Buscar

Material NP1 PPIS 2018.2 UNIP

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Professor(a): PAULO JOSÉ PEREIRA TRINDADE JÚNIOR 
D I S C I P L I N A 
 Proteção Penal aos Interesses Sociais 
 
Crimes contra o Sentimento Religioso: 
 
Ultraje a Culto e Impedimento ou Pertubação de Ato a Ele Relativo (ART.208, 
CPB) 
 
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: Qualquer pessoa (primeira parte) ou a coletividade, 
principalmente, mas também os que se sentirem diretamente atingidos (segunda 
e terceira partes) 
 
Objeto jurídico: É o sentimento religioso e a liberdade de culto e crença. 
 
Objeto material: É a pessoa (primeira parte), a cerimônia ou culto (segunda parte) 
ou ato ou objeto de culto (terceira parte). 
 
Elementos objetivos do tipo: 
 
“ESCARNECER”- Zombar de alguém publicamente, por motivo de crença ou 
função religiosa (primeira figura) 
 
 “IMPEDIR” – Interromper ou obstar o prosseguimento; 
 
“PERTUBAR” – Estorvar ou atrapalhar cerimônia ou prática de culto (segunda 
figura); 
 
“VILIPENDIAR” – Humilhar , menoscabar ou desonrar publicamente ato ou objeto 
religioso. 
 
 
Elemento subjetivo do tipo específico: 
 
É a vontade de denegrir determinada religião, investindo contra quem segue, 
contra ato ou culto que a consagra ou contra objeto que a simboliza. 
 
Momento consumativo: Quando houver a prática da conduta, independente de 
resultado naturalístico. 
 
Causa de aumento de pena: 
 
Elevada em um terço, se houver emprego de violência,respondendo o agente 
pelo resultado desta. 
 
2 
 
 
Crimes contra o Respeito aos Mortos: 
 
Impedimento ou Pertubação de Cerimônia Funerária (ART.209, CPB) 
 
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: É a coletividade (em primeiro plano), e em seguida aqueles que 
estiverem acompanhando o ato. 
 
Objeto jurídico: É o sentimento de respeito à memória dos mortos. 
 
Objeto material: É o enterro ou a cerimônia funerária. 
 
Elementos objetivos do tipo: 
 
“IMPEDIR” - Interromper ou obstar o prosseguimento; 
 
“PERTUBAR” – Estorvar ou atrapalhar cerimônia funerária; 
 
Elemento subjetivo do tipo específico: É a vontade de ultrajar a memória do 
morto. 
 
 
Momento consumativo: Quando houver a prática da conduta, independente de 
resultado naturalístico. 
 
Causa de aumento de pena: 
 
Elevada em um terço, se houver emprego de violência,respondendo o agente 
pelo resultado desta. 
 
 
Violação de Sepultura (Art.210, CPB) 
 
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: É a coletividade, em primeiro plano; secundariamente, pode-se 
incluir a família do morto. 
 
Objeto jurídico: É o sentimento de respeito à memória dos mortos. 
 
Objeto material: É a sepultura ou urna funerária 
 
Elementos objetivos do tipo: 
 
“VIOLAR” – devassar ou invadir; 
 
“PROFANAR” – tratar cm irreverência ou macular sepultura ou urna funerária. 
 
 
 
 
3 
 
Elemento subjetivo do tipo específico: 
 
É a vontade de ultrajar a memória do morto no caso da conduta profanar. 
 
Momento consumativo: 
 
Quando houver a prática da conduta, independente de resultado naturalístico. 
 
Destruição,Subtração ou Ocultação de Cadáver (Art.211, CPB) 
 
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: É a coletividade, em primeiro plano; secundariamente, pode-se 
incluir a família do morto. 
 
Objeto jurídico: É o sentimento de respeito à memória dos mortos. 
 
Objeto material: É o cadáver ou parte dele. 
 
Elementos objetivos do tipo: 
 
“DESTRUIR” – Arruinar, aniquilar; 
 
“SUBTRAIR” – Fazer desaparecer ou retirar; 
 
“OCULTAR” – Esconder cadáver ou parte dele. 
 
Momento consumativo: 
 
Quando houver a prática da conduta, independente de resultado naturalístico. 
 
Vilipêndio a Cadáver (ART.212, CPB) 
 
Sujeito Ativo: Qualquer pessoa. 
 
Sujeito Passivo: É a coletividade, em primeiro plano; secundariamente, pode-se 
incluir a família do morto. 
 
Objeto jurídico: É o sentimento de respeito à memória dos mortos. 
 
Objeto material: É o cadáver ou suas cinzas. 
 
Elementos objetivos do tipo: 
 
“VILIPENDIAR” – Desprezar ou aviltar cadáver ou suas cinzas; 
 
Momento consumativo: 
 
Quando houver a prática da conduta, independente de resultado naturalístico. 
 
 
 
 
4 
 
Elementos objetivos do tipo: 
 
“VILIPENDIAR” – Desprezar ou aviltar cadáver ou suas cinzas; 
 
Momento consumativo: 
 
Quando houver a prática da conduta, independente de resultado naturalístico. 
 
