas de mon- tagem. A correia transportadora (esteira) perfeita para ilustrar: O material colocado na esteira e vai se movimentando at chegar a seu destino. Depois outro, e outro, e outro, sem parar. Guindastes, talhas e elevadores: Aqui vo enquadrados todos os equipamentos de manuseio especfico para reas de difcil movimentao, movendo as cargas inin- terruptamente. Normalmente, se prestam tambm a iar (levantar) o material que se pretende, co- laborando para que este no ocupe o mesmo plano que outros materiais (ou mesmo pessoas). Fala-se em Òno concorrnciaÓ de espao, j que o material fica pendurado e as pessoas ficam no cho. Aqui no tem jeito, os trs so muito diferentes uns dos outros, vai ter foto dos trs. Da esquerda para direita, guindaste, talha e elevador. A talha foi feita para ser utili- zada normalmente em sistema de polias, carregando cargas bastante pesadas. 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva 2 Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI O elevador eu acredito que voc j conhece. Ele se presta ao transporte de cargas entre diferentes espaos (andares), em compensao, demanda manuteno pre- ventiva cuidadosa. O guindaste, frequentemente utilizado em portos, se presta movimentao de cargas muito pesadas entre pontos relativamente prximos, ainda que em alturas diferentes. Contineres e estruturas de suporte:J falamos deles na aula passada. Lembre-se, para esta aula, de que so equipamentos sem mobilidade prpria, e servem no para movimentar materiais, mas para cont-los enquanto so movimentados. E, principalmente, so perfeitos para o transporte intermodal (que voc ver nessa aula, no tpico de transportes). Equipamentos diversos e plataformas: Basicamente, todo o resto, includos equipa- mentos de posicionamento, rampas e equipamentos de transferncia de materiais. Se no estava em nenhuma categoria e serve para movimentar alguma coisa, est aqui. O carrinho de carga um exemplo de como o ÒrestoÓ tambm importante: So teis para movimentao de pequenas cargas dentro do prprio almoxarifado. As distncias que pode percorrer tambm so curtas, j que s de olhar para foto, voc pode ver que voc quem ter de pux-lo. 1.9 Drive-in, Drive-thru, Crossdocking e Milk Run As expresses acima representam conceitos na Administrao de Recursos Materi- ais que no possuem uma traduo direta para nossa lngua. Por esta razo, o jar- go utilizado no ramo em ingls mesmo. Mais do que simplesmente Òtraduzi-lasÓ para voc, cada uma delas embute uma srie de conceitos e consideraes a serem feitas pelo gestor de materiais. Comecemos pelo armazenamento drive-in e drive-thru. Pense comigo agora: s possvel acessar todos os materiais que esto no almoxa- rifado se parte da rea disponvel for utilizada como corredor, o que implica perda de espao no armazenamento. 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Visualizando: Veja que h como acessar qualquer caixa dentro do almoxarifado, entretanto, o espao do corredor no pode ser utilizado como rea de armazenamento. Se ten- tssemos, teramoso seguinte resultado: Conseguimos armazenar muito mais caixas com esta disposio, entretanto, todas as caixas em vermelho no so diretamente acessveis ao pessoal do almoxarifado. Ok, voc conhece o dilema: acessibilidade ou aproveitamento do espao. Os mtodos de armazenamento drive-in e drive-thru representam uma escolha en- tre essas duas variveis. O armazenamento do tipo drive-in permite melhor aproveitamento do espao de estocagem, contudo, limita o acesso aos materiais. Neste tipo de armazenamento, a colocao e retirada de dos materiais feita pelo mesmo corredor, conforme o modelo abaixo: 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Este mtodo acaba forando a rotatividade do estoque para o sistema UEPS (ltimo a entrar, primeiro a sair, ou ainda, LIFO, last in, first out), a menos que haja intensa movimentao de materiais no almoxarifado. O motivo simples: sempre que uma caixa chega ao almoxarifado e se pretendemos ocupar o maior espao, esta caixa deve ser colocada na parte mais distante do corredor. As novas caixas que vo chegando vo sendo colocadas na frente da que chegou antes, at preencher- mos todo o corredor. Desta forma, a caixa que est mais fcil de ser pega justamente a ltima que chegou. Isso s evitado se, a todo o momento, tivermos gente colocando e reti- rando as caixas do almoxarifado. O outro tipo de armazenamento o drive thru. Agora o acesso ser feito por dois corredores, um para a entrada de materiais e outro para a sada. A disposio fica- ria assim: 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Este tipo permite a adoo do mtodo PEPS para controle de estoques (primeiro a entrar, primeiro a sair, ou ainda, FIFO, first in, first out). Entretanto, diminui a rea dis- ponvel para armazenagem. Seguindo. Falemos de cross-docking agora. Mas, para comearmos a entender suas vantagens, preste ateno no esquema abaixo: Centros de Distribuio funcionam tradicionalmente da forma proposta acima. O material d entrada, vai para a rea de recebimento (onde sua entrada aceita no almoxarifado), avana para a rea de armazenamento, onde aguarda o mo- mento em que for necessrio ao processo produtivo e, por fim, vai para rea de expedio, onde encaminhado a quem o solicitou. 