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AULA 4 ORGANIZAÇÕES e ORGANISMOS INTERNACIONAIS RELACIONADOS AO COMÉRCIO 1. A CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE COMÉRCIO E DESENVOLVIMENTO (UNCTAD) • Sistema das Nações Unidas • Criada em 1964 (Genebra) I Conferência sobre Comércio e Desenvolvimento • Debater e promover o desenvolvimento econômico pelo incremento do comércio internacional • Desenvolvimento sustentável para os membros • Grupo dos 77 (1964): Declaração Conjunta dos Signatários, ao fim da reunião da UNCTAD 1.1. FUNÇÕES: a) funcionar como fórum para deliberações intergovernamentais e manter discussões e trocas de experiências com especialistas em comércio internacional voltadas para a obtenção de consenso entre os membros; b) realizar pesquisas, coletas de dados e análise das políticas comerciais, submetendo os resultados aos especialistas de cada país; c) fornecer assistência técnica de acordo com as necessidades dos países, com especial ênfase para os menos desenvolvidos e as chamadas economias em transição, inclusive em cooperação com outros organismos internacionais. • Negociações Sul-Sul (entre países não desenvolvidos) Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC); • “Países menos desenvolvidos” 1971 • Década de 90 Agenda positiva: enfrentar os desafios proporcionados pela globalização e sustentar as economias dos seus membros para captação de investimento estrangeiro mais eficaz e duradouro que resulte no emprego mão-de-obra loca, transferência de tecnologia e produção local 1.2. Suas tarefas: a) fornece ajuda aos países em desenvolvimento, particularmente os mais vulneráveis, para que possam aproveitar os efeitos positivos da globalização; b) analisa a repercussão dos acordos da Rodada Uruguai sobre o comércio e o desenvolvimento e ajuda os países a implantar as medidas resultantes desses acordos; c) fomenta a diversificação nos países em desenvolvimento que dependem de produtos primários e os ajuda a enfrentar os riscos comerciais dessa política; d) promove a integração entre comércio, meio ambiente e desenvolvimento, organizando reuniões e debates na Comissão sobre o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas; e) analisa questões jurídicas do comércio e as políticas de concorrência e livre mercado, ajudando os países a formular normas, regulamentos e a até a criar instituições e mecanismos de controle. 1.3. TEORIA CEPALINA – Raúl Prebish (ARG) a) Conceito: Políticas incentivadoras da industrialização como instrumento para a redução das desigualdades internacionais. b) Prebish defendia um comércio multilateral mais igualitário, dotado de países periféricos com capacidade industrial, de modo a minimizar as desigualdades dos termos de troca, desta forma equilibrando as condições de livre concorrência c) Expandir fronteiras e afastar monopólios d) Pilares da Teoria Cepalina: d1) Divisão global entre países centrais e periféricos; d2) Defesa da industrialização como instrumento de substituição das importações; d3) Reconhecimento do fracasso dos Termos de Troca 1.4. Conferência – XI Reunião Quadrienal da UNCTAD (SP – 2004) a) estratégias de desenvolvimento numa economia globalizada; b) construção de capacidade produtiva e competitividade internacional; c) ganhos de desenvolvimento a partir de negociações comerciais internacionais; d) parcerias para o desenvolvimento. • Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC) – criado para fomentar o comércio internacional entre Estados em desenvolvimento: redução de barreiras tarifárias e não tarifárias entre seus membros • Redução da dependência de produtos primários (commodities) • Consenso de São Paulo: a) Os baixos preços dos produtos primários e a instabilidade do sistema financeiro internacional em uma economia mundial cada vez mais interdependente tornaram mais difícil para os países em desenvolvimento aproveitar os possíveis benefícios da globalização; b) A constatação de que os contrastes entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, que caracterizavam o mundo nos anos 1960, continuam; c) Solução para a dívida externa de países em desenvolvimento, a qual é grande obstáculo ao desenvolvimento dessas nações; d) Negociações com base no Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC) apenas para países em desenvolvimentos é importante para o desenvolvimento do comércio internacional entre os mesmos; e) É necessário ampliar e fortalecer a participação dos países emergentes nas decisões econômicas e na aprovação de normas internacionais de comércio; f) A instabilidade dos preços dos produtos básicos nos mercados mundiais e a consequente deterioração das suas relações de troca reduzem o crescimento econômico de muitos países em desenvolvimento, contribuindo para o aumento da pobreza e do endividamento externo dessas nações. 1.5. XII Conferência de Accra (Gana) – 2008 a) Desenvolvimento econômico sustentável e redução da pobreza como política global; b) Novas realidades na geografia da economia mundial; c) Fortalecer a capacidade produtiva, o comércio e os investimentos: a mobilização de recursos e o aproveitamento das experiências para o desenvolvimento; d) Fortalecimento da UNCTAD • Erradicação da pobreza até 2015 (????); • Política específica para as commodities, principalmente em relação aos alimentos básicos; • Políticas em apoio ao setor agrícola em países em desenvolvimento transferência de tecnologia e investimentos. 2. COMISSÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DIREITO COMERCIAL INTERNACIONAL (UNCITRAL) • 1966, Resolução n. 2.205 da Assembleia Geral das Nações Unidas Divisão de Direito do Comércio Internacional da ONU. 2.1. Objetivos: harmonização e unificação das normas de direito do comércio internacional; • Redução de obstáculos jurídicos ao comércio • Hoje: 60 membros 2.2. Função: coordenar, sistematizar e acelerar os processos de uniformização e padronização: a) coordenar os trabalhos dos organismos internacionais relativos ao tema, estimulando a cooperação mútua desses; b) promover maior participação nas Convenções Internacionais, defendendo a ampla aceitação dos modelos jurídicos c) estimular a adoção de padrões e a codificação dos termos jurídicos, práticas recomendadas e procedimentos aduaneiros, em colaboração com as organizações especializadas; d) desenvolver métodos de interpretação uniforme das Convenções relacionadas ao direito do comércio internacional; e) coletar e difundir informações sobre as legislações nacionais dos Estados-membros; • Mandatos de 6 anos, mas metade dos membros são renovados a cada três anos, com possibilidade de reeleição; • Reuniões: sede da ONU, em NY, OU, no Vienna International Center, em Viena. • Integrantes da ONU e de organismos internacionais são convidados a participar como observadores 2.3. Grupos de trabalho a) Grupo de Trabalho I — Contratos Públicos. b) Grupo de Trabalho II — Arbitragem e Conciliação. c) Grupo de Trabalho III — Resolução de Litígios On- line. d) Grupo de Trabalho IV — Comércio Eletrônico. e)Grupo de Trabalho V — Direito Falimentar.f) Grupo de Trabalho VI — Questões de Segurança. 2.4. Princípios a) Princípio da Harmonização: normas internas de cada Estado-membro devem ser modificadas para fomentar a previsibilidade nas relações comerciais, evitando utilizar normas que as prejudiquem. b) Princípio da Unificação: Adoção de um padrão jurídico pelos Estados-membros, a partir de estudos e guias recomendados pela UNCITRAL. 2.5. OMC X UNCITRAL IMPORTANTE!!! A UNCITRAL não compõe a OMC. OMC liberalização do comércio internacional, através de diminuição das barreiras e de compromisso multilateral de seus membros; UNCITRAL analisa as relações jurídicas PRIVADAS entre os participantes do comércio internacional, isto é, a relação entre as empresas. 3. ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO (OCDE) • Criada em 1947 fim da II Guerra Mundial 3.1. Objetivo: viabilizar o Plano Marshall reconstrução da economia europeia 3.2. Contexto histórico: a) Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) 1949; b) Tratado de Roma (1957) Comunidade Econômica Europeia; c) Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (1960 – OCDE) substituir a OECD sede: PARIS Hoje possui outros membros de outros continentes (Israel, Chile) IDIOMAS: francês e inglês 3.3. PROMOÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS: a) alcançar um crescimento econômico sustentável e taxas crescentes de emprego, com a melhoria do padrão de vida dos cidadãos dos países-membros e a manutenção de uma estabilidade financeira; b) auxiliar economias em expansão de membros e outros países em processo de desenvolvimento; c) contribuir para o crescimento do comércio internacional multilateral, a partir de princípios não discriminatórios. 3.4. ATRIBUIÇÕES a) Analisar e publicar dados comparativos b) Desenvolver políticas que assegurem o crescimento econômico; c) Buscar a cooperação entre governos para reforçar o sistema multilateral de comércio; d) Estimular a expansão dos serviços financeiros e os investimentos em outros países; e) Promover as melhores práticas do comércio em escala internacional. 4. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DAS ADUANAS (OMA) • Criada em 1952 Conselho de Cooperação Aduaneira • Visa aumentar a eficiência da administração aduaneira de seus membros • 177 membros (hoje) • OMA 1994 sede: Bruxelas • Idiomas: inglês e francês 4.1. OBJETIVOS a) Desenvolver instrumentos internacionais para a harmonização e a uniformidade da aplicação de sistemas aduaneiros simples e efetivos, assim como de procedimentos específicos da movimentação de commodities, pessoas, mercadorias e veículos através de fronteiras internacionais; b) Estimulas a cooperação dentre seus membros e resguardar locais que estejam de acordo com a legislação internacional; c) Amparar seus membros ao enfrentarem questões modernas de transações comerciais internacionais, a partir das disponibilização de sua infraestrutura, seus princípios, recursos humanos e métodos de administração de zonas aduaneiras, além de boas práticas. 4.2. ESTRUTURA a) Conselho políticas administrativas, adotadas por consenso entre os membros (regra) ou votação (exceção) b) Secretariado mandato de 5 anos, escolhido por votação direta entre os membros c) Comitês estratégicos: C1) Comitê Técnico Permanente. C2) Comitê de Imposição . C3) Comitê do Sistema Harmonizado. C4) Comitê de Valoração Aduaneira. C5) Comitê de Regras de Origem. 