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Estado de Perigo

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Professora: Keilla Borges
Faculdade: Anchieta/Anhanguera
Aula IX – Direito Civil
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO
Estado de Perigo
Conceito: 
É uma modalidade do Estado de necessidade, instituto de direito penal, e nele (estado de necessidade) aplica-se o paradigma da inexigibilidade de conduta diversa.
Imagine-se o exemplo clássico de alguém que está afogando-se e, naquele momento de desespero, promete toda a sua fortuna para ter sua vida salva.
Nesse caso, a vítima não possui outra alternativa viável.
Outro exemplo: ato de garantia (fiança, aval ou emissão de cheque) prestado por indivíduo que pretenda internar, em caráter de urgência um parente ou pessoa afim em estabelecimento hospitalar e se vê na contingência de só obter a internação mediante emissão de garantia.
Observação importante: No CDC isso se configura cláusula abusiva.
Previsão Legal: Art. 156 CC
Requisitos:
Situação de necessidade;
Iminência de dano atual e grave;
Nexo de causalidade entre a manifestação e o perigo de grave dano;
Ameaça de dano à pessoa do próprio declarante ou de sua família;
Conhecimento do perigo pela outra parte;
Assunção de obrigação excessivamente onerosa.
Anulação?
Sempre que possível o juiz reduzirá o valor da prestação aos limites razoáveis relativos ao serviço prestado, não anulando inteiramente o negócio jurídico. Isso porque o beneficiado, não colaborando para o estado de perigo, agiu de boa-fé. Essa seria a solução mais justa, contudo o CC optou por apontar o estado de perigo como uma das causas de anulação do negócio jurídico.
Distinção entre Estado de Perigo e Coação:
No estado de perigo, ao contrário do que ocorre na coação, há uma parte que não é responsável pelo estado em que ficou ou se colocou a vítima. O perigo não foi causado pelo beneficiado, embora ele tome conhecimento da situação. Essa ciência do perigo é essencial para que ocorra o vício. Trata-se, como se nota, de um abuso de situação.

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