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Note que os centros de distribuio usualmente no esto fisicamente dentro da empresa. Eles apenas cuidam do recebimento e remessa de materiais e produtos para quem quer que utilize seus servios. Agora, se voc lembrar-se da aula passada, a frase Òestoque custoÓ vai aparecer na sua cabea. A rea de armazenamento, do ponto de vista do centro de distri- buio, improdutiva. um tempo no qual o material fica parado, sem que nada seja feito com ele e que gera custos para a empresa. Bom, e se eliminssemos a rea de armazenamento? Os custos de manuteno e operao cairiam, entretanto, nossa margem de segurana para variaes no su- primento de materiais tambm seria eliminada. Se mesmo ciente desta desvantagem, o galpo elimina a rea de armazenamento, possuindo apenas as reas de carga e descarga, ele passa a ser um Centro de Consolidao, com funcionamento mais ou menos assim: Como agora no h mais rea de armazenamento (ou esta se tornou insignifi- cante), os materiais so descarregados e imediatamente redirecionados do local do recebimento para os veculos de transporte j convenientemente aguardando a carga, sem transitarem pela rea de estocagem. este processo de redirecionamento rpido de cargas que chamado de cross- docking. Para funcionar, importante que o controle de recebimento e expedio de materiais seja extremamente apurado, exigindo clculos precisos das necessida- des dirias de materiais, bem como confiabilidade na chegada e sada dos veculos que faro o transporte. 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Prxima expresso: ÒMilk runÓ. A traduo literal desta expresso seria Òcorrida do leiteÓ. A escolha do nome tem origem nas atividades desempenhadas pelas empre- sas de laticnios que precisavam coletar o leite nas fazendas da rea rural e leva-lo at as fbricas de processamento. Entretanto, o conceito muito mais amplo que um senhor simptico andando de bicicleta com algumas garrafas de leite de uma fazenda para o centro da cidade e depois devolver os recipientes s fazendas, para que possam colocar o leite no- vamente ali. O Òmilk runÓ um Òroteiro que parte de um determinado ponto, passa por diversos locais intermedirios e volta ao ponto de origem. O objetivo dos modelos matem- ticos que otimizam esta operao minimizar o tempo gasto ou percurso feito pelo condutor de um veculoÓ2. Atualmente, a expresso Òmilk runÓ descreve a operao de coleta dos materiais de fornecedores para compor o produto final do cliente. Pera ae! Entregar o material problema do meu fornecedor, certo? Por que que uma empresa se interessaria em elaborar um roteiro de coleta de materiais se ela pode simplesmente transferir esta obrigao ao fornecedor (o qual, alis, tem o de- ver de entregar os materiais no local combinado)? Eu diria para voc que no modelo tradicional de administrao de estoques voc estaria correto. O problema que inventaram o just in time :P. Quando o just in time surgiu, as empresas passaram a ver os estoques como custos e tentaram operar sem eles. Isto significa dizer que elas passaram a requisitar apenas a quantidade de materiais necessria para concluir a produo de determinado lote de produtos, no preciso momento em que eles eram necessrios (o pedido po- dia chegar no ponto de contemplar apenas a produo do dia, sendo necessria uma nova entrega para a produo do dia seguinte). Ok, agora, ao invs da empresa solicitar materiais para um ms inteiro de produo, ela solicita para um nico dia 30 vezes. Isto aumenta o nmero de entregas com as quais o almoxarifado tem de lidar. Agora vai um dado interessante: um veculo tem aproximadamente 6000 compo- nentes individuais, os quais, por sua vez, so fabricados por uma mdia de 1500 for- necedores. O que que voc acha que aconteceu com as montadoras quando elas comearam a adotar o just in time? Elas passaram a receber centenas de en- tregas dirias de pequenos volumes, no dispondo de capacidade para tanto, o que implicou em congestionamento dos veculos de entrega e consequente atraso na produo (coisa que voc j sabe que compromete severamente o just in time por conta da ausncia de estoques). 