4.3. ATRIBUIÇÕES a) Harmonização das atividades de controle aduaneiro definição de padrões internacionais Ex: Supply chain security (segurança da cadeia de fornecedores) trocar informações com administração aduaneira de outros Estados b) Fomentar a cooperação entre administrações aduaneiras de seus membros; c) Administrar Tratados Internacionais, tais quais: C1) Convenção Internacional sobre a Descrição Harmonizada de Mercadorias e de Codificação de Mercadorias (1983) Promulgada pelo BRASIL Decreto n. 97.409/88. Utilizado como base para tributos aduaneiros, origem e verificação dos produtos controlados e análise de restrições. C2) Convenção Internacional sobre a Simplificação e Harmonização dos Regimes Aduaneiros (1994 e revisada em 1999) Busca a Transparência e previsibilidade dos controles aduaneiros; uniformização e simplificação das declarações de bens e comprovantes; adoção de procedimentos simplificados para pessoas autorizadas; máxima utilização da tecnologia da informação; gestão de riscos e controles de auditoria, além de intervenções coordenadas com outras agências de fronteira. C3) Convenção sobre Admissão Temporária (1990) Padronização dos procedimentos deste regime aduaneiro especial, que permite a entrada de bens com suspensão no pagamento dos tributos incidentes, sob condição resolutória de sua devolução, em prazo determinado, ao exterior. C4) Declaração de Arusha (2003) Trata sobre práticas recomendadas e saudáveis para o controle da atuação pública ligada ao comércio internacional. 5. FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL • Conferência de Bretton Woods (1944); • Sede: Washington • Manter a estabilidade do sistema monetário internacional; • Facilitação do Comércio Internacional; • Crescimento econômico sustentável; • Promoção de empregos • Prestar assessoria aos governos e bancos centrais nacionais; • Elaborar estatísticas e análises baseadas no monitoramento das economias globais, regionais e individuais; • Fornecer empréstimos aos países que sofrem com dificuldades econômicas, principalmente para ajudar a combater a pobreza nos países em desenvolvimento. • Recursos: subscrição de cotas realizadas pelos seus membros, conforme cada economia Special Drawing Rights — SDR (Direito especial de saque) até 25% integralizado pela sua própria moeda; • Cotas determinam o poder decisório: todos os membros possuem 250 votos básicos e mais um voto adicional para cada 100 mil Direito Especial de Saque de cota; • Regra: membro pode tomar por empréstimo por até 200% da sua cota (anualmente); ou 600% (cumulativamente) • Programa de ajuda: cumprimento de metas pelo prazo de até 3 (três) anos natureza fiscal e cambial; • Programas de financiamento EXEMPLOS: Extended Fund Facility (EFF); Stand-By Arrangement (SBA); Flexible Credit Line (FCL); Exogenous Shocks Facility (ESF). • Depósitos internacionais: Petrodólares (1973); Eudodólares e Euromoedas • Pagamento: de 3 a 5 anos, podendo chegar a 10 anos, em alguns casos 6. BANCO MUNDIAL • Conferência de Bretton Woods (1944); • Reconstrução da Europa; • Combate à pobreza; • Instituição de desenvolvimento; • Crédito: países em desenvolvimento; • Pagamento: 15 a 20 anos • Empréstimos: a longo prazo; • Fontes de financiamento: empréstimos nos mercados de capitais internacionais; • Objetivos: Promoção do desenvolvimento econômico e Financiamento do desenvolvimento econômico. QUESTÕES (ESAF — AFRF — 2003) A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) é a instânciadedicada ao tratamento de questões afetas à participação e perspectivas dos países em desenvolvimento no comércio internacional. Sua agenda, no tocante ao comércio internacional, envolve temas como: a) sugestão de estratégias de abertura comercial e para a implementação do sistema de regras comerciais definido multilateralmente. b) identificação de instrumentos de política comercial em apoio aos esforços de desenvolvimento no contexto de globalização econômica, apoio técnico para permitir participação efetiva em negociações comerciais internacionais e para a superação de entraves à plena inserção no comércio internacional. c) geração de propostas e mecanismos alternativos para a resolução de disputas comerciais e para a construção de esquemas preferenciais entre países em desenvolvimento. d) identificação, junto aos países industrializados, de formas de cooperação para o desenvolvimento, de transferência de tecnologias e atração de investimentos. e) implementação de medidas de investimentos relacionadas ao comércio, de compromissos sociais e ambientais no marco de acordos comerciais firmados entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento. RESPOSTA: B (ESAF — AFRF — 2002) O processo de endividamento do “Terceiro Mundo” transformou-se em crise generalizada no início dos anos 80. Que tipo de relação houve entre este processo de endividamento e as crises do petróleo, nos anos 70? a) Houve uma forte relação entre os dois fenômenos porque, na verdade, as duas crises refletem duas faces da mesma moeda: a incapacidade do sistema