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AULA 5 PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ECONÔMICA • Entre Estados soberanos, com intermédio ou sem de uma organização intergovernamental; • Eliminação gradual das barreiras tarifárias e não tarifárias; • Livre circulação de pessoas e de capitais; • Blocos econômicos/ processo de integração econômica renunciar à parte da soberania por um bem maior: afinidades sociais, econômicas e políticas. GUIDO SOARES (USP) Fenômeno marcado pela vontade de disciplinar os campos da economia regional e que visa a uma redistribuição territorial dos fatores de produção, a longo período, no sentido de aplicar-se racionalmente os princípios das vantagens comparativas do comércio internacional. 1.ESTÁGIOS de INTEGRAÇÃO Artigo XXIV, GATT expressamente, apenas se refere às áreas de livre- comércio e uniões aduaneiras 1.1. ZONA DE PREFERÊNCIA TARIFÁRIA • Níveis tarifários diferenciados para o conjunto de países que pertencem ao acordo; • Certos produtos com tarifas menores, provenientes de Estados-membros; • Redução tarifária recíproca entre os membros; • Doutrina MAJORITÁRIA: ausência de elementos efetivos de conexão Não é, de fato, um processo de integração • 1º estágio do processo de integração econômica. Exemplo: Associação Latino-Americana de Livre-Comércio (ALALC) 11 membros 1.2. ZONA DE LIVRE-COMÉRCIO • Os Estados membros resolvem eliminar, de maneira progressiva e recíproca, barreiras tarifárias ou não, ao comércio, sem, no entanto, acordarem em relação a mercadorias provenientes de terceiros países. • Artigo XXIV, GATT Direitos aduaneiros e outras regulamentações restritivas das trocas comerciais são eliminados. • Exemplo: NAFTA (Canadá, México e EUA) 1.3. UNIÃO ADUANEIRA • Eliminação de barreiras tarifárias ou não; • Adoção de uma política comercial uniforme importações relativas aos Estados não-membros; • Tarifa Externa Comum alíquotas idênticas aos produtos provenientes de Estados não-membros; • Ex: Zollverein (Confederação Alemã – 1834 - 1919) Artigo XXIV, parágrafo 8º , do GATT dois ou mais territórios serão substituídos por um só território aduaneiro, de modo que direitos e outras regulamentações restritivas, referentes à prática comercial, sejam gradativamente eliminadas, a permitir a livre circulação de bens. • Comissões parlamentares conjuntas temas jurídicos sobre tributário e comercial • OMC: quando mais de 80% das linhas tarifárias estão integradas; • ATENÇÃO!!! MERCOSUL é uma tentativa ainda não acabada de união aduaneira, já que há exceções em relação à Tarifa Externa Comum e à necessidade de aprimoramento de suas instituições. 1.4. MERCADO COMUM • Livre circulação de produtos intrabloco, mediante da inexistência de barreiras tarifárias e não-tarifárias; • Eliminação total de restrições quanto ao capital de investimento e mão-de-obra; • Necessidade de políticas macroeconômicas políticas fiscais integradas; • Definição de taxas de juros e regras de câmbio; • Ex: UNIÃO EUROPÉIA 1.5. UNIÃO ECONÔMICA • Políticas econômicas, monetárias e fiscais unificadas; • Moeda própria Banco central comunitário; • Parlamento comunitário supranacional; • Direito comunitário primado do direito comunitário sobre os ordenamentos interno • Exemplo: União Europeia 1.6. UNIÃO POLÍTICA • Federação/ confederação dos Estados-membros; • Integração de seus ordenamentos jurídicos; • Constituição supranacional/ anacional; • Constituição Europeia (2004) tentativa resistência na Holanda e na França; • Tratado de Lisboa (2007) ratificado por todos os membros 2. ZOLLVEREIN/ Deutscher Zollverein • União do Uso Geral da Alemanha; • Confederação alemã (1834 - 1919); • Território da Prússia e Acordos com Luxemburgo e Suécia questões aduaneiras e tributárias; • Mercado interno para os produtos alemães protecionismo; • Padronização de barreiras aduaneiras “Aliança