2 Franschini, Paulino G. e Gurgel, Floriano do Amaral. Administrao de Materiais e Patrimnio, ED. Cengage Learning, pag 257. 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br30 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Soluo? Tiveram a seguinte ideia: as empresas comearam a evitar que os forne- cedores de materiais da Classe C (responsveis pela maior parte do volume de ma- teriais entregues e de baixo valor agregado) tivessem de ir at a empresa para en- tregar os componentes e passaram elas mesmas a irem buscar os materiais. Opa! Vamos economizar o frete! Sim, houve sensvel economia com os custos de- correntes do frete, mas as empresas no enfiaram este dinheiro todo no bolso. Parte desse dinheiro economizado serviu para a contratao de operadores logsticos, os quais assumiram a tarefa de coletar os materiais necessrios para as montadoras, fazendo isso por meio de roteiros otimizados de coleta e de veculos adequados rota e aos volumes transportados. Eis a a histria da expresso Òmilk runÓ. Sigamos. 1.10 Utilizao do Espao - Arranjo fsico (leiaute). No achou mesmo que a gente simplesmente ia ficar movimentando materi- ais de um lado para o outro, com brinquedos legais verdade, sem nenhum prop- sito ou motivao? A disciplina dos arranjos fsicos diz respeito ao planejamento do espao fsico que ser utilizado, que ser ocupado. Se nos primrdios, o arranjo fsico era feito intuitivamente (isso fica melhor aqui, isso l e esse no uni-duni-t), com os avanos da cincia da Administrao da Produo, comeou-se a criar tcnicas que me- lhorassem esses arranjos. Para ser bem sincero, o layout no se limita a materiais. O layout a disposio fsica dos equipamentos, pessoas e materiais da ma- neira mais eficiente possvel. Chiavenato3 cita como objetivos deste arranjo fsico: Integrarmquinas, pessoas e materiais para possibilitar uma produo eficiente. Reduzirtransportese movimentosde materiais. Permitir fluxo regular de materiaise produtos ao longo do processo produtivo, evi- tando gargalos de produo. Proporcionar utilizao eficientedo espao ocupado. Facilitare melhorar as condies de trabalho. Permitir flexibilidade, a fim de atender possveis mudanas. O arranjo fsico das mquinas determinar a melhor eficincia do fluxo produtivo. O arranjo dependebastante daquilo que produzido e qual o propsito dado pela produo a cada mquina. Veja um exemplo de desastre: 3Chiavenato, Idalberto. Administrao de Materiais, Ed. Campus, pg. 120. 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Pense em uma fbrica. Esta fabrica alterou totalmente o layout de sua linha de produo. Antes, havia trs mquinas especficas, uma atrs da outra, e correspondia cada qual a uma etapa do processo produtivo em sequencia. E, para melhorar o exemplo, estas mquinas s eram capazes de fabricar um nico tipo de produto. Com a alterao do layout, essas mesmas trs mquinas foram alocadas bem dis- tantes umas das outras. O resultado desta providncia, provavelmente ser o comprometimento do fluxo de produo. Pensa s: a empilhadeira agora precisa percorrer um caminho mais longo de uma mquina a outra, os estoques intermedirios ficam ÒpasseandoÓ de um lado a outro da fbrica, com srio risco de danos e extravios, fora outras calamidades inimagi- nveis que dificultaro a obedincia data de entrega do pedido. Tudo porque algum, em algum momento, resolveu alterar o layout da produo para uma disposio inadequada. A empresa vai quebrar porque a mquina foi colocada no lugar errado. Percebeu a importncia do tema? O arranjo fsico pode dizer respeito tambm melhor disposio de operrios na linha de produo (quando a operao no to automatizada). Perceba: ao falarmos de layout no falamos apenas de materiais e mquinas. Tudo bem, j sabemos a importncia de arranjar (dispor, colocar) os materiais dessa ou daquela forma, mas quais consideraes devemos fazer, a fim de escolher a forma adequada? Existem vrias razes (sua imaginao tambm pode ajudar nessa hora, no se limite a memorizar), entre as quais: Ø Aqueles itens de estoqueque do sada um grande nmero de vezes,devem ser alocados de forma a facilitar seu manuseio e acesso, o que pode ser al- canado se mantidos prximos sada do almoxarifado. Isto evitaria que o coitado do responsvel pelo almoxarifado tenha de se deslocar desnecessa- riamente para atender as requisies; Ø Os corredores de acessoao almoxarifado e ao depsito devem facilitar o trn- sito de maquinrio de transporte (de movimentao dos materiais). Por exem- plo: os corredores devem ser de largura suficiente para permitir o trnsito de duas empilhadeiras ao mesmo