financeiro internacional de prover os recursos necessários aos programas de desenvolvimento do “Terceiro Mundo”. b) Houve uma forte relação entre os dois fenômenos: países que já estavam endividados foram obrigados a enfrentar crescentes déficits em seus balanços de pagamentos, fosse pelo efeito recessivo da crise energética sobre a economia mundial, fosse pela necessidade de pagar cada vez mais caro pela importação de petróleo. c) Houve uma relação muito superficial entre as duas crises, apenas na medida em que, na economia, todos os fenômenos estão interligados de alguma forma. d) Não houve praticamente relação alguma, considerando-se o fato de que o processo de endividamento já havia-se iniciado muito antes de 1973. e) Não houve praticamente relação alguma, pois a causa, por excelência, do endividamento do “Terceiro Mundo” não foram as crises cíclicas ou estruturais da economia internacional, mas, sim, as irresponsabilidades administrativas que caracterizavam o comportamento da maioria dos governos, via de regra autoritários, dos países em desenvolvimento. RESPOSTA: B (ESAF — AFRF — 2001) Sentindo-se desconfortáveis no GATT os países em desenvolvimento (PEDs) passaram a expor seus pontos de vista na Organização das Nações Unidas (ONU) e a cogitar uma nova conferência internacional sobre comércio, mas com enfoque diferente da anterior (Conferência Internacional sobre Comércio e Emprego que resultou na Carta de Havana) e fazer uma sobre comércio e desenvolvimento; e que atenderia a aspectos de interesse dos PEDs que se sentiam marginalizados pelo GATT. Contando como apoio na ONU da ex-URSS, dos ex-países socialistas, e dos países em desenvolvimento (PEDs) “periféricos” (Austrália, Países Nórdicos etc.) iniciam uma batalha jurídica até que a Resolução 917 convoca uma Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). Sobre a UNCTAD, não se pode fazer a seguinte afirmativa: a) Acredita que o livre-comércio pode levar ao desenvolvimento pela teoria das vantagens comparativas. b) Tem como principal missão fomentar o comércio internacional para acelerar o desenvolvimento econômico. c) Foi criada em 1964 em Genebra pelos PEDs com forte influência da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL). d) Defendia o estabelecimento de Acordos Internacionais de Mercadorias (AIMs). e) Defendia o Princípio da Deterioração das Relações de Troca. RESPOSTA: A CONTRATOS INTERNACIONAIS • Manifestação da vontade; • Controle público: cambial, administrativo e tributário; • Ordem jurídica regimes jurídicos distintos necessidade de definição do foro para resolução de conflitos; a) Garantias • Garantia da oferta (bid bond bid letter of credit); • Garantia de fornecimento (supply bond Supply Letter of credit); • Garantia de desempenho (performace bond); • Garantia de reembolso (refundment bond) b) Contrato de Compra e Venda Internacional • Recomenda-se a inclusão de cláusulas de hadship (cláusula de salvaguarda)e de force majeure (força maior). B1) Cláusula de hardship/ cláusula de salvaguarda: prevê que quando do curso do contrato surjam eventos, os quais não geram a inexecução do instrumento, mas o tornam mais oneroso, propiciando um desiquilíbrio entre as partes contratantes, muito frequente em contratos de longo prazo, admitindo a revisão contratual • Renegociação do objeto e das obrigações do contrato • Possibilidade de suspensão da execução do contrato; • Remessa ao tribunal eleito pelas partes se não houver consenso acerca da renegociação. 1. CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE CONTRATOS DE COMPRA E VENDA INTERNACIONAL DE MERCADORIAS (CONVENÇÃO DE VIENA) • Sob coordenação da UNCITRAL; • Aprovada em 11 de abril de 1980 • Promulgada pelo BRASIL Decreto n. 8.327, de 16 de outubro de 2014 1.1. Aplicação Destina-se às partes, localizados/estejam em Estados distintos (que tenham ratificado a Convenção ou quando apenas um deles tenha ratificado-a), que celebram contratos comerciais internacionais de compra e venda. Brasil Já aplicava a Convenção antes do Decreto n. 8.327/2014, pois o diploma internacional se incorpora à legislação doméstica de seus Estados-partes Art. 9º , LICC Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. (lex loci celebrations) Artigo 1º (1) Esta Convenção aplica-se aos contratos de compra e venda de mercadorias entre partes que tenham seus estabelecimentos em Estados distintos: (a) quando tais Estados forem Estados Contratantes; ou (b) quando as regras de direito internacional privado levarem à aplicação da lei de um Estado Contratante. (2) Não será levado em consideração o fato de as partes terem seus estabelecimentos comerciais em Estados distintos, quando tal circunstância não resultar do contrato, das tratativas entre as partes ou de informações por elas prestadas antes ou no momento de conclusão do contrato. (3) Para a aplicação da presente Convenção não serão considerados a nacionalidade das partes nem o caráter civil ou comercial das partes ou do contrato. • Independe a nacionalidade das partes para o contrato ser internacional. Ex: Se ambas as partes forem brasileiras, mas uma parte se encontra no Brasil e outra na Alemanha, o contrato será