Aduaneira” entre os 39 estados alemães; • Barreiras para produtos externos; • Unificação alemã 1871; • Vigorou até a I Guerra Mundial. UNIÃO EUROPEIA 1. Histórico • Interesses econômicos, paz no continente, valores culturais e histórico similares, provenientes da cultura greco-romana, judaico- cristã e iluminista; • Primeiras tentativas: Império Romano e Saco Império Romano-Germânico – Cristianismo (Idade Média) • Período entre-guerras: BENELUX Holanda, Bélgica e Luxemburgo (UNIÃO ADUANEIRA) • Pós II Guerra Mundial Conselho da Europa (1949): visava à promover a democracia e a proteção dos Direitos Humanos e do Estado de Direito; • Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) Tratado de Paris, 1951: criou uma autoridade supranacional que detinha competência para obrigar os Estados a respeitarem as decisões tomadas por maioria dos membros (Alemanha, França, Itália, Holanda, Bélgica e Luxemburgo); • Tratado de Roma (1957) Tratado sobre Funcionamento da União Europeia: COMUNIDADE ECONÔMICA EUROPEIA: mercado comum europeu (Alemanha, França, Itália, Bélgica, Luxemburgo e Holanda); • Comunidade Europeia de Energia Atômica (EURATROM); • Déc. 60: COMUNIDADE ECONÔMICA EUROPEIA Comissão Europeia • Tratado da União Europeia / Tratado de MAASTRICHT (1992, mas entrou em vigor em 1993) alterado pelo Tratado de Amsterdam (1997) e pelo Tratado de Nice (2001) UNIÃO EUROPEIA • Tratado de Lisboa/ Tratado Reformador (2009): substituição à rejeição da Constituição Europeia Tratado de Maastricht (1992) + Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia/ Tratado Institutivo da Comunidade Europeia (1957) HOJE: 28 MEMBROS 2. PRINCÍPIOS Princípio da subsidiariedade: preza a plena atuação dos parlamentos nacionais. A UE só deve intervir em determinado assunto, por meio de suas próprias instituições, quando restar demonstrado que os objetivos podem ser mais bem alcançados no âmbito comunitário do que no nacional; Princípio da cooperação leal : cooperação entre a EU e os membros; Princípio da atribuição: os Estados- membros limitam a atuação da EU por meio dos Tratados; Princípio da proporcionalidade: conteúdo e a forma de atuação da União Europeia estão condicionados ao estritamente necessário para o cumprimento de seus objetivos. 3. ESTRUTURA INSTITUCIONAL a) Parlamento Europeu; b) Conselho Europeu; c) Conselho; d) Comissão Europeia; e) Tribunal de Justiça da União Europeia; f) Banco Central Europeu; g) Tribunal de Contas. 3.1. PARLAMENTO EUROPEU • Sede: Estrasbrugo (FRA); • Tratado de Lisboa (2009): composto por, no máximo, 751 deputados (“eurodeputados” – gozam de imunidade parlamentar), incluindo o presidente, os quais representam a população e não os Estados; • Eleitos por sufrágio universal pelos cidadãos dos Estados-membros da UE; • Mandato de 5 (cinco) anos • Função legislativa elaborar normas comunitárias, manifestar sobre propostas da Comissão Europeia e do Conselho de Ministros, além dos atos internacionais. • Função de controle sobre o Conselho Europeu e aComissão Europeia ouvir seus membros; apreciar relatórios de atividades, censura a seus membros; • Aprovar o orçamento da EU elaborado pelo Conselho Europeu e controlar sua aplicação • Democracia representativa; • Elege o Presidente da Comissão Europeia; 3.2. CONSELHO EUROPEU • Órgão de cúpula; • Define os principais objetivos da EU e suas metas/ diretrizes; • Não possui função legislativa; • Composto por Chefes de Estado e de Governo, por Ministros das Relações Exteriores, pelo Presidente da Comissão Europeia, Min. Da Economia e Finanças; • Reúne-se duas vezes por semestre, por convocação do Presidente. Há possibilidade de reuniões extraordinárias; • Pronuncia-se por consenso, salvo estipulação em contrário; • Liderado pelo Presidente do Conselho Europeu: mandato de 2 anos, possível a reeleição, escolhido pelo Conselho Tratado de Lisboa conduzir trabalhos, representar a EU externamente, em matéria de política externa e de segurança comum Não • Presidente da Comissão Europeia; • Alto representante da EU para negócios estrangeiros e política de segurança relação dos Estados do bloco com outros Estados É o Vice-presidente da Comissão Europeia e Presidente do Conselho os Negócios Estrangeiros. 