tempo, em dois sentidos. Do contrrio...bom, imagine quo constrangedor seria um engarrafamento de empilhadeiras ; 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Ø O mesmo cuidado que se tem com os corredores deve se ter com as portas de acesso. As portas do almoxarifado e do depsito devem ter largura e al- tura adequada, de modo que os equipamentos de manuseio e movimenta- o dos materiais (ex. empilhadeiras) possam circular sem dificuldades; Ø O empilhamento dos materiaise o uso de prateleiras devem respeitar as di- menses do estoque de modo que no provoque riscos de acidentes, por exemplo, por inviabilizar o acesso a reas com mangueiras ou alarmes de in- cndio, ou ainda, que o peso faa com que as caixas de baixo comecem a ceder, derrubando as caixas de cima, que nem um enorme domin; Ø Locais de armazenagem temporriadevem ficarprximos aos locais de sada e expedio, auxiliando bastante o processo; Um layout adequado proporciona reduo nos custos, pelo aumento da ca- pacidade produtiva e pela melhor utilizao do espao fsico. Por mais que eu d exemplos, a essncia da matria facilitar a produo. Quanto mais criativo e efi- ciente, melhor. Agora vamos aos principais layouts existentes. Layout posicional ou de posio fixaou estacionrio O que caracteriza este layout o fato de que os materiais que esto sendo processados no se movem. Este tipo de arranjo recomendado paraprodutos de grande porte, e, por- tanto, de difcil ou impossvel locomoo. Assim, so as pessoas, os materiais e as mquinas se deslocam at o produto. Pense na fabricao de um navio. Imagine descolar um navio semiacabado de um ponto a outro da fbrica para seguir com sua produo. muito mais fcil fazer com que as pessoas e ma- teriais necessrios prxima fase, uma vez acabada a primeira, se dirijam ao navio para continuar a fabric-lo. Sua principal vantagem esta na enorme flexibilidade do arranjo (muito maior que no layout funcional), permitindo diversas alteraes no planejamento, sendo preferencial utiliz-lo em sistemas de produo por encomenda. Entretanto, como a produo por encomenda acaba sendo muito diversifi- cada (cada novo cliente modifica parte considervel das especificaes do pro- duto para que atenda suas necessidades), o ritmo de produo irregular, ge- rando, algumas vezes, alta ociosidade no processo. 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 103 CONHECIMENTOSESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Farei isso em todos os arranjos agora, veja as vantagens e desvantagens: Vantagens do Layout Posicional: - No h movimentao do produto (isso voc deve ter sacado antes ); - Possibilidade de terceirizao de todo o projeto (podemos chamar uma equipe at a unidade produtiva para cuidar de determinada fase do projeto); - Desvantagens do Layout Posicional: - Complexidade na superviso; - Necessidades de reas externas (abrigos, casa de ferramentas, etc) para atender aos funcionrios da produo e prpria produo (lembre-se de que so os funcionrios e materiais que se deslocam at o produto, e no o contrrio); - Produo em pequena escala (so produtos tipicamente por encomenda, invivel produzir em lote neste caso); - Apresenta grande complexidade na programao dos recursos no tempo e organizao logstica; Layout por processo ou funcional Este layout marcado pela configurao situarprocessos similares prximos uns aos outros. Assim, as mquinas e pessoas sero dispostas por especialidades, e o material se desloca ao longo de sesses, at sua finalizao. Sua principal vantagem a flexibilidade, sendo recomendado nas situaes em que o produto sofre modificaes recorrentes, e o volume de produo rela- tivamente baixo. um tipo de layout recomendado para produo em lote (o processo produ- tivo comea e termina uma quantidade determinada de unidades do produto, para ento comear a prxima). Por outro lado, natural que haja um intervalo entre a produo de um lote e outro, o que provoca ociosidade e pode tornar o ritmo de produo irregular. Pense em uma fbrica de sapatos: eu tenho um local onde os empregados colam a sola do sapato, outro em que costuram o couro, mais outro onde se coloca o cadaro, e assim por diante. O sapato sofre diversas modificaes ao longo do processo produtivo, e vai sempre caminhando de uma seo a outra da fbrica at que fique pronto. E l- gico que eu no vou fazer isso com um sapato s, mas vou produzir vrios sapatos de uma vez (em lote). Simplificando: Vantagens do Layout Funcional: - Grande flexibilidade para atender a mudanas de mercado; - Bom nvel de motivao dos operrios; 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 34 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI -Possibilidade de elaborao