internacional • Independe do local da entrega da mercadoria Ex: Mercadoria é comprada no Brasil por uma empresa indiana, mas é para ser entregue em um local no Brasil contrato será internacional • 2.2. Não se aplica Art. 2º Esta Convenção não se aplicará às vendas: (a) de mercadorias adquiridaspara uso pessoal, familiar ou doméstico, salvo se o vendedor, antes ou no momento de conclusão do contrato, não souber, nem devesse saber, que as mercadorias são adquiridas para tal uso; (b) em hasta pública; (c) em execução judicial; (d) de valores mobiliários, títulos de crédito e moeda; (e) de navios, embarcações, aerobarcos e aeronaves; (f) de eletricidade. Artigo 6º As partes podem excluir a aplicação desta Convenção, derrogar qualquer de suas disposições ou modificar-lhes os efeitos, observando-se o disposto no Artigo 12. 2.3. Art. 3º Para que o contrato seja considerado de compra e venda, parte significativa do negócio deverá ser tangível (1) Serão considerados contratos de compra e venda os contratos de fornecimento de mercadorias a serem fabricadas ou produzidas, salvo se a parte que as encomendar tiver de fornecer parcela substancial dos materiais necessários à fabricação ou à produção. (2) Não se aplica esta Convenção a contratos em que a parcela preponderante das obrigações do fornecedor das mercadorias consistir no fornecimento de mão-de- obra ou de outros serviços. 2.4. Princípios que regem a interpretação a) Princípio do caráter internacional: a própria Convenção dará a definição de um temo, não sendo comparado com outro definido em outra regulamentação. b) Princípio da uniformidade: o diploma será aplicado uniformemente às partes contratantes, excluindo-se suas legislações internas. c) Princípio da boa-fé: enaltecer a parte que agiu com boa-fé Artigo 7º (1) Na interpretação desta Convenção ter-se-ão em conta seu caráter internacional e a necessidade de promover a uniformidade de sua aplicação, bem como de assegurar o respeito à boa fé no comércio internacional. (2) As questões referentes às matérias reguladas por esta Convenção que não forem por ela expressamente resolvidas serão dirimidas segundo os princípios gerais que a inspiram ou, à falta destes, de acordo com a lei aplicável segundo as regras de direito internacional privado. Artigo 8 (1) Para os fins desta Convenção, as declarações e a conduta de uma parte devem ser interpretadas segundo a intenção desta, desde que a outra parte tenha tomado conhecimento dessa intenção, ou não pudesse ignorá-la. (2) Não sendo caso de aplicação do parágrafo anterior, as declarações e a conduta de uma parte devem ser interpretadas segundo o sentido que lhes teria dado uma pessoa razoável, com a mesma qualificação e nas mesmas circunstâncias da outra parte. (3) Para determinar a intenção de uma parte, ou o sentido que teria dado uma pessoa razoável, devem ser consideradas todas as circunstâncias pertinentes ao caso, especialmente negociações, práticas adotadas pelas partes entre si, usos e costumes e qualquer conduta subsequente das partes. d) Princípio da informalidade: o contrato pode ser tácito, não sendo necessário ser escrito. Artigo 11º O contrato de compra e venda não requer instrumento escrito nem está sujeito a qualquer requisito de forma. Poderá ele ser provado por qualquer meio, inclusive por testemunhas. 2.5. Objeto da Convenção Art. 4º Esta Convenção regula apenas a formação do contrato de compra e venda e os direitos e obrigações do vendedor e comprador dele emergentes. Salvo disposição expressa em contrário da presente Convenção, esta não diz respeito, especialmente: (a) à validade do contrato ou de qualquer das suas cláusulas, bem como à validade de qualquer uso ou costume; (b) aos efeitos que o contrato possa ter sobre a propriedade das mercadorias vendidas. • Condições de validade do contrato são regidas pelas leis domésticas dos membros, não sendo a Convenção propícia para validá-las; • Não tem, a Convenção, validade sobre os efeitos dos contratos; 2.6. Formação do contrato de compra e venda internacional a) Proposta do vendedor (proponente) • Deve ser precisa e indicar a vontade do proponente, sendo dirigida a uma ou mais partes fixa a mercadoria, qualidade, quantidade, preço e modo de pagamento • É eficaz quando chega ao destinatário, antes de uma possível retratação do autor b) Resposta do proposto (a quem a proposta é dirigida) • Aceitação tácita ou expressa, sendo desconsiderado, como aceitação, o silêncio do proposto • Se, futuramente, o contrato for descumprido, a parte lesada poderá acionar a outra judicialmente • Não pode alterar substancialmente a proposta c) Conclusão do contrato: aceitação da proposta for eficaz. Obs: Proposta verbal deve ser aceita de imediato, salvo circunstâncias que justifiquem a falta. 