3.3. CONSELHO/ CONSELHO de MINISTRO • Proposta orçamentária e legislativa; • Atua em conjunto com o Parlamento; • Um representante de cada Estado-membro de nível ministerial (plenipotenciário vincula o Governo de seu estado ao direito de voto); • Cada Estado-membro possui um número de votos, conforme sua população; • Presidido, rotativamente, num período de 6 meses por um Estado; • Foro de representação estatal e não dos cidadãos europeus. 3.4. COMISSÃO EUROPEIA • Órgão executivo: responsável pelo cumprimento dos Tratados e pelo controle das medidas adotadas pelas demais instituições; • Coordenação, execução e gestão dos programas de orçamento e demais atividades decorrentes do ordenamento jurídico comunitário, sob a supervisão do Tribunal de Justiça; • Independente dos Governos locais; • Elaborar propostas legislativas e apresentá-las ao Parlamento e ao Conselho; • Representa a UE direito internacional público, salvo quanto aos temas de política externa e segurança comum, que são de responsabilidade do Conselho Europeu; • Mandato de 5 anos, coincidente com os dos parlamentares; • Sistema de rodízio igualitário; • Os membros representam, cada um, uma área política específica da União Europeia e NÃO seus Estados-membros; • Presidência da Comissão Conselho Europeu, deliberando por maioria qualificada, propõe ao novo Parlamento Europeu um candidato ao cargo, que deve ser aprovado por maioria de votos; • Presidente pode destituir membros; • Constituída por um nacional de cada Estado até 2014 • Constituído por 2/3 do número de países após 2014 (determinado pelo Tratado de Lisboa) 3.5. TRIBUNAL de JUSTIÇA da UE • Órgão jurisdicional permanente; • Aplicação e interpretação das normas de DIREITO COMUNITÁRIO europeu; • Uniformidade para aplicação nos Estados- membros; • Órgão de última instância; • Decisões obrigatórias; • Composto por juízes de cada Estado- membro, os quais devem atuar de maneira imparcial em relação ao Estado proveniente; • Mandato de 6 (seis) anos, renováveis por igual período; • Gozam de imunidade de jurisdição em relação aos atos praticados durante o exercício de suas funções, perdurando até após o término de seus mandatos; • Composto por 8 (oito) advogados-gerais: assistir o órgão em temas que, de acordo com o Estatuto do Tribunal de Justiça da União Europeia, exijam suas intervenções; • Podem recorrer ao Tribunal de Justiça: Estados-membros; Conselho de Ministros; Comissão Europeia e demais instituições e particulares (pessoa jurídica ou física); • Competência contenciosa e consultiva; • Decisões judiciais sentenças, acórdãos, decisões interlocutórias e pareceres JURISPRUDÊNCIA COMUNITÁRIA; • Não pode se manifestar sobre questão exclusiva de um Estado-membro, entretanto, há a exceção quando o Estado viole Tratado da UE; • NÃO é uma instância recursal das Cortes nacionais, ainda que decidam contrariamente ao Direito Comunitário; • Recurso de omissão quando as instituições europeias são omissas à aplicação de Tratados, após dois meses da solicitação dirigida ao ente para que supra tal omissão. O não atendimento à solicitação autoriza a Comissão Europeia e o Conselho a recorrerem ao Tribunal de Justiça; • Decisões irrecorríveis e obrigatórias, com força executiva imediata para os Estados-membros, que caso não as cumpram serão condenados ao pagamento de multas; • As decisões em pareceres são obrigatórias aos órgãos que aos solicitam. • Reenvio prejudicial Tribunal de Justiça pode, por meio deste instituto, uniformizar a interpretação e aplicação das normas de