Crimes contra a Paz Publica: 
 
Incitação ao crime 
Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime: 
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa. 
 
Comentários 
- Bem jurídico: a paz pública – sentimento de tranqüilidade pública, a convicção 
de segurança social. 
- Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
- Sujeito passivo: a coletividade. 
 
- Tipicidade objetiva: instigar eficaz e seriamente, a prática de crime. Não é 
necessário que seja mencionado o nomem iuris do delito, estando excluídas as 
contravenções e os fatos imorais, além dos crimes culposos. 
 
- Se a pessoa é incitada à prostituição haverá o crime do art. 228; se instigada ao 
suicídio, o do art. 122, CP. 
- Incitação genérica não caracteriza o crime, vez que ineficaz e inidônea. Ex.: 
incitação à prática de roubos, homicídios etc. 
- Pode visar à prática delituosa tanto no presente quanto no futuro. Ex. “quando 
melhorar de saúde você deverá matar”; “se esta crise continuar, as pessoas serão 
constrangidas a roubar!” 
- A publicidade do ato é elemento do tipo, sendo necessária sua percepção por 
um número indeterminado de pessoas – delito de perigo comum e abstrato. 
- A publicidade pode ser feita por meio de gestos, palavras (discursos, p. ex.), 
escritos, desenhos, teatro, transmissão radiofônica, por meio do próprio silêncio, 
pela Internet. Se a incitação não for pública, não ofenderá a paz pública. 
- Tipo subjetivo: dolo, consistente na vontade livre e consciente de incitar... 
 
- Consumação: com a simples incitação, desde que perceptível por um número 
indefinido de pessoas – delito de mera conduta. 
- Não é preciso que o delito incitado tenha sido efetivamente praticado. 
- Tentativa: admissível na forma escrita. Ex.: o cartaz já foi escrito mas as 
pessoas não o lêem por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
- Poderá haver concurso material de crimes se o delito incitado vier a se 
concretizar e a relação de causalidade vier a ser demonstrada. O agente 
instigador responderá como co-autor. 
- Se a publicação se der por meio da imprensa, incidirá no art. 19, caput e § 1º da 
Lei 5.250/67. 
- Ver arts. 1º e 3º da Lei 2.889/56.1 
 
1 Art. 1º Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal: 
a) matar membros do grupo; 
b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo; 
 
5 
 
- Ver art. 23 da Lei 7.170/83 – Lei de Segurança Nacional. 
- Art. 20 da Lei 7.716/89 – Lei que define crimes de preconceito e discriminação. 
- Art. 33, § 2º, Lei 11.343/06 – Lei Antidrogas. 
 
- Ação penal: pública incondicionada. Cabem a suspensão condicional do 
processo e a transação penal. 
 
 
Apologia de crime ou criminoso 
Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime: 
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa. 
 
Comentários 
- Bem jurídico: a paz pública – sentimento de tranqüilidade pública, a convicção 
de segurança social. 
- Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
- Sujeito passivo: a coletividade. 
 
- Tipicidade objetiva: Fazer apologia, publicamente... 
 - Apologia: encômio, elogio, louvor, defesa, aprovação, exaltação etc. Aqui, 
significa exprimir um juízo positivo de valor em relação a um comportamento que 
a lei prevê como crime, ou em relação ao autor do crime.- Fato criminoso: aquele tipificado como crime, já praticado. 
- Não configura o delito: apologia de crimes culposos, contravenções ou 
acontecimentos futuros, nem apologia de autor de forma que constitua incentivo 
indireto ou implícito à repetição da ação delituosa. 
- Elogios às qualidades do autor, a tentativa de explicar a conduta não configuram 
o crime. Nem a crítica a uma condenação que se entenda por demais severa. 
- Não é necessário que o crime já tenha sido julgado por sentença irrecorrível. 
- A publicidade é elemento do tipo, sendo necessária sua percepção por um 
número indeterminado de pessoas – delito de perigo comum e abstrato. 
- A apologia pode ser feita por meio de gestos, palavras (discursos, p. ex.), 
escritos, desenhos, teatro, transmissão radiofônica, por meio do próprio silêncio, 
pela Internet. Se a apologia não for pública, não ofenderá a paz pública. 
- Tipo subjetivo: dolo, consistente na vontade livre e consciente de incitar..., inclui 
o dolo eventual. 
 
- Consumação: com a apologia, desde que perceptível por um número indefinido 
de pessoas – delito de mera conduta. 
 
c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou 
parcial; 
d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo; 
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo; 
Será punido: 
Com as penas do art. 121, § 2º, do Código Penal, no caso da letra a; 
Com as penas do art. 129, § 2º, no caso da letra b; 
Com as penas do art. 270, no caso da letra c; 
Com as penas do art. 125, no caso da letra d; 
Com as penas do art. 148, no caso da letra e; 
Art. 3º Incitar, direta e publicamente alguém a cometer qualquer dos crimes de que trata o art. 1º: 
Pena: Metade das penas ali cominadas. 
§ 1º A pena pelo crime de incitação será a mesma de crime incitado, se este se consumar. 
§ 2º A pena será aumentada de 1/3 (um terço), quando a incitação for cometida pela imprensa. 
 