2.7. Obrigações das partes contratantes a) Proponente: se obriga nas condições ofertadas ao proposto, entregar as mercadorias, transferir a propriedade dessas e, a depender da situação, enviar os documentos referentes. No caso, a Convenção dispõe sobre entrega de mercadorias e prazo, caso o contrato seja silente a respeito. Artigo 31 Se o vendedor não estiver obrigado a entregar as mercadorias em determinado lugar, sua obrigação de entrega consistirá em: (a) remeter as mercadorias ao primeiro transportador para traslado ao comprador, quando o contrato de compra e venda implicar também o transporte das mercadorias; (b) fora dos casos previstos na alínea anterior, colocar as mercadorias à disposição do comprador no lugar em que se encontrarem, quando o contrato se referir a mercadorias específicas ou a mercadorias não identificadas que devam ser retiradas de um conjunto determinado ou devam ser fabricadas ou produzidas, e, no momento da conclusão do contrato, as partes souberem que as mercadorias se encontram, devem ser fabricadas ou produzidas em lugar determinado; c) pôr as mercadorias à disposição do comprador no lugar do estabelecimento comercial do vendedor no momento de conclusão do contrato, nos demais casos. Artigo 33. O vendedor deverá entregar as mercadorias: (a) na data que houver sido fixada ou possa ser determinada de acordo com o contrato; (b) em qualquer momento durante o prazo que houver sido fixado ou que possa ser determinado de acordo com o contrato, salvo se das circunstâncias resultar que caiba ao comprador a escolha da data; ou (c) em qualquer outro caso, dentro de um prazo razoável a partir da conclusão do contrato. b) Proposto/ comprador: pagar o valor combinado e aceitar a mercadoria, conforme condições previstas no instrumento contratual. Deverá pagar o valor acertado, mesmo que a mercadoria sofra avarias, após a transferência, salvo se a perda ou avaria ocorrer por ato ou omissão do proponente. Artigo 66. A perda ou a deterioração das mercadorias ocorrida após a transferência de risco ao comprador não o libera da obrigação de pagar o preço, salvo se for decorrente de ato ou omissão do vendedor. c) Vendedor descumprir o acordado, o comprador poderá: C1) Exigir outras mercadorias em substituição, nos casos de desconformidade, devidamente notificados; C2) Reduzir proporcionalmente o preço à diferença entre o valor das mercadorias efetivamente entregues e o valor que teriam nos termos do contrato, salvo se o vendedor sanar o problema; C3) Rescindir o contrato, quando houver violação essencial ao seu conteúdo C4) Exigir indenizaçãoa título de perdas e danos, no montante do prejuízo sofrido d) Comprador descumprir o acordado, o vendedor poderá: D1) Exigir o pagamento, ainda que em prazo suplementar ao convencionado, fixado de comum acordo; D2) Declarar o contrato rescindido, pelo não recebimento das mercadorias ou falta de pagamento; D3) Pleitear indenização por perdas e danos, em montante equivalente ao prejuízo suportado, inclusive lucros cessantes. INCOTERMS 2010 1. ORIGEM • Câmara de Comércio Internacional (ICC) – Paris entidade privada (não são normas) • 8 edições: 1953, 1967, 1976, 1980, 1990, 2000, 2010 • Uniformização dos procedimentos relativos a compra e venda internacional cláusulas padronizadas 2. INCOTERMS 2010 • Transações eletrônicas possuem o mesmo status dos documentos de papel; • Não revoga as anteriores; • Determina a condição de entrega do bem; • Cláusulas de um contrato de compra e venda internacional; • Vendedor/ exportador Comprador/importador (não inclui terceiros) • Não se aplicam a contratos de bens intangíveis e a serviços; • Responsabilidades e obrigações em relação à mercadoria; • Reconhecidos tanto na via arbitral quanto na judicial. 2.1. Transferência de custos e riscos Transferência simultânea de custos e riscos Momentos distintos de transferência e custos e riscos DDP CPT DAP CIP DAT CFR FAS CIF FOB FCA EXW • Grupo C : transporte é pago até o local do destino, juntamente com o frete, transferindo o risco ao importador/exportador no momento da entrega da mercadoria ao transportador; • Grupo E: a responsabilidade é transferida ao comprador logo de início, no local designado pelo exportador no país de origem, assumindo o risco; • Grupo D: o vendedor/exportador é incumbido dos riscos até o porto do país de entrega da mercadoria ao importador/ comprador; • Grupo F: transporte principal não é pago, cessando a responsabilidade do exportador com o embarque da mercadoria GRUPO D CHEGADA GRUPO C TRANSPORTE PRINCIPAL PAGO GRUPO F TRANSPORTE PRINCIPAL NÃO PAGO GRUPO E SAÍDA DAT CFR FCA EXW DAP CIF FAS DDP CPT FOB CIP 2.2. CLASSIFICAÇÃO dos INCOTERMS INCONTERM NOME EM ING NOME EM PORT EXW EX WORKS NA ORIGEM FCA FREE CARRIER LIVRE NO TRANSPORTADOR FAS FREE ALONGSIDE SHIP LIVRE AO LADO DO NAVIO FOB FREE ON BOARD LIVRE A BORDO CPT CARRIAGE PAID TO TRANSPORTE PAGO ATÉ CIP CARRIAGE AND ISSURANCE PAID TO TRANSPORTE E SEGURO PAGOS ATÉ CFR COAST AND FREIGHT CUSTO, SEGURO E FRETE DAT DELIVERED AT TERMINAL ENTREGUE NO TERMINAL DAP DELIVERED AT PLACE ENTREGUE NO LOCAL DDP DELIVERED DUTY PAID ENTREGUE COM DIREITOS PAGOS 2.3. Classificação quanto ao tipo de transporte modal Qualquer tipo de transporte MODAL (INCOTERMS PRIMÁRIAS) Apenas ao transporte marítimo/ hidroviário interno (INCOTERMS SECUNDÁRIAS) EXW FAS FCA FOB CPT CFR CIP CIF DAT DAP DDP 2.4. EXW (ex work – na origem) • Vendedor entrega a mercadoria quando a coloca à disposição do comprador, em sua propriedade ou em local nomeado, não estando desembaraçadas para serem exportadas; • Obrigação mínima para o