Direito Comunitário através das Cortes Nacionais, decidindo, a título prejudicial, sobre a interpretação de Tratados e de sua validade e interpretação pelas instituições/ organismos da UE. Isto é, os juízes das Cortes Nacionais poderão interrogar o Tribunal de Justiça da UE sobre questão de aplicação e interpretação de normas (“pergunta sobre a aplicação do direito europeu”); favorecendo a cooperação jurisdicional. a) o reenvio para interpretação da norma europeia (direito primário e derivado): o juiz nacional solicita ao Tribunal de Justiça que especifique um ponto de interpretação do direito europeu para o poder aplicar corretamente; b) o reenvio para apreciação da validade de uma norma europeia de direito derivado: o juiz nacional solicita ao Tribunal de Justiça que controle a validade de um ato jurídico europeu Art. 267, Tratado sobre o Funcionamento da UE : decisões proferidas em última instância pelas Cortes Nacionais, exceto quando já exista jurisprudência na matéria ou quando o modo correto de interpretar a regra jurídica em causa seja inequívoco; Suspenderá o processo até que a questão seja resolvida pelo Tribunal de Justiça da UE; É vinculativa não só para a jurisdição nacional que tenha estado na origem do processo de reenvio prejudicial, mas, ainda, para todas as jurisdições nacionais dos Estados-Membros. 3.6. BANCO CENTRAL EUROPEU • Surgiu em 1.998 Sede: FRANKFURT (ALE) • Moeda única: euro • Elaborar a política econômica fixação de taxas e juros = estabilidade de preços e controle da inflação • Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC) “Eurossistema” • Atribuições do Banco Central Europeu: a) definição e execução da política monetária da zona do euro, mediante elaboração de orientações e instruções jurídicas vinculantes; b) Intervenção, por meio de aquisição ou venda de títulos, na estruturação da política cambial; • Composição: seis membros da Comissão Executiva e dos titulares dos bancos centrais nacionais dos países que adotaram o euro. • Comissão Executiva: 6 membros, nomeados pelo Conselho Europeu, para um mandato de 8 (oito) anos, NÃO RENOVÁVEL; • Reúne-se duas vezes por mês; • Consultado sobre qualquer questão monetária da UE 3.7. TRIBUNALDE CONTAS • Fiscalizar receitas e despesas da União Europeia e de seus órgãos e instituições; • Gestão financeira dos recursos comunitários; • Controle exercido a qualquer momento; • Elaboração de relatório anual; • Composto por um representante de cada Estado-membro; • Período de 6 anos cada, renovável mediante aprovação do Conselho, após consulta ao Parlamento Europeu; • Presidente mandato de 3 anos, renováveis. 4. PRINCIPAIS POLÍTICAS da UE • UE é uma unidade substituiu os “três pilares” • Competências: exclusiva, partilhada e de apoio. a) Competência exclusiva: Só a UE pode legislar e adotar atos jurídicos vinculantes, relacionados a: união aduaneira, direito concorrencial ao mercado interno europeu, política monetária dos Estados- membros da zona do euro, conservação de recursos biológicos marinhos, pesca, política comercial comum e celebrar Tratados b) Competência partilhada UE e os Estados-membros do bloco podem legislar e adotar atos jurídicos vinculantes em relação a: mercado interno, política social, coesão econômica, territorial e social, agricultura e pesca, meio ambiente, defesa do consumidor, transportes, energia e segurança em saúde pública. c) Competência de apoio Desenvolver ações destinadas a coordenas e apoiar a atuação dos Estados-membros, tais como: proteção e melhoria da saúde humana turismo, defesa civil, desporto, educação, turismo, etc. 4.1. Âmbito econômico e político • Preza a livre concorrência entre seus Estados- membros, entretanto, a UE é intervencionistas em face aos Estados fora do bloco. Ex: Política Agrícola Comum (PAC), Política de aproximação das leis dos Estados-membros • Preza pelos Direitos