 
6 
 
- Tentativa: admissível na forma escrita. Ex.: o agente começa a distribuir folhetos 
e é detido. 
- Não é preciso que haja repetição do delito elogiado. Se isso ocorrer, poderá 
haver concurso material de crimes, se a relação de causalidade vier a ser 
demonstrada. O agente apologista responderá como co-autor. 
- Diferença entre Incitação ao Crime e Apologia: no primeiro o crime ainda não 
aconteceu, ao passo que no último, o delito já foi perpetrado. 
 
- Se a apologia se der por meio da imprensa, incidirá no art. 19,§ 12 da Lei 
5.250/67. 
- Ver art. 22 da Lei 7.170/83 – Lei de Segurança Nacional. 
- Art. 20 da Lei 7.716/89 – Lei que define crimes de preconceito e discriminação. 
 
- Ação penal: pública incondicionada. Cabem a suspensão condicional do 
processo e a transação penal. 
 
 
Associação Criminosa 
 
Art. 288 - Associarem-se três ou mais pessoas, para o fim específico de cometer 
crimes: 
 Pena - reclusão, de 1(um) a 3(três) anos. 
 Parágrafo único - A pena aumenta-se até a metade se associação é armada ou 
se houver participação de criança ou adolescente. 
 
Comentários 
 
- Bem jurídico: a paz pública – sentimento de tranqüilidade pública, a convicção 
de segurança social. 
 
- Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum) – delito de concurso necessário. 
 
- Sujeito passivo: a coletividade. 
 
- Alteração trazida pela Lei n° 12.850/2013, modificando o nome juris da infração 
penal, antes denominada “quadrilha ou bando; 
 
- Tipicidade objetiva: associarem-se, três ou mais pessoas... 
 
- Requisitos: 
 
- Concurso necessário de pelo menos três pessoas; 
 
- Finalidade de praticar crimes; 
 
- A associação deve apresentar estabilidade ou permanência para a sua 
configuração. Essa é a diferença em relação ao concurso de pessoas. Não basta 
o mero ajuste de vontades para caracterizar a associação criminosa. 
 
- Não configura o delito: associação criminosa para a prática de crimes culposos, 
preterdolosos, de contravenções ou atos imorais. Os crimes pretendidos podem 
ou não ser da mesma espécie. 
 
7 
 
- Tipo subjetivo: dolo, consistente na vontade livre e consciente de “cometer 
crimes”. – “animus associative” 
 
- Consumação: consuma-se no momento da associação, independentemente da 
prática de qualquer crime; (crime formal) 
 
- Tentativa: inadmissível, pois, ou existe a associação e o crime está consumado, 
ou apenas tratativas que constituem mero ato preparatório. 
 
-Causa de Aumento: Em dobro, se associação for armada ou hover participação 
de criança ou adolescente; 
 
- Figura qualificada: art. 8º, Lei nº 8.072/90; 
 
-Delação Premiada: art. 8º, parágrafo único, Lei nº 8.072/90; 
 
- Ação penal: pública incondicionada. Cabe a suspensão condicional do processo 
na hipótese do caput. 
 
 
Mílicia Privada 
 
Art. 288-A – Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização 
paramilitar, mílicia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar 
qualquer dos crimes previstos neste Código: 
 Pena - reclusão, de 4(quatro) a 8(oito) anos. 
 
Comentários 
 
- Bem jurídico: a paz pública – sentimento de tranqüilidade pública, a convicção 
de segurança social. 
 
- Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). 
 
- Sujeito passivo: a coletividade. 
 
- Alteração trazida pela Lei n° 12.720/2012; 
 
- Tipicidade objetiva: 
 
“CONSTITUIR”- criar, fundar; 
“ORGANIZAR”- estruturar, estabelecer; 
“INTEGRAR”- unir-se, fazer parte da milícia; 
“MANTER”- continuar, colaborar; 
“CUSTEAR”- financiar, bancar; 
 
- Consumação: consuma-se no momento da constituição da milícia; (crime formal) 
 
- Tentativa: inadmissível, tal como no crime de associação criminosa. 
 
- A infração penal pressupõe estabilidade, ou seja, intenção de agir de forma 
reiterada, Cuida-se, assim, de crime premanente. 
 
8 
 
- Ação penal: pública incondicionada. 
 
BIBLIOGRAFIA: 
 
 
CÓDIGO PENAL COMENTADO – CELSO DELMANTO; 
 
CÓDIGO PENAL COMENTADO – GUILHERME DE SOUZA NUCCI; 
 
MANUAL DE DIREITO PENAL – GUILHERME DE SOUZA NUCCI; 
 
CURSO DE DIREITO PENAL – PAULO JOSÉ DA COSTA JÚNIOR.

Outros materiais