exportador/ vendedor; • Importador/comprador arcará com os custos e riscos 2.5. FCA (free carrier – livre no transportador) • Vendedor entrega as mercadorias, desembaraçadas para a exportação ao transportador, no local nomeado no país de origem. • Se a entrega ocorrer na propriedade do exportador, este será o responsável pelo embarque no veículo do transportador 2.6. FAZ (free alongside ship – livre ao lado do navio) • Exportador entrega a mercadoria quando está colocada ao lado do navio, seja no cais ou na embarcação utilizada no embarque, no porto nomeado pelo comprador; • Importador arcará com os custos e riscos; • Apenas para transporte marítimo ou hidroviário interno 2.7. FOB (free on board – livre a bordo) • Vendedor entrega a mercadoria quando a embarca a bordo do navio estipulado pelo comprador; • Apenas para transporte hidroviário interno e marítimo, principalmente para commodities; 2.8. CFR (coast and freight – custo e frete) • Regas FOB + pagamento do frete pelo exportador/ vendedor; • Riscos transferidos para o importador/comprador, no país de origem, e os custos, no país de destino (VER TABELA) 2.9. CIF (cost, insurance and freight – custo, seguro e frete) • FOB + vendedor contratar o frete internacional e o seguro de riscos (cobertura mínima), cujo beneficiário será o importador/comprador, por ser, a mercadoria, entregue em seu embarque a bordo do navio; • Transporte marítimo e hidroviário interno. 2.10. CPT ( carriage paid to – transporte pago até) • Regras de FCA + vendedor contratar o frete internacional até o destino; • Exportador transfere os ricos ao importador quando entrega a mercadoria ao transportador. 2.11. DAT (delivered at terminal – entregue ao terminal) • Mercadoria é entregue quando disponibilizada ao importador, no terminal nomeado. 2.12. DAP (delivered at place) • Quando pronta para ser descarregada no local indicado, estará entregue. 2.13. DDP (delivered duty paid – entregue com direitos pagos) • Serão consideradas entregues, as mercadorias colocadas à disposição do comprador, desembaraçadas para a importação e prontas para serem desembarcadas no local de destino; ATENÇÃO!!!! INCOTERMS DDP não pode ser utilizada na importação brasileira, já que a Resolução n. 21/2011 da CAMEX veda que o vendedor estrangeiro proceda ao despacho aduaneiro de importação. QUESTÕES (ESAF — AFRF — 2003) Nos contratos internacionais de compra e venda, a diferença entre cláusula de força maior e a cláusula de hardship reside em que: a) na primeira, a circunstância é imprevista mas evitável, enquanto que na segunda é imprevista e inevitável; na primeira, o contrato se torna exequível e na segunda, inexequível. b) ambas se referem a circunstâncias imprevisíveis e inevitáveis; a primeira tem a ver com circunstâncias que impossibilitam sua execução; a segunda, com circunstâncias que o tornam substancialmente mais oneroso, porém exequível. c) na primeira, a execução do controle é relativamente impossível e na segunda, absolutamente impossível; ambas traduzem a previsão de um desequilíbrio econômico em prejuízo de uma das partes envolvidas. d) a primeira prevê alterações nas condições que motivaram a celebração do contrato e a segunda, não. e) a primeira, em regra, não indica detalhadamente os eventos suscetíveis de serem considerados como circunstâncias que a caracterizem, porque imprevisíveis, e a segunda indica detalhadamente os fenômenos de natureza econômica que possam ocorrer. RESPOSTA: B (ESAF — AFRF — 2003) Assinale a opção correta em relação aos contratos internacionais de venda celebrados por brasileiros.a) Devem ser celebrados com a adoção dos INCOTERMS, Revisão 2000, devendo o preço ser o corrente no mercado internacional para o prazo pactuado, o qual deve seguir as praxes comerciais internacionais de acordo com as peculiaridades do produto, podendo variar de pagamento à vista até 180 dias da data do embarque, sendo consideradas financiadas as vendas com prazo de pagamento superior a 180 dias b) Devem ser celebrados com a adoção dos INCOTERMS 1990 ou da Revisão 2000, devendo o preço ser o normal, desde que não inferior ao custo de produção mais lucro usual, podendo ser aceito o prazo de pagamento de até 180 dias, da data do Registro de Exportação (RE), sendo os prazos superiores considerados financiamento a ser concedido por instituição financeira autorizada a operar em câmbio, sem ônus para a União. c) Podem ser celebrados com a adoção dos INCOTERMS, Revisão 2000, devendo o preço ser o normal, a juízo da SECEX, e o pagamento à vista ou mediante financiamento com recursos próprios, do PROEX ou de instituição financeira autorizada pelo Banco Central do Brasil. d) Podem ser celebrados com a adoção de qualquer INCOTERM, devendo o preço ser o corrente no mercado internacional para o prazo pactuado, o qual deve seguir as praxes comerciais internacionais de acordo com as peculiaridades do produto, podendo variar de pagamento à vista até 180 dias da data do embarque, sendo consideradas financiadas as vendas com prazo de pagamento superior a 180 dias. e) Devem ser celebrados com a adoção dos INCOTERMS 1990, devendo o preço ser o corrente no mercado internacional para o prazo