Humanos, consagrados na Carta dos Direitos Fundamentais da UE (2007) vinculante a) Cidadania europeia; b) Tutela a dignidade humana, liberdades, igualdade, direito de solidariedade, cidadania e acesso à justiça; c) Direitos políticos e fundamentais relacionados ao bloco; d) Carta dos Direitos Fundamentais Sociais dos Trabalhadores incorporado pela Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia; e) Tratado de Amsterdam Democracia, Estado de Direito e a promoção dos direitos humanos; f) Fundo de desenvolvimento diminuir as disparidades 4.2. Processo de integração econômica e monetária • 1988 União Econômica e Monetária • Presidente da Comissão Europeia Jacques Delors; • Relatório Delors (1990) três etapas: 1) restrição às limitações ao movimento de capitais entre os Estados-membros; 2) Instituto Monetário Europeu (processo de integração); 3) Fixação irrevogável das taxas de câmbio unidade monetária: EURO 4.2.1. ZONA DO EURO • Moeda oficial (1.999) • Viabilizar o Pacto de Estabilidade e Crescimento Conselho Europeu (1997) • Banco Central Europeu autorizar a emissão de notas em euros pelos bancos centrais nacionais • Países que não adotam o euro: Reino Unido, Dinamarca, Hungria, Bulgária, Letônia, Lituânia, Polônia, República Tcheca, Suécia e Romênia. • Outros Estados, mesmo que não sejam Estados-membros, podem adotá-lo, bem como territórios ultramarinos; • Medidas de convergência/ critérios de Maastricht : Se o membro que queira aderir está apto a integrar o sistema da zona do euro convergência sustentada • Troca de termos: a) Demonstram a relação pela qual dois Estados comercializam seus bens; b) Correspondem a preços externos e indicador do poder de compra no exterior; c) Relação entre o preço das exportações e os preços das importações INTEGRAÇÃO ECONÔMICA NAS AMÉRICAS 1. NAFTA • Tratado de Livre Comércio da América do Norte (TLCAN): Canadá: recursos minerais; EUA: mercado • North American Free Trade Agreement (NAFTA) 1992: Canadá, EUA, México; • Objetivo de eliminar barreiras de comércio e investimentos entre os Estados-membros; • Reduções imediatas de alíquotas e eliminação de barreiras tarifárias e não tarifárias em até dez anos (em 15 anos para as situações mais especiais); • Ampliou o comércio intrabloco. 1.1. OBJETIVOS – Art. 102, TLCAN a) Eliminar obstáculos ao comércio na América do Norte; b) Promover a concorrência leal entre os Estados, na Zona de Livre Comércio; c) Aumentar as oportunidades de investimentos; d) Aumentar a proteção da propriedade intelectual; e) Maior cooperação entre os membros com outros Estados ATENÇÃO!!! Por ser uma Zona e Livre Comércio, a NAFTA não comporta a livre circulação de trabalhadores, porém, conforme previsto nos artigos 101, 102, 1601 a 1608, há a possibilidade da facilitação da transferência temporária da mão-de-obra de um Estado para outro. Observação: O NAFTA não aborda de maneira eficaz sobre os produtos agrícolas, já que os EUA adotam uma política forte de subsídios (ex: Pacto de Sistemas de cotas para produtos sensíveis) CONSEQUÊNCIA do NAFTA: EMPRESAS MAQUILADORAS no MÉXICO • Programa de Industrialização da Fronteira (1960 – México) • Com o NAFTA, empresas estadunidenses se instalaram na fronteira mexicana- estadunidense, mas em território mexicano • Problemas provenientes das maquiladoras: a) os riscos ambientais e de saúde pública; b) Problemas trabalhistas; c) Dificuldade da manutenção de um desenvolvimento sustentável no México. 2. ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE INTEGRAÇÃO (ALADI) • 1960: Tratado de Montevidéu Associação Latino-americana de Livre-Comércio (ALALC) • Inicialmente: Argentina, Brasil, Chile, México, Paraguai, Peru e Uruguai; • Zona de Preferências Tarifárias redução das alíquotas entre os Estados-membros para estimular o comércio entre eles.; • 1970 adesão de Colômbia, Equador, Bolívia e Venezuela; • Influência das ideias de Raúl Prebisch (ARG) e pela CEPAL (“Teoria Cepalista” – aula sobre GATT e OMC) necessidade de integração em nível regional, com o fortalecimento das indústrias locais e uma política de substituição de importações redução consumeristas em face das grandes potências. • Substituída pela Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) novo Tratado de Montevidéu (1980) : assinado por todos os Estados sul-americanos e o México; • Diferenças entre a ALALC e a ALADI: a) Programa de liberalização comercial multilateral e seus mecanismos auxiliares aperfeiçoar uma zona de livre-comércio conjunto de mecanismos que abrange uma preferência tarifária regional, acordos de alcance regional e acordos de alcance parcial; b) Inserção, por meio da ALADI, de três funções básicas : a promoção e regulamentação do comércio, a complementação econômica e o desenvolvimento de ações de cooperação econômica que visem à ampliação dos mercados; c) ALADI esquematizou um sistema integral de apoio, reconhecendo expressamente uma categoria de países de desenvolvimento intermediário, a fim de determinar tratamentos diferenciais nos diferentes mecanismos e normas. RESUMO: ALADI instaurou o pluralismo, a convergência, a flexibilidade, os tratamentos diferenciais e a multiplicidade. • Acordos de Complementação Econômica(ACE) : no sistema da ALADI, que objetivam entre seus membros, criação de acordos que vão além do aspecto econômico. São embriões do MERCOSUL, os celebrados entre Brasil e Argentina. 2.1. OBJETIVOS ALADI a) reduzir e eliminar gradativamente as barreiras; b)desenvolvimento de vínculo cooperação entre os povos latino-americanos; c) promover o desenvolvimento econômico e social da região; d) renovar o processo de integração latino- americano; e) estabelecer um mercado comum latino- americano 2.2. NÍVEIS dos ESTADOS-MEMBROS a) Países de Menor Desenvolvimento Econômico Relativo (PMDER): Bolívia, Equador e Paraguai; b) Países de Desenvolvimento Intermediário (PDI): Chile, Colômbia, Cuba, Peru, Uruguai e Venezuela; c) demais países: Argentina, Brasil e México. 2.3. Acordos de Alcance Regional (AAR) • Aplicáveis aos Estados-membros da ALADI; 2.3.1. Acordo sobre Preferência Tarifária Regional n. 04 (APTR-04) • Prevê percentuais reduzidos para as importações provenientes da região, de acordo com a respectiva classificação. • Lista do SISCOMEX Certificado de Origem 2.3.2. Listas de Abertura de Mercados (LAM). • Benefícios aos Países de Menor Desenvolvimento Econômico Relativo (PMDER) Bolívia, Paraguai e Equador 2.3.3. Acordos de Cooperação Científica e Tecnológica 2.4. Acordos de Alcance Parcial (AAP) • Celebrados entre dois ou mais membros, sem a necessidade da participação de todos os Estados- membros da ALADI; 2.4.1.Acordos de Complementação Econômica (ACE). • Aprofundar o processo integracionista original da ALADI. • Com Estados latinos não membros da ALADI • Princípio da convergência integrar Estados não –membros para uma futura adesão 2.4. Estrutura Conselho de Ministros, Conferência de Avaliação e Convergência e Comitê de Representantes a) Conselho de Ministros • REGRA formado por Ministros das Relações Exteriores dos Estados-membros; • Reunião mediante convocação pelo Comitê de Representantes; • Autoridade máxima decisões nos processos de integração na ALADI b) Conferência de Avaliação e Convergência • Analisar processos de integração; • Aprofundar a integração econômica entre os membros; • Convergência dos acordos de alcance parcial. • Composta por representantes de todos os Estados-membros c) Comitê de Representantes • Foro político permanente; • Composto por um representante permanente e um substituto de cada país, com direito a voto; • Promover iniciativas para viabilizar o Tratado de Montevidéu; • Decisões: maioria de 2/3 d) Secretaria geral • Membros: secretário geral e dois subsecretários 3 (três) anos