de produtos diversificados em quantidades va- riadas ao mesmo tempo, tudo ao mesmo tempo; - Menor Investimento para instalao do parque industrial; Desvantagens do Layout Funcional: - Fluxo longo dentro da fbrica; - Diluio prejudicada do custo fixo em funo da menor expectativa de pro- duo(Produo menor so menos produtos sobre os quais posso ratear meus cus- tos fixos); - Dificuldade ao elaborar a programao da produo - Dependncia de mo de obra qualificada Layout celular Os materiais transformados (j processados de alguma maneira) so movi- mentados para uma parte especfica da operao (clula) onde esto todos os demais recursos necessrios ao processamento. Somente em caso de uma imprevisibilidade o produto precisar sair daquela clula para ser trabalhado. Cada unidade produtiva uma clula dotada de absolutamente tudo que aquele produto (ou material semiacabado) precisar para avanar at a prxima fase. Ruim arrumar um exemplo para este modelo, mas vou jogar sujo . J assistiu Frmula 1 n? Pit Stop? Muito bem, o carro chega ao Pit Stop e aquela clula composta de funcio- nrios, ferramentas e materiais esto toda concentrada em um Box 5x5, contendo de absolutamente tudo para que o carro saia de l abastecido, com pneus novos, e com o visor do capacete do piloto sequinho. Ou voc j viu o piloto sair de um box que s parafusa pneus para outro que s abastece? A ideia justamente a concentrao de recursos em um nico es- pao fsico. Outro legal o da praa de alimentao do shopping. Quando a assunto for refeio, todas as opes esto concentradas ali, ou voc j sentiu a necessidade de ir para outra rea do shopping para comer algo diferente? Simplificando Vantagens do Layout Celular: - Aumento da Flexibilidade quanto ao tamanho de lotes por produto - Diminuio do transporte de material - Diminuio de estoques(principalmente de produtos semiacabados, j que a clula capaz de lidar com eles diretamente, ao invs de encaminhar os produtos para outra rea da empresa) Desvantagens do Layout Celular: 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI - Bastante especfico ( a prpria ideia de formao de uma clula) - Arranjos de difcil elaborao Layout por produto ou linear Utilizado na fabricao de produtos cuja produo segue a mesma sequen- cia de atividades. Assim, um tipo de arranjo que funciona melhor na produode itens padro- nizados, cujos equipamentos e funcionrios executaro uma grande quantidade de tarefas repetidas. Desde os tempos de Henry Ford, este layout reduz drasticamente os custos de produo e movimentao de materiais, contudo, este custo reduzido resulta em um arranjo muito pouco flexvel. De tal forma, o baixo custo de produo costuma ter como contrapartida o elevado investimento em equipamentos. E j que falei do Henry Ford, vamos ressuscitar um clssico: a linha de monta- gem de veculos. Imagine esse seu Golzinho ano 94 (que voc est doido pra trocar quando passar nesse concurso). Ele rigorosamente igual a milhares de outros Golzinhos ano 94, por mais apego que voc possa ter por ele . O carro em questo um produto padronizado, que no muda nunca. E ele foi fabricado em uma grande fbrica, onde havia uma seo, e nessa seo havia uma grande mquina cuja especialidade era apertar parafusos. E essa grande mquina apertava parafusos milhes de vezes por dia, mon- tando milhares de chassis de carros. E esses milhares de chassis iriam para outra fase, onde outra grande mquina faria alguma outra atividade muito especfica milhes de vezes, e assim por diante . Voc j deve ter entendido a ideia. Simplificando: Vantagens do Layout por produto ou linear: - Possibilidade de Produo em Massa com Grande Produtividade - Carga de Mquina e Consumo de Material Constantes ao Longo da Linha de Produo - Controle de Produtividade Facilitado. Desvantagens do Layout por produto ou linear: - Ato Investimento em Mquinas - Tdio (refiro-me aos operrios). - Falta de Flexibilidade da Linha de Produo - Fragilidade a Paralisaes e Gargalos da Produo. 07805561788 - Jakeline de Andrade Silva Prof. Tiago Zanolla www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 103 CONHECIMENTOS ESPECêFICOS P/ LIQUIGçS TEORIA E QUESTÍES COMENTADAS AULA 01 Ð PROF. TIAGO ZANOLLA // FELIPE PETRACHINI Tenha em mente: Layout quer dizer, simplesmente, ÒarranjoÓ. Dessa forma, qualquer ÒjeitoÓ de dispor os materiais no estoque pode ser con- siderado um layout, desde que sejaestruturadosegundo algum critrio. O layout tanto mais eficiente quanto mais adequado ao processo produtivo no qual a empresa est inserida. Um determinado arranjo pode ser favorvel em um determinado cenrio e um completo desastre em outro. O resto da doutrina so frmulas
Compartilhar