pactuado, o qual deve seguir as praxes comerciais internacionais de acordo com as peculiaridades do produto, podendo variar de pagamento à vista até 180 dias da data do Registro de Venda (RV), sendo consideradas financiadas as vendas com prazo de pagamento superior a 180 dias RESPOSTA: D Obs: Na época o prazo para pagamento era de até 180 dias. HOJE o prazo é de 360 dias!!!! (ESAF — AFRFB — 2009) A respeito da Convenção de Viena sobre contratos de Compra e Venda Internacional de Mercadorias (CVIM), é correto afirmar que: a) é instrumento jurídico que vincula Estados Nacionais em torno do objetivo de harmonizar internacionalmente as fórmulas que definem as obrigações e direitos dos exportadores e importadores em torno da comercialização de um bem internacionalmente. b) firmada no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), estabelece procedimentos padrões para a celebração de contratos comerciais internacionais entre agentes privados. c) celebrada no marco da Organização Mundial de Comércio (OMC), estabelece procedimentos uniformes para os aspectos não financeiros de uma transação comercial internacional. d) celebrada no âmbito da Câmara Internacional de Comércio (CCI), é instrumento de direito privado que rege os atos administrativos e jurídicos que envolvem a transferência da propriedade da mercadoria transacionada internacionalmente. e) firmada no âmbito das Nações Unidas, uniformiza as regras sobre compra e venda de mercadorias, envolvendo aspectos como transporte, seguro, transferência de riscos, propriedade industrial, pagamentos e indenizações por não cumprimento de obrigações, mercadoria avariada, danos e prejuízos. RESPOSTA: E (ACE/2012) O termo de comércio que implica compromisso mínimo para o vendedor, restringido – o à entrega da mercadoria ao comprador em sua propriedade ou em outro local designado, não embaraçada para exportação e não embarcada em qualquer veículo coletor é: a) Free Carrier (FCA); b) Free on Board (FOB): c) Delivered Ex-Ship (DES); d) Ex Works (EXW); e) Carriage Paid to (CPT) RESPOSTA: D FINANCIAMENTO NO COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO 1. ADIANTAMENTO SOBRE CONTRATOS DE CÂMBIO (ACC) • Circular Bacen n. 3.691/2013: “(...) o adiantamento sobre contrato de câmbio constitui antecipação parcial ou total por conta do preço em moeda nacional da moeda estrangeira comprada para entrega futura, podendo ser concedido a qualquer tempo, a critério das partes.” • Não pode ser realizado com antecedência maior do que 360 dias da previsão de embarque do bem; • Se não for realizado o embarque, o ACC será passível de regresso banco poderá acionar o exportador por não ter recebido o valor relativo ao contrato de câmbio (Art. 75, 2º e 3º, Lei n. 4.278/65) 2. Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE) • Desconto da letra de câmbio aceita pelo importador. • Valores que entrem em 390 dias após o embarque (Circular BACEN n. 3.691/2013) 3. LETRAS DE EXPORTAÇÃO • EXPORT NOTES • Contratos de cessão de credito de exportação; • Antecipação do valor da exportação realizada antes do embarque; • Após a emissão da letra, o exportador a cede a um investidor que antecipará o valor do contrato àquele. 4. Factoring • Não aprovado ainda pelo Brasil; • Contrato de fomento empresarial é aquele pelo qual uma parte transmite à outra, total ou parcialmente, a título oneroso, créditos decorrentes de suas atividades empresariais. 5. FORFAITING • Exportador celebra com um banco, consistindo na entrega do título da venda com o aceite do importador; • Financiamento pós embarque; • Não permite o direito de regresso. 6. PROEX ( Programa de financiamento às exportações) • Lei n. 10.184/2001 e Resolução n. 126/2013 (CAMEX) 6.1. PROEX EQUALIZAÇÃO • Instituições financeiras são beneficiárias por receberem a diferença entre a taxa de juros praticada no exterior e a praticada no Brasil • Tesouro Nacional arca com a diferença da taxa de juros; • Governo estimula as exportações das empresas nacionais. Resolução n. 126/2013, CAMEX Art. 10 determina que na modalidade pós-embarque (financiamento é dado para a produção do bem), o percentual máximo é de cem por cento do valor da exportação na condição pactuada 6.2. PROEX FINANCIAMENTO • Intermediação do Banco do Brasil (agente financeiro da União); • Recursos provenientes de forma integral do Tesouro Nacional, que volta aos cofres públicos a medida que o exportador honre sua dívida, corrigido pela taxa internacional (baixa); • Fase pós-embarque; • Fase pré-embarque empresas com faturamento bruto anual de até 600 milhões de reais 7. BNDES – EXIM (Programa de Crédito ao Comércio Exterior) • Pós-embarque: financiamento do exportador (supplier credit) ou do importador (buyer credit) • Pré-embarque • Produtos previamente cadastrados pelo BNDES 8. PROGER – EXPORTAÇÃO • Micro e pequenas empresas (faturamento bruto anual de até 5 milhões de reais); • Fase pré-embarque. 9. BNDES (FINEM e Automático) importações • Bens de capital modernização de empresas 10. EXIMBANK – Export – Import Bank • Agência oficial de crédito de exportação dos EUA para apoio a importações e exportações.
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