de mandato, renováveis; • Propor, analisar, estudar e fazer gestões para a consecução dos objetivos do organismo 3. COMUNIDADE ANDINA (CAN) • 1969 Acordo de Cartagena/ Pacto Andino/ Grupo Andino Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru. • 1973: Adesão da Venezuela; • 1976: Chile se retira (golpe de Pinochet); • 1993: Volta do Chile; • Área de livre-comércio; • Tarifa Externa Comum Nomenclatura Comum Andina (NANDINA): norma de valoração aduaneira; • Acordo de Mútua Assistência e Cooperação entre administrações aduaneiras • Acordo de Alcance Parcial de Complementação Econômica (ACE-39) entre Brasil e a Comunidade Andina: preferências tarifárias para determinados produtos; • Acordo de Complementação (2003) membros do MERCOSUL, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela; • 2005 membros do MERCOSUL como membros associados; • 2006 Venezuela se retira do bloco; 1. ESTRUTURA • União aduaneira circulação de mercadorias, sem imposição de barreiras tarifárias e não tarifárias, dos Estados-membros; • Sede: Lima (Peru); • Sistema Andino de Integração (SAI) estrutura administrativa, instituída pelo Acordo de Cartagena; • Protocolo de Trujillo (1997) Estrutura do Sistema Andino de Integração: a) Conselho Presidencial Andino (órgão máximo de decisão); b) Conselho Andino de Ministros de Relações Exteriores; c) Comissão da Comunidade Andina; d) Secretaria-geral da Comunidade Andina; e) Tribunal de Justiça da Comunidade Andina; f) Parlamento Andino; g) Conselho Consultivo Empresarial; h) Conselho Consultivo Laboral; i) Corporação Andina de Fomento; j) Fundo Latino-americano de Reservas; K) Conselho Consultivo de Povos Indígenas; l) Universidade Andina Simón Bolívar. 2. OBJETIVOS a)Cooperação entre os Estados-membros e desenvolvimento econômico; b) Promover o crescimento do bloco e a geração de empregos; c) facilitar a participação no processo de integração regional; d) formação gradual de um mercado comum latino- americano; e)fortalecer os Estados-membros em face da economia mundial; f) reduzir as diferenças de desenvolvimento entre os países- membros e buscar uma melhora consistente no nível de vida dos habitantes da região. 4. ÁREA DE LIVRE-COMÉRCIO DAS AMÉRICAS (ALCA) e UNIÃO DAS NAÇÕES SUL-AMERICANAS (UNASUL) • Iniciativa estadunidense de expandir um projeto de integração econômica por todo continente europeu; • “Cúpula das Américas” 1994, Miami; • 4 (quatro) reuniões ministeriais; • Segunda Reunião da Cúpula das Américas Santiago, 1998; • Terceira Reunião de Cúpula das Américas Quebec, 2001: Carta Democrática Interamericana para o Fortalecimento e Proteção da Democracia; • Sistema de rodízio: presidência e vice- presidência seria alterada entre os Estados- membros em 18 meses ou quando da conclusão das grandes reuniões ministeriais. • Quarta Reunião de Cúpula das Américas Mar del Plata (ARG), 2005 • CONCLUSÃO: FRACASSO!!! • Surgimento da União das Nações Sul-americanas (UNASUL) Tratado Constitutivo da União das Nações Sul-Americanas (Brasília, 2008) • UNASUL visava à criação de um espaço regional integrado em âmbito político, econômico, social, cultural, ambiental, energético e de infraestrutura; • Objetivo: contribuir para o desenvolvimento da América do Sul e aproximação de seus povos; • Personalidade jurídica de Direito Internacional; • Visa à criação de uma zona de livre comércio , união aduaneira ou mercado comum entre os membros; • 2010: Protocolo Adicional do Tratado Constitutivo da UNASUL; • Compromisso com a Democracia “Declaração de Georgetown”); • O Protocolo será aplicado em caso de ruptura com a Democracia; • Estrutura: Conselhos de Chefe de Estado e de Governo; Conselho de Ministros das Relações Exteriores; Conselho de Delegados e Secretário- Geral; Conselho de Reuniões Setoriais; Grupo de Trabalho; Secretariado Geral • Presidência ocupada por cada Estado-membro em um período de 1 ano; • Parlamento da UNASUL SEDE: Conchabamba (Bolívia); • Coexistirá com os demais blocos regionais; • Possibilidade de ocorrer uma incorporação do CAN e do MERCOSUL pela UNASUL no futuro. QUESTÕES (ESAF — AFTN — 1996) União aduaneira e mercado comum são duas formas de integração econômica regional. O que diferencia essas duas formasé a(o): a) inclusão dos fatores de produção no tratamento das relações econômicas entre os países membros; b) números de países participantes; c) nível de diversificação dos produtos que fazem parte do acordo regional d) fato de que, na união aduaneira, somente os países membros são beneficiados pela retirada das tarifas, enquanto no mercado comum mesmo países não membros podem gozar de benefício semelhante; e) existência ou não de barreiras não tarifárias RESPOSTA: A (ESAF — AFTN — 1996) Em fins dos anos 50, disseminou-se, no mundo, a ideia de promover o crescimento econômico por meio da integração econômica regional. Um marco deste fenômeno foi a assinatura do Tratado de Roma, em 1957. Neste tratado, foram estabelecidas as bases contratuais para a organização que, no futuro, viria a se transformar na União Europeia. A organização estruturada pelo Tratado de Roma foi: a) Associação Europeia de Livre Comércio. b) Comunidade Europeia do Carvão e do Aço. c) Comunidade Econômica Europeia. d) Organização Europeia de Cooperação Econômica. e) Conselho de Assistência Econômica Mútua. RESPOSTA: C (ESAF — AFTN — 1998) São fases da integração econômica, em ordem de complexidade e profundidade: a) União Aduaneira, Mercado Comum, União Econômica, Integração Total. b) União Econômica, Zona de Livre Comércio, União Aduaneira, Mercado Comum, Integração Total. c) Zona de Livre Comércio, União Aduaneira, Região Preferencial, Mercado Comum, União Econômica, Integração Total. d) Zona de Livre Comércio, Mercado Comum, União Aduaneira, União Econômica. e) Zona de Livre Comércio, Mercado Comum, Integração Total, União Econômica. RESPOSTA: A (ESAF — AFRF — 2002) O que define, essencialmente, uma união aduaneira é a: a) livre circulação de bens e serviços através das fronteiras. b) adoção de uma tarifa externa comum e a harmonização das políticas comerciais dos países membros. c) concessão mútua, pelos países membros, de preferências comerciais. d) livre circulação do capital e da mão de obra entre os países. e) coordenação das políticas macroeconômicas. RESPOSTA: B (ESAF — AFRF — 2002) A Associação Latino Americana de Integração (ALADI) foi criada em 1980 com o objetivo de estabelecer, em forma gradual e progressiva, um mercado comum latino-americano com base em: a) acordos de cooperação setorial. b) uma união aduaneira. c) uma união econômica. d) área de livre-comércio. e) uma área de preferências econômicas RESPOSTA: E (ESAF — AFRF — 2002) A recente introdução do Euro como moeda comum entre doze dos quinze países membros da União Europeia representou importante avanço em direção à formação de um(a): a) mercado comum. b) união aduaneira. c) zona de preferências tarifárias. d) área de livre-comércio. e) união econômica total. RESPOSTA: E (ESAF — AFRF — 2003) A integração no marco da União Europeia tem como um de seus importantes e controversos pilares a Política Agrícola Comum (PAC). Entre os objetivos da PAC pode-se apontar: a) exercer controle de preços no mercado regional e no mercado global mediante a concessão de subsídios à produção e às exportações; b) estimular a produção de gêneros agrícolas orientada para as exportações como forma de auferir receitas; c) incrementar a produtividade agrícola, estabilizar mercados e garantir a segurança do abastecimento; d) promover a substituição de importações de alimentos pela produção regionalmente planejada; e) organizar, mediante planejamento, distribuição da produção e controle de preços, o mercado agrícola em escala regional RESPOSTA: C